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A Transparência Brasil é uma organização brasileira,

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Presidente: Eduardo Ribeiro Capobianco


Diretor executivo: Claudio Weber Abramo

Reeleição favorece ruralistas e concessionários de


rádio e televisão
No âmbito de seu projeto Excelências (aqui), a Transparência Brasil recolhe diversos tipos de
informações a respeito de todos os parlamentares pertencentes às principais Casas legislativas
brasileiras: Senado Federal, Câmara dos Deputados, todas as Assembleias Legislativas (e mais a
Câmara Legislativa do DF) e todas as Câmaras de Vereadores das capitais. São 55 Casas em que, a
cada momento, há 2.368 parlamentares em exercício. Todos são cobertos pelo projeto. Um total de
1.817 deles candidatou-se nas eleições de 2010, a grande maioria à reeleição, os demais a cargos
diferentes daqueles que ocupam.

Entre os dados recolhidos no Excelências está a pertinência a certos grupos: membros de seitas
pentecostais, ruralistas, concessionários de rádio e televisão, sindicalistas, policiais, proprietários de
instituições de ensino e os ligados a organizações não-governamentais (ONGs). É interessante estudar
qual foi o desempenho eleitoral desses parlamentares.

Dos 1.817 parlamentares-candidatos, 94 encontravam-se hoje (13/10) em situação pendente quanto a


suas candidaturas (quase todos aguardando decisão do Supremo Tribunal Federal quanto à validade da
aplicação da “lei da ficha limpa” às eleições deste ano) e 13 eram candidatos ao segundo turno nas
eleições para governador estadual.

Entre os 1.710 políticos restantes, 1.069 foram eleitos, o que significa uma taxa de sucesso eleitoral de
62,5%. Para examinar a influência de se pertencer a alguma "bancada" específica, deve-se comparar
essa média geral de 62,5% com a taxa de sucesso eleitoral dos integrantes de cada "bancada".

A tabela seguinte especifica os porcentuais de sucesso entre as sete "bancadas" de parlamentares


relacionadas a interesses especiais:
Donos Concess.
de Ruralistas de Sindicalistas Evangélicos ONGs Policiais
escolas rádio/TV

Total de
15 227 145 137 113 23 56
candidatos*

Eleitos 73,3% 71.8% 71,7% 59,9% 59,3% 52,2% 44,6%

* Exceto aqueles com situação pendente e os que disputam o segundo turno

Proprietários de escolas, ruralistas e concessionários de rádio/TV tiveram desempenho eleitoral


marcantemente melhor do que a média geral de 62,5%, ao passo que os demais tiveram sucesso menor
do que a média. Sindicalistas e evangélicos ficaram bastante perto da média geral, os ligados a ONGs
um pouco mais abaixo e os parlamentares-policiais na “lanterna”, com apenas 44,6%.

Isso mostra que ser sindicalista ou evangélico, por exemplo, não tem efeito apreciável sobre o sucesso
eleitoral.

A influência que uma concessão de rádio/TV tem sobre o sucesso eleitoral fica patente quando se
examina o cruzamento com outros grupos. Entre os evangélicos, por exemplo, aqueles que detêm tais
concessões (são 14 no total) foram eleitos numa taxa de 71,4%.
Observe-se que esses números informam apenas sobre os tamanhos mínimos das "bancadas"
produzidas pelas urnas em 2010, pois novos integrantes, que antes não detinham mandatos, podem ter
sido eleitos.
Nota: A comparação direta entre porcentagens, conforme relatado neste comunicado, é uma
forma elementar de aquilatar a influência de variáveis estatísticas sobre o resultado em
subgrupos, fornecendo uma imagem aproximada do que acontece. A maneira precisa de fazer
isso não é exposta aqui, mas produz os mesmos resultados: deter concessão de rádio/TV ou ser
ruralista (ou ambos, como é o caso de diversos políticos) tem efeito nitidamente favorável
para o sucesso eleitoral, enquanto a pertinência a outros grupos não altera significativamente
as chances de eleição.

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