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ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

SUMÁRIO

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA ............................................................... 04
POSIÇÃO ANATÔMICA ........................................................................................................... 06
DIVISÃO DO CORPO HUMANO ........................................................................................... 06
PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO .................................................................................. 10
ORGANIZAÇÃO DO CORPO ................................................................................................. 11
Niveis Estruturais e Funcionais de Organização .............................................................................................. 11
FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA ................................. 12
Fatores Individuais ...................................................................................................................................................... 13
CAVIDADES DO CORPO ......................................................................................................... 13
SISTEMA ESQUELÉTICO .......................................................................................................... 15
ARTICULAÇÕES ......................................................................................................................... 17
SISTEMA MUSCULAR................................................................................................................ 24
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos .............................................................. 24
Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras: .................................................................................. 26
PRINCIPAIS MÚSCULOS ........................................................................................................... 29
MEMBRO SUPERIOR................................................................................................................................................... 29
ANTERIORES DO BRAÇO ......................................................................................................................................... 30
POSTERIORES DO BRAÇO ....................................................................................................................................... 31
LATERAIS DO ANTEBRAÇO .................................................................................................................................... 31
MÚSCULO DO DORSO ............................................................................................................................................. 32
MÚSCULOS DO ABDÔMEM ................................................................................................................................... 32
MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR ................................................................................................................... 34
MÚSCULOS DO QUADRIL ....................................................................................................................................... 34
MÚSCULOS DA COXA ............................................................................................................................................... 35
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA ........................................................................................................................ 39
MÚSCULOS DORSAIS DA COXA ........................................................................................................................... 41

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SISTEMA NERVOSO .................................................................................................................. 44
AÇÃO REFLEXA ........................................................................................................................................................... 45
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO ............................................................................................... 45
NEURÕNIOS.................................................................................................................................................................. 46
CORPO CELULAR ........................................................................................................................................................ 46
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO ......................................................................................................................... 47
SISTEMA NERVOSO CÉREBRO-ESPINHAL ......................................................................................................... 48
Sistema nervoso autônomo .............................................................................................................................. 50
SISTEMA CIRCULATÓRIO ........................................................................................................ 52
VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO ............................................................................................................................ 57
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES .................................................................................................................... 58
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES ..................................................................................................................... 59
SISTEMA RESPIRATÓRIO ......................................................................................................... 61
SISTEMA DIGESTIVO ................................................................................................................ 67
SISTEMA URINÁRIO .................................................................................................................. 75
SISTEMA GENITAL MASCULINO ........................................................................................... 78
SISTEMA GENITAL FEMININO ............................................................................................... 82
SISTEMA AUDITIVO .................................................................................................................. 86
COMO FUNCIONA O SISTEMA AUDITIVO ....................................................................................................... 89
SISTEMA VISUAL ....................................................................................................................... 90
SISTEMA TEGUMENTAR .......................................................................................................... 95
Composição da pele ................................................................................................................................................... 95
Anexos da pele............................................................................................................................................................. 96
FISIOLOGIA DA PELE ................................................................................................................................................. 96
SISTEMA ENDÓCRINO............................................................................................................. 97
GLÂNDULAS E HORMÔNIOS ................................................................................................................................. 97
ANEXOS ................................................................................................................................... 102

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ANATOMIA E
FISIOLOGIA HUMANA

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Prezado/a discente, a leitura do texto a seguir é introdutória e servirá de
subsídio para as discussões ao longo dessa Unidade Educacional,
compreendendo uma Atividade à Distância (12h).

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA

No conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e


microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Especificamente, a anatomia (Ana = em partes; Tomein = cortar) macroscópica é
estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas.

• Conceito de variação anatômica e normal

Uma vez que a Anatomia Humana utiliza como material de estudo o corpo do
homem, torna-se necessário fazer alguns comentários sobre este material. A simples
observação de um grupamento humano evidencia de imediato, diferenças
morfológicas entre os elementos que compõe o grupo. Estas diferenças morfológicas
são denominadas de variações anatômicas e podem apresentar-se externamente
(variação anatômica externa) ou em qualquer dos sistemas do organismo (variação
anatômica interna), sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo.

As descrições anatômicas contidas no Atlas ou nos livros textos obedecem a


um padrão que não inclui a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao
que na maioria dos casos, ao que é mais frequente; para o anatomista o padrão é
normal, numa conceituação, portanto, puramente estatística.

• Anomalia e monstruosidade

Variações morfológicas que determinam perturbação funcional, como por


exemplo, o indivíduo que possui um dedo a menos na mão direita, diz-se que se
trata de anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo
a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral,
incompatível com a vida, denomina-se monstruosidade (por exemplo, a agenesia - a
não formação do encéfalo).

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• Fatores gerais de variação

Além das variações anatômicas ditas individuais, devem-se acrescentar


aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução.

• Nomenclatura anatômica

Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de


termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o
nome de Nomenclatura Anatômica. A nomenclatura Anatômica tem caráter
dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões
suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos
Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua
morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Foram abolidos
os epônimos (nome de pessoas para designar coisas). Ao designar uma estrutura do
organismo, a nomenclatura procura adotar termos que não sejam apenas sinais para
a memória, mas tragam também alguma informação ou descrições sobre a referida
estrutura (como a forma, a sua posição, seu trajeto, sua função, etc.).

• Divisão do corpo humano

O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros.

Figura 1.1: Divisão do corpo humano.

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POSIÇÃO ANATÔMICA

Para estudar e indicar as partes do corpo humano, toma-se como padrão ou


modelo uma posição convencional, chamada posição anatômica para descrição do
indivíduo. Segue abaixo a descrição da posição anatômica:

Corpo ereto; Membros Superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao


corpo, de cada lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente;
Membros Inferiores estendidos, unidos, com os pés juntos e acolados e com as
pontas dos dedos também dirigidos para diante; Olhar em direção ao horizonte.

Esta posição é sempre utilizada como referência, podendo o indivíduo estar


sentado, deitado em qualquer dos decúbitos para dissecação, necropsia, exame
físico clínico, cirurgia, mas o observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na
posição anatômica.

Posição Anatômica:

DIVISÃO DO CORPO HUMANO

O corpo humano pode ser dividido da seguinte maneira:

• CABEÇA
• PESCOÇO
• TRONCO
• MEMBROS

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Cada uma dessas partes apresenta-se subdividida da forma abaixo:

- Cabeça
Crânio Face
- Tronco
Tórax Abdome
Pelve Dorso

- Membros Superiores
Porção Fixa (raiz): Ombro
Porção Móvel: Braço, Antebraço e Mão

- Membros Inferiores
Porção Fixa (raiz): Quadril
Porção Móvel: Coxa, Perna e Pé

• Entre o braço e o antebraço, encontra-se a articulação do cotovelo; entre o


antebraço e mão, encontra-se a articulação do punho.

• Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho; entre a perna e o pé encontra-se


o tornozelo.

Cada subdivisão apresenta ainda outras divisões e regiões de importância


topográfica:

- Cabeça
Fronte (Região Frontal)
Região Occipital (Occipúcio)
Têmpora (Região Temporal)
Região Mastoidea
Orelha
Região Zigomática
Crânio
Face: Olho, Bochecha, Nariz, Boca e Mento (Região Mentual)

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- Pescoço
Região Cervical Posterior

- Tronco
Tórax: Peito (Região Peitoral), Região Mamária, Região
Inframamária e Axila (Fossa axilar).
Abdome: Região umbilical, Região Inguinal, Região Púbica.
Dorso: Região Lombar, Região Sacral.

- Membros Superiores
Cíngulo do Membro Superior
Região Cubital: Região Cubital Anterior (Fossa Cubital)
Palma da Mão (Face Volar)
Dorso da Mão
Eminência Tênar e Hipotenar

- Membros Inferiores
Cíngulo do Membro Inferior
Região Glútea (Nádegas): Fenda Interglútea
Região Poplítea
Região Sural
Planta do Pé
Dorso do Pé
Principais Partes e Regiões do Corpo Humano

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Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

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PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO

Os planos anatômicos de secção são utilizados com o objetivo de cortar o


corpo humano em partes ou metades, de modo a possibilitar o estudo de sua
estrutura interna. Dentre eles, os mais importantes são:

• Plano de Secção Sagital Mediano: divide o corpo humano em metades direita


e esquerda.
• Plano de Secção Sagital ou Sagital Paramediano: divide o corpo humano em
partes direita e esquerda.
• Plano de Secção Frontal ou Coronal: divide o corpo humano em partes
anterior e posterior.
• Plano de Secção Transversal: divide o corpo humano em partes superior e
inferior.

Planos de Secção

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

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ORGANIZAÇÃO DO CORPO

Níveis Estruturais e Funcionais de Organização

• Nível de Célula

A célula é o componente estrutural e funcional básico da vida. Os humanos


são organismos multicelulares compostos de 60 a 1000 trilhos de células. É no nível
celular microscópico que tais funções vitais como o metabolismo, crescimento,
irritabilidade (resposta a estímulos) reparo e replicação são executadas. As células
são constituídas por átomos – partículas minúsculas que são ligadas entre si para
formar estruturas maiores chamadas moléculas. Certas moléculas, por sua vez, são
agrupadas em arranjos específicos para formar estruturas funcionais menores
chamadas organelas. Cada organela realiza uma função específica dentro da célula.

• Nível de Tecido

Tecidos são camadas ou grupos de células semelhantes que executam uma


função comum. O corpo inteiro está composto de apenas quatro tipos principais de
tecido: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular.

• Nível de Órgão

Um órgão é um agregado de dois ou mais tipos de tecidos que executam


uma função específica. Os órgãos localizam-se ao longo do corpo e variam
grandemente em tamanho e função. Cada órgão geralmente tem um ou mais
tecidos primários e vários tecidos secundários. No estômago, por exemplo, o tecido
epitelial em seu interior é considerado o tecido primário porque as funções básicas
de secreção e absorção acontecem dentro desta camada. Tecidos secundários do
estômago são o tecido conjuntivo de sustentação e os tecidos vascular, nervoso e
muscular.

• Nível de Sistema

Os sistemas do corpo constituem o próximo nível de organização estrutural.


Um sistema do corpo consiste em vários órgãos que têm funções semelhantes ou
inter-relacionadas. Exemplos de sistemas são o sistema circulatório, sistema nervoso,
sistema digestório e sistema endócrino. Certos órgãos podem servir a dois sistemas.
O pâncreas, por exemplo, faz parte dos sistemas endócrino e digestório; a faringe

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serve aos sistemas respiratório e digestório.
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização do Corpo Humano

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

Embora o corpo seja o resultado da integração de todos os sistemas, há


alguns sistemas que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento, situação,
função e devido a fatores didáticos, podem ser associados ou agrupados, caso em
que recebem o nome de Aparelho.

FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA

As variações em pormenores do plano geral de construção do corpo são


características da espécie. Há também um plano constitucional que diferencia um
indivíduo do outro.

Essas pequenas modificações morfológicas não ocorrem ao acaso, eis que


podem ser produzidas por fatores gerais e individuais.

Fatores Gerais: Idade, Sexo, Raça, Biótipo

Há dois tipos extremos: longilíneo e brevelíneo. O longilíneo é alto e magro,


com as extremidades ou membros predominando sobre o tronco. O indivíduo é
mais desenvolvido longitudinalmente, como os jogadores de basquete. O brevelíneo
é baixo e corpulento, com o tronco predominando sobre as extremidades. O
indivíduo é mais desenvolvimento transversalmente, como os lutadores de sumô.

Existem indivíduos mediolíneos, que são aqueles que apresentam


características intermediárias às do longilíneo e do brevelíneo.

São fatores que interferem: Ambiente Biorritmos Gravidade Esporte, Trabalho.

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Fatores Individuais

Os fatores individuais são aqueles restritos a cada pessoa. Refletem as


características individuais dos indivíduos. As variações individuais extremas podem
ser usadas para identificação. A medicina legal, por exemplo, se beneficia das
diferenças individuais nas impressões digitais e daquelas que podem ser observadas
em radiografias, como das arcadas dentárias.

CAVIDADES DO CORPO

O corpo contém duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ventral


(anterior). Cada uma dessas cavidades é limitada por membranas e contém certa
quantidade de fluido ao redor dos órgãos que se encontram dentro das mesmas.

A cavidade dorsal tem duas subdivisões: a cavidade craniana, que aloja o


encéfalo, e a cavidade espinhal (vertebral), que contém a medula espinhal. A
cavidade espinhal comunica-se com a cavidade craniana através do forame magno,
uma larga abertura na face inferior do osso occipital.

A cavidade ventral também apresenta duas subdivisões. Elas são separadas


pelo músculo diafragma em cavidade torácica, superior, e abdómino-pélvica, inferior.

Cada uma dessas cavidades ainda é subdividida. A cavidade torácica é


dividida em cavidade pericárdica, que se encontra ao redor do coração, e cavidades
pleurais, direita e esquerda, onde se encontram os pulmões.

A cavidade abdómino-pélvica é dividida, com propósitos descritivos, em


cavidade abdominal, superior, e cavidade pélvica ou pelve verdadeira, inferior, por
um plano imaginário, oblíquo, que passa através da margem superior da sínfise
púbica, anteriormente, e pelo promontório sacral, posteriormente.

A porção inferior da cavidade abdominal é limitada posteriormente pela


porção alargada dos ossos do quadril, mas sua parede anterior é formada pela
parede abdominal. Essa região expandida é chamada de falsa pelve.

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Cavidades do Corpo – Vistas Anterior e Lateral.

Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003.

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SISTEMA ESQUELÉTICO (Aula 01 – Presencial/8h)

Os ossos são peças rijas, de número, coloração e forma variáveis. O estudo


dos ossos inclui, no sentido mais amplo, o estudo do esqueleto. O esqueleto é o
conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo
do animal e desempenhar várias funções. Como funções importantes podemos
apontar: proteção (para o coração, pulmões e sistema nervoso central), sustentação
e conformação do corpo, local de armazenamento de íons Ca e P, sistema de
alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo
e produção de certas células sanguíneas.

Duzentos e seis ossos constituem o sistema esquelético, o qual fornece


suporte e proteção aos demais sistemas do corpo e proporciona as fixações, nos
ossos, nos músculos pelos quais o movimento é produzido.

• Tipos de esqueletos

O esqueleto pode-se apresentar como:


- Esqueleto articulado: com todas as peças;
- Esqueleto desarticulado: com os ossos isolados inteiramente
uns aos outros;
• Divisão do esqueleto

O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções:


- Esqueleto axial: porção mediana, formando o eixo do corpo, e
composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e
abdome).
- Esqueleto apendicular: são os ossos que se unem ao esqueleto
axial, por exemplo, os ossos que formam os membros.
A união entre estas duas porções se faz por meio de cinturas:
- Escapular (ou torácica, constituída pela escápula clavícula) e
pélvica (constituída pelos ossos do quadril).
• Número de ossos

No indivíduo adulto o número de ossos é de 206. Este número,


todavia, varia, se levarmos em consideração os seguintes fatores:
- Etários (nos adultos ocorrem sinastose- soldadura dos ossos do
crânio), individuais e critérios de contagem.

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• Classificação dos ossos

Há várias formas de classificar os ossos. Entretanto, a classificação


mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos
(em relação ao comprimento, largura ou espessura). Assim, temos:
- Osso longo: possui um comprimento consideravelmente maior
que a largura e a espessura. Ex.: ossos do esqueleto
apendicular (fêmur, rádio, ulna, falanges, tíbia).
- O osso longo apresenta duas extremidades, denominadas
epífises e um corpo, a diáfise. Esta possui, no seu interior, uma
cavidade- canal medular, que aloja a medula óssea.
- Osso laminar: apresenta comprimento e largura equivalentes,
predominando sobre a espessura. Ex.: Ossos do crânio,
escápula, ossos do quadril.
- Osso curto: Apresenta equivalência das três dimensões. Ex.:
ossos do carpo e ossos do tarso.
Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos
descritos acima e são por esta razão e por características que lhe são
peculiares, colocados dentro de uma das categorias seguintes:
- Osso irregular: apresenta uma morfologia complexa que não
encontra correspondência em formas geométricas conhecidas.
Ex.: vértebras, osso temporal.
- Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades (ou seios),
de volume variável, revestidas de mucosas e contendo ar. Ex.:
ossos situados no crânio (frontal, temporal, maxilar, etmóide e
esfenóide).
- Osso sesamóides: desenvolvem-se na substância de certos
tendões (osso intratendíneo) ou da cápsula fibrosa que
envolve certas articulações (osso peri-articular). Ex: patela (osso
intratendíneo).
OBS.: devido as suas peculiaridades morfológicas, há ossos que são
em mais de um grupo. Ex.: osso frontal é um osso laminar e
pneumático; o maxilar é um osso irregular, mas também pneumático.
• Tipos de substância óssea

O estudo microscópio do tecido ósseo distingue substância óssea


compacta e a esponjosa.
• Elementos descritivos da superfície dos ossos

Os ossos apresentam em sua superfície, depressões, saliências e

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aberturas que constituem os acidentes ósseos. As superfícies que se
destinam á articulação com outras peças esqueléticas são ditas
articulares (são lisas e revestidas de cartilagem hialina).
• Periósteo: Membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção
das superfícies articulares.

• Nutrição: Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do


periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na
medula óssea.

• Organização macroscópica

Figura: Substância óssea compacta e esponjosa.

ARTICULAÇÕES

Articulação é a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto,


quer sejam ossos ou cartilagens. Possibilitam movimentos em numerosas partes do
esqueleto. Algumas fazem união imóvel, mas a maioria permite flexibilidade.

• Classificação das articulações

O critério utilizado para a classificação das articulações é a natureza do


elemento que se interpõe ás peças que se articulam, podendo ser classificadas
como fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.

a) Articulações Fibrosas

O elemento que se interpõe ás peças que se articulam é o tecido


conjuntivo fibroso, e a maioria delas se apresentam no crânio. É
evidente que a mobilidade nestas junturas é extremamente reduzida,
embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade.
Há três tipos de junturas fibrosas:

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• Suturas

São encontradas entre os ossos do crânio.

Figura 3.1: Suturas no crânio de recém-nascido.

A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em


contato é variável, reconhecendo-se:

• Sutura plana: União linear retilínea. Ex.: entre o parietal e o


temporal.
• Sutura escamosa: União em bisel. Ex.: entre o parietal e o temporal.
• Sutura serreadas: União em linha denteada. Ex.: entre os parietais.

No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é


incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é
muito maior. Há alguns pontos onde a separação dos ossos é ainda
maior pela presença de maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso.
Estes são pontos fracos na estrutura do crânio, denominadas
fontanelas ou fontículos e vulgarmente chamados de “moleiras”.

Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido


interposto (sinostose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco,
desapareçam.

 Sindesmose
Não ocorre entre os ossos do crânio, e só registra um exemplo:
sindesmose tíbio-fibular distal.
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 Gonfose
Une a raiz do dente ao seu respectivo alvéolo, preenchendo o
espaço entre ambos.

b) Articulações Cartilaginosas

O tecido que se interpõe é cartilaginoso e a mobilidade é


reduzida. Quando se trata de cartilagem hialina, temos a sincondrose;
nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Então, temos:

 Sincondrose (cartilagem hialina).


Ex: sincondrose esfeno-occipital.

 Sínfise (cartilagem fibrosa).


Ex: sínfise púbica e o disco intervertebral (entre os corpos das
vértebras).

c) Articulações Sinoviais

O elemento que se interpõe ás peças que se articulam é um


liquido denominado sinóvia ou líquido sinovial. Este tipo de articulação
permite um grau desejável de movimentação.

Os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não


prendem nas superfícies de articulação, como ocorre nas junturas
fibrosas e cartilaginosas. Nas junturas sinoviais o principal meio de
união é representada pela cápsula articular (manguito), que envolve a
articulação prendendo-se nos ossos que se articulam.

São características das junturas sinoviais a cápsula articular,


cavidade articular e líquido sinovial.

 Superfícies articulares e seu revestimento


Superfícies articulares são aquelas que entram em contato numa
determinada juntura. Estas superfícies são revestidas em toda
sua extensão de cartilagem hialina (cartilagem articular).

 Cápsula articular
Membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um

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manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa
(externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é mais
resistente e pode estar reforçada por ligamentos capsulares,
destinados a aumentar sua resistência. Em muitas junturas
sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular
denominados extra-capsulares ou acessórios, e no joelho,
aparecem também ligamentos intra-articulares. A membrana
sinovial é vascularizada e inervada, sendo encarregada da
produção do liquido sinovial.

 Discos e meniscos
Em várias junturas sinoviais, interposto ás superfícies articulares,
encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos
intra-articulares. Possuem funções discutidas: serviriam á melhor
adaptação das superfícies que se articulam ou seriam estruturas
destinadas a receber violentas pressões, agindo como
amortecedores.

 Principais movimentos realizados pelo segmento do corpo


O movimento em uma articulação faz-se, obrigatoriamente, em
torno de um eixo, denominado de eixo de movimento. A
direção destes eixos é antero-posterior (ventral- dorsal), latero-
lateral e longitudinal (crânio-caudal). A direção do eixo de
movimento é sempre perpendicular ao plano no qual se realiza
o movimento em questão. Assim, todo movimento é realizado
em um plano determinado e o seu eixo de movimento é
perpendicular aquele plano. Os principais movimentos são:

- Movimentos angulares: nestes movimentos há uma diminuição


(flexão) ou aumento (extensão) do ângulo existente entre o
segmento que se desloca e aquele que permanece fixo. Os
movimentos de flexão e extensão ocorrem em plano sagital e,
portanto, o eixo de movimento é latero-lateral.
- Adução e abdução: são movimentos nos quais o segmento é
deslocado em direção ao plano mediano ou em direção
oposta, isto é, afastando- se dele. Os movimentos de adução e
abdução desenvolve-se no plano frontal e seu eixo de

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movimento é antero- posterior.
- Rotação: é o movimento em que o segmento gira em torno de
um eixo longitudinal (vertical). Assim, nos membros, pode-se
reconhecer uma rotação medial e uma rotação lateral. A
rotação é feita em plano e o eixo de movimento é longitudinal.
- Circundação: em alguns segmentos do corpo, especialmente
nos membros, o movimento combinatório que inclui a adução,
extensão, abdução e flexão resultam na Circundação.
 Classificação funcional das articulações sinoviais
O movimento das articulações depende, essencialmente, da
forma das superfícies que entram em contato e dos meios de
união que podem limita-lo. As articulações podem realizar
movimentos em torno de um, dois ou três eixos.

Assim temos:
- Mono-axial: realiza movimentos apenas em torno de um
eixo ou que possui um grau de liberdade.
- Bi-axial: realiza movimentos em torno de dois eixos (dois
graus de liberdade).
- Tri-axial: realiza movimentos em torno de três eixos (três
graus de liberdade).

Articulações que só permitem flexão e extensão, adução e


abdução, como a rádio- cárpica (articulação do punho), são bi-
axiais. Aquelas que realizam além da flexão, extensão, adução e
abdução, também a rotação, são ditas tri-axiais, como as
articulações do ombro e do quadril.

 Classificação morfológica das junturas sinoviais


O critério de base para a classificação morfológica das junturas
sinoviais é a forma das superfícies articulares (“encaixe ósseo”).
Assim, temos:

- Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente


curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a
outra em qualquer direção. O deslizamento existente nas
articulações planas é discreto. Ex: articulação sacro-ilíaca,
entre os ossos curtos do carpo, tarso e entre os corpos das

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vértebras.
- Gínglimo: este tipo de articulação é também denominado
de dobradiça (devido ao movimento de flexão e extensão
que ela realiza). Realizando apenas flexão e extensão, as
junturas sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. Ex:
articulação do cotovelo e entre as falanges.
- Trocóide: neste tipo as superfícies articulares são
segmentos de cilindros. Essas junturas permitem rotação e
seu eixo de movimento é único, é vertical sendo portanto,
mono-axial. Ex: articulação rádio-ulnar proximal
responsáveis pelos movimentos de pronação e supinação
do antebraço.
- Condilar: as superfícies articulares são de forma elíptica.
Estas junturas permitem flexão, extensão, abdução e
adução, mas não rotação. Possuem dois eixos de
movimento, sendo, portanto, bi-axiais. Ex: articulação rádio-
cárpica (ou do punho), articulação temporomandibular
(entro o osso temporal e a mandíbula).
- Em sela: nesse tipo de articulação a superfície articular de
uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando
concavidade num sentido e convexidade em outro e se
encaixa numa segunda peça onde convexidade e
concavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira.
Esta articulação permite flexão, extensão, abdução e
adução (consequentemente também circundação), mas é
classificada como bi-axial. O fato é justificado porque a
rotação isolada não pode ser realizada pelo polegar (só é
possível com a combinação dos outros movimentos). Ex:
articulação carpo-metacárpica do polegar.
- Esferóide: apresentam superfícies articulares que são
segmentos de esferas e se encaixam em receptáculos ocos.
Este tipo de juntura permite movimentos em torno de três
eixos de movimento, sendo, portanto, tri-axial (permitem
movimentos de flexão, extensão, abdução e circundação).
Ex: articulação do ombro e do quadril.
 Articulações sinoviais simples e composta
- Simples: quando apenas dois ossos entram em contato
numa juntura sinovial. Ex: articulação do ombro.
- Composta: quando três ou mais ossos participam da
articulação ou juntura sinovial. Ex: articulação do cotovelo
(úmero, rádio e ulna).

22
Figura: Articulação ou juntura sinovial.

Figura: Cápsula articular da articulação do quadril.

23
SISTEMA MUSCULAR

As células musculares são especializadas em contração e relaxamento. Estas


células grupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas
músculos, os quais se acham fixados pelas suas extremidades. Assim, músculos são
estruturas que movem os seguimentos do corpo por encurtamento da distância que
existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. Miologia os estuda.
Os músculos são os elementos ativos do movimento, sendo os ossos os elementos
passivos do movimento (alavancas biológicas). A musculatura não só torna possível
o movimento humano como também mantêm unidas as peças ósseas determinando
a posição e a postura do esqueleto.

• Variedade de músculos

A célula muscular está geralmente sob controle do sistema nervoso. Cada


músculo possui seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para controlar
todas as células do músculo, a divisão mais delicada destes ramos, termina num
mecanismo especializado conhecido como placa motora. Quando um impulso
nervoso passa através do nervo, a placa motora transmite o impulso à células
musculares determinando a sua contração. Se o impulso de contração resulta num
to de vontade, diz-se que o músculo é voluntário (músculo estriado esquelético). Se o
impulso de contração parte de uma porção do sistema nervoso sobre o qual o
indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário (músculo
liso e estriado cardíaco).

Figura 4.1: m. liso (involuntário) Figura 4.2: m. estriado esquelético (voluntário)

Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos

Um músculo esquelético típico possui uma porção me dia e extremidades. A


porção média recebe o nome de ventre muscular, sendo esta a parte ativa do

24
músculo (parte contrátil). Quando as extremidades são cilindroides ou em forma de
fita, são chamadas de tendões; quando são laminares recebem o nome de
aponeuroses.

Figura 4.3: Ventre muscular; tendão Figura 4.4: Ventre muscular; aponeurose

OBS.: Os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto,


podendo fazê-lo em outros elementos: cartilagem, cápsulas articulares,
. septos intermusculares, derme, tendão de outro músculo. Em um grande

número de músculos, as fibras dos tendões têm dimensões tão reduzidas


que se tem a impressão de que o ventre muscular se prende diretamente ao
osso; em poucos músculos, parecem interpostos a ventres de um mesmo
músculo, e esses tendões não servem para a fixação do esqueleto.

• Fáscia muscular

É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Par que o
músculo possa exercer eficientemente o trabalho de tração é necessário que ele
esteja dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia
muscular. Outra função desempenhada pela fáscia é permitir o deslizamento dos
músculos entre si.

• Origem e inserção

Por razões didáticas convencionou chamar de origem a extremidade do


músculo presa à peça óssea que não se desloca. Por contraposição, denomina-se
inserção a extremidade muscular presa à peça óssea que se desloca. Origem e
inserção são também denominadas de ponto fixo e ponto móvel.

25
• Classificação dos músculos

Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras:

A função do músculo condiciona sua forma e o arranjo de suas fibras. De um


modo geral e amplo, os músculos têm as fibras dispostas paralelas ou oblíquas à
direção da tração exercida pelo músculo.

 Disposição paralela das fibras


Pode ser encontrado em músculos onde predomina o
comprimento - músculo longo (ex.: m. esternocleidomastóideo),
quanto em músculos nos quais largura e comprimento se
equivalem – músculos largos (ex.: m. glúteo máximo). Nos
músculos longos é comum notar-se uma convergência das fibras
musculares em direção aos tendões de origem e inserção, de tal
modo que na parte média o músculo tem maior diâmetro que
nas extremidades e por seu aspecto característico é denominado
fusiforme (ex.: bíceps braquial). Nos músculos largos, as fibras
podem convergir para um tendão em uma das extremidades,
tomando um aspecto de leque (ex.: m. peitoral maior).

 Disposição oblíqua das fibras


Músculos cujas fibras são obliquas em relação aos tendões são
denominados peniformes. Se os feixes musculares se prendem
numa só borda do tendão falamos em músculo unipenado (ex.:
m. extensor longo dos dedos do pé); se os feixes se prendem nas
duas bordas do tendão, será bipenado (ex.: m. reto da coxa).

 Quanto à origem
Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se
que apresentam mais de uma cabeça de origem. São então
classificados como músculos bíceps, tríceps, quadríceps,
conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem.

 Quanto à inserção
Do mesmo modo os músculos podem se inserir por mais de um
tendão. Quando há dois tendões são bicaudados; três ou mais,
policaudados (ex.: m. flexor longo dos dedos do pé).

26
 Quanto ao ventre muscular
Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com
tendões intermediários situados entre eles, são digástricos os
músculos que apresentam dois ventres (ex.: m. digástrico) e
poligástrico o músculo que apresenta número maior (ex.: m. reto
do abdome).

 Quanto à ação
Dependendo da ação principal resultante da contração, o
músculo pode ser classificado como flexor, extensor, abdutor,
adutor, rotador medial, rotador lateral, supinador e pronador.

• Classificação funcional dos músculos

Quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento ele


é um agonista. Quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, ele é
denominado antagonista. Quando algum músculo atua no sentido de eliminar
algum movimento indesejado ele é dito sinergista.

Figura: m. longo esternocleidomastóideo Figura: m. largo glúteo máximo

Figura: m. bipenado reto da coxa Figura: m. bíceps braquial

27
Figura: m. poligástrico (reto do abdome)

28
PRINCIPAIS MÚSCULOS

REGIÃO LATERAL DO PESCOÇO

ESTERNOCLEIDOMASTOÍDEO

Origem: manúbrio do esterno e terço medial da clavícula.


Inserção: processo mastóide.
Ação: flexão lateral e rotação da cabeça. Inervação: motor: nervo acessório.
Sensorial: plexo cervical.
Irrigação: artéria occipital e artéria tireóidea superior.

MEMBRO SUPERIOR

PEITORAL MAIOR

Origem: metade medial da clavícula, esterno e


seis primeiras cartilagens costais, aponeurose do
m. oblíquo externo do abdome.
Inserção: crista do tubérculo maior do úmero.
Ação: adução e flexão do braço.
Inervação: recebe inervação do plexo braquial
Irrigação: ramos das artérias torácica interna e
toracoacromial.

29
PEITORAL MENOR

Origem: da 2ª à 5ª costela, próximo à união


da cartilagem costal com a costela.
Inserção: borda medial do processo
coracóide.
Ação: estabiliza a escápula. Inervação: n.
peitoral medial. Irrigação: ramos da artéria
axilar.

DELTÓIDE

Origem: espinha da escápula, acrômio e terço


lateral da clavícula.
Inserção: espinha da escápula, acrômio e terço
lateral da clavícula.
Ação: flexão, abdução e extensão do braço.
Inervação: n. axilar.
Irrigação: artéria circunflexa posterior do úmero.

ANTERIORES DO BRAÇO

BÍCEPS BRAQUIAL

Origem: porção longa - tubérculo


supra glenoidal. porção curta -
processo coracóide da escápula.
Inserção: tuberosidade do rádio e,
através da aponeurose do bíceps na
fáscia do antebraço. Ação: flexiona a
articulação do cotovelo e supina o
antebraço.
Inervação: nervo musculocutâneo (C5
-C7). Irrigação: recebe ramos arteriais
da artéria braquial.

30
BRAQUIAL

Origem: 2/3 distais da face anterior do úmero.


Inserção: tuberosidade da ulna.
Ação: flexão do antebraço.
Inervação: n. musculocutâneo.
Irrigação: artéria braquial.

POSTERIORES DO BRAÇO

MÚSCULO TRÍCEPS BRAQUIAL

Origem: porção
longa: tubérculo infraglenoidal da
escápula.
porção lateral: face posterior do úmero
acima do sulco para o n. radial.
porção medial: face posterior do úmero
abaixo do sulco para o n. radial
Inserção: face posterior do olecrano da
ulna.
Ação: extensão do antebraço.
Inervação: n.radial do plexo braquial.
Irrigação: artéria braquial profunda.

LATERAIS DO ANTEBRAÇO

MÚSCULO BRAQUIORADIAL

Origem: crista supracondilar lateral do úmero.


Inserção: face lateral do rádio logo acima do processo
estilóide.
Ação: flexão do antebraço.
Inervação: n. radial.
Irrigação: artéria recorrente radial.

31
MÚSCULO DO DORSO
TRAPÉZIO

Origem: linha nucal superior, protuberância


occipital externa, ligamento nucal, processos
espinhosos de todas as vértebras torácicas.
Inserção: terço lateral da clavícula, acrômio e
espinha da escápula. Ação: eleva, abaixa e
retrai a escápula.
Inervação: ramos do nervo acessório e do
plexo cervical. Irrigação: ramos da artéria
cervical transversa.

MÚSCULOS DO ABDOMEM

Origem: processo espinhosos das 6


últimas vértebras torácicas, crista
ilíaca e fáscia tóracolombar.
Inserção: crista do tubérculo menor
e assoalho do sulco intertubercular.
Ação: extensão, adução e rotação
medial do braço.
Inervação: n. toracodorsal do plexo
braquial.

RETO DO ABDOME

Origem: cartilagem costal das costelas V e VII, processo xifóide do esterno. Inserção:
púbis.
Ação: Ao contrair-se, flexiona o tórax ou levanta a pelve ao mesmo tempo que
comprime as vísceras abdominais, desempenhando importante função na defecação
e no parto. Precisamente esta ação de compressão abdominal o faz intervir na
expiração, já que empurra o diafragma para cima e diminui o volume da caixa
torácica.
Inervação: recebe inervação dos nervos toracoabdominais.
Irrigação: artérias epigástricas e torácica interna.

32
OBLÍQUO EXTERNO

Origem: face externa das 7 últimas costelas


Inserção: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba.
Ação: Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto
Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal.
Inervação: ramos toracoabdominais de V a XII.
Irrigação: artérias intercostais e lombares.

OBLÍQUO INTERNO

Origem: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e linha alba.


Inserção: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal.
Ação: idem ao Oblíquo Externo, porém realiza rotação do tórax para o mesmo lado.
Inervação: nervos toracoabdominais.
Irrigação: artérias lombares, epigástricas, intercostais e circunflexa ilíaca.

TRANSVERSO DO ABDOME

Origem: face interna das 6 últimas cartilagens costais, fáscia toracolombar dos
processos transversos das vértebras lombares, lábio externo da crista ilíaca e
ligamento inguinal.
Inserção: linha Alba nos três quartos superiores.
Ação: aumento da pressão intra-abdominal e estabilização da coluna lombar.
Inervação: 5 últimos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e ílio-inguinal.
Irrigação: ramos das artérias torácicas interna e circunflexa.

33
ATIVIDADE EaD (8h)

Orientação - Assista ao Documentário “Viagem Fantástica do Corpo Humano,


o incrível processo do Nascimento até á morte” (disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Xm0jb7vXSfo); após assistir ao
Documentário, elabore e publique uma síntese de 01 página sobre a estrutura
e funcionamento do corpo humano.

AULA 02 (Presencial/8h)

MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR

Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do


quadril, músculos da região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e
músculos do pé.

MÚSCULOS DO QUADRIL

• Ilíaco

É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto


parcialmente pelo m. psoas.

Origem: fossa ilíaca e espinha ilíaca ântero-inferior.


Inserção: trocanter menor e linha áspera.
Ação: flexão do quadril.
Inervação: ramos musculares do plexo lombar.

• Psoas

É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar,


na face posterior da cavidade abdominal. É composto por duas porções que
também podem ser consideradas como músculos individuais. A maior porção dá-se
o nome de psoas maior e à menor de psoas menor, está porção menor geralmente
esta ausente.

Origem: corpos vertebrais de T12 á L4 e processos costais de L1 á L4.


Inserção: trocanter menor.
34
Ação: flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril.
Inervação: ramos musculares do plexo lombar.
Irrigação: o psoas maior é irrigado pelas artérias lombares, iliolombares, ilíaca
externa e femoral.

MÚSCULOS DA COXA

Quadríceps femoral

Localizado na face anterior da coxa, este músculo envolve quase que por
completo o fêmur. É composto por quatro músculos que recebem nomes distintos,
pois tem origens diferentes, mas possuem uma única inserção comum. São eles:

• M. Reto Femoral:

É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo


bipenado.

Origem: espinha ilíaca-ântero inferior.


Inserção: tuberosidade da tíbia.
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do
joelho.
Inervação: N. femoral.
Irrigação: artéria do quadríceps, ramo da artéria femoral.

• M. Vasto Medial:

É uma lâmina plana e grossa que esta situada na face medial da coxa, se
confunde com vasto intermédio na sua porção anterior.

Origem: lábio medial da linha áspera.


Inserção: tuberosidade da tíbia.
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do
joelho.
Inervação: N. femoral.
Irrigação: artéria femoral.

35
• M. Vasto Lateral:

É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face antero-


lateral da coxa.

Origem: lábio lateral da linha áspera e trocanter maior.


Inserção: tuberosidade da tíbia.
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do
joelho.
Inervação: N. femoral.
Irrigação: artéria do quadríceps e da circunflexa femoral lateral.

• M. Vasto Intermédio:

Está recoberto pelo músculo reto femoral. É um músculo plano que forma a
parte mais profunda do músculo quadríceps.

Origem: face anterior do fêmur.


Inserção: tuberosidade da tíbia.
Ação: flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula articular do
joelho.
Inervação: N. femoral.
Irrigação: ramos da artéria do quadríceps femoral.
Músculos da Coxa e Quadril

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

36
SARTÓRIO

É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e esta situado


anteriormente ao músculo quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é
conhecido como músculo do costureiro, pelo movimento típico dos alfaiates que ele
proporciona.

Origem: espinha ilíaca antero-superior.


Inserção: tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso.
Ação: flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do
joelho.
Inervação: N. femoral.

TENSOR DA FÁSCIA LATA

É um músculo largo e plano, carnoso em sua face externa e tendinoso na sua


face interna. Está situado na face lateral da coxa e do quadril.

Origem: espinha ilíaca antero-superior.


Inserção: extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato
íliotibial.
Ação: flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho.
Inervação: N. glúteo superior.

COXA - Vista Lateral

37
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A Fáscia Lata e o Trato Ílio tibial

A fáscia lata recobre toda a coxa e recebe esse nome pela sua ampla
extensão. Proximalmente, na face anterior da coxa, ela é a continuação das fáscias
abdominais externa e toracolombar, nessa região ela se insere no osso do quadril e
no ligamento inguinal. Na região posterior da parte proximal ela se continua à
aponeurose glútea. Distalmente continua-se com a fáscia da perna, tendo limites
imprecisos. Medialmente reveste a musculatura adutora e essa é sua porção mais
delgada e não aponeurótica. Na porção lateral ela se insere na crista ilíaca e próximo
ao trocanter maior do fêmur adquire um aspecto tendíneo chamado de trato
iliotibial, que corre por toda a face lateral da coxa, sobre o músculo vasto lateral para
se inserir na tíbia.

GRÁCIL

É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma


de cinta, considerado um potente músculo adutor.

Origem: sínfise púbica.


Inserção: extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso.
Ação: adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do
joelho.
Inervação: N. obturatório.
PECTÍNEO

É quadrangular curto e achatado. Está situado entre o músculo iliopsoas e


músculo adutor longo.

Origem: linha pectínea do púbis. Inserção: linha pectínea do fêmur.


Ação: flexão, adução e rotação lateral do quadril.
Inervação: N. femoral e obturatório.
Irrigação: compartilha a irrigação com os músculos adutores.

38
Coxa após remoção dos Músculos do Quadril

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA

Glúteo máximo

É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e o


mais potente dessa região. É responsável pela manutenção da postura ereta.

Origem: no ílio, posteriormente, à linha glútea posterior,


face posterior do sacro e ligamento sacro tuberal.
Inserção: tuberosidade glútea.
Ação: extensão, rotação lateral e abdução no quadril e
auxilia na extensão do joelho.
Inervação: N. glúteo inferior (plexo sacral).
Irrigação: artéria glútea, isquiática, primeira perfurante e
circunflexa posterior.

39
GLÚTEO MÉDIO

É plano e triangular, está situado abaixo do glúteo máximo. Possui radiações


que convergem para formar um forte tendão que o insere no trocanter maior do
fêmur.

Origem: face glútea da asa do ílio.


Inserção: trocanter maior.
Ação: flexão, abdução e rotação medial.
Inervação: N. glúteo superior.
Irrigação: ramo da artéria glútea.

GLÚTEO MÍNIMO

É o menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. É grosso e


triangular, está situado na fossa ilíaca externa.

Origem: no ílio, entre as linhas glúteas posterior e


anterior.
Inserção: trocanter maior.
Ação: abdução e rotação medial da coxa. As fibras
anteriores realizam flexão do quadril.
Inervação: N. glúteo superior (L4 - S1).
Irrigação: ramos arteriais da artéria glútea.

40
Músculos do Glúteo e Posteriores da Coxa

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

QUADRADO FEMORAL

É plano, robusto e quadrilátero. Fica situado na zona de transição entre


região glútea e coxa.

Origem: borda lateral da tuberosidade isquiática.


Inserção: crista intertrocantérica.
Ação: rotação lateral e adução da coxa.
Inervação: ramo do plexo sacral.
Irrigação: recebe ramos arteriais da circunflexa medial e
isquiática.

MÚSCULOS DORSAIS DA COXA

BÍCEPS FEMORAL

41
Triangular e largo. É formado por duas porções, a porção longa é medial,
maior e tem origem no tuber isquiático. A porção curta é menor e lateral, se origina
da linha áspera do fêmur.

Origem:
Porção longa: tuberosidade isquiática.
Porção curta: linha áspera do fêmur.
Inserção:
Porção longa: cabeça da fíbula.
Porção curta: cabeça da fíbula.
Ação: extensão, adução e rotação lateral da coxa e
flexão e rotação lateral da perna.
Inervação: N. isquiático.
Irrigação: sua irrigação provém das artérias perfurantes
da femoral profunda.

ATIVIDADE EaD (16h)

Orientação: Para sistematizar os componentes curriculares, assista aos vídeos


indicados a seguir:

- Sistema Esquelético - disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=6zUVP1OTgds

- Sistema Respiratório – disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=vlY3AOnqLtk

- Sistema Digestivo – disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=6JfDX94htbU

- Sistema Neurológico – disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=QV4QIIzhZcw

- Sistema Circulatório – disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=tf-wvS9g4PI

- Sistema Urinário – disponível em


http://www.dailymotion.com/video/x11xsgg

- Sistema Reprodutor - disponível em


https://www.youtube.com/watch?v=DI8SopABywU

42
Com base nos vídeos assistidos, formule uma questão e poste no chat,
estimulando os/as demais estudantes a respondê-la. Cada estudante deverá postar
01 questão, e responder, no mínimo, 02 questões, exceto a que formulou. O Chat
encerra uma semana após a última aula presencial da Unidade Educacional
“Anatomia e Fisiologia Humana”.

43
Aula 03 (Presencial/8h)

SISTEMA NERVOSO

• Divisão anatômica do sistema nervoso

Figura: Divisão anatômica do sistema nervoso

O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de


comando e desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas
vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até os
órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central.

O sistema nervoso é um conjunto de estruturas cuja função é controlar as


atividades do organismo. Para isso, possui as seguintes propriedades:

• pode receber informações do ambiente através dos órgãos dos sentidos,


como visão, tato; paladar etc. Veja este exemplo: quando estamos com
determinadas doenças e há microrganismos no sangue, o sistema nervoso
recebe informações e pode responder provocando um aumento de
temperatura, que chamamos de febre;

• pode receber informações de dentro do próprio organismo;

• emite ordens para os órgãos trabalharem. Dessa maneira, podemos contrair


os músculos para correr ou suar quando estamos com calor;

• armazena informações. Essa capacidade é denominada memória;

44
• controla as glândulas. Estas, por sua vez, regulam uma série de atividades,
como a glândula hipófise, que regula o crescimento.

AÇÃO REFLEXA

Acompanhe este exemplo de


uma função do sistema nervoso. CÉREBRO

Uma pessoa coloca a mão


sobre uma caneca quente. Num
espaço de tempo muito curto, afasta a
mão.

Para que isso tenha ocorrido,


foi necessário que a informação
partisse da mão e chegasse até uma
estrutura denominada medula
espinhal.

Nesse ponto foi emitida aos


músculos do braço a ordem para
retirar a mão.

Esse tipo de resposta bastante simples é denominado ação reflexa, ou arco


reflexo simples.

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO

Os invertebrados possuem dois cordões longitudinais ao longo do corpo,


denominados gânglios cerebrais. Com eles podem tomar decisões simples, como
fugir de um corpo quente, transpor um obstáculo, e outras.

Nos vertebrados, há um centro nervoso denominado encéfalo. Essa estrutura


permite o controle de atividades complexas, como a caça, a fuga do perigo com
habilidade, o instinto de proteção aos filhotes etc.

Com o aparecimento dos primatas, principalmente do homem, ocorreu


grande desenvolvimento de uma parte do encéfalo denominada cérebro. Isso
possibilitou ao homem a capacidade de aprender.

45
Aprender algo é utilizar o raciocínio e a memória para modificar o próprio
comportamento.

Essa diferença é fundamental entre o ser humano e os outros animais:


enquanto estes repetem as mesmas ações por gerações e gerações, o homem é
capaz de modificar-se.

NEURÔNIOS

Para poder receber, interpretar e responder a estímulos, o tecido nervoso é


constituído de células muito especializadas, denominadas neurônios. Seus principais
componentes são:

• corpo celular: é a região onde se encontra o núcleo e a maior parte do


citoplasma. Possui ramificações denominadas dendritos;

• axônio: é um prolongamento do corpo celular que pode atingir até 1 metro


de comprimento, revestido externamente por uma camada gordurosa,
denominada bainha de mielina. Em sua extremidade também existem
ramificações.

CORPO CELULAR

Um neurônio liga-se a outro através da junção das ramificações do axônio


com os dendritos do corpo celular. A essas junções damos o nome de sinapses.

Os corpos celulares, quando juntos, formam a chamada substância cinzenta


do sistema nervoso; os axônios constituem a substância branca.

46
O impulso nervoso tem natureza
elétrica, e a bainha de mielina serve
para proteger o axônio, impedindo que
o impulso se propague para o exterior.
Podemos comparar essa bainha ao
plástico que recobre os fios elétricos.

DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso do ser humano pode ser dividido em sistema nervoso


cérebro-espinhal, que regula os movimentos da musculatura voluntária e os órgãos
dos sentidos, e o sistema nervoso autônomo (SNA), que controla os movimentos da
musculatura involuntária e muitas funções que não dependem de nossa vontade,
como a regulagem do calibre dos vasos sanguíneos, a dilatação ou contração dos
bronquíolos etc.

47
SISTEMA NERVOSO CÉREBRO-ESPINHAL

O encéfalo é a parte mais importante


do sistema nervoso cérebro-espinhal (também
chamado cefalorraquidiano) e pode ser
dividido em cérebro, cerebelo e bulbo.

A medula espinhal é um
prolongamento do bulbo que percorre um
canal formado pelos orifícios das vértebras.

Tanto do encéfalo quanto da medula


partem nervos que formarão o sistema
nervoso periférico.

Visto de cima, o cérebro apresenta-se


dividido em dois hemisférios pelo sulco
central.

Cada hemisfério divide-se, por sua vez, em quatro lobos: um frontal, um


occipital, um parietal e um temporal, na parte inferior.

Cérebro

É responsável pelas funções superiores,


como a inteligência e a memória. A principal
parte do cérebro envolvida é a sua superfície
externa, denominada córtex. Ele recebe
informações dos órgãos dos sentidos.

48
Cerebelo

Controla os movimentos dos músculos. Recebendo informações do cérebro,


pode coordenar os movimentos de toda a musculatura e manter o equilíbrio do
corpo.

Bulbo

Faz a comunicação da medula com


o encéfalo. Além disso, dele partem nervos
com funções importantes, como o
controle da respiração e dos movimentos
cardíacos.

A medula espinhal, como vimos, é


um cilindro que se comunica com o bulbo
e da qual partem 31 pares de nervos. Sua
região central possui a forma de um H e é
formada por substância cinzenta; a parte
externa é formada por substância branca.

Os nervos que se comunicam com a medula trazem estímulos ou sensações do


corpo e por isso são chamados sensitivos. Há outros nervos que levam estímulos de
resposta para os músculos e por isso são denominados motores.

Todo o sistema nervoso central encontra-se envolvido e protegido por três


membranas: de fora para dentro, temos a dura-máter, a aracnóide (semelhante às
teias de aranha) e a pia-máter. Nos espaços da aracnoide existe um líquido que tem
função de proteção, denominado líquido cefalorraquidiano.

No encéfalo, temos a substância cinzenta na parte externa e a substância


branca no interior.

49
Sistema nervoso autônomo

Os nervos do sistema nervoso autônomo partem do encéfalo ou da medula e


se classificam em simpáticos e parassimpáticos.

São denominados autônomos porque regulam as atividades que não


dependem de nossa vontade, como os batimentos cardíacos, os movimentos
peristálticos, o diâmetro das pupilas etc.

As ações dos nervos simpáticos e parassimpáticos são antagônicas, isto é,


quando um inibe, o outro estimula determinada função e vice-versa.

Abaixo temos alguns efeitos do sistema nervoso autônomo. Esta tabela serve
apenas como exemplo e não é necessário memorizá-la.

50
Figura: Esquema da formação do nervo espinhal.

Figura: Partes componentes do sistema nervoso


central, visto num corte sagital mediano.

51
SISTEMA CIRCULATÓRIO

A função básica do sistema circulatório é a de lavar material nutritivo e


oxigênio às células; também transporta os produtos residuais do metabolismo.

• Divisão

 Sistema sanguinífero: composto por vasos condutores (artérias, veias e


capilares) e coração.
 Sistema linfático: formado por vasos condutores da linfa e órgãos linfóides
(linfonodos e tonsilas).
 Órgãos hemopoiéticos: representados pela medula óssea e pelos órgãos
linfóides (baço e timo).

• Coração

Tem como função atuar como uma bomba contrátil-propulsora para que
ocorra a circulação do sangue. Sua posição corresponde a região do mediastino,
situada na porção medial da cavidade torácica, entre os pulmões, atrás do esterno, à
frente da coluna vertebral e acima do diafragma. O coração apresenta um ápice
(voltado ligeiramente para a esquerda), uma base (posição medial, não tendo
delimitação nítida devido à presença das raízes dos vasos da base) e quatro faces:
uma esternocostal, uma diafragmática e duas pulmonares. As aurículas (orelhas)
situadas nos átrios são como apêndices dos mesmos.

• Partes internas: átrio direito e esquerdo; ventrículo direito e esquerdo.

• Constituição: a camada mais interna corresponde ao endocárdio,


formado por endotélio e camada de vasos. A camada média é dita
miocárdio, formado por tecido muscular estriado cardíaco. Já a camada
mais externa corresponde ao pericárdio, uma camada fibro-serosa de
revestimento do coração, que limita sua expansão durante a diástole
ventricular. Esta camada é subdividida em:

 Pericárdio fibroso ( camada externa fibrosa).


 Pericárdio seroso é subdividido em lâmina parietal (aderente ao
pericárdio fibroso) e lâmina visceral ou epicárdio (camada interna
serosa aderida ao miocárdio).

52
Entre as duas lâminas do pericárdio seroso existem uma cavidade – cavidade
pericárdica ocupada por uma camada líquida, que permite o deslizamento de uma
lâmina contra a outra durante as mudanças de volume.

• Morfologia interna: possui quatro câmaras (tetracavitário), sendo dois


átrios (direito/esquerdo), separados pelo septo inter-atrial (septo sagital
superior) e, dois ventrículos (direito/esquerdo), separados pelo septo
interventricular (septo sagital inferior). O septo átrio- ventricular (septo
horizontal) divide o coração em duas porções, superior e inferior; este
septo possui dois orifícios:

 Óstio átrio-ventricular direito: onde está localizada a valva tricúspide


(comunicação entre átrio e ventrículo direitos).
 Óstio átrio-ventricular esquerdo: onde está localizada a valva
bicúspide/mitral (comunicação entre átrio e ventrículo esquerdos).

As valvas são lâminas de tecido conjuntivo denso recobertas pelo endocárdio,


e que apresenta subdivisões incompletas, as válvulas ou cúspides, que orientam e
controlam o fluxo sangüíneo nos óstios, além de impedir o refluxo sangüíneo.
Portanto, válvula é a unidade e valva é o conjunto.

Quando ocorre a sístole (contração) ventricular, a tensão nesta câmara


aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio
e consequentemente refluxo de sangue para esta câmara. Isso não ocorre porque
cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, os quais são projeções do
miocárdio nas paredes internas do ventrículo.

• Vasos da base: correspondem aos vasos pelo qual o sangue entra e sai do
coração, tendo suas raízes situadas na base deste órgão. São eles:

 Veia cava superior e inferior: desembocam no átrio direito, trazendo


sangue rico em gás carbônico.
 Veias pulmonares: são em número de quatro (duas de cada pulmão) e,
desembocam no átrio esquerdo trazendo sangue oxigenado dos
pulmões.
 Artéria tronco pulmonar: sai do ventrículo direito e bifurca-se em
artérias pulmonares direita e esquerda, levando sangue com alta

53
concentração de gás carbônico para os pulmões; é a primeira artéria a
ser vista na posição anatômica do coração.
 Artéria aorta: sai do ventrículo esquerdo levando sangue oxigenado
para o corpo. Sai do ventrículo como aorta ascendente, forma o arco
aórtico e, então a aorta descendente. O arco aórtico subdivide-se em:
- Tronco braqui-cefálico, que por sua vez se subdivide em Artéria
subclávia direita e Artéria carótida comum direita.
- Artéria carótida comum esquerda
- Artéria subclávia esquerda

• Valvas da base: ao nível dos orifícios de saída do tronco pulmonar e da


aorta, respectivamente no ventrículo direito e esquerdo, existem um
dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue, sendo a valva tronco
pulmonar e a valva aórtica, respectivamente. Cada uma destas valvas é
constituída por três válvulas semilunares.

• Tipos de circulação

• Circulação pulmonar: é a circulação coração – pulmão – coração


(ventrículo direito – artéria tronco pulmonar – pulmão – veias
pulmonares – átrio esquerdo).

• Circulação sistêmica: é a circulação coração – tecidos – coração


(ventrículo esquerdo – artéria aorta – tecidos – veias cavas superior e
inferior – átrio direto).

• Circulação colateral: normalmente, existem anastomoses (comunicações)


entre ramos das artérias ou de veias entre si. Em condições normais, não
há tanta passagem de sangue através destas comunicações, mas no caso
de haver obstrução, o sangue passa a circular ativamente por estas
variantes.

• Circulação portal: uma veia interpõe-se entre duas redes de capilares


(exemplos: circulação portal – hepática e sistema portal na hipófise).

• Sistema de condução

54
O controle da atividade cardíaca é feito através do vago (atua inibindo) e do
simpático (atua estimulando). Atuam no nó sinoatrial (formação situada na parede
do átrio direito), considerado como o “marca-passos” do coração. Daí, ritmicamente,
o impulso espalha-se ao miocárdio, resultando na contração. Este impulso chega ao
nó atrioventricular, localizado na porção inferior do septo interarterial e se propaga
aos ventrículos através do feixe átrio- ventricular.

Figura: Coração.

55
Figura: Esquema das câmaras cardíacas.

Figura: Esquema da circulação portal.

56
VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO

FONTE: Tortora, 2002.

 Veia jugular interna: vai se anastomosar com a veia subclávia para


formar o tronco braquiocefálico venoso.

 Veia jugular externa: desemboca na veia subclávia.

 Veia jugular anterior: origina-se superficialmente ao nível da região


supra-hioídea e desemboca na terminação da veia jugular externa.

57
 Veia jugular posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce
posteriormente ao pescoço para ir desembocar no tronco
braquiocefálico venoso. Está situada profundamente.

VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES

FONTE: Tortora, 2002.

58
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES

FONTE: Tortora, 2002.

59
As veias superficiais dos membros inferiores:
Veia safena magna: origina-se na rede de vênulas da
região dorsal do pé, margeando a borda medial desta região,
passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial
anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa.
Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva
para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia lata
chamado de hiato safeno.
A veia safena parva: origina-se na região de vênulas na
margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do
maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da
perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde
se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas.
A veia safena parva comunica-se com a veia safena
magna por intermédio de vários ramos anastomósticos.

60
SISTEMA RESPIRATÓRIO

• Divisão

O sistema respiratório é dividido em duas partes:

• Porção de condução, constituído por órgãos tubulares aeríferos, como os


brônquios e traquéia (que são apenas condutores aeríferos), a laringe
(também órgão da fonação), faringe (relacionado também com o sistema
digestivo) e o nariz (que também cumpre com a função de olfação).

• Porção de respiração: representada pelos pulmões direito e esquerdo.

• Nariz

No estudo do nariz incluem-se: nariz externo, cavidade nasal e seios


paranasais.

• Nariz externo: tem função de captar oxigênio e expelir gás carbônico,


além da função olfatória. Situa-se no plano mediano da face,
apresentando-se, no homem, como uma pirâmide triangular em que a
extremidade superior é denominada raiz, e a inferior, base. Na base
encontram-se as narinas (aberturas em fenda), separadas por um septo.
O ponto mais projetado da base recebe o nome de ápice, e entre ele e a
raiz estende-se o dorso do nariz.

• Cavidade nasal: localiza-se superiormente à cavidade bucal, separada


dela pelo palato mole (muscular) e pelo palato duro (ósseo). A cavidade
nasal é dividida por um septo osteocartilagíneo em metade direita e
metade esquerda. Este septo é constituído por cartilagem do septo nasal
e lâmina perpendicular do osso etmóide e osso vômer. Comunica-se com
o meio externo através das narinas e com a porção nasal da faringe
através das coanas. As coanas marcam o limite entre cavidade nasal e a
porção nasal da faringe. Esta cavidade é bastante vascularizada (na
porção anterior principalmente), sendo freqüentemente sede de
hemorragias. A cavidade nasal apresenta projeções ósseas sobre ela,
recobertas por muco (camada mucosa), denominada de conchas nasais.
As conchas delimitam meatos que são espaços entre e sob as conchas
nasais. São eles:

61
Concha nasal superior;
Concha nasal média;
Concha nasal inferior;

Meato superior (entre a concha superior e média);


Meato médio (entre a concha média e inferior);
Meato inferior (sob a concha inferior)

• Seios paranasais: localizam-se nos ossos frontal, maxilar, esfenóide e


etmóide, e não possuem funções bem definidas. O seio frontal localiza-se
acima da fossa nasal e comunica-se com o seio etmóide. O seio maxilar
localiza-se lateralmente a cavidade nasal e comunica-se com o seio
etmóide. O seio esfenóide desemboca acima da concha superior e é
posterior a fossa nasal. Já o seio etmóide localiza-se lateralmente a
cavidade nasal, desemboca nos meatos superior e médio e comunica-se
com o os seios frontal e maxilar.

• Faringe

Tubo muscular que faz parte dos sistemas digestivo e respiratório. Localiza-se
posteriormente à faringe, cavidade nasal e bucal, reconhecendo-se nela, três partes:
parte nasal (nasofaringe), superior, que se comunica com a cavidade nasal via
coanas; parte bucal (orofaringe), média, que se comunica com a cavidade bucal pelo
istmo das fauces (ou da garganta); e parte laríngica (laringofaringe), inferior, que se
comunica coma laringe através do ádito da laringe e localiza-se posterior a ela. Não
existem limites precisos entre as três partes da faringe.

Na parede lateral da parte nasal da faringe apresenta-se o óstio faríngico da


tuba auditiva, que marca a desembocadura da tuba auditiva (que comunica a parte
nasal da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio) nesta porção da
faringe. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma
elevação em forma da meia lua, denominada tórus tubal.

• Laringe

É um órgão tubular que atua como via aerífera e órgão da fonação (produção
de som).

62
Localiza-se no plano mediano, anterior a faringe e é continuada diretamente
pela traquéia.

• Esqueleto da laringe: apresenta um esqueleto cartilaginoso, formado por


quatro cartilagens, sendo a cartilagem tireóide a maior de todas e em
forma de V. A cartilagem cricóide é ímpar e inferior a cartilagem tireóide,
enquanto que a cartilagem aritenóide é uma da cada lado, semelhante a
uma pirâmide com o ápice superior, com a base articulando com a
cartilagem cricóide. Estas cartilagens são do tipo hialina. Já a cartilagem
epiglótica é ímpar, mediana, posterior a cartilagem tireóide e a raiz da
língua, sendo uma cartilagem elástica. Existem outras cartilagens na
laringe, porém sem maior importância, e estão interligadas por
ligamentos e músculos.

• Cavidade da laringe: em um corte sagital pode-se observar várias


estruturas. São elas: ventrículo da laringe, que são pequenas
invaginações da laringe, limitado por pregas; prega vestibular, que é a
prega superior de delimitação do ventrículo da laringe; prega vocal é a
prega inferior de delimitação do ventrículo da laringe constituída por
ligamentos e músculos vocais revestidos por muco; vestíbulo é a porção
situada acima da prega vestibular até o ádito da laringe; ádito da laringe,
que é o orifício de entrada da laringe; glote é a porção compreendida
entre as pregas vestibulares e vocal de cada lado da laringe; cavidade
infraglótica representada pela porção situada abaixo da prega vocal e se
continua com a cavidade da traquéia; rima glótica, que é o espaço
existente entre as pregas vocais.

• Traquéia e Brônquios

A traquéia é a continuação da laringe, funcionando como um órgão do


sistema respiratório. É uma estrutura cilindróide, formada por anéis cartilagíneos
incompletos em forma de C sobrepostos e ligados por ligamentos anulares. A
traquéia subdivide-se em brônquios principais (ou de primeira ordem) direito e
esquerdo. Estes dão origem aos brônquios lobares (ou de segunda ordem). Os de
segunda ordem dão origem aos brônquios segmentares (ou de terceira ordem), que
por sua vez dão origem aos segmentos broncopulmonares, que sofrem sucessivas

63
divisões até originar os alvéolos pulmonares. Em cada pulmão, cada brônquio
principal origina uma série de ramificações conhecidas como árvore brônquica.

• Pleura e Pulmão

Pleura é uma membrana serosa que reveste os pulmões, apresentando dois


folhetos:

Pleura pulmonar, que reveste a superfície do pulmão;


Pleura parietal, que reveste a parede interna do tórax.

Entre os dois folhetos, há um espaço contendo líquido, que facilita o deslize


entre as duas favorecendo a mecânica respiratória.

Os pulmões são os principais órgãos da respiração. Estão contidos na cavidade


torácica e entre eles há uma região mediana denominada mediastino (região
ocupada pelo coração). Apresenta um ápice superior e uma base inferior e três faces,
costal (em relação as costelas), medial (voltada para o mediastino) e diafragmática
(onde a base descansa sobre o músculo diafragma).

Os pulmões se subdividem em lobos, sendo em número de três para o direito e


de dois para o esquerdo. Então, tem-se:

Pulmão direito: três lobos (superior/médio/inferior)


Fissura oblíqua e horizontal (separando os lobos)
Pulmão esquerdo: dois lobos (superior/inferior)
Fissura oblíqua

Na sua face medial, cada um dos pulmões apresenta uma fenda em forma de
raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram e saem brônquios, vasos e nervos
pulmonares, constituindo a raiz do pulmão.

64
Figura: Sistema respiratório.

65
Faringe

Figura: corte sagital.

Figura: Selos paranasais, vistos em corte frontal do crânio.

66
AULA 04 (Presencial/8h)

SISTEMA DIGESTIVO

• Divisão do sistema digestivo

Reconhecemos no sistema digestivo um canal e órgãos anexos. Do primeiro


fazem parte órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. O canal
alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esôfago, estômago,
intestinos (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre no meio externo
através do ânus.

• Boca e cavidade bucal

A boca é a primeira porção do canal alimentar. Comunica-se com o exterior


através de uma fenda limitada pelos lábios (rima bucal), e, posteriormente, com a
parte da faringe (orofaringe), através do istmo das fauces (dorso as língua + arco
palatoglosso + úvula). Está limitada lateralmente pelas bochechas e, superiormente,
pelo palato duro e mole e, inferiormente, por músculos.

A cavidade bucal é dividida em duas porções:

Vestíbulo da boca espaço limitado pelos lábios, pelas bochechas, pelas


gengivas e dentes.

Cavidade bucal propriamente dita é o restante.

• Palato

É o teto da cavidade bocal. Temos palato duro, anterior, ósseo, e o palato


mole, posterior e muscular. O palato separa a cavidade nasal da bucal. Do palato
mole projeta-se, no plano mediano, uma saliência cônica, a úvula e, lateralmente
duas pregas denominadas arco palatoglosso (mais anterior) e arco palatofaríngico
(mais posterior). Entre as pregas existe um espaço, a fossa tonsilar, ocupada ela
tonsila palatina (antiga amígdala).

• Língua

É um órgão muscular revestido por mucosa e exerce importantes funções na


mastigação, na deglutição, como órgãos gustativos e na articulação da palavra. Sua
face superior é denominada dorso da língua, onde nota-se o sulco terminal que

67
divide a língua em duas porções: o corpo (anterior) e a raiz da língua (posterior). A
partir da observação da mucosa que reveste o dorso da língua, é possível identificar
papilas linguais (gustativas), que são de vários tipos: papilas filiformes, fungiformes,
foliares e as papilas valadas (logo adiante do sulco terminal).

• Dentes

São estruturas rijas, esbranquiçadas, implantadas em cavidades da maxila e da


mandíbula (alvéolos dentários).

• Glândulas salivares

São consideradas anexos do sistema digestivo. São responsáveis pela secreção


da saliva. As mais importantes são as chamadas extraparietais, que compreendem as
parótidas, submandibulares e sublinguais.

• Faringe

A parte nasal da faringe comunica-se com a cavidade nasal (através da coana).


A parte bucal da faringe comunica-se com a cavidade bucal através do istmo das
fauces (dorso da língua + arco palatoglosso + úvula), e a parte laríngica comunica-se
anteriormente com o ádito da laringe e, posteriormente, é continuada pelo esôfago.
Durante a deglutição, o palato mole é elevado, impedindo que o alimento passe a
nasofaringe e, eventualmente, penetre na cavidade nasal. Por outro lado, a
cartilagem epiglótica fecha o ádito da laringe, evitando que o alimento penetre no
trato respiratório.

• Esôfago

É um tubo muscular que continua a faringe e é continuado pelo estômago.


Pode-se distinguir três porções no esôfago: cervical, torácica e abdominal. No tórax, o
esôfago situa-se anteriormente a coluna vertebral e posteriormente à traquéia. A luz
do esôfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado
por contrações da musculatura de sua parede (movimentos peristálticos).

• Abdome

Até agora, os órgãos descritos estão situados na cabeça, pescoço e tórax, com
exceção da porção mais caudal do esôfago. O restante do canal alimentar localiza-se
no abdome.

68
• Diafragma

Septo muscular que separa o abdome do tórax. A aorta, a veia cava inferior e o
esôfago atravessam o diafragma passando pelo hiato aórtico, forame da veia cava e
hiato esofágico, respectivamente.

• Peritônio

Os órgãos abdominais são revestidos por uma membrana serosa denominada


de peritônio, que apresenta duas lâminas: o peritônio parietal (reveste as paredes da
cavidade abdominal) e o peritônio visceral (envolve as vísceras).

Entre as lâminas, existe uma cavidade peritonial, que contém pequena


quantidade de líquido. Alguns órgãos abdominais situam-se junto da parede
posterior do abdome e, nestes casos, o peritônio parietal é anterior a eles (são ditos
retroperitoneais – rins e pâncreas). As vísceras que ocupam posição retroperitoneais
são fixas. Muitas outras salientam-se na cavidade abdominal, destacando-se da
parede, e o peritônio que as reveste as acompanha, de modo que, entre o órgão e a
parede, forma-se uma lâmina peritoneal denominada meso ou ligamento.

• Estômago

É uma dilatação do canal alimentar que segue ao esôfago e se continua no


intestino. Situa- se abaixo do diafragma, com a maior porção à esquerda do plano
mediano. Descrevem-se no estômago as seguintes partes:

 Região cárdica corresponde a junção com esôfago e onde está


localizado o esfíncter cárdico.
 Fundo gástrico, situado superiormente a um plano horizontal que
tangência a junção esôfago-gástrica.
 Corpo corresponde a maior porção do órgão.
 Antro, situado inferiormente a um plano horizontal que tangência a
junção gástrico- intestinal.
 Região pilórica corresponde à porção terminal continuada pelo
duodeno. Localiza-se nesta região o esfíncter pilórico.
As duas margens do estômago são denominadas curvatura maior ou esquerda
e curvatura menor ou direita.

• Intestino

O estômago é continuado pelo intestino delgado e este pelo intestino grosso.

69
Estas denominações se devem ao calibre que apresentam.

 Intestino delgado
Subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é
um órgão bastante fixo (quase retro peritoneal), e nele desemboca o
ducto colédoco (que traz a bile) e o ducto pancreático (que traz a
secreção pancreática). O jejuno e o íleo constituem a porção móvel do
intestino delgado. O jejuno-íleo apresenta numerosas alças intestinais e
está preso à parede do abdome por uma prega peritoneal, o
mesentério.

 Intestino grosso
Constitui a porção terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e
mais curto que o delgado. O intestino grosso possui dilatações limitadas
por sulcos transversais denominados haustros, formações em fita
chamadas tênias (condensação da musculatura longitudinal), e
acúmulos de gorduras na serosa da víscera. Os apêndices epiplóicos.
Subdivide-se nos seguintes seguimentos:

- Cécum: é o segmento inicial, em fundo cego, que se continua com


o cólon ascendente. Um prolongamento cilindróide, o apêndice
vermiforme, destaca-se do cécum, no ponto de convergência das
tênias.
- Cólon ascendente: segue-se ao cécum e tem direção cranial,
estando fixado à parede posterior do abdome. Continua-se com o
cólon transverso, e a flexura cólica direita, marca o limite entre os
dois segmentos.
- Cólon transverso: é bastante móvel, estendendo da flexura cólica
direita a esquerda, onde se flete para continuar no cólon
descendente.
- Cólon descendente: está fixado a parede posterior do abdome e
inicia-se na flexura cólica esquerda.
- Cólon sigmóide: continuação do cólon descendente e tem trajeto
sinuoso, dirigindo-se pare o plano mediano da pelve onde é
continuado pelo reto.
- Reto: continua o cólon sigmóide e sua parte final, denominada de
canal anal.

70
• Anexos do canal alimentar

Correspondem as glândulas salivares (já descritas), fígado e pâncreas.

• Fígado

Órgão mais volumoso, localizando-se abaixo do diafragma e a direita,


embora uma pequena porção ocupe também a metade esquerda do abdome.
Desempenha importante papel nas atividades vitais dos organismos, seja
secretando a bile e participando de mecanismos de defesa. O fígado possui
duas faces: diafragmática (em contato com o diafragma) e visceral (em contato
com as vísceras). Na face visceral distinguem-se quatro lobos o direito, o
esquerdo, o caudado e o quadrado. Na face diafragmática os lobos direito e
esquerdo são separados por uma prega do peritônio, o ligamento falciforme.
Entre o lobo direito e o quadrado se situa a vesícula biliar; entre o direito e o
caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior; entre o caudado e o
quadrado encontramos a veia porta do fígado, a artéria hepática, ducto
hepático comum, além de nervos e linfáticos.

A bile, produzida no fígado, é armazenada na vesícula biliar. Esta sai do


fígado pelo ducto hepático comum, e da vesícula biliar pelo cístico; estes
ductos se confluem, formando o ducto colédoco, que se abre no duodeno,
quase sempre junto com o ducto pancreático.

• Pâncreas

Situa-se posteriormente ao estômago, em posição retroperitonial,


estando fixado à parede abdominal posterior. No órgão reconhecem-se três
partes: cabeça, corpo e cauda. O pâncreas é uma glândula mista (endócrina e
exócrina). A secreção endócrina é a insulina e a exócrina é o suco pancreático.

71
Figura: Desenho esquemático das partes constituintes do sistema digestivo.
Os órgãos anexos não estão representados.

72
Figura: Duodeno, pâncreas e vias biliares.

Figura: Esquema geral do comportamento do peritônio.

73
Figura: Intestino Grosso

74
SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da


urina, os rins, os outros, a eles associados, destinados a eliminação da urina: ureteres,
bexiga urinária e uretra.

• Órgãos do sistema urinário

• Rim

É um órgão par, abdominal, localizado posteriormente ao peritônio


parietal, o que o identifica como retroperitonial. Estão situados a direita e a
esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição inferior em
relação ao esquerdo, devido à presença do fígado à direita. O rim apresenta
duas faces, uma anterior e uma posterior, e duas bordas, medial e lateral. Suas
duas extremidades, superior e inferior, são denominadas pólos e, sobre o pólo
superior situa-se a glândula suprarrenal, pertencente ao sistema endócrino. Os
rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa e, quase sempre, é abundante o
tecido adiposo peri-renal constituindo a cápsula adiposa. A borda medial do
rim apresenta uma fissura vertical, o hilo, por onde passam o ureter, artérias e
veias renais, linfáticos e nervos. Estes elementos constituem, em conjunto, o
pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central
denominada seio renal que aloja a pelve renal, que é a extremidade dilatada
do ureter.

• Corte macroscópico do rim

Em um corte frontal (que divide em metades anterior e posterior), é fácil


de reconhecer ao longo da periferia do órgão uma porção mais pálida, o
córtex renal, que se projeta numa Segunda porção, mais escura, a medula
renal. Estas projeções do córtex têm a forma de colunas, as colunas renais, e
separam porções cônicas da medula denominadas pirâmides. As pirâmides
têm ápices voltados para a pelve renal, enquanto suas bases olham para a
superfície do órgão. A pelve renal, por sua vez, está dividida em dois ou três
tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que se subdividem em um
número variável de cálices renais menores. Estes oferecem em encaixe, em
forma de taça, para receber o ápice das pirâmides renais, denominado papila

75
renal.
• Ureter

É um tubo muscular que une o rim à bexiga. Partindo da pelve renal,


que constitui sua extremidade dilatada, o ureter, com trajeto descendente (em
virtude do seu trajeto, possui duas partes: abdominal e pélvica), acola-se à
parede posterior do abdome e penetra na pelve par terminar na bexiga,
desembocando neste órgão pelo óstio ureteral.

• Bexiga

É uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica e funciona como


reservatório da urina. O fluxo contínuo de urina que chega pelos ureteres é
transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção).

No sexo masculino, o reto coloca-se posteriormente a bexiga; no sexo


feminino, entre o reto e a bexiga, situa-se o útero.

• Uretra

Constitui o último segmento das vias urinárias. Ela difere nos dois sexos,
mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação entre a
bexiga urinária e o meio externo. No homem é uma via comum para micção e
ejaculação, enquanto na mulher, serve apenas à secreção da urina.

Figura: Desenho esquemático dos componentes do sistema urinário.

76
Figura 9.2: Rim (esquerdo) e glândula supra-renal, vistos anteriormente;
rim, em corte frontal.

77
SISTEMA GENITAL MASCULINO

Fazem parte do sistema reprodutor masculino os testículos (órgão produtor de


gametas), as vias condutoras dos gametas (túbulos e dúctulos dos testículus,
epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), o pênis (órgão da cópula),
glândulas anexas (vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais), as
estruturas eréteis (corpos cavernosos e corpo esponjoso do pênis) e por fim, órgãos
genitais externos (pênis e escroto).

• Testículos

São os órgãos produtores de espermatozoides e de hormônios


responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. São em
número de dois, ovóides, facilmente palpáveis dentro da bolsa escrotal (bolsa
que os aloja). O testículo é revestido por uma membrana fibrosa, a túnica
albugínea. Estão localizados externamente a parede da pelve, onde o
esquerdo está em geral em um nível inferior ao direito.

• Epidídimo

É uma estrutura em forma de C, situada contra a margem posterior do


testículo e armazena os espermatozoides até o momento da ejaculação. Possui
cabeça, corpo e cauda.

• Ducto deferente

É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozoides


até o ducto ejaculatório. Como os testículos estão situados externamente a
parede da pelve e o ducto ejaculatório dentro da cavidade pélvica, torna-se
necessária a existência de um túnel através da parede do abdome para
permitir a passagem do ducto deferente. A esta passagem dá-se o nome de
canal inguinal. Por ele passam também as demais estruturas relacionadas com
os testículos, como artérias, veias, linfáticos e nervos. Essas estruturas mais o
canal deferente, dá-se o nome de funículo espermático.

• Ducto ejaculatório

É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula


seminal. E quase todo o seu trajeto está situado na próstata e vai desembocar
na parte prostática da uretra.

78
• Uretra

É um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de 20


cm de comprimento. Inicia-se no óstio interno da uretra, na bexiga, e atravessa
o assoalho da pelve e o pênis, terminando na extremidade deste órgão pelo
óstio externo da uretra. Possui três partes: parte prostática (atravessa a
próstata), parte membranosa (atravessa o assoalho da pelve) e a parte peniana
ou esponjosa (localizada no corpo esponjoso do pênis). A uretra possui duas
dilatações: fossa navicular, adjacente ao óstio externo da uretra, e fossa bulbar,
adjacente ao bulbo do pênis (dilatação do corpo esponjoso).

• Vesículas seminais

Estão situadas na parte póstero-inferior da bexiga, e em sua


extremidade inferior encontra-se o ducto da vesícula seminal, que se junta ao
ducto deferente para constituir o ducto ejaculatório.

A secreção das vesículas seminais faz parte do líquido seminal, e tem


papel de ativação dos espermatozoides e facilita a progressão dos mesmos
através de suas vias de passagens.

• Próstata

É um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado


em toda a sua extensão pela uretra. Sua secreção junta-se à das vesículas
seminais para constituir o volume do líquido seminal. A secreção das duas
glândulas prostáticas é lançada diretamente na porção prostática da uretra
através de dúctulos prostáticos e conferem odor característico ao sêmen.

• Glândulas bulbouretrais

São pequenas e estão situadas nas proximidades da parte membranosa


da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é
mucosa.

• Pênis

Órgão masculino da cópula, é normalmente flácido, mas quando seus


tecidos lacunares se enchem de sangue, torna-se rígido e com sensível
aumento de tamanho, ao que se dá o nome de ereção.

79
O pênis é formado por três cilindros de tecido erétil: os corpos
cavernosos e o corpo esponjoso. O corpo esponjoso apresenta duas
dilatações, a glande do pênis (anterior) e o bulbo do pênis (posterior), sendo
que este se prende as estruturas do assoalho da pelve. A glande está recoberta
por uma dupla camada de pele, o prepúcio.

• Escroto

É uma bola situada atrás do pênis e abaixo da sínfese púbica. É dividido


por um septo em dois compartimentos, cada um contendo um testículo.
Propicia uma temperatura favorável a espermatogênese.

Figura: Ducto deferente e seu Figura: Ducto deferente, vesícula


trajeto, inclusive sua passagem seminal, ducto ejaculador, próstata
através do canal inguinal. Corte e bexiga, vistos posteriormente.
sagital da pelve, esquemático.

Figura: Testículo e epidídimo Figura: Testículo em corte


sagital, esquemático.

80
Figura: Corpo do pênis, em
corte transversal.

Figura: Corpos cavernosos


e corpo esponjoso. Uma
parte deste e a glande
foram separados dos
corpos cavernosos.

81
SISTEMA GENITAL FEMININO

Fazem parte do sistema reprodutor feminino os ovários (produzem os óvulos),


as tubas uterinas (vias condutoras dos gametas), o útero (órgão que abriga o novo
ser), a vagina (órgão da cópula), as estruturas eréteis (clitóris e bulbo do vestíbulo),
glândulas anexas (glândulas vestibulares maiores e menores) e órgãos genitais
externos (monte púbico, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e
glândulas vestibulares).

• Comportamento do peritônio na cavidade pélvica

Os ovários, as tubas e o útero estão situados na cavidade pélvica entre a


bexiga (que é anterior a eles) e o reto (posterior a eles). O peritônio, após
recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve sobre o
útero, formando uma ampla prega transversal denominada ligamento largo
do útero. Após recobrir quase todo o útero, o peritônio reflete-se sobre o reto.
O ligamento largo divide a cavidade pélvica em compartimento anterior e
outro posterior. A anterior é a escavação vésico-uterina (entre a bexiga e o
útero) e a posterior é a escavação reto-uterina (entre o reto e o útero). Já os
ovários estão fixados pelo ligamento mesovário à face posterior do ligamento
largo do útero, mas não são revestidos pelo peritônio. O ligamento largo do
útero e o ligamento redondo do útero são os principais meios de fixação do
útero.

• Ovários

Produzem os gametas femininos ao final da puberdade. Além disso,


produzem também hormônios, os quais controlam o desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos de
implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do embrião. Os
ovários estão fixados pelo ligamento mesovário à face posterior do ligamento
largo do útero, mas não são revestidos pelo peritônio.

• Tubas uterinas

Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a


cavidade do útero. Por elas passam, em direção oposta, os espermatozoides, e
a fecundação ocorre habitualmente dentro da tuba. A tuba está incluída na

82
borda superior do ligamento largo do útero, é um tubo de luz estreita cuja
extremidade medial (óstio uterino da tuba) se comunica com a cavidade
uterina e cuja extremidade lateral (óstio abdominal da tuba) se comunica com
a cavidade peritonial. É subdividida em quatro partes, que indo do útero para
o ovário, são: uterina (na parede do útero), istmo, ampola e infundíbulo.

• Útero

É o órgão que aloja o embrião e no qual este se desenvolve até o


nascimento. Envolvido pelo ligamento largo, nele se distinguem quatro partes:
fundo, corpo, istmo e cérvix (ou colo). O corpo comunica-se de cada lado com
as tubas uterinas. O útero apresenta três camadas:

endométrio (mais interna), miométrio (média) e perimétrio (a mais


externa, representada pelo peritônio).

• Vagina

É o órgão de cópula feminino. A vagina é um tubo que comunica-se


superiormente com a tuba uterina (através do óstio do útero), e inferiormente
abre-se no vestíbulo da vagina (através do óstio da vagina). Nas virgens, o
óstio da vagina é parcialmente fechado pelo hímen, uma membrana de tecido
conjuntivo forrada por mucosa interna e externamente. A cavidade uterina e a
vagina constituem no conjunto o canal do parto, no qual o feto passa no
momento do nascimento.

• Órgãos genitais externos

Denominado de pudendo ou vulva.

- Monte púbico: elevação mediana, anterior a sínfise púbica e


constituída principalmente de tecido adiposo. Apresenta pêlos
espessos após a puberdade.
- Lábios maiores: são duas pregas cutâneas, alongadas, que
delimitam entre si uma fenda, a rima do pudendo.
- Lábios menores: são duas pregas cutâneas, localizadas
medialmente aos lábios maiores. O espaço entre os lábios menores
é o vestíbulo da vagina, onde se apresenta o óstio externo da
uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas
vestibulares.
- Estruturas eréteis: o clitóris é homólogo do pênis, ou mais

83
exatamente do corpo cavernoso. Possui uma porção dilatada, a
glande do clitóris, que é visível no local onde se funde
anteriormente os lábios menores. O bulbo do vestíbulo é formado
por duas massas pares de tecido erétil, sendo homólogos
rudimentares do bulbo do pênis e porção adjacente do corpo
esponjoso.
- Glândulas vestibulares maiores: são em número de duas, situadas
profundamente e nas extremidades do vestíbulo da vagina, onde
se abrem seus ductos, que secretam muco. As glândulas
vestibulares menores têm seus minúsculos ductos se abrindo no
vestíbulo, entre os óstios da uretra e da vagina.

Figura: Órgãos do sistema genital feminino, em corte sagital mediano.

Figura: órgãos genitais femininos internos, vistos posteriormente.

84
Do lado direito foi retirado o lig. Largo e feito um core frontal
para mostrar a luz da tuba e do útero.

Figura: Órgãos genitais femininos externos (vulva ou pudendo).

85
SISTEMA AUDITIVO

O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado


ouvido), também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico.

A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa


craniana. Além da função de ouvir, o ouvido também e responsável pelo equilíbrio.

A orelha está dividida em três partes: orelhas externa, média e interna


(antigamente denominadas ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno).

• ORELHA EXTERNA

A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado


orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo.

86
Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou
lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso
recoberto por pele, tendo como função captar e
canalizar os sons para a orelha média.

O canal auditivo externo estabelece a


comunicação entre a orelha média e o meio externo,
tem cerca de três centímetros de comprimento e está
escavado em nosso osso temporal.

É revestido internamente por pêlos e glândulas, que fabricam uma substância


gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera.

Tanto os pêlos como o cerume retêm poeira e micróbios que normalmente


existem no ar e eventualmente entram nos ouvidos.

O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou


membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel
de tecido fibroso, chamado anel timpânico.

• ORELHA MÉDIA

A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua totalidade,


de um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. Dentro dela estão
três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem sua forma: martelo, bigorna
e estribo. Esses ossículos encontram-se suspensos na orelha média, através de
ligamentos.

O cabo do martelo está


encostado no tímpano; o
estribo apóia-se na janela oval,
um dos orifícios dotados de
membrana da orelha interna
que estabelecem comunicação
com a orelha média. O outro
orifício é a janela redonda.

87
A orelha média comunica-se também com a faringe, através de um canal
denominado tuba auditiva (antigamente denominada trompa de Eustáquio). Esse
canal permite que o ar penetre no ouvido médio. Dessa forma, de um lado e de outro
do tímpano, a pressão do ar atmosférico é igual. Quando essas pressões ficam
diferentes, não ouvimos bem, até que o equilíbrio seja restabelecido.

• ORELHA INTERNA

A orelha interna, chamada labirinto, é formada por escavações no osso


temporal, revestidas por membrana e preenchidas por líquido. Limita-se com a orelha
média pelas janelas oval e a redonda. O labirinto apresenta uma parte anterior, a
cóclea ou caracol - relacionada com a audição, e uma parte posterior - relacionada
com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares.

88
Labirinto ósseo

COMO FUNCIONA O SISTEMA AUDITIVO

O sistema auditivo é um autêntico mecanismo de precisão, cuja finalidade é


captar os sons que nos rodeiam, enviando-os ao cérebro.

A anatomia do ouvido é dividida em três partes: orelha externa, orelha média,


e orelha interna. Cada parte possui seus órgãos específicos, compondo um complexo
sistema de amplificação do som.

A onda sonora produzida pelo ruído é captada pelo pavilhão auricular (orelha)
passa pelo meato acústico externo (canal auditivo) chega a membrana timpânica que
vibra e faz vibrar os ossículos (martelo, bigorna e estribo).

As vibrações chegam na parte interna da orelha, onde existe um líquido que


as propagam. Este líquido transmite seus movimentos em formas de ondas às células
ciliadas que transformam as vibrações em impulsos nervosos. O nervo auditivo capta
este impulso nervoso e o dirige ao cérebro, onde a mensagem é decodificada em
forma de onda sonora e interpretada.

1. canal auditivo;
2. tímpano;
3. martelo;
4. bigorna;
5. estribo;
6. janela oval;
7. tuba auditiva;
8. cóclea;
9. nervo auditivo.

89
SISTEMA VISUAL

Os globos oculares estão alojados dentro de cavidades ósseas denominadas


órbitas, compostas de partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático, esfenóide,
etmóide, lacrimal e palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas
acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho
lacrimal.

Imagem: CRUZ, Daniel. O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000.
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes:
Túnicas:

• Túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de


tecido fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular).
A maior parte da esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão
inseridos os músculos extraoculares que movem os globos oculares,
dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da esclerótica chama-se
córnea. É transparente e atua como uma lente convergente.

• Túnica intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o


corpo ciliar e a íris. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é
intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à
retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a
função de nutrir a retina.

Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é dotada de um


orifício central cujo diâmetro varia de acordo com a iluminação do ambiente – a

90
pupila.
A coróide une-se na parte anterior do olho ao corpo ciliar, estrutura formada
por musculatura lisa e que envolve o cristalino, modificando sua forma.

• túnica interna nervosa: retina. É a membrana mais interna e está debaixo


da coróide. É composta por várias camadas celulares, designadas de
acordo com sua relação ao centro do globo ocular. A camada mais
interna, denominada camada de células ganglionares, contém os corpos
celulares das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina,
que projeta axônios através do nervo óptico. Na retina encontram-se dois
tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Quando
excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas
adjacentes, gerando um impulso nervoso que se propaga pelo nervo
óptico.

A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três
tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro,
com luz azul. São os cones as células capazes de distinguir cores.

Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais
sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a
depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de
penumbra. Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina –
produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à
cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e
espessa, podendo levar à cegueira irreversível).

Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha


amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a
imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a
região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea
contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas
demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual.

No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há
cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos
sanguíneos da retina.

91
MEIOS TRANSPARENTES:

• Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no


seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela
lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade
nasal através de um orifício existente no canto interno do olho.

• Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino,


preenchendo a câmara anterior do olho.

• Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente.


Situa-se atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. Também

92
divide o interior do olho em dois compartimentos contendo fluidos
ligeiramente diferentes: (1) a câmara anterior, preenchida pelo humor
aquoso e (2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar
mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que
pode torna-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma
ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha amarela.
O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais
delgado para a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos
olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa propriedade
do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com o envelhecimento,
o cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco, ao
que chamamos catarata.

• Humor Vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o


cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão
mantém o globo ocular esférico.

Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos:


as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os
músculos oculares.

As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma


membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles
o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada
de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da
testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse
líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando
choramos, o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas
nasais, em direção ao exterior do nariz.

93
94
SISTEMA TEGUMENTAR

O sistema tegumentar (tegumento=cobertura) é constituído pela pele e seus


órgãos acessórios, como pêlos, unhas, glândulas e os vários receptores
especializados.

O tegumento comum compreende a pele e seus anexos, que desempenham


várias funções, tais como:

• Recobrir a superfície do corpo como um envoltório protetor;


• Participar do equilíbrio térmico através de sua rede de capilares e de
excreção de suor;
• Proteger o organismo contra as agressões térmicas e a penetração de
microrganismos;
• Sintetizar a vitamina D pela utilização dos raios ultravioletas do sol;
• Ser responsável pela sensibilidade superficial do corpo através das
terminações nervosas para o tato, a temperatura e a pressão;
• Eliminar substâncias tóxicas e residuais através do suor e do sebo;
• Armazenar gordura e outros componentes do metabolismo.

Composição da pele

• Epiderme; possui queratina nos locais de ação mecânica acentuada,


melanina que responde pela coloração da pele, camada germinativa
que renova as células epiteliais;
• Derme: mantém a pelo sob tensão elástica, forma a impressão digital,
nutre a epiderme e possui terminações nervosas;
95
• Hipoderme ou subcutâneo: possui rede de capilares para a nutrição da
pele, participa no equilíbrio térmico e sanguíneo, possui reserva
alimentar e de proteção contra o frio e ações mecânicas.

Anexos da pele

• Unha;
• Pêlos: Sem função protetora; encontram-se dentro do folículo piloso;
• Glândulas sebáceas: secretam o sebo que é drenado para o folículo
piloso, manténs a oleosidade e a elasticidade do pêlo e da pele;
• Glândulas sudoríparas: secretam o suor que mantém o equilíbrio térmico
e metabólico, protege a pele contra os microrganismos;
• Glândulas mamárias:
• Formadas por aréola, mamilo, glândulas alveolares, dueto lactífero, seios
lactíferos;
• Secretam leite.

FISIOLOGIA DA PELE

A pele protege o organismo contra substâncias nocivas líquidas, sólidas e


gasosas, além de micro-organismos, parasitas e insetos. É um órgão de sensibilidade,
pois é a sede do tato, com o auxílio do qual percebemos a forma, a dimensão e a
temperatura dos objetos. É também um órgão de respiração (de pouca intensidade
no homem). Além disso, possui função excretora, eliminando suor e secreções
sebáceas, e auxilia no fenômeno da regulação térmica do organismo pela eliminação
do suor, contribuindo para que a temperatura do corpo permaneça constante,
independentemente das variações externas.

96
SISTEMA ENDÓCRINO

GLÂNDULAS E HORMÔNIOS

As glândulas são conjuntos de células que produzem e liberam substâncias


com papel importante no funcionamento do organismo. A liberação dessas
substâncias é denominada secreção.

Podemos classificar as glândulas como endócrinas e exócrinas.

Glândulas exócrinas

As glândulas exócrinas liberam seus produtos no exterior do corpo ou dentro


de cavidades. Veja alguns exemplos:

• Glândulas salivares: produzem a saliva e liberam-na na cavidade bucal;


• Glândulas sebáceas: produzem uma substância gordurosa e liberam-na
na base dos pêlos. Sua função é lubrificar a pele;
• Glândulas sudoríparas: produzem o suor e liberam-no na superfície da
pele umedecendo-a e esfriando-a;
• Fígado: produz a bile, que fica armazenada na vesícula biliar. A bile é
liberada na cavidade intestinal e atua na digestão de gorduras;
• Pâncreas: a maioria das células do pâncreas produz o suco pancreático,
que é liberado na cavidade intestinal e atua na digestão de diversos
alimentos.

97
Glândulas endócrinas

As glândulas endócrinas liberam suas secreções diretamente na corrente


sanguínea.

As secreções das glândulas endócrinas são denominadas hormônios. Essas


substâncias têm papel fundamental na regulação das funções do organismo.

Principais glândulas endócrinas

1 - HIPÓFISE

2 - TIREÓIDE

3 - PARATIREÓIDES

4 - SUPRA-RENAIS

5 - PÂNCREAS
(ILHOTAS DE
LANGERHANS)

6 - OVÁRIOS

7 - TESTÍCULOS

Hipófise
A glândula hipófise (ou pituitária) tem o tamanho aproximado de uma ervilha
e está localizada na base do crânio.

Essa pequena glândula controla, direta ou indiretamente, todas as outras


através dos hormônios tróficos. Veja alguns exemplos:

HORMÔNIO AÇÃO

somatotrófico (do crescimento) Estimula o crescimento.

tireotrófico (TSH) Estimula a tireóide.

folículo estimulante e luteinizante (FSH e LH) Estimula as glândulas sexuais e mamas.

Melanotrófico Controla a pigmentação da pele.

adrenocorticotrófico (ACTH) Estimula as supra-renais.

antidiurético (ADH) Estimula a reabsorção de água pelos rins.

98
Quando uma glândula não funciona bem, dizemos que apresenta uma
disfunção. Um exemplo de disfunção da hipófise é a produção do hormônio do
crescimento em quantidades anormais:

• Nanismo: a produção do hormônio é abaixo do normal, tendo como


resultado baixa estatura (anão);
• Gigantismo: a produção do hormônio é acima do normal e o indivíduo
apresenta estatura exageradamente alta.

Tireóide
Situa-se na base do pescoço e seu
principal hormônio é a tiroxina, que
estimula as atividades do organismo. As
disfunções dessa glândula podem
acarretar:

• hipotireoidismo: a produção do hormônio é abaixo do normal. O


indivíduo torna-se gordo, cansado e ocioso;
• hipertireoidismo: a produção do hormônio é acima do normal. O
indivíduo se torna magro, com os olhos saltados, e hiperagitado.
As disfunções da tireóide podem fazer com que essa glândula inche,
produzindo uma doença conhecida por bócio, ou papeira.

99
Paratireóides

São glândulas pequenas, situadas atrás da tireóide, e que produzem o


paratormônio. Esse hormônio regula a taxa de cálcio no sangue.

Supra-renais

O principal hormônio dessas glândulas, também chamadas adrenais, é a


adrenalina. Essa substância acelera os batimentos cardíacos, dilata as pupilas, contrai
os pequenos vasos sanguíneos. Sua função está ligada ao controle da pressão do
sangue.

Ilhotas de Langerhans

Dentro do pâncreas há grupos de células que exercem a função de glândula


endócrina: são as ilhotas de Langerhans. Seu principal hormônio é a insulina, que
promove a entrada da glicose do sangue para a célula.

Se esse hormônio não é produzido em quantidade suficiente, a glicose se


acumula no sangue e passa a ser eliminada pela urina. Essa doença chama-se
diabetes melito; popular- mente, é conhecida por "açúcar no sangue" ou "açúcar na
urina".

Testículos

Os testículos são um par de glândulas localizadas nas bolsas escrotais.


Produzem a testosterona, hormônio sexual masculino que desenvolve os caracteres
sexuais, como barba, voz grossa, desenvolvimento muscular etc.

100
Ovários
São duas glândulas situadas na parte inferior do abdômen da mulher.
Produzem hormônios como os estrógenos e a progesterona, que desenvolvem os
caracteres sexuais femininos, como as mamas, e preparam a mulher para a gravidez.

As glândulas podem ser classificadas em endócrinas e exócrinas. As glândulas


exócrinas secretam seus produtos no exterior do corpo ou dentro de cavidades. Veja
alguns exemplos:

GLÂNDULA SECREÇÃO FUNÇÃO


salivares saliva digestão
sebáceas gordura lubrificação
sudoríparas suor umedecer e resfriar
Fígado bile digestão
pâncreas suco pancreático digestão

As secreções das glândulas endócrinas são denominadas hormônios. Veja os


principais:

GLÂNDULA HORMÔNIO FUNÇÃO


somatotrófico Estimula o crescimento
tireotrófico Estimula a tireóide.
Hipófise
folículo estimulante e Estimula as glândulas
luteinizante sexuais.
adrenocorticotrófico Estimula as supra-renais.
Tireóide tiroxina Estimula as atividades
orgânicas.
paratireóides paratormônio Regula a taxa de cálcio.
Supra-renais Adrenalina Controla a pressão
sanguínea.
ilhotas de Langerhans insulina Regula a taxa de glicose.
Testículos testosterona Caracteres sexuais
masculinos.
Ovários estrógenos e Caracteres sexuais
femininos
progesterona e gestação.

101
ANEXOS

• Esqueleto axial

Figura: Costelas e esterno.

102
Figura: Coluna vertebral.

Figura: coluna vertebral.

103
Figura: Sacro

Figura: Vértebras cervicais, atlas e axis.

Figura: Vértebra cervical

104
OBS.: Características das vértebras cervicais: processo espinhoso bifurcado,
forame transverso por onde passa a artéria vertebral e veias vertebrais e
plexo simpático, exceto na 7ª vértebra cervical, corpo pequeno e forame
vertebral triangular.

Figura: Vértebras torácicas.

OBS.: Características das vértebras torácicas: corpo médio, forame vertebral


circular, processo espinhoso alongado (pontiagudo), presença de faceta
costal ou fóvea costal onde as costelas articulam-se.

Figura 2.13: Vértebras lombares.

OBS.: Características das vértebras lombares: processo espinhoso curto e


quadriláteros, corpo grande e forame vertebral triangular.

105
• Esqueleto apendicular - membros superiores.

Figura: Clavícula

Figura: Escápula em vista anterior

106
Figura: Escápula em vista posterior e lateral.

Figura: Úmero em vista anterior e posterior.

107
Figura: Rádio em vista anterior e medial.

Figura: Ulna em vista lateral e anterior.

108
Figura: Esqueleto da mão (ossos do carpo e metacarpo).

109
• Esqueleto apendicular - membros inferiores.

Figura: Ossos do quadril.

110
Figura: Ossos do quadril.

111
Figura: Fêmur em vista anterior e posterior.

112
Figura: Patela (osso sesamóide)

Figura: Tíbia em vista anterior e posterior.

113
Figura: Fíbula em vista anterior e posterior.

114
Figura: Esqueleto do pé (ossos do tarso e metatarso).

115
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