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21/02/18- teórica

O conceito de consumidor, deve em temos jurídicos ser apoiado em 4 elementos


caracterizadores, a saber:

1. Elemento subjetivo→o elemento subjetivo diz respeito a todas as pessoas jurídicas que
podem ter a suscetibilidade da qualidade de consumidores, podendo neste âmbito ser uma
pessoa singular ou coletiva (empresa/ associação).
 A personalidade jurídica ao nível de uma pessoa singular ou coletiva, consiste na
suscetibilidade de ser titular de direitos e de obrigações, sendo que, ao nível das pessoas
singulares a mesma adquire-se com o nascimento completo e com vida, nos termos do
artigo 68º do CC. Por outro lado, ao nível das pessoas coletivas, a personalidade jurídica
adquire-se com o registo definitivo. Por outro lado, ao nível do elemento subjetivo,
devemos precisar, se o consumidor adquiriu essa qualidade no âmbito de um uso
profissional ou de um uso pessoal. v.g pessoas que façam atos de comércio, têm
determinadas superfícies onde adquirem os seus produtos como consumidores
profissionais.

2. elemento objetivo → o elemento objetivo está relacionado com a própria atividade


económica desenvolvida e colocada à disposição do consumidor, sendo que a mesma pode
apresentar duas modalidades jurídicas, a saber:
a) O fornecimento de determinado bem;
b) A prestação de um determinado serviço.
Igualmente, ao nível do elemento objetivo, e em particular no que diz respeito ao fornecimento
de um bem, devemos ter em consideração o regime jurídico específico da responsabilidade Civil (art.
483º) Contratual e Extracontratual do produtor. (Em termos jurídicos, perante uma situação individual
e concreta é necessário que se verifiquem 5 requisitos cumulativos com vista à verificação de uma
pessoa jurídica indemnizar outra nos termos do artigo 483ºCC.
1. Facto jurídico voluntário, o qual compreende duas modalidades: a
saber: a) facto jurídico voluntário por ação; b) facto jurídico voluntário
por omissão.
2. Ilicitude, que exprime uma violação de tal forma grave, intensa e
censurável, que toda a ordem jurídica e respetivos princípios e valores
estão a ser colocados em causa.
3. Dolo, consiste no juízo de censura sobre uma conduta, comportamento
ou atitude de uma determinada pessoa.
4. Dano, o dano reveste duas modalidades, ou seja, os danos
patrimoniais e não patrimoniais ou morais.
5. Nexo de causalidade ente o facto jurídico voluntário praticado e o
dano causado na esfera jurídica de uma pessoa, segundo a teoria da
causalidade adequada

3. elemento finalista ou teleológico → o elemento finalista ou teleológico diz respeito ao


específico uso e finalidade que o consumidor utiliza, sendo que a mesma pode ser ao nível
de um uso privado ou pessoal ou de um uso puramente profissional.

4. elemento relacional → diz respeito aos específicos direitos e obrigações que por força da
relação jurídica de consumo nascem quer para o consumidor, quer para a entidade que fornece
o bem ou presta um determinado serviço. Igualmente, ao nível dos direitos do consumidor, os
quais inclusive consagração na nossa lei fundamental, nos termos do artigo 60º da CRP e ao
nível da legislação civil e ordinária, devemos destacar o chamado direito ao arrependimento
por parte do consumidor.
07/03/18→ Prático-teórica.

DIREITO DO ARREPENDIMENTO
 Na sociedade contemporânea e no âmbito das relações de consumo, com uma frequência cada
vez mais significativa, os consumidores exercem o chamado Direito de Arrependimento e sem
necessidade de indicação de qualquer motivo ou fundamentação subjacentes e cujo regime
jurídico encontra-se previsto no DL 133/2009 e em particular ao nível do seu artigo 17.º. Neste
sentido, qualquer consumidor pode revogar a sua proposta contratual perante a entidade que
presta o serviço ou fornece um determinado bem, no prazo de 14 dias (seguidos) e de acordo
com o estipulado numa diretiva comunitária relativa à defesa dos direitos dos consumidores,
devendo ser aplicável no que diz respeito ao modo de contagem do mencionado prazo, a regra
prevista no artigo 279.º e) CC., que nos transmite a ideia caso o prazo termine num fim de
semana ou num ferido, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil, imediatamente
seguinte.
 Em termos práticos e rigorosos o mencionado prazo conta-se a partir da data da celebração do
contrato de consumo ou, em alguns casos, da data da receção pelo consumidor do exemplar
do bem previamente contratado, nos termos do artigo 17.º nr.2 do DL 133/2009. por outro
lado, devemos ter em consideração que no caso dos contratos de consumo celebrados à
distância, o prazo de 14 dias deve ser articulado com o disposto no mencionado artigo 17 nr
2, mas igualmente com o disposto no artigo 12º nr2 do DL 42-A/2013, que reforça a ideia de
que o prazo para o exercício de direito de arrependimento por parte do consumidor só começa
a contar a partir do momento em que o consumidor recebe o exemplar contratado no domicílio
convencionado (que consta no Contrato de Consumo).
 Por outro lado, a disciplina jurídica do direito ao arrependimento, também pode ser exercida
no âmbito dos contratos de crédito (ex: quando o consumidor pede um empréstimo ao banco),
nos termos do artigo 17º nr.4 do DL 133/2009.
 Neste tipo de contratos, o consumidor terá de devolver à instituição bancária, não só o capital
em dívida, ou seja, o montante do crédito concedido, mas igualmente pagar juros à taxa legal,
relativos ao específico período temporal em que o valor foi utilizado. Igualmente, nos termos
do artigo 17.º nr.5 do DL 133/2009, para além da taxa de juros estipulada na lei, pode ser
imputada uma taxa de juro diversa, desde que a mesma tenha sido acordada pelas partes contra
eles. Por outro lado, o consumidor ao exercer o Direito de Arrependimento, tem de devolver
o montante apurado de juros no prazo máximo de 30 dias, nos termos do artigo 17.º nr.4 parte
final do DL 133/2009. por último, no âmbito dos contratos de consumo podem existir os
chamados contratos coligados, em que o exercício ao direito de arrependimento apresenta
algumas especificidades.
 Um exemplo clássico de um contrato coligado no âmbito das relações de consumo, diz
respeito à celebração de um contrato de crédito com uma instituição bancária e em simultâneo
e de forma conexa é celebrado o chamado contrato secundário, por exemplo um contrato de
seguro de vida cujas cláusulas e prestações estão numa relação de dependência com o contrato
principal (contrato de crédito), pelo que, o direito de arrependimento afeta ambos os contratos
nos termos do artigo 18 do DL 133/2009, exceto se o consumidor pretender manter o contrato
secundário.
 Por último, podem existir os chamados casos de cumprimento antecipado do Contrato de
Consumo previsto no artigo 19.º do DL 133/2009. nestas situações, existem interesses
contraditórios, na medida em que a entidade financiadora tem interesse na manutenção do
contrato de consumo, nos termos e com os prazos definidos inicialmente,ao passo que o
consumidor tem interesse em reduzir os seus encargos financeiros ou as prestações acordadas,
beneficiando do direito ao arrependimento. Deste modo, o artigo 19º nr1 diz-nos que o
consumidor tem o direito a todo o tempo e mediante um pré aviso ao credor, com vista ao
cumprimento antecipado do contrato de consumo, na medida em que o artigo 779 do CC diz-
nos que um prazo contratual tem-se por estabelecido a favor do devedor, ou seja, do
consumidor.

Caso prático 1

Rita Serra, uma brilhante e reputada empresária portuguesa no âmbito do setor da


atividade económica entretimento e dos eventos, adquiriu em 8 de Fevereiro de 2018 através do
site denominado “Tentações e Fantasias Ocultas” uma BOX e respetivo equipamento com vista
à visualização de determinados canais. Deste modo, no dia 17 de Fevereiro de 2018, é entregue
na sua moradia na Quinta da Marinha em Cascais, a respetiva BOX, tendo o aviso de receção
sido assinado pelo seu jardineiro Gonçalo Lúcio.
No dia, 19 de Fevereiro de 2018 a Rita, juntamente com o seu namorado, preparavam-
se para visualizar os canais contratados descritos por parte do fornecedor da Box, todavia, ao
iniciar a visualização aparecem unicamente diversos da National Geographic dedicados à vida
selvagem e simultaneamente aparece uma mensagem que os canais pretendidos estavam
codificados e para ter acesso aos mesmos, teria de efetuar o pagamento de uma mensalidade
extra no valor de 69 euros.
Perante este comportamento da empresa fornecedora do mencionado bem, Rita,
pretende saber se pode exercer o direito ao arrependimento e, por outro lado, se pode
apresentar em tribunal uma ação de responsabilidade civil e consequente pedido de
indemnização.

R: Na sequencia da análise da matéria de facto expendida no caso prático, a Rita, tem a qualidade
jurídica de consumidora pelo que, estão preenchidos os respetivos 4 elementos e por outro lado, a
consumidora Rita realizou um contrato de consumo por intermédio do comércio eletrónico na
modalidade Empresa/Consumidor, com vista à entrega de uma determinada Box.
Tendo em conta o comportamento da empresa fornecedora da BOX, a Rita, encontra-se numa
situação de erro dobre o objeto do negócio, dado que, a sua vontade de contratar foi fundada na
aquisição de uma BOX com outras funcionalidades, pelo que, nos termos dos artigos 251 e 247 e 287
e 289 CC, este contrato de consumo é suscetível de anulação no prazo de 1 ano.
A Rita não podia pedir indemnização porque não se preenchem todos os 5 requisitos.
Nomeadamente aquele que falta é a ilicitude e a culpa.

12/03/18→ aula prática

Teoria geral do contrato de consumo

Nos termos do artigo 219 do CC, é consagrado no direito português o chamado princípio da
liberdade de forma ou do caráter consensual dos contratos, pelo que, a validade de uma declaração
negocial não depende da observância de qualquer forma especial, pelo que, na maior parte das
situações, os contratos de consumo formam-se por mero consenso. Todavia, a importância crescente
do Direito do Consumo e da proteção dos direitos do consumidor tem proporcionado o
desenvolvimento do formalismo nos contratos de consumo. Neste sentido, estão sujeitos à forma
escrita, os contratos de crédito ao consumo, nos termos do artigo 12 do DL 133/2009, bem como os
contratos de consumo que têm por objeto a prestação de serviços telefónicos, têm de ter no mínimo
uma forma escrita para a declaração do consumidor, nos termos do artigo 5º do DL nr 24/2014. Por
outro lado, a imposição de uma forma especial ou o cumprimento de uma formalidade mais
específica, permite ao consumidor uma decisão mais refletida e ponderada e igualmente facilita a
prova da celebração do contrato de consumo e das respetivas cláusulas em caso de litígio futuro.
Mesmo no caso de um contrato de consumo estar sujeito à forma escrita, a letra e espírito do artigo
221 CC, admite a validade jurídica de cláusulas que não constam no contrato, desde que cumpram 5
requisitos cumulativos:

1. Essas cláusulas não devem obedecer à forma exigida para o contrato de consumo;
2. Essas cláusulas não podem incidir sobre o objeto principal do contrato de consumo, ou seja,
são as chamadas cláusulas acessórias;
3. Essas cláusulas têm de ser anteriores à própria celebração do contrato de consumo;
4. Essas cláusulas têm de corresponder à vontade real do autor da declaração;
5. A razão determinante da exigência de forma especial ou escrita nunca se pode aplicar a essas
cláusulas.

No que diz respeito aos requisitos da proposta contratual, a mesma tem de ser completa,
precisa e formalmente adequada, sendo que qualquer contrato de consumo é sempre materializado
em duas declarações contratuais, ou seja, a proposta, e a aceitação. Deste modo, quando mencionamos
que uma declaração negocial no âmbito de um contrato de consumo tem de ser completa, tal significa
que o prestador do serviço ou o fornecedor de um bem tem de incluir na declaração jurídica uma
solução para cada situação que possa ocorrer na futura relação contratual. Em termos práticos e
rigorosos para apurarmos se uma declaração negocial é completa temos de recorrer aos usos e
costumes daquele setor de atividade em concreto. Por outro lado, uma vez que o ato de aceitação por
parte do consumidor não permite salvo algumas exceções, a inclusão de novas cláusulas contratuais,
tem de resultar da proposta todas as cláusulas que ambas as partes contraentes, ou seja, o proponente
e o futuro aceitante/consumidor, tenham entendido como necessárias e essenciais para a obtenção de
um acordo.

(Artigo 883- 1211→ remissão)

No âmbito dos contratos de consumo, um dos elementos que pode suscitar divergências entre
o prestador de serviços e o consumidor, consiste precisamente no preço ou na sua indicação, pelo
que, a lei prevê critérios supletivos para a sua determinação quando este não resulte do contrato de
consumo, designadamente, o preço de mercado, o preço segundo os usos e costumes comerciais e,
por último, o preço ser fixado pelo próprio tribunal, segundo juízos de equidade, nos termos dos artigo
883 e 1211 CC. Por outro lado, nos contratos de consumo, a lei tem uma especial preocupação que o
consumidor tenha conhecimento da proposta contratual e do respetivo preço antes da sua aceitação,
neste sentido, devemos observar as normas especiais que impõem um dever jurídico pré contratual
de indicação do preço, não podendo ser invocáveis posteriormente por parte do prestador de serviços
ou do fornecedor de bens, para obstar à qualificação da sua declaração como proposta contratual.

Proposta contratual

Em termos jurídicos o convite para contratar distingue-se da proposta contratual, na medida


em que na primeira situação não é necessário que a declaração seja completa e igualmente pode não
ser formalmente adequada à celebração do contrato de consumo. Por outro lado, apesar de o convite
para contratar não constituir uma declaração diretamente integrada como parte de um futuro contrato
de consumo, os seus efeitos jurídicos podem ser significativos. Deste modo, além de gerar
responsabilidade pré contratual, o seu conteúdo pode constituir uma parte significativa do conteúdo
de um futuro contrato de consumo. Em termos práticos, muitas relações de consumo, nascem na
sequencia de por exemplo um pedido de orçamento por parte do consumidor com vista à realização
de uma obra, pedido este que constitui em muitos casos um convite para contratar, na medida em que
o consumidor reserva-se o direito de aceitar ou não a proposta e preço contida no próprio orçamento.
Uma outra situação distinta, diz respeito à chamada proposta ao público, que consiste numa
modalidade de proposta contratual e que tem como principal característica, a indeterminação dos seus
destinatários. Deste modo, a proposta ao público distingue-se claramente do convite para contratar,
na medida em que estamos perante uma declaração negocial completa, precisa e formalmente
adequada, não devendo confundir-se com uma proposta contratual dirigida a uma pessoa
desconhecida ou de paradeiro incerto, situação esta prevista no artigo 225 do CC, uma vez que esta
tem um destinatário específico. Igualmente, a chamada proposta ao público é claramente admitida e
consagrada no direito português, mais precisamente nos termos do artigo 230 nr 3 CC, sendo uma
proposta e uma prática cada vez mais comum tendo em conta a generalidade dos contratos de
consumo e do objetivo da celebração de um maior número possível de contratos de consumo no mais
curto período de tempo.

apesar da proposta ao público ter um conteúdo geral e abstrato pode precisar um público mais
restrito, definindo na declaração contratual as pessoas a que se dirige, seja através de elementos
distintivos ou a referência a determinados gostos ou hábitos de consumo«. Por outro lado, devemos
ter em consideração que essa precisão não pode colidir com o princípio da igualdade, previsto no
artigo 13 CRP e, em termos de direito de consumo a lei número 14/2008 proíbe a discriminação em
função do sexo no acesso a bens ou serviços, na medida em que uma proposta contratual em que o
proponente da mesma restrinja de forma injustificada os destinatários a pessoas de apenas uma raça,
etnia ou sexo pode ser discriminatória.

14/04/18→

Prática 14/03/2018 Caso 1 Tânia Campos, uma brilhante advogada e com diversa obra publicada a
nível nacional e internacional, deslocou-se com o seu Porsche 911 turbo s a uma bomba de
combustível da BP, com vista a abastecer a sua viatura automóvel. Todavia, quando se preparava para
iniciar o abastecimento, Renato Gomes, um funcionário e engenheiro altamente especializado da BP,
transmite á proprietária Tânia Campos que tendo em conta as especificidades da viatura automóvel,
o combustível mais indicado e equilibrado seria o combustível denominado BP 98+, o qual produziria
significativas melhorias no consumo e na aceleração do automóvel. Em face de tal opinião, Tânia
Campos abastece o automóvel com o mencionado combustível e em consequência paga a mais por
cada litro de combustível o montante de 9 cêntimos por litro, ao contrario da sua vontade inicial.
Todavia, passado uma semana ao comprar uma revista de automóveis especializada, depara-se com
um estudo cientifico e de comparação de diversos combustíveis entre os quais aquele que lhe foi
sugerido, tendo o mencionado estudo chegado á conclusão que o combustível em causa, apesar de
mais caro, não representava qualquer vantagem para a viatura ao nível do consumo e da aceleração.
Por todo o exposto, Tânia Campos pretende saber se existe fundamento jurídico para intentar uma
ação de responsabilidade civil contra a BP e o seu funcionário Renato Gomes. Resposta: tendo em
conta a matéria de facto vertida no caso prático, Tânia Campos tem a qualidade jurídica de
consumidora, na medida em que os quatro elementos jurídicos caraterizadores desta figura jurídica
encontram-se integralmente realizados. Por outro lado, existe uma relação contratual entre a
consumidora Tânia Campos e a empresa BP, no âmbito do comercio tradicional e na qualidade de
fornecedora de um bem, ou seja, o combustível, pelo que, são aplicáveis as disposições legais do CC.
Aplica-se o artigo 253º nº2 do CC e não havendo um dever de elucidar pelo funcionário Renato
Gomes, não há responsabilidade civil.

19/03/18→ teórica (fiquie só metade, pedir o rewsto à JOana)


A aceitação da proposta contratual

Em termos jurídicos, aceitação consiste numa declaração dirigida ao proponente, a que reflete
uma concordância com todos os aspetos jurídicos contratualmente relevantes da proposta
apresentada, tendo como principal efeito a celebração do contrato de consumo. Em termos práticos e
rigorosos a declaração apenas tem um valor de aceitação se cumprir 2 requisitos cumulativos:
1. A conformidade com a proposta contratual;
2. A sua adequação formal.
Deste modo, no comercio jurídico e na vida real é comum utilizar-se as palavras “aceito” ou
“sim”, todavia, o aspeto essencial consiste em que na sequencia da proposta contratual e da respetiva
aceitação, as partes tenham acordado em todas as cláusulas que consideram necessárias para a
existência de acordo nos termos do artigo 232º CC. Por outro lado, tal como proposta pode conter
hipóteses em alternativa, também a aceitação pode implicar, dentro das várias hipóteses contidas na
proposta, uma escolha a realizar por parte do aceitante ou do consumidor. Um exemplo prático da
mencionada afirmação, consiste no ato de um consumidor ao aproximar- se de uma máquina de café,
tem alternativa de optar por várias qualidades de café. Igualmente, a aceitação não pode modificar os
termos da proposta contratual, ou seja, o consumidor não pode aumentar ou restringir o âmbito da
proposta contratual. Pode no entanto, a modificação da proposta inicial ser de tal forma precisa, clara
e objetiva, situação essa que equivale a uma nova proposta contratual, também designada de
contraproposta, nos termos do artigo 233º do CC. Igualmente, a aceitação por parte do consumidor
pode ser emitida com base numa condição suspensiva, ou seja, a aceitação apenas é válida se a
condição se verificar durante a vigência da proposta contratual.
Igualmente, e conforme mencionado, a aceitação deve ainda ser formalmente adequada, ou
seja, se o contrato de consumo estiver sujeito a uma forma especial, ou escrita, também a aceitação
tem que revestir essa forma para o contrato ser eficaz. Por outro lado, na vida real, a maior parte dos
contratos de consumo não estão sujeitos a uma forma especial ou escrita, contudo, é sempre
necessário que o prestador de serviços ou o fornecedor de bens interprete a proposta no sentido de
concluir se o seu sentido for relevante para a aceitação por parte do consumidor. Por outro lado, a
aceitação de uma declaração também pode ser realizada de forma tácita, ou seja, através do silêncio
do consumidor, através do artigo 217 nr 1 ou ainda, em algumas situações do comércio jurídico em
que pela sua natureza ou circunstâncias do contrato, pode ser dispensada a declaração de aceitação
pode parte do consumidor, nos termos do artigo 234º do CC.

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