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independente e autônoma.
Entre os dados recolhidos no Excelências está a pertinência a certos grupos: membros de seitas
pentecostais, ruralistas, concessionários de rádio e televisão, sindicalistas, policiais, proprietários de
instituições de ensino e os ligados a organizações não-governamentais (ONGs). É interessante estudar
qual foi o desempenho eleitoral desses parlamentares.
Entre os 1.710 políticos restantes, 1.069 foram eleitos, o que significa uma taxa de sucesso eleitoral de
62,5%. Para examinar a influência de se pertencer a alguma "bancada" específica, deve-se comparar
essa média geral de 62,5% com a taxa de sucesso eleitoral dos integrantes de cada "bancada".
Total de
15 227 145 137 113 23 56
candidatos*
Isso mostra que ser sindicalista ou evangélico, por exemplo, não tem efeito apreciável sobre o sucesso
eleitoral.
A influência que uma concessão de rádio/TV tem sobre o sucesso eleitoral fica patente quando se
examina o cruzamento com outros grupos. Entre os evangélicos, por exemplo, aqueles que detêm tais
concessões (são 14 no total) foram eleitos numa taxa de 71,4%.
Observe-se que esses números informam apenas sobre os tamanhos mínimos das "bancadas"
produzidas pelas urnas em 2010, pois novos integrantes, que antes não detinham mandatos, podem ter
sido eleitos.
Nota: A comparação direta entre porcentagens, conforme relatado neste comunicado, é uma
forma elementar de aquilatar a influência de variáveis estatísticas sobre o resultado em
subgrupos, fornecendo uma imagem aproximada do que acontece. A maneira precisa de fazer
isso não é exposta aqui, mas produz os mesmos resultados: deter concessão de rádio/TV ou ser
ruralista (ou ambos, como é o caso de diversos políticos) tem efeito nitidamente favorável
para o sucesso eleitoral, enquanto a pertinência a outros grupos não altera significativamente
as chances de eleição.