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A alegria no edificar
“Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os
sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para
louvarem o Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel” (Ed 3.10).
“Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa,
choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os alicerces desta casa; muitos, no
entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria. De maneira que não se podiam discernir as
vozes de alegria das vozes do choro do povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as
vozes se ouviam de mui longe” (Ed 3.12-13).
Deus disse ao profeta Isaias, referindo-se a Jesus: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma
e ficará satisfeito […]. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte […]” (Is 53.11-12). Sempre que
fazemos a obra do Senhor, sempre que os santos desempenham seu serviço, há gozo e satisfação
como resultados. Há tristezas sim, decepções, lutas, muito trabalho; há até muitas noites de choro,
mas a Palavra promete, e temos experimentado, “… a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5)!
Empecilhos à edificação
Desânimo: “Então, as gentes da terra desanimaram o povo de Judá, inquietando-o no edificar;
alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia,
até ao reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed 4.4-5).
Calúnias: “Eis o teor da carta endereçada ao rei Artaxerxes: Teus servos, os homens daquém do
Eufrates e em tal tempo. Seja do conhecimento do rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós
a Jerusalém. Eles estão reedificando aquela rebelde e malvada cidade e vão restaurando os seus
muros e reparando os seus fundamentos” (Ed 4.11-12).
Oposição: “Então, respondeu o rei: […] Agora, pois, daí ordem a fim de que aqueles homens parem
o trabalho e não se edifique aquela cidade, a não ser com autorização minha” (Ed 4.17a, 21).
Guerra espiritual: “[…] foram eles apressadamente a Jerusalém, aos judeus, e, de mão armada, os
forçaram a parar com a obra. Cessou, pois, a obra da Casa de Deus, a qual estava em Jerusalém; e
isso até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed 4.23b-24).
O inimigo da Obra de Deus está à espreita, esperando o momento para começar seu trabalho de
impedimento, ou pelo menos, de tentativas de impedimento ou para o atraso da edificação das
vidas.
A expressão “a glória da segunda casa será maior do que a da primeira” vem de Ageu 2:9, que fala sobre a construção do
segundo templo em Jerusalém. Os israelitas estavam desanimados, porque o segundo templo não era tão bonito como o
primeiro, mas Deus prometeu que teria uma glória maior. A glória de Deus não depende de riqueza material.
A “casa” (como aparece em algumas traduções) era o templo de Deus em Jerusalém. O primeiro templo tinha sido
construído por Salomão, no auge do poder de Israel. O edifício era gigantesco e magnífico, cheio de decorações e
construído com os materiais mais caros. Mas, alguns séculos mais tarde, o templo foi destruído por Nabucodonosor, o rei
da Babilônia, e os israelitas foram levados para o exílio.
Cerca de 70 anos depois, os israelitas voltaram para sua terra e decidiram construir um novo templo. Mas agora eles não
tinham os recursos para construir um templo tão belo como o primeiro. O novo templo teria de ser mais pequeno e
mais simples. Isso desanimou o povo e a construção ficou parada bastante tempo (Esdras 3:12).
Então, Deus enviou o profeta Ageu para motivar o povo a completar a construção do templo. Ele lembrou o esplendor do
primeiro templo mas disse que deveriam continuar a construir o templo menor, porque Deus prometeu estar com eles
(Ageu 2:3-5). O templo era o símbolo da presença de Deus entre o povo de Israel. E, mesmo sendo mais pequeno, o
segundo templo teria uma glória maior que o primeiro.
A glória do primeiro templo era sua riqueza material e seu aspeto imponente. Poucos edifícios da antiguidade foram tão
grandes, nem tão ricamente decorados. Mas todo o dinheiro do mundo pertence a Deus! A riqueza do edifício não era o
mais importante (Ageu 2:8-9).
O segundo templo teria uma glória maior porque Deus iria abençoá-lo. Ali, Deus iria revelar Sua glória. A glória do
segundo templo seria espiritual, algo que não se corrompe com o tempo.
Alguns séculos depois da construção do segundo templo, esse edifício recebeu uma pessoa muito importante: Jesus. O
templo tinha passado por muitas reformas mas os alicerces eram os mesmos lançados no tempo do profeta Ageu. O
segundo templo teve a honra da presença do Salvador do mundo!
A presença de Jesus é muito mais importante que riqueza material, fama ou beleza. Todos os bens materiais do mundo
não valem nada em comparação com a salvação em Jesus. Por causa de Jesus, a glória do segundo templo foi maior que a
glória do primeiro.