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Referenciais da

Renovação do
Serviço Social
Material Teórico
As tendências teórico-metodológicas da profissão

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Esp. Regina Inês da Silva Bonança

Revisão Textual:
Profa. Esp. Natalia Conti
As tendências teórico-metodológicas
da profissão

·· As tendências teórico-metodológicas da profissão

·· Problematizar algumas questões sobre a concepção da metodologia no ensino do


Serviço Social, as quais são marcadas por diferentes posições para a estruturação
de sua grade curricular.

Nesta Unidade estudaremos a formação de uma metodologia do Serviço Social Brasileiro


e sua superação no processo de Renovação.
Além disso, compreenderemos as relações estabelecidas entre a teoria, o método de
leitura da realidade e as propostas interventivas do assistente social.
A partir da compreensão destes fenômenos, nos aprofundaremos nos processos de
maturação do profissional de Serviço Social.
Convido a todos vocês para trilharmos caminhos desconhecidos nesta nova etapa.

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

Contextualização
Nossa unidade se inicia com a apresentação da tirinha do Calvin, desenhada por Bill
Watterson, que aborda a antiga questão da teoria x prática. Quais fatos você acredita que
suscitaram a visão crítica do autor nesta produção?

Tirinha – Calvin
http://3.bp.blogspot.com/--glv7aJGtLc/T42VLSKcLAI/AAAAAAAAAM4/9-3cyi_FPP4/s1600/calvin-135.gif

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As tendências teórico-metodológicas da profissão
• O Serviço Social tem ou não uma metodologia própria?
• Como qualificar a metodologia do Serviço Social e a polêmica que subjaz este tema?
O objetivo desta unidade é problematizar algumas questões sobre a concepção da
metodologia no ensino do Serviço Social, as quais são marcadas por diferentes posições para
a estruturação de sua grade curricular.
Em primeiro lugar, devemos analisar a questão a respeito da existência ou não de uma
metodologia no Serviço Social, uma vez que a mesma se encontra registrada na divisão social
do trabalho como profissão.
O exercício da profissão, presente na definição da Federação Internacional de Trabalhadores
Sociais (FITS, 2011), implica considerar a complexidade da ação, e não apenas a diversidade
da intervenção, articulando-se a mudança com a resolução de problemas e a participação na
busca dos direitos humanos e da justiça social.

O exercício da profissão de assistente social ou trabalhador social promove:


• A mudança social,
• A resolução de problemas no contexto das relações humanas
• A capacidade e empenho das pessoas na melhoria do “bem-estar”.
Aplicando desde teorias de comportamento humano a teorias dos sistemas sociais, o trabalho
social focaliza a sua intervenção no relacionamento das pessoas com o meio que as rodeia.
Sendo que os princípios de direitos humanos e justiça social são elementos fundamentais para
o trabalho social.
Para tanto, devemos entender que o Serviço Social foi institucionalizado com recursos
mobilizados pelo sistema Capitalista, pelo Estado e com o apoio da Igreja. Seu objetivo é atuar
profissionalmente na sociedade frente à questão social. A questão social é uma categoria que
tem sua especificidade enraizada na contradição estabelecida entre capital x trabalho.
A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é a de CARVALHO e
IAMAMOTO, (1983, p.77):

“A questão social não é senão as expressões do processo de


formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso
no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento
como classe por parte do empresariado e do Estado. É a
manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o
proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de
intervenção mais além da caridade e repressão”.

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

Irmã Catarina Cola, Irmã Maria Luiza Nogueira, Assistente


social da ACM e refugiado da Hungria
Ocorreram grandes tensões de classes nos
anos 1930, acompanhadas pelo processo
de constituição e consolidação do mercado
capitalista de trabalho. Neste contexto, o
Serviço Social institucionalizou-se como um
tipo de ação social que realiza interface entre
o Estado e a sociedade civil. O seu principal
foco é o proletariado, no sentido de minimizar
problemas materiais e sociais decorrentes do
trabalho assalariado.
Fonte: museudapessoa.net

O ritmo imposto pelas indústrias e sua disciplina permitiam o fortalecimento das bases do poder
dominante vigente e uma maior apropriação econômica. Podemos refletir que o Serviço Social
se fortalece em nossa sociedade atuando frente ao proletariado e como parte integrante de uma
estratégia mais ampla do Estado. Essa estratégia tinha como objetivo primário criar uma nova
forma de socialização do proletariado, que estivesse mais adequada às condições da vida industrial.
Desta forma, o Serviço Social cresce e se desenvolve como profissão na divisão social do
trabalho com as seguintes características:
• É parte de uma estratégia de classe;
• Apresenta um projeto para a sociedade que preserva suas origens filantrópicas no decorrer
de seu desenvolvimento;
• Emerge um tipo de ação social de cunho político; este aspecto político não se dá explicitamente;
• Permite a execução de atividades burocráticas pautadas pelo fornecimento de benefícios sociais.

O Capitalismo Monopolista resulta do aumento da indústria e também da


concentração da produção em empresas e que, ao alcançar seu mais alto nível de
desenvolvimento, necessitam da reunião – numa só empresa – dos mais diferentes
ramos industriais combinados que constituem os monopólios.

A partir destes pressupostos que caracterizam a profissão, os Assistentes Sociais passam a


ser reconhecidos como profissionais. Porém, ainda neste momento sua ação não é capaz de
ser identificada com o significado sociopolítico que possui. Isso será possível somente após a
sua imersão na vida social, mais precisamente no processo de desenvolvimento do capitalismo
monopolista e das forças sociais.
A segunda questão se refere à diferença entre metodologia do conhecimento e metodologia de
ação. Uma parcela da categoria profissional e a ABESS (Associação Brasileira de Escolas de Serviço
Social) implementaram a temática de que a questão teórico-metodológica abrangeria as grandes
correntes do pensamento social, a dimensão epistemológica e, além disso, seria necessário
contemplar a outra dimensão da ação profissional, exigindo uma metodologia específica.
O que nos leva ao antigo dilema da relação teoria e prática. Desta forma, devemos refletir
sobre a dicotomia entre metodologia do conhecimento e metodologia da ação.

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Epistemológico – Vem de epistemologia, que em sentido amplo é sinônimo
da teoria do conhecimento ou gnosiologia. Em sentido estrito, designa a teoria
Glossário do conhecimento científico. A epistemologia pode ser vista como a filosofia da
ciência. Ela trata da natureza, da origem e validade do conhecimento, e estuda
também o grau de certeza do conhecimento científico nas suas diferentes áreas,
com o objetivo principal de estimar a sua importância para o espírito humano.

Saiba Mais
A ABESS foi criada em 1946, então denominada Associação Brasileira de Escolas de
Serviço Social, uma década após a instalação do primeiro curso de Serviço Social no
Brasil, a Escola de Serviço Social da PUC-SP. Esta importante entidade acadêmico-
científica completou 66 anos em 2012.
Um marco em sua história foi a Convenção de 1979, após o Congresso da Virada,
quando assume a tarefa de coordenar e articular o projeto de formação profissional,
transformando-se em Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social. A criação do
Centro de Documentação e Pesquisa em Políticas Sociais e Serviço Social (CEDEPSS),
na década de 1980, veio a atender às novas demandas potencializadas com o
surgimento dos Programas de Pós-Graduação, a partir de 1972. Um novo momento
marcante na história da ABESS ocorreu na segunda metade da década de 1990, com
a mudança do seu nome para Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social (ABEPSS), justificada em função da defesa dos princípios da indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão e da articulação entre graduação e pós-graduação,
aliada à necessidade da explicitação da natureza científica da entidade, bem como
a urgência da organicidade da pesquisa no seu interior, hoje por meio dos Grupos
Temáticos de Pesquisa e da Revista Temporalis.
Acesse: http://www.abepss.org.br/paginas/ver/1

Podemos pensar a profissão de Serviço Social e também sua trajetória intelectual como
um modo de ler e conceber a sociedade. O Serviço Social cresce no universo cultural do
pensamento humanista-cristão, e com o tempo, vai se secularizar e, portanto, se modernizar
a partir do pensamento conservador europeu.
O pensamento conservador europeu do anticapitalismo, que tenta ler a sociedade como
uma grande comunidade, e dessa forma faz com que desapareçam as classes sociais da análise.
Nessa ótica privilegia-se o ordenamento das relações sociais solidárias.

Anticapitalismo é um termo tradicionalmente utilizado para designar o


conjunto das correntes de pensamento e ação que se opõem ao capitalismo,
Glossário normalmente entendido como o sistema baseado na propriedade privada,
na livre concorrência de mercado e no trabalho assalariado. Assim, são
considerados anticapitalistas, no sentido tradicional, todas as correntes do
socialismo, do comunismo e do anarquismo.
Mais recentemente, o termo anticapitalista foi também utilizado para designar
o esforço de convergência das diversas vertentes do movimento social: o
movimento ambientalista, o movimento feminista, o movimento operário.

Com o passar do tempo foi incorporado ao Serviço Social a herança das ciências humanas
e sociais, em especial a sua vertente empirista norte – americana.

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

A origem do Serviço Social americano, denominado social work (trabalho social) ocorreu
nas organizações religiosas, especialmente da Igreja Católica Romana. Ela tinha sua prática
fundamentada e inspirada na providência divina, uma vez que “o trabalho social consistia no
reforço da moralidade e da submissão das classes dominadas. Era, portanto, o controle social
da família operária para adequar e ajustar seu comportamento às exigências da ordem social
estabelecida” (FALEIROS, 2001, p. 88).
O Serviço Social, sendo detentor dessa herança intelectual, apresenta alguns vícios de
interpretação, que hoje se contrapõem à análise sobre a metodologia: o pensamento formalista.
Essa formalização no trato da teoria e do método é uma tendência empirista, e desta forma
promove uma descrição e classificação da vida social. Com uma forte marca de recusa da
história, que se traduz na busca de entender o Serviço Social em si e para si mesmo.
Desta maneira, o Serviço Social que se fundou nessa análise não se afirma como necessário
na sociedade, como uma vertente do saber na sua função social, no quadro da divisão do
trabalho entre as ciências. Mas apenas como um tipo de especialização do trabalho na sociedade
que carrega em si um suposto explicar da vida social pautado na ação para a intervenção da
vida na sociedade.
Com esses elementos podemos pontuar uma das polêmicas que estão presentes na compreensão
da metodologia do Serviço Social. Em que se reconhece uma posição contrária a que foi agora
apresentada no sentido que o Serviço Social é entendido como um ramo específico do saber, com
potencial científico autônomo. Com aptidões para levantar sua própria teoria, a medida que é
considerada como uma disciplina particular entre as elencadas pelas Ciências Sociais.
Devemos ter clareza quanto a essas derivações: se o Serviço Social fosse uma ciência, seria
necessário que o mesmo tivesse um campo autônomo de saber. Com isso se torna necessário
a delimitação de um campo peculiar no processo de investigação desse ramo científico, que
deve ser organizado em um corpo teórico particular.
Tratando-se do Serviço Social como uma disciplina de intervenção e, portanto, de uma
metodologia de ação profissional articulada aos elementos teóricos,a torna parceira das
Ciências Sociais.
Esse ponto de vista sustenta que o Serviço Social se institucionaliza como profissão, não
em virtude apenas de sua classificação na divisão de trabalho entre as ciências, mas como um
exercício profissional que é demarcado pela divisão técnica do trabalho e social. Com uma
especialização do trabalho que tem como objetivo a intervenção no processo social, que se
fundamenta numa análise teórico-crítica da sociedade.
Com essa perspectiva o movimento não é buscar uma metodologia própria do Serviço Social.
Porque se entende a metodologia como um modo de conhecer o ser social historicamente.
Mas como uma modalidade de intervenção na vida social atendendo às demandas profissionais
postas na sociedade.
Com essa linha de raciocínio se ressalta e também se sustenta uma perspectiva teórico-
metodológica que, não sendo apenas propriedade do Serviço Social, e também de nenhuma
outra disciplina em particular, se configura como uma leitura da sociedade para propor uma
ação nessa sociedade.

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A terceira questão que aparece no debate é a distinção entre concepções teórico-
metodológicas e as estratégias, técnicas e procedimentos da intervenção profissional. Também
conhecida como segmentação entre a metodologia do conhecimento e a metodologia da
intervenção. Quais são as fontes dessa separação entre metodologia do conhecimento e
metodologia da ação?

É necessário pontuar dois problemas nessa questão: o primeiro quanto à questão teórica
e prática e o segundo, o estatuto da metodologia abordado dentro dos parâmetros do
pensamento marxista.

Devemos compreender que a metodologia do conhecimento contempla os problemas das


relações entre a razão e a realidade nas questões que se referem à prática social (eixos dos
debates filosóficos do século XIX). A dicotomia pela busca entre o conhecer e o agir encontra-
se na proposta de Hegel na virada do século e consolidada por Marx em sua defesa da
unicidade entre a realidade social e a razão filosófica.

Saiba Mais

Friedrich-Hegel
Para refletir sobre as questões do conhecer e do agir,
sugerimos a leitura das seguintes obras de Hegel:
Fenomenologia do Espírito, referenciada como um processo
de conhecer da consciência; e a Ciência da Lógica, obra
que dedica um capítulo à vida local;conhecer tem seu lugar
por excelência.

Jakob Schlesinger (1792-1855)/Wikimedia Commons

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

O que se entende por prática no pensar da relação teoria e prática?


Compreender a prática não apenas no que se refere à do Assistente Social entendida
como “práxis do Serviço Social”. Mas o entendimento da prática social que é essencialmente
histórica. Não se tratando de qualquer prática, mas aquela da sociedade baseada na indústria,
da sociedade capitalista em sua fase monopolista.
Para Marx, é nessa busca para compreender essa maneira de ser, de organizar, de trabalhar
coletivamente em uma sociedade que se torna possível privilegiar a ciência da história. Assim,
englobando o mundo do ser humano na sua relação com a natureza, na efetiva prática do
homem através do trabalho que se produz o ser social. Portanto, em uma relação de unidade
entre a sua manipulação da natureza na produção de instrumentos de trabalho, produz relações
sociais e gera necessidades sociais concretizando-se em obras e produtos para atenderem à
necessidade do ser humano.
Podemos compreender que o fundamento da prática social baseia-se nas seguintes premissas:
• No trabalho social e coletivo;
• Num processo de criação em sua essência, por meio do qual o homem transforma e
exterioriza suas forças genéricas;
• Nas relações que mantém com os outros homens.

Diante da sociedade em que estamos inseridos, o trabalho não só cria o homem, o trabalho
também é fator determinante de alienação. Sua atividade que contém em seu cerne um potencial
criativo adquire uma nova forma mercantil, que dissimula as relações sociais, alienando-as.
Assim, como pode ser pensada a teoria neste contexto?
Vejamos que a questão da teoria e prática em um dos seus aspectos afirma que nessa relação o
critério de verdade está na prática, essa verdade só é descoberta numa relação teórica com a prática.
Para Marx:

“Toda vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que


desviam a teoria para o misticismo encontram sua solução racional
na práxis humana e na compreensão dessa práxis”.
(K.Marx.Teses sobre Feuerbach. In: K.Marx e F.Engels. Textos 1. São Paulo: Edições Sociais, 1975, p.120)

Analisando essa perspectiva, a teoria não está desvinculada da ação. Pois ela se afirma como
crítica-teórica das elaborações que explicam a dinâmica da sociedade. Sendo assim, a teoria se
afirma também como uma teoria de possibilidades da ação. Se a teoria é condição para explicação
do real, é também condição para agir mostrando possibilidades de ação no processo social.
Com essa compreensão, não se embasa a reivindicação de uma dupla metodologia: uma ligada
à esfera do conhecimento e a outra da ação. Podemos compreender que a teoria não pode ser
aplicada à realidade, mas é fonte para uma análise criativa que fornece especificidades da formação
da sociedade, dos movimentos e forças políticas e principalmente dos atores sociais presentes.
No enfrentamentodo desafio profissional de trabalhar na perspectiva teórico-metodológica,
se faz necessário compreender que a partir das grandes leis e tendências da sociedade burguesa
apreendemos suas particularidades históricas do movimento atual. Sem esse referencial se
torna impossível entender e conduzir criticamente a ação do profissional de Serviço Social.

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Observamos que a questão teórico-metodológica se refere ao modo de ler, de interpretar,
de se relacionar com o ser social. Em uma relação entre o sujeito e o objeto a ser investigado
para encontrar a maneira de explicar a sociedade e os fenômenos da sua constituição.
Devemos ter clara a importância do profissional de Serviço Social deter um compromisso
político na análise da sociedade e principalmente no exercício da profissão. Isso não depende
apenas da formação de uma opção política, mas exige construção de competência teórica.
Essa condição se torna essencial para superar a trajetória que marca o Serviço Social e nos
colocou como missionários em sua origem, profissionais técnicos em outros. No momento
atual buscamos a condição de intelectuais e pesquisadores.
Desta maneira, estaremos rompendo com a condição de caráter técnico que se refere à
condição de dominar um único aspecto específico da realidade. Estamos à procura de entender
nossa prática concomitante com o processo global. Sendo este um recurso que se torna
indispensável para não nos tornarmos profissionais cooptados.
Segundo Coutinho:

“o processo de cooptação não obriga necessariamente o


intelectual cooptado a colocar-se diretamente a serviço das classes
dominantes enquanto ideólogo: ou seja, não obriga a criar ou
a defender apologias ideológicas diretas do existente. O que a
cooptação faz é induzi-lo- através de várias formas de pressão,
experimentadas consciente ou inconscientemente. O intelectual
cooptado pode experimentar seu isolamento como uma danação
da qual não pode se libertar”.
(C. N. Coutinho. Cultura e democracia no Brasil. Op.cit.,p.136)

O exercício de uma consciência crítica é fundamental para estimular a maturação do


profissional de Serviço Social. Desta maneira, pode ocorrer uma redução nas abordagens
classificatórias, mecanicistas, que propicia o esvaziamento do potencial da sua natureza
explicativa, atitude que reforça o empirismo na prática profissional.

O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria


é adquirida por percepções; pela origem das ideias por onde se percebe as coisas,
independente de seus objetivos e significados.

Devemos entender no primeiro momento o estatuto da metodologia do Serviço Social


indicando elementos que possam definir de forma clara o significado da profissão na
sociedade. Assim, se faz necessário compreender historicamente as determinações sociais
que a qualificam na divisão social do trabalho. Bem como conhecer nossas raízes teóricas
do Serviço Social, na forma de lermos a sociedade.
A partir daí será possível detectar os importantes fundamentos e a crítica dos modos de pensar
o exercício profissional com sua incorporação histórica. Eles se encontram completamente
ligados à herança intelectual e cultural do pensamento social na modernidade, e se colocam
de forma especial na corrente conservadora positivista. A corrente conservadora positivista,
por ter uma abordagem prática, aparece no exercício profissional como sendo uma resposta
imediata às diversas expressões e manifestações da questão social.

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

Material Complementar

Vídeos:
Uma Noite em 67 é um documentário brasileiro de 2010, dirigido por Renato Terra
e Ricardo Calil. No final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, em
21 de outubro de 1967. Entre os candidatos que disputavam os principais prêmios
figuravam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil com Os Mutantes, Roberto
Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra da viola no palco
e lançado para a plateia, depois das vaias para “Beto Bom de Bola”. Com imagens de
arquivo e apresentações de músicas como “Roda Viva”, “Alegria Alegria”, “Domingo
no Parque” e “Ponteio”, o filme registra o momento do tropicalismo, os rachas artísticos
e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos até
hoje no cenário musical brasileiro.
https://www.youtube.com/watch?v=FOsXaaW4Pkk

Livros:
Fruto de quinze anos de pesquisas incansáveis, o livro se apoia em dados que remontam ao
século XVIII, provenientes de mais de vinte países, para chegar a conclusões explosivas. O
crescimento econômico e a difusão do conhecimento impediram que fosse concretizado o
cenário apocalíptico previsto por Karl Marx no século XIX. Porém, os registros históricos
demonstram que o capitalismo tende a criar um círculo vicioso de desigualdade, pois,
no longo prazo, a taxa de retorno sobre os ativos é maior que o ritmo do crescimento
econômico, o que se traduz numa concentração cada vez maior da riqueza. Uma situação
de desigualdade extrema pode levar a um descontentamento geral e até ameaçar os
valores democráticos. O capital no século XXI nos obriga a refletir profundamente sobre
as questões mais prementes de nosso tempo.
PIKETTY, Thomas. O capital no séc. XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

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Referências

Coutinho, C.N. Cultura e democracia no Brasil. in: A democracia como valor universal.
2.ed.Rio de Janeiro: Salamandra,1984.p.121-161.
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no
Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983
FALEIROS, Vicente de Paula. Saber profissional e poder institucional. 6 ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
Marx, K. Teses sobre Feuerbach. In: ENGELS, F. Textos, São Paulo, Edições Sociais,
v.1,1975.
NETTO, José Paulo. O Serviço Social e a tradição marxista. Revista Serviço Social e
Sociedade, n. 30, Cortez, São Paulo, 1989.
__________________Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-
64. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

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Unidade: As tendências teórico-metodológicas da profissão

Anotações

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