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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS

DEPARTAMENTO DE MEDICINA
BASES CELULARES DA VIDA HUMANA
HISTOLOGIA

SISTEMA FOTORRECEPTOR

DISCENTES: Aldo Rodolfo da Silva, Ana Cláudia da Silva Fernandes Duarte, Antônio Fernando Barros Pereira Junior, Antônio Lúcio
Sobrinho Neto, Ary Aragão, Arthur Pereira Miranda, Artur Candido de Oliveira Neto, Bruna de Oliveira Melo, Chen Jung, Dalton
Bernardino Santos Silva, Daise Anny Santos Monteiro, Danielly Rodrigues Mota, Denise Lauana Fernandes Oliveira, Dhavid Leite
Ferreira dos Santos, Diana Soares da Silva, Ellyzeu dos Santos França, Fabrício Santos de Almeida Lima, Flavio de Souza Ferreira,
Gabriela Morais Celestino Amaral, Hildebrando José de Lira, Jadiele Mariama da Silva Santos, Jatniel Lopes Mangueira.

MEDICINA

DOCENTES:

MACEIÓ - AL
Artigo de Revisão - Sistema Fotorreceptor • Nov 2018 • Histologia

Sumário
1 Introdução 2
1.1 Análise Geral do Sistema Sensorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Sistema Fotorreceptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.1 Globo ocular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.2 Estruturas acessórias do olho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2.3 Aspectos anatômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Anatomia do Sistema Fotorreceptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

2 Discussão 5
2.1 Embriologia do Sistema Fotorreceptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Histologia Detalhada do Sistema Fotorreceptor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Problemas Oftalmológicos Mais Frequentes (Fisiopatologia e Tratamentos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 Conclusão 8

4 Referências 8
Sistema Fotorreceptor
Grupo 1 - Histologia*
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

4 de novembro de 2018
Resumo

A relação do indivíduo com o meio ambiente externo é estabelecida mediante um sistema sensorial, no qual estímulos externos são, constantemente,
transmitidos ao organismo por intermédio de receptores, que transformam as diversas formas de energia em alterações do potencial de membranas. Um
desses sistemas é o fotorreceptor, composto, de modo geral, por globo ocular e estruturas acessórias. O objetivo desse artigo é analisar os principais aspectos
morfológicos, desde a embriologia até a anatomia, com ênfase no caráter histológico desse sistema visual. Para isso, é realizada uma revisão analítica da
literatura sobre o tema.
Palavras-chave: Sistema fotorreceptor;olho.

Resumo

The relation between individual and environment are established by a sensorial system, in witch external stimulation are constantly transmited to the
organism by intermediary receptors that transform the many forms of energy in membrane potential. One of this systems is the photoreceptor, made basically
with ocular globe and accessory structures. The objective of this article is analyze the main morphological aspects, including from embryology to anatomy,
but focusing in the histology of the visual system. To accomplish this will be made an analytic revision of literature about the subject.
Keywords: photoreceptor system; eye.

1 Introdução 3. Termorreceptores: sensíveis às variações de temperatura;

Desenvolvido por discentes do curso de Medicina da Universidade 4. Mecanorreceptores: responsáveis pelas sensações tácteis e au-
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, o objetivo deste artigo ditivas.
é analisar os principais aspectos embriológicos e histológicos do sis- Além dessas, os receptores podem ser classificados também quanto
tema fotorreceptor, focando no caráter clínico. Metodologicamente, aos órgãos que recebem os estímulos:
é realizada uma revisão analítica da literatura sobre o tema. Para isso,
o trabalho está dividido em duas seções: introdutória e de discussão. 1. Exteroreceptores: captam estímulos do meio exterior;
A primeira aborda questões gerais, como análise geral do sistema 2. Visceroceptores: recebem sinais dos órgãos internos;
sensorial, estrutura do sistema fotorreceptor e aspectos anatômicos.
Enquanto a segunda analisa questões mais específicas como a embri- 3. Proprioceptores: responsáveis pela autopercepção do próprio
ologia e histologia, bem como patologias clínicas mais frequentes. organismo.

1.1 Análise Geral do Sistema Sensorial 1.2 Sistema Fotorreceptor


O sistema sensorial é responsável por reconhecer estímulos do am- 1.2.1 Globo ocular
biente, seja externo ou interno, e transmiti-lo ao organismo. Isso é Os olhos são órgãos fotossensíveis que possuem a capacidade de rea-
realizado por meio de receptores sensoriais, que se baseiam em ter- lizar uma análise profunda do objeto, capturando desde a forma até
minais nervosos que transformam os sinais em impulsos nervosos e a cor. Eles detectam a intensidade de luz e transformam em impulsos
estão localizados nos órgãos de sentido. elétricos.O padrão humano é de dois olhos na face visceral, alojados
Os receptores são classificados de acordo com a natureza do estí- dentro de uma cavidade orbitária que o protege. Ele é composto
mulo para quais são sensíveis: por células altamente especializadas e dividido em subcamadas, for-
mando um sistema sensorial complexo.
1. Quimiorreceptores: sensíveis à presença ou concentração de
substâncias específicas;
1.2.2 Estruturas acessórias do olho
2. Fotorreceptores: sensíveis à luz; Para proteger esse complexo e tão importante sistema, existe toda
* Grupo composto por alunos do primeiro ano, do curso de histologia da UNCI- uma estrutura disposta envolta do olho com função principal de

SAL. protege-lo. Fazem parte dessa organização:

2
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1. Conjuntiva: - Esclera: A superfície externa da esclera é coberta por


Conjuntiva ou túnica conjuntiva é uma membrana mu- uma lâmina episcleral delicada de tecido vascular fibrovascular,
cosa presente nos olhos dos vertebrados que reveste a parte in- que contém vasos sanguíneos esparsos e está em contato com a
terna da pálpebra e se estende para recobrir anteriormente a superfície interna da bainha do bulbo do olho. Anteriormente,
esclera.É dividida em três partes: a superfície externa da esclera é coberta pela túnica conjuntiva
que se reflete sobre ela a partir das superfícies profundas das
a) conjuntiva palpebral ou tarsal; pálpebras. A superfície interna da esclera adjacente à corioide
b) conjuntiva bulbar ou ocular; é inserida nela por uma camada fibrosa delicada, a lâmina su-
pracorioide, que contém numerosos fibroblastos e melanócitos.
c) fórnix conjuntival.
Anteriormente, a região interna da esclera é inserida no corpo
Tem função de proteger o globo ocular de corpos estra- ciliar pela lâmina supraciliar. Posteriormente, a esclera é perfu-
nhos, bem como auxilia na sua lubrificação, mediante produ- rada pelo nervo óptico. Aqui a metade externa da esclera volta
ção de muco e lágrima. a tornar-se contínua com a duramáter, enquanto a metade in-
terna é modificada formando uma lâmina perfurada, a lâmina
2. Pálpebras:
cribriforme da esclera. Os fascículos do nervo óptico passam
São dobras finas e flexíveis da pele e dos músculos que co- por estes orifícios minúsculos, enquanto a artéria e veia central
brem e protegem os olhos, separando-o do meio externo. Com- da retina passam por uma abertura central maior.
postas, de fora para dentro, por: pele, feixes de músculos estri-
- Córnea: A córnea avascular é a parte anterior trans-
ados do músculo orbicular do olho, placa palpebral ou tarso e
parente do revestimento externo. Convexa anteriormente, pro-
camada mucosa. Protege os olhos de corpos estranhos e auxi-
jeta a partir da esclera como uma elevação em forma de cúpula
liam a espalhar a umidade das lágrimas na sua superfície, a fim
com uma área de 1,1 cm2 , formando cerca de 7% da área da tú-
de evitar o ressecamento do órgão.
nica externa. Como é mais curvada (raio médio, r = 7,8 mm)
3. Glândulas lacrimais: do que a esclera (r = 11,5 mm), um leve sulco da esclera marca a
junção corneoscleral (limbo). A córnea tem aproximadamente
São glândulas serosas que fazem parte do sistema lacrimal 670 m de espessura perto da junção corneoscleral e 520 m no
– composto pelas próprias glândulas lacrimais e pelas vias de seu centro. No limbo nasal e temporal a transição da córnea
drenagem da lágrima para o nariz – e está localizada ântero- para a esclera ocorre em uma linha que é aproximadamente per-
lateral e superoexterna da órbita. Secretam continuamente a pendicular à córnea: esta transição ocorre mais obliquamente
secreção lacrimal, a qual se dirige para as carúnculas lacrimais, superiormente e inferiormente, sendo que a esclera sobrepõe a
onde irão penetrar em um sistema de ductos lacrimais, desem- córnea em maior extensão anteriormente.
bocando no meato nasal inferior.
- Limbo da córnea: O limbo da córnea marca a zona de
transição entre a córnea e a esclera. Aqui, o epitélio da córnea
1.2.3 Aspectos anatômicos
funde-se com o epitélio da túnica conjuntiva, que se espessa
O olho é um órgão da visão, constituído pelo bulbo do olho e pelo (até 12 células). A lâmina limitante anterior termina e o colá-
nervo óptico, os quais estão em arranjos anatômicos específicos, geno estromal da córnea perde sua regularidade. Como a cór-
tanto para sua funcionalidade, quanto para sua proteção. nea não contém nem sangue nem vasos linfáticos, os capilares
da túnica conjuntiva e da episclera terminam em alças próxi-
Bulbo do olho . mas do limbo da córnea. Internamente, a lâmina limitante pos-
terior dispersa nas fibras do retículo trabecular e o endotélio
1. Túnica fibrosa do olho da córnea é contínuo com a aquela que cobre as trabéculas.
O revestimento fibroso externo do olho consiste na es-
2. Úvea
clera posterior opaca e na córnea anterior transparente. Jun-
tas, formam uma cápsula protetora semielástica que envolve o A túnica vascular do olho consiste na corioide, corpo ci-
olho que, quando se torna túrgida devido à pressão intraocular, liar e íris, que em conjunto formam uma estrutura contínua,
determina a geometria óptica do olho e garante que sua forma a úvea. A corioide cobre a superfície interna da esclera, e
não se distorça quando se move. A esclera também promove a estende-se em frente em direção à ora serrata. O corpo ciliar
inserção dos músculos extrínsecos do bulbo do olho e sua su- continua para a frente a partir da corioide até a circunferên-
perfície externa lisa gira facilmente sobre os tecidos adjacentes cia da íris, que é um diafragma circular por detrás da córnea e
da órbita quando esses músculos contraem. A opacidade da es- na frente da lente, apresentando uma abertura quase central, a
clera ajuda a garantir que apenas a luz que entra no olho através pupila.
da pupila atinja a retina. A córnea, por outro lado, não só ad- - Corioide: A corioide é uma camada fina (60-160 m,
mite a luz como também seu filme lacrimal de revestimento é mais espessa atrás da mácula), altamente vascularizada, pig-
a principal superfície refrativa do olho. mentada, que reveste quase cinco sextos do olho posterior-
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mente. É perfurada pelo nervo óptico, onde é firmemente ade- liar em direção aos espaços supraciliares e supracoroidais (via
rente à esclera. Em outros locais sua superfície externa é apenas uveoescleral).
vagamente ligada à esclera pela lâmina supracorioide (lâmina
- Lente: A lente é um corpo transparente, encapsulado,
fosca). Internamente, é inserida no epitélio pigmentar da re-
biconvexo, banhado no humor aquoso, que serve para ajustar o
tina, e no disco do nervo óptico é contínua com os tecidos pia-
foco do olho. Posteriormente, ela entra em contato com a fossa
aracnóideos ao redor do nervo óptico.
hialóidea do corpo vítreo. Anteriormente, forma um anel de
- Corpo ciliado: O corpo ciliar serve para ancorar a contato com a margem posterior da íris mas, mais longe do eixo
lente através de ligamentos suspensores, e pela contração de da lente, o espaço entre os dois aumenta formando a câmara
seu músculo liso muda a potência refrativa da lente (acomoda- posterior do olho. A lente é circundada pelo processo ciliar e é
ção). Sua superfície interna anterior é também fonte de humor inserida neles pelas fibras zonulares que saem principalmente
aquoso, enquanto, posteriormente, a sua superfície interna é do orbicular ciliar do corpo ciliar. Coletivamente, as fibras
contígua com o humor vítreo e secreta vários dos seus com- formam a zônula ciliar que detém a lente no local e transmite
ponentes. As artérias ciliares posteriores longas e anteriores as forças que esticam a lente.
encontram-se no corpo ciliar e os nervos importantes para to-
- Humor vítreo: O corpo vítreo ocupa cerca de quatro
dos os tecidos anteriores do bulbo do olho passam por ele.
quintos do bulbo do olho. Posteriormente, está em contato
- Íris: A íris é um diafragma regulável em torno de um com a retina, enquanto ainda mais adiante faz fronteira com
orifício central (ligeiramente medial ao verdadeiro centro), a o corpo ciliar, zônula e lente. Sua superfície anterior é esca-
pupila. Ela se situa entre a córnea e a lente e está imersa em hu- vada em uma concavidade profunda, a fossa hialoide, ajuste
mor aquoso, parcialmente dividindo o segmento anterior em da forma da lente (Fig. 1). É incolor, constituído por apro-
uma câmara anterior, delimitada pela córnea e íris e uma câ- ximadamente 99% de água, mas não é inteiramente desestru-
mara posterior, que se situa entre a íris e a lente anteriormente turado. No seu perímetro, tem uma consistência semelhante a
ao humor vítreo. A eficácia da íris como um obstáculo para a um gel (100-300 m de espessura); mais próximo do centro, con-
luz se dá principalmente devido a um epitélio duplo posterior tém uma zona mais líquida. O hialurano, na forma de cadeias
densamente pigmentado. A abertura da pupila é regulada pela longas de glicosaminoglicano, preenche todo o humor vítreo.
ação de dois músculos, o dilatador da pupila e o esfíncter da Além disso, o gel periférico ou córtex contém uma rede alea-
pupila. tória frouxa de fibrilas de colágeno tipo II, que são por vezes
agrupadas em fibras. O córtex também contém células disper-
3. Lentes de humores sas, os hialócitos, que possuem as características dos fagócitos
A córnea, o humor aquoso, a lente e o corpo vítreo, com mononucleares e podem contribuir para a produção de hialu-
frequência coletivamente denominados meio ocular, servem ronano.
para formar uma imagem na retina, através da transmissão e - Retina: A retina é uma lâmina fina de células, que
refração da luz. Além disso, o humor aquoso fornece nutrien- varia de menos de 100 m em sua extremidade até um máximo
tes para a córnea avascular e a lente e elimina os seus resíduos de cerca de 300 m na borda da fóvea central. Ela reveste a face
metabólicos, bem como gera a pressão intraocular que mantém posterior interna do bulbo do olho, prensada entre a corioide
a forma do olho. externamente e o corpo vítreo, internamente, e termina ante-
- Humor aquoso: O humor aquoso é derivado do riormente à ora serrata.
plasma no interior dos capilares fenestrados dos processos ci-
liares. O principal componente do humor aquoso, como do Órbitas . São cavidadesósseas ocas, em formato de pirâmides qua-
plasma, é a água, e a composição dos dois líquidos é muito se- drangulares, presentes no esqueleto da face. Suas bases estão em
melhante, embora eles apresentem diferença na concentração direção anterolateral e os ápices em posteromedial, de modo que as
de alguns eletrólitos e solutos orgânicos. Visando à clareza óp- paredes mediais são quase paralelas e as laterais formam, entre si,
tica, a barreira hemato-aquosa também assegura uma concen- um ângulo de quase 90º. Dessa forma, os seus eixos (eixos orbitais)
tração muito baixa de proteína no humor aquoso (geralmente divergem em cerca de 45º, muito embora os eixos ópticos dos dois
menos de 1% do nível no plasma). O humor aquoso é ativa- bulbos dos olhos, responsáveis pela linha de visão, sejam paralelos.
mente secretado na câmara posterior pelo epitélio sobrejacente As órbitas e a região orbital – área da face sobre a órbita e o bulbo
aos processos ciliares. Ele passa ao redor do equador da lente dos olhos – protegem todo o olho e as estruturas acessórias da visão.
e flui através da pupila para a câmara anterior, onde circula O espaço intracavitário que não é ocupado pelo olho é preenchido
como resultado de correntes de convecção derivadas de dife- por corpo adiposo da órbita.
renças de temperatura entre a córnea e a íris. A maior parte Esquematicamente, a órbita possui uma base, quatro paredes e
do humor aquoso é drenada do olho através do retículo trabe- um ápice. A base é delimitada pela margem orbital que circunda o
cular para o seio venoso da esclera de onde drena para as veias ádito orbital. A parede superior ou teto é horizontalizada e formada
episclerais. No entanto, parte dele sai através do músculo ci- pela:
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O olho é formado a partir de uma evaginação da parede do pro-


sencéfalo da qual irá surgir, inicialmente,os sulcos ópticos que poste-
riormente se transformarão nas vesículas ópticas que serão cobertas
externamente por ectoderma. Após a sua formação, as vesículas óp-
ticas sofreram um processo de invaginação, no qual a vesícula eva-
gina e depois invagina formando uma estrutura com o aspecto de
cálice de dupla parede, o cálice óptico, que originará a retina. A du-
pla parede possui uma camada pigmentar e uma camada sensitiva.A
parede mais externa do cálice é chamada de epitélio pigmentar da
retina, epitélio simples com células do tecido nervoso, rico em me-
lanócitos, que irão produzir pigmento deixando essa parte da retina
Figura 1: Fonte: Netter. escurecida. A camada mais interna é justamente a porção sensitiva
da retina, nessa parede encontra-se as células fotorreceptoras ou neu-
rosensitivas, que são conhecidas como cones e bastonetes, além de
1. parte orbital do osso frontal, a qual a separa da fossa anterior
uma camada de células de neurônios ganglionares e bipolares que
do crânio;
farão conexão com o nervo óptico e o córtex cerebral.
2. asa menor do esfenoide, perto do ápice da órbita. Há nessa re- Na parede interna a porção sensitiva só existe na parte mais pos-
gião a fossa lacrimal, uma depressão superficial na parte orbital terior, pois, na anterior ela é muito fina quase igual ao epitélio pig-
do osso frontal, que aloja a glândula correspondente. mentar. Nessa porção não se encontra células fotorreceptoras (cones
e bastonetes) sendo chamada de porção cega da retina. A porção pos-
As paredes mediais contralaterais são finas e formadas pela:
terior é mais espessa, pela presença de células nervosas, nela as fibras
1. lâmina orbital do etmoide; dos neurônios ganglionares convergem para formar o nervo óptico,
que formará a mensagem enviada ao córtex cerebral.
2. processo frontal da maxila lacrimal; Durante a formação do cálice surge uma fissura chamada de Co-
3. esfenoide. roidea, local pelo qual passará mesoderma que formará a artéria Hi-
aloidea.Após a formação da retina, essa artéria sofre regressão e ou-
Na região anterior dessa parede há o sulco lacrimal e a fossa saco tros vasos e secreções do olho irão realizar a nutrição tanto da retina
lacrimal. Já superiormente, há a tróclea para o músculo obliquo su- quanto da área inicial da formação do olho. Quando o cálice óptico
perior do olho. A parede inferior ou assoalho da órbita é também já está formado irá induzir o ectoderma que esta externamente à ve-
muito delgada e é formada pela: sícula a formar uma nova vesícula, a vesícula do cristalino, que se
1. maxila; desprenderá do ectoderma e sofrerá uma invaginação para dentro
do cálice.
2. zigomático; O cristalino é uma lente responsável pela acomodação visual que
é o poder de observar um objeto nitidamente de longe ou de perto
3. palatino.
devido aos movimentos de contração ou relaxamento do cristalino.
A parede lateral, por sua vez, é mais forte e resistente, constituída Esses movimentos ocorrem devido a presença de duas partes do cris-
pelo: talino: uma parte anterior, que é o epitélio anterior do cristalino;
e a parte posterior, que era um epitélio, formado por células cilín-
1. processo frontal do zigomático;
dricas, no entanto, as células desse epitélio posterior vão sofrer um
2. asa maior do esfenoide. alongamento e desse alongamento elas se transformam nas chama-
das fibras do cristalino que se distribuem ao longo da vesícula do
O ápice localiza-se no canal óptico na asa menos do esfenoide, me- cristalino percorrendo-a da parede posterior até a anterior.
dial à fissura orbital superior.
Utilizando o mesmo princípio da câmera fotográfica, o reflexo lu-
minoso recebido pela pupila, vai permitir a entrada da luz para for-
1.3 Anatomia do Sistema Fotorreceptor mação da imagem. Todo o restante do olho, com exceção da pupila,
é completamente opaco, à nível de retina pelo epitélio pigmentar e
2 Discussão na parte externa pela esclerótica. Na camada pigmentar e nervosa
da retina, há a vesícula do cristalino com as suas fibras e a artéria
2.1 Embriologia do Sistema Fotorreceptor hialoidea. Uma vez formado o olho, no seu processo de desenvolvi-
Na formação do olho há a participação de dois folhetos germinati- mento, a artéria começa o processo de regressão e apenas uma pe-
vos, o ectoderma, que irá originar três partes principais: a retina, quena parte dela vai permanecer para formar a artéria central da
o cristalino e o epitélio anterior da córnea; e o mesoderma intra- retina, quase que sua totalidade desaparece. Da mesma forma que a
embrionário que irá formar as demais estruturas. artéria hialoidea vai desaparecendo, a fissura coroidea que estava na
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parede do cálice também vai se fechando. de luz protegendo todo o arcabouço ocular, dando um suporte para
Na porção cega da retina encontrar-se a íris e o corpo ciliar que a retina, local que abriga as células nervosas.
está em contato com o cristalino. Na porção mais anterior há o Na região mais anterior do olho, há a esclera que vai impedir a
prolongamento em cima do cristalino que é chamado de íris e a por- entrada de luz, mas há também um ponto transparente que permite
ção atrás da íris que é mais dilatada e possui um pregueamento é o a passagem dos feixes luminosos para estimular as células nervo-
corpo ciliar. Em nível de corpo ciliar há o pregueamento,chamado sas.Nessa região anterior que cobre a pupila, a esclera torna-se trans-
de processo ciliar que é responsável pela produção de humor aquoso. parente originando a córnea, que é mista e possui cinco partes consti-
Esse líquido atua na lubrificação do olho juntamente com os va- tuintes: epitélio anterior, membrana de Bowman, estroma, membrana de
sos, levando nutrientes e retirando secreções. Os músculos ciliares Descemet e epitélio posterior.
irão se ligar às fibras do cristalino através das zônulas do cristalino. Quando o olho recebe o estímulo luminoso, ele entrará através
Durante o processo de acomodação através da contração ou rela- da córnea transparente, atravessa apupila e o cristalino e segue para
xamento desse músculo ciliar ocorrerá o tracionamento ou relaxa- a retina estimulando as células nervosas, cones e bastonetes; estão
mento de toda zônula do cristalino. localizados próximo ao epitélio pigmentar;e os neurônios bipolares
A íris repousa no cristalino deixando um pequeno orifício no e ganglionares.Para formar a imagem a luz terá que atravessar a ca-
meio que é a pupila. Apenas através da pupila passa o estimulo lu- mada de neurônios, ganglionares e bipolares, para chegar aos cones e
minoso que provocará um estimulo nas células fotorreceptoras da bastonetes. Ao estimular os cones e bastonetes ocorrerá uma série de
retina e promoverá a formação da imagem. Assim como o corpo reações moleculares para produzir o estímulo visual que será trans-
ciliar e a retina, a íris também possui uma parede dupla, de duplo mitido via neurônios bipolares para a camada de neurônios gangli-
epitélio. Na íris há melanócitos cobrindo o cristalino, formando um onares depois para os axônios do nervo óptico e segue para o córtex
aparato sobre a lente para protege-lado efeito luminoso e promover cerebral, depois o estimulo voltapara o nervo óptico para formar a
a formação de uma câmara escura dentro do olho. Quanto maior imagem.
a quantidade de melanócitos no epitélio da íris mais escura será a
cor do olho e quanto menor for a quantidade de melanócitos mais 2.2 Histologia Detalhada do Sistema Fotorreceptor
claro o olho se torna podendo originar o olho azul ou verde. Na pu- Globo ocular . Os olhos são órgãos fotossensíveis que atingem
pila há a presença dos músculos dilatador e esfíncter da pupila, eles alto grau de evolução, permitindo uma análise minuciosa quanto
atuam no movimento de contração e relaxamento. Ao receber o estí- aos objetos, imagens e luz. Cada olho fica dentro de uma caixa ós-
mulo luminoso muito intenso ou muito fraco esses músculos podem sea protetora a orbita e apresenta uma câmara escura, uma camada
provocar amiose (fechamento máximo da pupila) ou a midríase (di- de células receptorassensoriais, um sistema de lentes para focalizar
latação máxima da pupila). Há três espaços no olho:o corpo vítreo a imagem e um sistema de células para iniciar ao processamento de
da retina, a câmera anterior do olho,fica entre a íris e o cristalino; e estímulos e envia-los para o córtex cerebral.O olho possui três túni-
a câmera posterior. Quando o humor aquoso é produzido nos pro- cas:
cessos ciliares, ele é lançado inicialmente na câmera posterior, segue
1. Camada externa: esclera (ou esclerótica) e córnea;
para a câmera anterior, lubrificando essas estruturas anteriores e vai
em direção ao espaço de Fontana (espaço fica entre a córnea e câ- 2. Camada média (túnica vascular): coroide, corpo ciliar e íris;
mera posterior) até chegar aos espaços labirínticos de Fontana, nes-
3. Camada interna ou retina: comunica-se com o cérebro pelo
ses espaços há os canais de Schlemm, a partir desses canais o humor
nervo óptico.
aquoso será drenado através das veias para o sistema circulatório. Já
o terceiro espaço no olho que está por trás do cristalino e contido Além disso, o olho tem três compartimentos: a câmara anterior, si-
pela retina é chamado de o corpo vítreo da retina e está preenchido tuada entre a íris e a córnea; a câmara posterior, entre a íris e o
por secreção gelatinosa responsável pela nutrição, o humor vítreo. cristalino; e o espaço vítreo, situado atrás do cristalino e circundado
Algumas estruturas são derivadas do cálice óptico, de origem ec- pela retina. Na câmara anterior e na posterior existe um líquido que
todérmica, mas outras são derivadas do mesoderma e possuem a fun- contém proteínas: o humor aquoso. O espaço vítreo, que é limitado
ção de proteção externa por meio da formação de um arcabouço de pela retina e pelo cristalino, apresenta- se cheio de uma substância
proteção para o cálice óptico, para isso, ele forma duas paredes exter- viscosa e gelatinosa, o corpo vítreo.
nas ao cálice óptico. Aa primeira é a camada coróide do olho ou tam- 1. Camada externa ou túnica fibrosa:
bém camada de vascular, que é uma camada de intensa vasculariza-
ção,quando essa camada se forma a vascularização é tão grande que
supre a irrigação ocular.Nessa camada coróide, além dessa grande 2.3 Problemas Oftalmológicos Mais Frequentes (Fisi-
quantidade de vasos, há também a presença de melanócitos para
pigmenta-la. Atrás da camada coróide, está uma camada mais clara,
opatologia e Tratamentos)
acinzentada, que são basicamente células mesodérmicas que se trans- Em olhos emetrópicos (normais), os raios de luz os atravessam,
formam em tecido conjuntivo denso para formar a esclera que é a são focados na retina por córnea e cristalino, formando uma ima-
parte branca do olho mais externa e opaca que irá impedir a entrada gem nítida a ser transmitida ao cérebro. O cristalino é levemente
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Figura 2: Estruturas internas do olho humano. (Adaptada de um original de Paul Peck e reproduzida, com autorização, de Anatomy of the eye, Laboratório Lederle.)1

elástico, especialmente em jovens. Durante a acomodação, os mús- ocular é pequeno. Em adultos, tanto objetos próximos como
culos ciliares ajustam a forma do cristalino para que o foco adequado distantes são percebidos como imagens desfocadas. Crianças
seja obtido. Os erros refrativos não permitem o bom foco da imagem e adultos jovens com hipermetropia leve podem conseguir ver
na retina, resultando em uma visão embaçada (Erros de refração). claramente por causa da sua capacidade de acomodação. Para
O sintoma principal é o borramento da visão para longe e/ou para corrigir esse excesso de divergência, lentes positivas (convexas)
perto. Algumas vezes, o trabalho excessivo da musculatura ocular são utilizadas.
pode causar cefaleia. Apertar e semicerrar os olhos também pode
levar a dores de cabeça. Ocasionalmente, a tentativa de olhar exa- • Astigmatismo. No astigmatismo, uma curvatura não esférica
geradamente pode resultar em ressecamento da córnea, irritação, (variável) da córnea ou do cristalino faz os raios de luz de
cansaço, sensação de corpo estranho, coceira e olho vermelho. Se- diferentes orientações (p. ex., vertical, oblíquo, horizontal)
micerrar os olhos ao ler, piscar em excesso ou esfregar os olhos são incindir em pontos diferentes do olho. Para corrigir o astigma-
sintomas de erro refratário em crianças. tismo, lentes cilíndricas são utilizadas. As lentes cilíndricas
não têm poder refrativo em um dos eixos e são côncavas ou
• Miopia. Em miopia, os raios de luz oriundos de um objeto convexas no outro eixo.
distante são focados na frente da retina, seja porque a córnea
é muito curva ou porque o eixo do globo ocular é muito • Presbiopia. A presbiopia é a perda da capacidade do cris-
longo, ou ambos. Sem óculos, o paciente percebe imagens talino de mudar de forma para focar em objetos que estão
distantes borradas, mas perto, os objetos próximos podem ser perto (perda da acomodação), o que ocorre com a idade.
vistos nitidamente. Para corrigir esse excesso de convergência, Normalmente, tal disfunção tem início aos 40 anos. Uma
lentes negativas (côncavas) são utilizadas. Defeitos míopes lente positiva (convexa) é usada para ver de perto e corrigir
em crianças normalmente tendem a aumentar até a idade de esse tipo de erro refracional. Pode-se confeccionar óculos
adulto jovem. separados para longe ou para perto ou fundir as lentes para
perto e para longe no mesmo óculos, os chamados óculos
• Hipermetropia. Em hipermetropia, teoricamente, a imagem bifocais ou multifocais.
de um objeto distante é focada atrás da retina, seja porque a
córnea é muito plana ou porque o comprimento axial do globo
Artigo de Revisão - Sistema Fotorreceptor • Nov 2018 • Histologia

• Anisometropia. Anisometropia é uma diferença significativa


entre os erros refrativos dos dois olhos (geralmente gt; 2 di-
optrias). Quando corrigidos com óculos, pode ocorrer anisei-
conia (diferença no tamanho das imagens formadas por cada
olho), o que dificulta a adaptação e a fusão da imagem, po-
dendo resultar na supressão de uma delas.

Tratamento .

• Lentes corretivas;
• Lentes de contato;
• Cirurgia refrativa.

Miopia e hipermetropia são corrigidas com lentes esféricas. Lentes


côncavas são usadas para tratar a miopia; elas são negativas ou di-
vergentes. Lentes convexas são utilizadas para tratar hipermetropia;
elas são positivas ou convergentes. Astigmatismo é tratado com len-
tes cilíndricas. Prescrições de lentes corretivas têm três números.
O primeiro número é a potência (magnitude) da correção esférica
necessária (negativa para miopia; positiva para hipermetropia). O
segundo número é a potência da correção cilíndrica necessária (po-
sitiva ou negativa). O terceiro número é o eixo do cilindro.

3 Conclusão
Esse breve artigo possibilita uma revisão

4 Referências
1. Mescher AL. Junqueira’s basic histology: text and atlas.
Mcgraw-hill; 2013.

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