separada de fato, profissão, portadora da Cédula de Identidade RG nº __________/SSP-___ e inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliada à Rua _____, nº _____, Bairro ______, nesta cidade de _____, CEP: 00.000-000, Estado ____________, por intermédio de sua advogada “in fine” subscrita, mandato em anexo (doc. 01), com escritório profissional à Avenida ______________, nº _____, Bairro _____, Cidade, CEP: 00.000-000, Estado __________, onde recebe as intimações de estilo, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no § 6º do art. 226 da Constituição Federal de 1988 e na lei n. 6515/77, propor a presente
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO
Em desfavor de JOSÉ ANTONIO NASCIMENTO, brasileiro,
separado de fato, profissão, portador da Cédula de Identidade RG nº _________/SSP-____ e inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliado à Avenida ____________, nº ______, Bairro ______, na cidade de _______, CEP: 00.000-000, Estado ____________, com espeque nos fatos e fundamentos a seguir elencados: I – DOS FATOS
A Requerente e o Requerido casaram-se em ____ de _____ de
1998, pelo regime de comunão parcial de bens, no Cartório do _º Ofício de _________, Estado, conforme cópia da certidão de casamento em anexo (doc.).
Excelência, do referido enlace matrimonial advieram o
nascimento de 02 (dois) filhos, ANTONIO DA SILVA NASCIMENTO, nascido em __________, com 10 (dez) anos e FABIOLA DA SILVA NASCIMENTO, nascida em __________, com 08 (oito) anos, conforme cópias das certidões de nascimento em anexo (doc. ).
Oportuno salientar, que o casal se encontra separado de fato
em virtude dos desentendimentos e a incompatibilidades que tornaram insuportável a vida em comum, sendo inviável a reconciliação.
Todavia, até o momento não houve partilha de bens, fixação de
alimentos aos filhos e regularização da guarda destes , razão pela qual a Requerente invoca a prestação jurisdicional, com o escopo de ver decretado o divórcio litigioso.
II - DO DIREITO
A - DO DIVÓRCIO
É indiscutível que o casal não mais possui compatibilidade nem
possibilidade de continuar com a vida conjugal, pois já estão separados de fato. Assim, a Requerente manifesta em Juízo a sua vontade de divorciar-se.
Autoriza o presente pedido à disposição contida no artigo 2º, da
Lei n° 6.515/77, in verbis:
"A Sociedade Conjugal termina:
(...) IV – pelo divórcio. Parágrafo único – o casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.
Cabe observar que com a entrada em vigor da Emenda
Constitucional n° 66/2010 (13/07/2010) foi posto fim ao prazo exigido para desconstituição do vínculo matrimonial, sendo desnecessária a fase da separação judicial para posterior conversão em divórcio.
Sendo assim, os termos dispostos na ementa da própria norma
dispõe o seguinte:
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do
Estado. (...) § 6° - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Grifo nosso)
Vê-se que com a nova redação dada ao artigo 226, § 6°, da
Constituição Federal, não se faz mais necessário a análise se já está presente ou não o requisito tempo (dois anos) da separação de fato ou a prévia separação judicial por mais de 01 (um) ano, que até a emenda constitucional nº 66/2010, era necessário para se realizar o pedido de divórcio direto.
Dessa forma, a pretensão da Requerente está amparada pela lei,
devendo esta ser acatada de plano.
B - DOS FILHOS – GUARDA E CONVIVÊNCIA
Excelência, desde a separação de fato do casal, a guarda dos
filhos, Thiago da Silva Nascimento, com nascimento em ________, e Fabiola da Silva Nascimento, com nascimento em _________, conforme cópia das certidões de nascimento em anexo (doc.), compete a Requerente, a qual requer a formalização da guarda unilateral, conforme previsão constante no bojo dos artigos 1.583, § 1º e 1584, I, do Código Civil.
O art. 1.589 do Código Civil dispõe:
Art. 1.589 – O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,
poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
Desta forma, mesmo a Requerente sendo detentora da guarda
unilateral, o Requerido, por sua vez, terá o período de convivência livre com os menores impúberes, e para tanto requer que seja estabelecido o seguinte:
a) os menores impúberes ficarão com o Requerido 02 (dois) finais
de semana por mês, sendo das 18:00 hs da sexta-feira até às 20:00 hs do domingo;
b) as férias escolares deverão ter o seu período dividido entre a
Requerente e o Requerido.
c) as festas de finais de ano e feriados, serão divididas entre a
Requerente e o Requerido de forma alternada.
C - DOS ALIMENTOS
O dever de sustento dos filhos menores é dos pais, embora
o Código Civil estenda o dever de alimentar aos parentes, o que ocorre somente na falta dos pais ou na impossibilidade destes em prover o sustento de seus filhos, no caso em tela, o encargo no sustento dos filhos deve ser atribuído a Requerente e ao Requerido, conforme previsão constante em nossa Constituição Federal de 1.988, a qual preceitua a obrigação dos pais, de prestarem alimentos aos filhos, in verbis:
“Art. 229 - Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os
filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Os artigos 1.694 e 1.695 do Código Civil Brasileiro preceituam:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros
pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não
tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Diante da necessidade urgente dos menores impúberes, vez
que, desde a separação de fato do casal o Requerido, não vem cumprindo com sua obrigação paterna, em auxiliar no sustento dos filhos, é latente a necessidade da imediata fixação dos alimentos provisionais previsto no artigo 4º da Lei 5478/68:
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos
provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Desta forma, a Requerente requer à título de pensão alimentícia
para os filhos a importância de R$ 500,00 (quinhentos reais), o que equivale a aproximadamente a 74% (setenta e quatro por cento) do salário mínimo vigente no país, devendo a pensão ser atualizada por este fator.
E ainda, que o Requerido seja compelido a custear 50%
(cinquenta por cento) das despesas escolares, médicas, hospitalares, ondontológicas dos filhos, até o atingimento da maioridade civil.
A Requerente requer que o pagamento da pensão alimentícia
seja realizado mediante depósito bancário em Conta Corrente de nº. _________, Agência nº _______, do Banco ___________, de sua titularidade.
D - DOS BENS E SUA PARTILHA
A Requerente e o Requerido na vigência da união conjugal
amealharam os seguintes bens: 01 (um) imóvel residencial, situado na Rua ________, nº _____, Bairro, nesta cidade de _________, CEP: 00.000-000, Estado ___________, com área útil de ____m², quitado, avaliado na importância de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), conforme cópia da matrícula em anexo (doc.).
01 (um) automóvel, tipo, 05 (cinco) portas, completo, da marca ________,
cor __________, ano/modelo ____________, chassi _______________, Renavan _____________, placa ________, da Cidade ________, Estado ________ avaliado no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), conforme documentos anexos (doc.). A Requerente requer que o imóvel residencial seja transferido para o nome dos filhos do casal, tendo a Requerente direito a usufruto vitalício do imóvel, conforme previsão constante no bojo do art. 1.390 e seguintes do Código Civil.
E no tocante ao bem móvel, a Requerente requer que o mesmo
seja vendido, e que o valor obtido seja divido em partes iguais entre ambos.
E - DO NOME DE SOLTEIRA
A Requerente pretende voltara usar o nome de solteira, ou seja,
MARIA APARECIDA DA SILVA, tudo de acordo com o permissivo § 2º do art. 1.578 do Código Civil.
III - DA JUSTIÇA GRATUITA
A Requerente requer a Vossa Excelência, que sejam deferidos os
benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na lei 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme atestado de pobreza que instrui a presente exordial.
IV - DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, pugna a Vossa Excelência:
a) a citação do Requerido com as advertências contidas nos
artigos 285 – 319 do CPC, no endereço constante do rosto desta exordial, para que em desejando conteste a presente ação, no prazo legal, e na forma da lei;
b) contestada ou não a presente ação, que Vossa Excelência
julgue totalmente procedente a presente ação, com a finalidade de decretar o divórcio, na forma da lei, vez que preenchidos os requisitos legais;
c) O deferimento da guarda unilateral e responsabilidade dos filhos
para a Requerente, item II-B, tudo de acordo com o inciso I do art. 1.584 do Código Civil, bem como a regulamentação de visitas por parte do Requerido;
d) que sejam arbitrados de imediato os alimentos provisórios na
proporção de R$ 500,00 (quinhentos reais), item II-C, a ser remetido à Conta Corrente de nº. _________, Agência nº_______, do Banco _________, de titularidade da Requerente.
e) O deferimento do pagamento de pensão alimentícia, na forma
do item II-C, na importância de R$ 500,00 (quinhentos reais), o que equivale a aproximadamente a 74% (setenta e quatro por cento) do salário mínimo vigente no país, devendo a pensão ser atualizada por este fator, além de custear 50% (cinquenta por cento) das despesas escolares, médicas, hospitalares, ondontológicas, até o atingimento da maioridade civil, tudo de acordo com o art. 1.694 e seguintes, do Código Civil.
f) O deferimento da partilha dos bens descritos no item II-D;
g) O deferimento do pedido de alteração do nome da Requerente para aquele de solteira, qual seja, MARIA APARECIDA DA SILVA, item II-E, de acordo com o § 2º do art. 1.578 do Código Civil;
h) A expedição de competente ofício para a realização da
transferência do imóvel residencial transcrito no item II-D para o nome dos filhos da Requerente e do Requerido, bem como a averbação do usufruto vitalício em favor da Requerente;
i) Sejam expedidos os mandados respectivos ao Serviço Notarial
da Comarca de ________ - ___, nesta cidade para a devida averbação – registro do divórcio, à margem da certidão de casamento.
j) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para
intervir em todos os atos do processo, ex vi art. 82, II do Código de Processo Civil.
l) Que sejam concedidos os benefícios da Lei n. 1.060/50, ou seja,
gratuidade de justiça, declarando os Requerentes sob as penas da lei que não se encontram em condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem incorrer em prejuízo próprio, bem como de sua família.
m) Por cautela, os benefícios do artigo 172 e seguintes do Código
de Processo Civil e 227 do mesmo "codex" para as diligências do Sr. Oficial de Justiça;
n) A condenação do Requerido em custas, despesas processuais,
honorários advocatícios e demais ônus da sucumbência, tudo por ser medida de direito e de Justiça;
o) Ainda, que todas as publicações de intimações sejam expedidas
em nome de ADVOGADO, OAB/_________.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidos, notadamente, testemunhal, documental, pericial, depoimento pessoal do Requerido e a juntada de novos documentos.
Estima-se à causa o valor de R$ 116.000,00 (cento e dezesseis mil