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Figuras de

linguagem

Como náo é pedido em todos os concursos, dire­ 2.UEL


cione seus estudos: confira o edital. Lembre-se: seu
tempo é precioso.
02, (UEL - Agente Penitenciário - PR/2013) A
expressão 'agarrou esse touro à unha' revela uma
figura de linguagem muito comum nos textos. Assi­

QUESTÕES FÁCEIS nale a alternativa que apresenta, corretamente, esse


recurso de linguagem.

(A) Metáfora: consiste em designar alguma coisa,


1.VUNESP
mediante uma palavra ou expressão cujo signi­
ficado tem uma relação de semelhança ou ana­
logia.
01. (Vunesp-Agente de Segurança Penitenciária
- SP/2009)Assinale a alternativa correta quanto ao (B) Personificação: figura que consiste em atribuir
emprego de parònimos. qualidades humanas a animais e coisas.

Alternativa "a1* -O juiz agiu com descrição, para (C) Ironia: figura de linguagem em que se diz o con­
trário do que se quer dar a entender.
náo tornar evidente a sua dúvida.
(D) Hipérbole: consiste em enfatizar ou exagerar no
(A) O réu se disse inocente, e foi fragrante a dúvida
significado de palavras, expressões ou frases.
do juiz.
(E) Eufemismo: figura de linguagem que substituí
(B) O réu foi descriminado da acusação pelo habili­
um termo grosseiro por outro mais suave.
doso juiz.

ÍC) O réu teve sua pena de oito anos proferida pelo


iminente juiz. Alternativa correta: letra "a" - Imagine a cena no
<D) O réu ficou felir o juiz diferiu sentença favorável sentido denotativo (real). Imaginou? Assim, percebe
que há uma metáfora, ou seja, sentido figurado que se
a sua absolvição.
refere a juntou-se a.

COMENTÁRIOS,' Alternativa "b"- Não ocorre personificação.

Alternativa “c": correta - Parònimos são palavras Alternativa V-Sem ironia.

parecidas: Alternativa "d" - Náo houve exagero.

- descriminado: absolvido. Alternativa *e" - Não substituiu termo para sua­


vizar expressão.
- discriminado: separado por critério.

► Dica - Caso seja necessário, consulte o dicioná­ 3.FUNRIO


rio - mencionado em questões de Ortografia.

Alternativa "a" - discrição: de discreto. 03. (Funrio - Agente Penitenciário Federal/2009)


Toro esse trabalho, você precisará utilizar uma caneta,
Alternativa "b" - flagrante. uma prancheta e um bloco de papel em que fará as
Alternativa "d"- eminente- anotações diárias. Todo esse material será fornecido
pela empresa contratante! A informação acima usa o
Alternativa V*-deferiu. hiperônimo 'material'para
992 Duda Nogueira

(A) englobar os hipónimos 'caneta" 'prancheta' e Alternativa "a" - Não foi acrescentado elemento
'bloco de papel". mórfico antes do radical.

(8) substituir os sinônimos 'caneta', 'prancheta' e Alternativa uc“- Não são paradoxais.
'bloco de papel'.
Alternativa "d" - Náo há altera ção nas flexões.
(C) evitar a ambiguidade de "caneta' 'prancheta' e
Alternativa "e" - São palavras novas e não arcai­
‘bloco de papel'
cas.
(D) desfazer a polissemia de 'caneta', 'prancheta' e
'bloco de papel'. 4. FGR
(E) ampliar a conotatividade de 'caneta', 'pran-
cheta"e 'bloco de papel'.
Trecho para a próxima questão.

'... chegou a dizer que dois carcereiros tenta­


Alternativa "a*: correta - Hiperónimo: Termo ram apartor o ataque, mas foram recebidos com um
que, numa relação semântica de inclusão, se apresenta milhóo de balas." (Incêndio em prisão superlotada
como a unidade MAIS GERAL relativamente a um ou deixa 25 mortos em Minas, 23 de agosto de 2007.
mais termos (hipônimos) MAIS ESPECÍFICOS que estão Eduardo Kattah, Estado de Sõo Paulo).
contidos na mesma classe que esse primeiro (hiperò-
n Imo). Exemplo: legume é hiperónimo de cenoura.
05. (FGR - Agente de Segurança Penitenciária -
Alternativa *b9-Não substitui sinônimos.
MG/2007) É CORRETO afirmar que a expressão des­
Alternativa V*- Nâo há ambiguidade. - tacada na fraseVçrma é uma figura de pensamento:* 1 II. III.
Alternativa "d" - Não há polissemia. (A) Ironia

Alternativa *e" - Não amplia sentido. (B) Prosopopeia

(C) Hipérbole

04. (Funrlo - Agente Penitenciário Federal/ 2009) (D) Gradação

Olhar eolíríco

Lírios plásticos do campo e do contracampo


Alternativa "c": correta - Hipérbole ou auxese é
Telàstico cinemascope a flgura de linguagem que ocorre quando há exagero
intencional numa ideia expressa, de modo a acentuar
Teu sorriso tudo isso
de forma dramática aquilo que se quer dizer, transmi­
Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido tindo uma imagem ampliada do real.

Na minha adolescidade Alternativa "a" - Modo de exprimir-se que con­


siste em dizer o contrário daquilo que se está pensando
idade de pedra e paz
ou sentindo.
Caetano Veloso e Rogério Duprat compuseram
Alternativa “b* - é a atribuição de características
em 19ó9'AcriÍírico“ uma experiência de instrumentos,
humanas a animal, plantas, coisas ou objetos inanima­
sons urbanos e palavras sonoras, algumas delas inven­
dos.
tadas pelos compositores, que utilizaram os recursos
morfológicos da língua para produzir Alternativa "d" - é uma flgura de estilo, relacio­
nada com a enumeração, onde são expostas determi­
(A) derivações prefixais.
nadas ideias de forma crescente (em direção a um clí­
ÍB) neologismos lexicais. max) ou decrescente (anticlímax).

(C) substantivos paradoxais.

(D) alterações flexionais. 06. (FGR - Agente de Segurança Penitenciária -


MG/2007)
(E) arcaísmos desconexos.
I. Ele se absteu de toda a crítica negativa.

II. Haverão de chegar dias melhores para nós.

Alternativa 'b': correta - Neologismo: palavra III. Os Estados Unidos não resolveu o problema ira­
nova. Perceba que não há na gramática. quiano.
iguras de linguagem 993

f. O policial deteve o ladrão em sua casa. (E) é a que se propõe a Associação Nacional dos

Classifique as frases segundo o vício de linguagem Editores de Livros; arguir no Supremo Tribunal
Federal a inconstitudonalidade do artigo 20 do
ecada uma delas;
Código Civil.
'M

(barbarismo), {solecismo de concordância),


(solecismo de concordância), (ambiguidade). imbh t Abio s
B) (pleonasmo vicioso), (solecismo Alternativa "b": correta - Copos e garrafas
(barbarismo),
abrindo espaço: conotação (personificação).
de concordância), (ambiguidade).

C) (barbarismo), (barbarismo), (solecismo de con­ ► Dica - A linguagem figurada inicia-se na mesa.


cordância), (ambiguidade).
Alternativa "a* - O Código garante algo a alguém
O) (barbarismo), (solecismo de concordância), = denotação.
(pleonasmo vicioso), (ambiguidade).
Alternativa "c" - A Constituição provê algo =
denotação.

Alternativa "d" - Denotação.


Alternativa "a": correta
Alternativa"©- - Denotação.
ABSTEVE ~ Barbarismo; t o vício de lingua­
gem que consiste em usar uma palavra errada
1.2, UEG
quanto à grafia, pronúncia, significação, flexão
ou formação. Assim sendo, divide-se em: grá­
fico, ortoéplco, prosódico, semântico, morfoló­ 02.‘(ÜEG - Escrivão de Polícia - GO/2013) í exem­
gico e mórfico. Eliminada alternativa b. plo de uso denotativo da linguagem:
II- Solecismo: Diz-se do erro contra as regras da (A) *0 frade carmelita Joaquim do Amor Divino
gramática; erro de concordância ou de regência; Caneca (...) pronunciou discurso de homena­
erro de linguagem; falar errado. gem à Independência e ao imperador"
III. RESOLVERAM: solecismo. (B) 'Acorda, Pernambuco, do sono profundo e letár­
IV. Ambiguidade: de quem era a casa? Do policial gico em que jazes!”
ou do ladrão. (C) olha o medonho nevoeiro que se levanta
do Sul e que vai se desfechar em desastrosa
tempestade"
(D) "Pernambuco já havia curado as feridas provo­
QUESTÕES MÉDIAS cadas pela repressão da tentativa revolucionária
de 1817".
I.NlVEL MÉDIO

1.1. VUNESP
Alternativa "a"; correta
O Nota da autora: Questão de semântica.
01,{Vune$p - Investigador do Polícia - SP/2013)
- Denotação - sentido do dicionário, sentido real.
Emprega-se a linguagem figurada na seguinte pas­
sagem do texto: Alternativa "b" - Sentido conotativo (personifi­
cação, como nas alternativas abaixo): Acorda, Pernam­
(A) ... o Código Civil, que garante ao cidadão o
buco.
direito à privacidade e o protege de agressões à
sua honra e intimidade, Alternativa V - Sentido conotativo: o nevoeiro
se levanta.
(8) ... mas os copos e garrafas afastados para os
lados, abrindo espaço para a luta, não param em Alternatlva"d“-Sentidoconotatrvo:Pemambuco
cima da mesa. cura as feridas.

(C) A Constituição provê que os historiadores e bió­


grafos se voltem para a história do pais e recons­ 1.3.ACP
tituam seu passado ou presente...

(D) ... a Constituição, que garante a liberdade de 03. (ACP - Escrivão de Polícia - RS/2010) 0 sole­
expressão, de imprensa e de acesso à informa­ cismo é um erro de sintaxe que toma a frase incom­
ção. preensível imprecisa, ou é a inadequação de se
994 Ouda Nogueira

levar para uma outra variedade de língua a norma


de determinada variedade; em geral, da norma colo­
quial ou popular para a norma exemplar. Assinale a Alternativa "b": correta - A linguagem usada é
única alternativa que NÁO contém um solecismo. a conotativa: buscar régua e compasso para discipli­
nar a língua - buscar instrumentos linguísticos, ou seja,
(A) Eu lhe abracei.
encontrar meios como aprender corretamente a língua
(B) Tu fostes a minha festa. que se fala. A linguagem conotativa consiste no uso de
outras palavras para representar uma ideia. Exemplo:
(C) Aqui fazem-se vendas à prazo.
aquele menino é fogo (peralta, travesso).
(D) Queremos fazermos tudo certo. Alternativa "a" - Uso da linguagem denotatíva
(E) Vossa Excelência está preocupado. (sentido próprio - os signos no seu significados de
dicionário).

Alternativa \n~ Linguagem denotatíva.

Alternativa "e": correta - Não ocorre solecismo Alternativa "d"- Linguagem denotatíva.
{erro gramatical de sintaxe): Vossa Excelência - pro­
Alternativa "e"- Linguagem denotatíva.
nome de tratamento dirigido a aftas autoridades:
embora esteja na segunda pessoa do plural ívossa) a
frase é empregada no singular e masculino.
Trecho para a próxima questão.
Alternativa "a" - O verbo abraçar é transitivo .................. ;. .. ........................................ . ..

direto: deveria ser usado no pronome oblíquo-o {a}: çu


O poder do palavrão - Como Insultar e pra­
o (a) abracei.
guejar em português, com a ajuda de um dicio­
Alternativa "b" - A forma verbal fostes (v. ir} no nário
pretérito perfeito do modo indicativo está trocada: vós Quolquer dia é dia de palavrão. Ele é necessá­
íostes= segunda pessoa do plural. O correto: tu foste “
rio e insubstituível, como disse o sociólogo Gilberto
segunda pessoa do singular.
Freyre. Há quem reclame que as palavras de baixo
Alternativa "c" - Aqui se fazem vendas a prazo: calão invadiram a vida cotidiana de forma irresistí­
dois erros. vel. Jamais se pronunciou tanto palavrão como nos
dias de hoje, e com tanta volúpia, afirmam tonto os
Alternativa Md"-Flexiona-se o verbo auxiliar (que­
safados como os guardiões da língua e dos bons cos­
remos) o verbo principal deve ficar no infinitivo impes­ tumes. E. de fato, o palavrão (ou ’palavrada7 *pala­
soal; queremos fazer tudo certo. vra obsceno" ou ‘palavra-cabeludal se intrometeu
em todos os registros de fala e todo tipo de conversa­
ção. Porque o fascínio pelo ‘submundo", pelos'esgo­
04. {ACP ~ Escrivão de Polícia - RS/2010} Em que
tos" da linguagem? Vou tentar responder ao ques­
alternativa os autores fazem uso de linguagem tionamento, recorrendo primeiramente a um livro.
conotativa? (...) (Texto adaptado de Luís Antônio Giron. Revista
(A) Livrarias, bibliotecas e dicionários estáo aces­ Época, 13 de ju lho de 2010.)
síveis pela internet, e a oferta de instrumentos
auxiliares vem crescendo em volume e quali­
05. (ACP - inspetor de Polícia - RS/2010) Na frase
dade.
Por que o fascínio pelo “submundo", pelos “esgotos"
(B) o brasileiro nem sempre da linguagem?, encontra-se a figura de linguagem
conhecida como
sabe onde buscar
régua e compasso para disciplinar a língua, que (A)
(C) fala.
metonimia, que é a aíteraçáo de sentido de uma
As gramáticas devem cumprir o papel do escla­ palavra ou expressão quôndo, entre o sentido
recimento do que è correto ou náo na escrita. que o termo tem e o que adquire, existir uma
(0) O que é preciso é achar o equilíbrio, mesmo nas relação de inclusão ou implicação.

diferenças de registro. (B) metáfora, que é a alteração de sentido de uma

(E) Ler mostra as infinitas possibilidades de expres­ palavra ou expressão quando, entre o sentido
que o termo tem e o que adquire, existir uma
são da língua, enriquece o vocabulário (e o bom
relação de intersecção.
vocabulário é o melhor amigo da precisão),
ensina o leitor a organizar seu pensamento e (C) antítese, visto ser o expediente de construção
ainda oferece a ele algo de valor inestimável: textual que consiste em estabelecer, ao longo
conteúdo. do texto, oposições entre temas e figuras.
Figuras de linguagem 995

(D) 1.4.UNEMAT
paradoxo, visto ser o procedimento de cons­
trução textual que consiste em agrupar termos
contrários ou contraditórios numa mesma uni­
dade de sentido. 06. (UNEMAT- Investigador de Polícia - MT/2010)
A redundância consiste no uso de palavras que
(E) sinestesia, visto ser o mecanismo de constru­
expressam a mesma ideia de forma excessiva. Assi­
ção textual que consiste em reunir, numa só nale a alternativa em que ocorre esse fenômeno.
unidade, elementos designativos de sensações
relativas a diferentes órgãos dos sentidos. (A) O cientista falou, em vídeo, sobre o aumento de
casos de câncer no Brasil e no mundo.

(8) Considero que a queda do muro de Berlim e o


atentado contra o world trade center sejam os
Alternativa "b”: correta - Submundo - no sen­
acontecimentos mais importantes da história
tido denotativo (real)- o conjunto de marginais vistos
recente.
como grupo organizado; no texto= esgoto é a palavra
figurado que, por analogia é comparada a canal por (C) A formação de cartéis e o monopólio exclusivo
onde se escoam os dejetos da linguagem - dal a com­ no comércio de bens de consumo são práticas
paração do fascínio (deslumbramento): por que o fascí­ prejudiciais aos consumidores.
nio (atração, irresistível) pefo submundo, pelos esgotos Em várias cidades brasileiras, a população saiu
(D)
da linguagem? Pelos dejetos da linguagem (marginal)
ãs ruas para protestar contra a corrupção polí­
vulgar e devassa? (pafavróes).
tica.
Obs.: linguagem marginal^ a margem da lingua­ Nem sempre se identifica a doença num pri-
(E)
gem convencional. meirocxameclmíco.
Alternativa *a"~Metonimia - não ocorre a meto-
nímia. É a substituição de um termo por outro numa
íntima relação entre eles: Alternativa "c": correta - Há redundância com os
O autor pela obra - gosto de ler Guimarães Rosa; termos cartel, monopólio, exclusivo.

A parte pelo todo - faltam tetos para esses anda­ Cartel: acordo entre empresas produtoras determi­

rilhos; nando preços, evitando a livre concorrência.

Monopólio: privilégio de explorar uma indústria


O abstraio pelo concreto - a tristeza é sua eterna
ou vender certo produto, sem competidor; controle de
companheira;
mercado.
0 efeito pela causa - muito suor plantou esse
Exclusivo: restritivo, privativo, exclusividade.
canavial;
Nas alternativas a, b. d. e e, não ocorre redundân­
O continente pelo conteúdo - ele bebeu muitos cia.
copos ontem.

Alternativa "c"- Antítese - não ocorre a antítese. 1.5.IPAD


Figura de pensamento - oposição entre duas ideias:
significados antagônicos para realçar o contraste:
07. (IPAD - Escrivão de Polícia - PE/2007) Consi­
Ela ficou triste na alegria da partida; derando o modo como o tema foi desenvolvido no
Os jardins tèm vida e morte - (Cecília Meirefles). texto, pode-se dizer que a função de linguagem pre­
dominante é a
Alternativa "dw- Não há paradoxo. É a figura com
(A) apelativa.
sentido ambíguo - quando um termo ou uma expres­
são gera dualidade ou efeitos contraditórios ao sentido (B) expressiva.
natural:
(C) metalinguística.
Quanto mais estudo os textos menos entendo o
(D) poética.
seu significado.
(E) referencial.
Alternativa "e" - Não há sinestesia. Sinestesia é a
figura que adquire conotações dos sentidos, das sen­
sações: paladar, olfato, visão (cor), lábios de mel (pala­
dar) - há perfumes frescos como pele de criança (olfato Alternativa correta - Referencial:
etato). a autora
informa o fato em linguagem objetiva. A função refe-
Duda Nogueira

renciaí ou denotativa da linguagem nào admite mais


09. (FGV - Oficial de Cartório - RJ/2009) Sobre o
de uma interpretação dos fatos.
problema do desmatamento, explorado nesse texto,
Alternativa "a" - Não há função apelativa. A um poeta francês, Jacques Prévert, dizia:“Tantas flo­
função apelativa tem características imperativas, de restas arrancadas à terra / e trucidadas / acabadas
ordem, influenciando o comportamento do feitor ou / rotativizadas / Tantas florestas sacrificadas para
receptor. Exemplo: não falte à aula hoje. a pasta de pape) de bilhões de jornais chamando
anualmente a atenção dos leitores sobre os peri­
Alternativa "b"- Na função expressiva ou emotiva
gos do desmatamento dos bosques e das florestas'
predomina o subjetivo; o autor exterioriza suas emo­ A estrutura significativa do texto se baseia num tipo
ções ou opiniões. de linguagem figurada denominado:
Alternativa V - A função meta linguística da lin­ (A) sinestesia.
guagem ocorre quando a mensagem do texto utiliza
a própria mensagem para explicar essa mensagem - o (B) pleonasmo.
código explicando o próprio código. Exemp!o:um filme (C) paradoxo.
explicando o próprio filme- Assunto; cinema - um filme
sobre a arte do cinema. (D) antítese.

Alternativa "d"- A função poética da linguagem é (E) metonimia.


elaborada com emoção de forma a tocar o leitor. Exem­
plo; poesias, textos literários etc.

■ Alternativa "c":. correta - Conceito que é ou


2. NÍVEL SUPERIOR pa rece contrário ao comum; contra senso, absurdo, dis­
pa rate.
2.Í'. FGV
Alternativa "a*” - Relaciona planos sensoriais dife­
rentes.

08. {FGV -Oficiai de Cartório - RJ/2009) Assinale a Alternativa ub" - Redundância de termos no
alternativa em que o termo sublinhado está empre­ âmbito d3s palavras.
gado no sentido lógico e não no sentido figurado.
Alternativa'd" - Ocorre quando há uma aproxi­
(A) '...para discutir os agravos ao meio ambiente da mação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Amazônia.'.
Alternativa "e"- emprego de um termo por outro,
(8) 'Cerradas as cortinas do Fórum Social Mun­ dada a relação de semelhança ou a possibilidade de
dial,...'. associação entre eles. A substituição de um termo pelo
o outro.
(C) “...saltaram do palco armado em BeJém...'.
Autor pela obra - Exemplo: Li Camões e adorei... (Li
{OJ '...para o desfile de líderes de movimentos...';
o obradeCamòes).
(Ej 'Num clima em que cada movimento...'.
2,2. MPE

Alternativa "a": correta - Meio ambiente: comu- 10. (MPE - PB - Promotor de Justiça - PB/2011)
mente chamado apenas de ambiente, envolve todas as Com base no excerto de texto que segue, julgue os
coisas vivas e não vivas que ocorrem na Terra, ou alguma enunciados e assinale a alternativa correta;
região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos
(...} O direito é uma disciplina cultural, cuja prática
humanos. £ o conjunto de condições, (eis, influências e
se resolve em palavras. Direito e linguagem se entrela­
infraestrutura de ordem f/sico, química e biológica, que
çam e se confundem. Algumas ve/es - infelizmente, ma/s
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
do que necessário - os profissionais da área jurídica ficam
{Wikipedia)
tào empolgados com fogos de artificio da linguagem
Alternativa 'b*- Cerradas as cortinas - finalizar. que se esquecem do justo e, outras vezes, até da lei. Nas
acrobacias da escrita juddica, chega-se a encontrar for­
Alternativa - palco = conotação, sentido figu­ mas brilhantes nas quais a substância pode ser medida
rado. em conta-gotas. 0 defeito - também com desafortunada
Alternativa "d" - Os líderes não desfilam. frequência - surge mesmo em decisões judiciais que atin­
gem a Uberdade e o património das pessoas {...}. (CENE-
Afiematlva*e*-Cfima - momento. VIVA.Walter. Linguagem da justiça tropeça nosprobiemos
iguras de linguagem 997

o Estado. Folha de São Paulo, 5do Paulo, 2 mai.1993, Exemplo: Alguns colegas parecia chorarem
■ 4-2) naquele momento.
0 direito nâo sem razão é uma disciplina cul­ A primeira construção é considerada corrente,
tural, cuja prática se resolve em palavras., com enquanto a segunda, literária.
adaptações).
Mas, atenção:
. O defeito - também com desafortunada fre­
quência mesmo em decisões judiciais que atin­ Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica
gem a liberdade e o patrimônio das pessoas, no singular. Exemplo:
surge., com adaptações).
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as
I. Nas acrobacias da escrita jurídica, é onde se
paredes têm ouvidos.)
chega a encontrar formas brilhantes nas quais
a substância pode ser medida em conta-gotas. Alternativas‘'«Tb", "d*e "e":
(Com adaptações).
Pleonasmo = Consiste na repetição de um termo
1/. Direito e linguagem, no discurso do cotidiano,
ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade
parecem se confundirem., com adaptações).
do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expres­
A) Em I, tem-se Pleonasmo; em IV, Antecipação. siva. Exemplo:

B) Em II, tem-se Anacoluto; em IV, Expressão de


‘O problema das drogas, é necessário resolvê-lo
realce.
logo’
C) Em III, tem-se Expressão de realce; em IV, Conta­
Nesta oração, os termos 'o problema das drogas’ e
minação sintática.
'lo' exercem á mesma função sintática: objeto direto.
D) Em 1/tem-se Pleonasmo; em II, Contaminação' Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo
sintática.
o pronome lo' classsificado como objeto direto pleo-
E) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11 do nástico. O pleonasmo só tem razão de ser: quando con­
Edital do Concurso). fere mais vigora frase; caso contrário, torna-se um pleo­
nasmo vicioso. Exemplo:

Ele desceu para baixo.


Alternativa “c": correta
Antecipação - (também
lí. Expressão de realce » (também conhecida
como expressão expletiva) Termo sem função conhecida como pro-
gramatical. Sendo assim, ele pode ser retirado lepse) é a colocação de um termo de uma oração na
da frase, sem causar erro gramatical ou entendi­ anterior. Exemplo:
mento duvidoso.
Os meninos dizem / que são estudiosos
(Dizem/que os meninos são estudiosos)
"Nas acrobacias da escrita jurídica, é onde se chega
i encontrar formas..." Anacoluto = Consiste na mudança da construção
V, Contaminação sintática = Fusão irregular de sintática no meio da frase, ficando alguns termos desli­
duas construções que, em separado, são regu­ gados do resto do período. Exemplo:
lares.
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
'Direito e linguagem, no discurso do cotidiano,
larecem se confundirem.’ A expressão'esses alunos da escola’ deveria exer­
cer a função de sujeito. No entanto, há uma interrup­
Direito e linguagem parecem...
ção da frase e essa expressão fica à parte, não exer­
Direito e linguagem confundem... cendo nenhuma função sintática. O anacoluto tam­
0 verbo parecer, quando seguido de infinitivo, bém é chamado de 'frase quebrada' pois corresponde
a uma interrupção na sequência lógi ca do pensamento,
dmite duas concordâncias:
devendo ser usado com finalidade expressiva em casos
Ocorre variação do verbo parecer e não se fle­
muito especiais. Em geral, deve-se evitá-lo. Exemplos:
xiona o infinitivo.
O motorista, as coisas não lhe estão Indo muito
Exemplo: Alguns colegas pareciam chorar naquele
bem.
lomento.

A variação do verbo parecer não ocorre, o infini­ 'A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergo­
tivo sofre flexão. nha.' (Camií o Castel o B ranço)
998 Duda Nogueira

11, (MPE - PB - Promotor de Justiça - PBtfOU)


Não ocorrem vícios de linguagem em:
QUESTÕES DIFÍCEIS
Este tópico não foi, ainda, exigido em provas da
(A) A Constituição Federal é a lei fundamental do
área fiscal.
país, haja vista servir de parâmetro para todos as
feis e atos normativos vigentes.

(8) Quando o pais se encontra em crise, se pensa


DICAS
logo a naçào reformular a Constituição.
São recursos que tornam as mensagens que emi­
(C) Ao por acento na questão de limitação de cul­ timos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de
tura, ou de tempo, quanto ã questão de haver som, figuras de palavras, figuras de pensamento e
reforma constitucional, parece ser mais uma figuras de construção.
questão de limitação circunstancia!, uma vez
que o texto poderá ser alterado, desde que seja 1. CLASSIFICAÇÃO DAS FIGURAS DE LIN­
por um procedimento rígido. GUAGEM

(D) A sociedade vem discutindo a possibilidade de 1) Fernanda acordou âs sete horas, Renata ãs nove
uma revisão constitucional. Espera-se que seja horas, Paula às dez e meia.
proveitosa para a melhoria das práticas sociais 2} 'Quando Deus fecha uma porta, abre um3
e que tal discussão não seja mais um imbróglio janela.' ,
indigesto na condução da reforma pretendida. .
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.
(E) (Abstenção de resposta ~ Seção VIU, item 11 do
Nçs exemplos acima, temos três tipos distintos de
Edital do Concursoj.
figuras de linguagem:

Exemplo V. há o uso de uma construção sinté­


tica ao deixar subentendido, na segunda e na terceira
Alternativa "a": correta - o texto foi elaborado frase, um termo citado anteriormente - o verbo acor­
corretamente, sob o aspecto gramatical, apresentando dar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro
coerência e coesáo, Para isso não foram utilizados exemplo devem ser entendidas da seguinte forma:
recursos de manipulação da linguagem, como figuras "Rcnat3 acordou às nove horas, Paula acordou às dez
e vícios. e meia. Oessa forma, temos uma figura de construção
ou de sintaxe.
Alternativa "b" - aqui ocorre Elipse dos termos
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside
'que a Nação deva reformular.. '
num jogo conceituai entre as palavras fecha e abre,
"...se pensa logo a nação reformular a Constitui­ que possuem significados opostos. Temos, assim, uma
ção.' figura do pensamento.

Alternativa "c" - Repetição de termos é um vicio Exemplo 3: a força expressiva da frase está na
de linguagem que empobrece o texto. associação entre os elementos olhos e luzes brilhan­
tes. Essa associação nos permite uma transferência de
'Ao por acento na questão de limitação de cultura, significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes
ou de tempo, quanto à questão de haver reforma cons­ brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
titucional, parece ser mais uma questão de limitação
circunstancial, uma vez que o texto poderá ser alterado, 2. FIGURA DE PALAVRA
desde que seja por um procedimento rígido.' A figura de palavra consiste na substituição de
Alternativa "d" - Personificação ou prosopopeia 6 uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado,
a figura de linguagem que consiste em emprestar aos simbólico, seja por uma relação muito próxima (con­
tiguidade), seja por uma associação, uma comparação,
seres Inanimados ações próprias dos seres animados.
uma similaridade. Esses dois conceitos básicos - con­
Perceba que, no sentido denotativo, confusão não é
tiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer
algo que possa ser digerido,
dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a meto-
..imbróglio indigesto.. nfmia.

Imbróglio: confusão, trapalhada


2.1. METÁFORA
Indigesto: que è difícü de digerir ou provoca indi­ A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou
gestão (comida indigesta). uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma
Figuras de linguagem 999

relaçáo real mas em virtude da circunstância de que o 10) Género pela espécie: Os mortais pensam e
nosso espirito as associa e depreende entre elas certas sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e
semelhanças. É importante notar que a metáfora tem sofrem nesse mundo.)
um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora se
cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser cata- 11) Singular pelo plural: A mulher foi chamada para
crese {é o que ocorre, por exemplo, com 'pé de alface* ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulhe­
"perna da mesa" 'braço da cadeira"). res foram chamadas, não apenas uma mulher.)

Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação 12) Marca pelo produto: Minha filha adora danone.
implícita, em que o elemento comparativo nâo apa­ (= Minha filha adora o iogurte que é da marca
rece. danone.)

Observe a gradação no processo metafórico 13) Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. {=
abaixo: Alguns astronautas foram à Lua.)

Seus olhos sáo como luzes brilhantes. 14) Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen­
O exemplo acima mostra uma comparação evi­ derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu
dente, através do emprego da palavra como. lado.)

Observe agora:
2.3. CATACRESE
Seus olhos sáo luzes brilhantes.
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso con­
Nesse exemplo nâo há mais uma comparação tínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer
(note a ausência da partícula comparativa), e sim um quando, por falta de um termo específico para designar
símile, ou seja, qualidade do que ésernelhante. um conceito, toma-se outro "emprestado" Assim, pas­
As luzes brilhantes olhavam-me. samos a empregar algumas palavras fora de seu sen­
tido original.
Há substituição da palavra olhos por luzes bri­
lhantes. Essa é a verdadeira metáfora. Asa da xícara, batata da perna, maçã do rosto, pé
da mesa, braço da cadeira, coroa do abacaxi.
2.2. METONÍMIA
A metonímia consiste em empregar um termo no 2.4. PERÍFRASE
lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade Trata-se de uma expressão que designa um ser
ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: através de alguma de suas características ou atributos,
1) Autor peia obra: Gosto de ler Machado de Assis. ou de um fato que o celebrizou. Veja o exem pio:
(= Gosto de ler a obra literária de Machado de A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua
Assis.)
atraindo visitantes do mundo todo.
2) Inventor pelo invento: Édson iíumina o mundo.
Obsj quando a perífrase indica uma pessoa, recebe
(“ As lâmpadas ííuminam o mundo.)
o nome de antonomásia.
3) Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes
Exemplos:
da cruz. (- Nâo te afastes da religião.)

4) Lugar pelo produto do lugar: Fumei um sabo­ O Divino Mestre {= Jesus Cristo) passou a vida pra­
roso havana. (= Fumei um saboroso charuto.} ticando o bem.

5) Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. {= O Poeto dos Escravos {= Castro Alves) morreu muito
Sócrates tomou veneno.) jovem.
6) Causa peio efeito: Moro no campo e como do O Poeta da Vila (= Nocl Rosa) compôs lindas can­
meu trabalho. (= Moro no campo e como o ali­ ções.
mento que produzo.)

7) Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo, 2.5. SINESTESIA


{= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.)
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as
8) Instrumento pela pessoa que utiliza: Os micro­ sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
fones foram atrás dos jogadores. (= Os repórte­
Um grito áspero revelava tudo o que sentia, (grito
res foram atrás dos jogadores.)
= auditivo; áspero = tátil)
9) Parte pelo todo: Várias pernas passavam apres­
sadamente. Várias pessoas passavam apres­ No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os
sadamente.) acontecimentos, (silêncio ~ auditivo; negro = visual)
1000 Duda Nogueira

3, FIGURAS DE PENSAMENTO 3.6. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO


Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres
3.1. ANTÍTESE animados a seres inanimados, ou características huma-
Consiste na utilização de dois termos que contras­ nas a seres não humanos. Observe os exemplos:

tam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de As pedras andam vagarosamente.
palavras ou expressões de sentidos opostos. O con­
0 livro è um mudo que fala, um surdo que ouve,
traste que se estabelece serve, essencialmente, para
um cego que gula.
dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se
conseguiria com a exposição isolada dos mesmos.
3.7. APÓSTROFE
'0 mito é o nada que é tudo* {Fernando Pessoa)
Consiste na "Invocação* de alguém ou de alguma
O corpo é grande e a alma é pequena. coisa personificada, de acordo com o objetivo do dis­
curso que pode ser poético, sagrado ou profano. Carac-
'Quando um muro separa, uma ponte une." teriza*se pelo chamamento do receptor da mensagem,
seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe
3.2. PARADOXO interrompe a linha de pensamento do discurso, desta­
cando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que
Consiste numa proposição aparentemente se pretende pór em evidência com tal invocação. Reali­
absurda, resultante da união de Ideias contraditórias. za-se por mero do vocativo.
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário Moça, que fazes aí parada?
quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômi­
'Pai Nosso, que estais no céu...'
cas.
'Uberdade, Liberdade, _-

3.3. EUFEMISMO
3.8. GRADAÇÃO
Consiste em empregar uma expressão mais
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar Consiste em dispor as Ideias por meio de palavras,
alguma coisa áspera, desagradável ou chocante. sinónimas ou não, em ordem crescente ou decres­
cente. Quando a progressão é ascendente, temos o clí­
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao max; quando é descendente, o anticlímax.
Senhor. {= morreu)
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais
0 prefeito ficou rico por meíos Ilícitos. (= roubou) Joana com seus olhos claros e brincalhões...

O objetivo do narrador é mostrar a expressividade


3.4. IRONIA dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele se
refere ao céu, à terra, ás pessoas e, Onalmcn te, a Joana e
Consiste em dizer o contrário do que se pretende
seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em
ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento
ordem decrescente de intensidade.
com a intenção de ridfcularizá-lo, ou ainda em ressal-
taraígum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser 'Vive só para mim, só para a minha vida, só para
muito bem construída para que cumpra 3 sua finali­ meu amor'. (Olavo BiJac)
dade; mal construída, pode passar uma ideia exata­ '0 trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu,
mente oposta à dese)3da pelo emissor. colheu-se.‘(Padre Antônio Vieira)
Como você foi bem na última prova, não tirou nem
a nota mínima! 4. FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTÁTI­
CAS
Parece um anjinho aquele menino, briga com
todos que estão por perto. As figuras de construção ocorrem quando dese­
jamos atribuir maior expressividade ao significado.
Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres­
3.5. HIPÉRBOLE sividade que se dá ao sentido.
a expressão Intendonalmente exagerada com
4.1. ELIPSE
é
o intuito de realçar uma ideia. Consiste na omissão de um ou mais termos numa

Faria Isso milhões de vezes se fosse preciso.


oração que podem ser facilmente identificados, tanto
'Rios te correrão dos olhos, se chorares* (Olavo por elementos gramaticais presentes na própria ora­
BiJac) ção, quanto pelo contexto.
:iguras de linguagem 1001

} A cada um o que é seu. {Deve se dar a cada um o O povo corria por todos os lados e gritavam muito
que é seu.) alto.

!} Tenho duas filhas, um filho e amo todos da Note que nos exemplos acima, os verbos anda­
mesma maneira. ram, estão e gritavam não concordam gramatical-
Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e mente com os sujeitos das orações (que se encon­
imo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse tram no singular, procissão, turma e povo, respectiva­
eu* mente}, mas com a Ideia de pluralidade que neles está
contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita
i) Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o gente, por Isso que os verbos estão no plural.
trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o
trabalho, pois estava atrasada.)
4.4.3. SILEPSE DE PESSOA
1) As rosas florescem em maio, as margaridas em Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a
agosto. (As margaridas florescem em agosto.) segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando
há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez,
1.3. ZEUGMA não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é pessoa que está inscrita no sujeito.
eita a omissão de um termo já mencionado anterior- O que não compreendo é como os brasileiros
nente. persistamos em aceitar essa situação.
Ele gosta de geografia; eu, de português.
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só
"Dizem que os cariocas somos poucos dados aos
nóveis modernos.
jardins públicos."(Machado de Assis)
1.4. SILEPSE Observe que os verbos persistamos, temos e
A silepse é a concordância que se faz com o termo somos não concordam gramaticalmente com os seus
jue não está expresso no texto, mas sim com a ideia sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas que estão
tue ele representa. í uma concordância anormal, psi- na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está con­
ológica, espiritual, latente, porque se faz com um tida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).
ermo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos
!e silepse: de gênero, número e pessoa. 4.4.4. POUSSÍNDETO/ASSlNDETO
Para estudarmos essas duas figuras de construção,
1.4.7. SILEPSE DE GÊNERO
é necessário recordar um conceito estudado em sin­
Os géneros são masculino e feminino. Ocorre a taxe sobre período composto. No período composto
ilepse de género quando a concordância se faz com a por coordenação, podemos ter orações slndétlcas ou
iela que o termo comporta. assindétkas. A oração coordenada ligada por uma
conjunção (conectivo) é slndétlca; a oração que não
) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o
apresenta conectivo é asslndética.
calor intenso.
Recordado esse conceito, podemos definir as duas
Nesse caso, o adjetivo bonita não está concor-
figuras de construção:
ando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente
ertence ao gênero masculino, mas com a ideia con­ 1) Polissíndeto
da no termo (a cidade de Porto Velho}.
ê uma figura caracterizada pela repetição enfá­
) Vossa excelência está preocupado. tica dos conectivos,
Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda 'Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e
om o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espe-
ão com o termo Vossa excelência. daça, e morre." (Olavo Bilac)
'Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem
.4.2. SILEPSE DE NÚMERO e deu-lhe inteligência e fé-lo chefe da natureza.
Os números são singular e plural. A silepse de
2) Assíndeto
úmero ocorre quando o verbo da oração não con-
arda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas é uma figura caracterizada pela ausência, pela
am a ideia que nele está contida. Exemplos: omissão das conjunções coordenativas, resultando
no uso de orações coordenadas asslndéticas.
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da
dade de Salvador. Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.

Como vai a turma? Estão bem? 'Vim, vi, venci," (Júlio César)
1002 Duda Nogueira

4.5. PLEONASMO 4.7. ANACOLUTO

Consiste na repetição de um termo ou ideia, com Consiste na mudança da construção sintática


as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo no meio da frase, ficando alguns termos desligados do
é realçar a ideia, tomá-la mais expressiva. Veja este resto do período.
exemplo: Esses alunos da escola, nâo se pode duvidar deles.
O problema da violência, é necessário resolvè-o
A expressão "esses alunos da escola" deveria
logo.
exercer a função de sujeito. No entanto, há uma inter­
Nesta oração, 05 termos "0 problema da violên­ rupção da frase e essa expressão fica à parte, não exer­
cia" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também
direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, é chamado de 'frase quebrada" pois corresponde a
sendo o pronome "lo" classificado como objeto direto uma interrupção na sequência lógica do pensamento.
pleonástico. O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito
Aos funcionários, não lhes interessam tais medi­ bem.
das. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergo­
Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto nha. {Camilo Castelo Branco)

Obs.: 0 anacoluto deve ser usado com finalidade


Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto,
expressiva em casos muito especiais. Em geral, deve-
e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto
pleonástico. -se evitá-lo.

*VÍ, clarámente visto, 0 lumo vivo." (Luís de 4.EL HIPÊRBATO/INVERSÂO :


CarViões)
E a Inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão
"0 mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de da ordem direta dos termos da oração.
Portugal." {Fernando Pessoa)
Ao ódio venceu o amor. {Na ordem direta seria: O
"E rir meu riso." (Vinícius de Moraes) amor venceu ao ódio.)

Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta


4.6. ANÁFORA
seria: Eu cuido dos meus problemas.)
é a repetição de uma ou mais palavras no inicio
5. Figuras de Som
de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e
de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão
em causa é posta em destaque, permitindo ao escri­ 5.1. ALITERAÇÃO
tor valorizar determinado elemento textual. Os ter­ Consiste na repetição de consoantes como
mos anafórícos podem muitas vezes ser substituídos recurso para intensificação do ritmo ou como efeito
por pronomes relativos. Encontrei um amigo ontem. sonoro significativo.
Ele disse-me que te conhecia. O termo ele é um termo
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
anafórico, já que se refere a um amigo anteriormente
referido. O rato roeu a roupa do rei de Roma.

'Se você gritasse ‘Vozes veladas, veludosas vozes.

Se você gemesse, Volúpias dos violões, vozes veladas

Se você tocasse Vagam nos velhos vórtices velozes

a valsa vienense Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.'

Se você dormisse, Cruze Souza (Aliteração em mv“)

Se você cansasse,
5.2. ASSONÂNCIA
Se você morresse...
Consiste na repetição ordenada de sons vocáli­
Mas você não morre, cos Idênticos.
Você é duro José!' 'Sou um mulato nato no sentido lato

(Carlos Drummond de Andrade) mulato democrático do litoral"


Figuras de linguagem 1003

5.3. ONOMATOPÉIA 3) Semântica g José comprimentou seu vizinho ao


Ocorre quando se temam reproduzir na forma de sair de casa. (cumprimentou)

palavras os sons da realidade


4) Estrangeirismos - Considera-se barbarismo o
Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. emprego desnecessário de palavras estrangei­
ras, ou seja, quando já existe palavra ou expres­
MIau, miau. (Som emitido pelo gato)
são correspondente na língua g O show é hoje!
Tlc-tac, tlc-tac fazia o relógio da sala de jantar. (espetáculo);Vamos tomar um drink? (drinque)

Cócófócócó, fez o galo às seis da manhã.


6.3. SOLECISMO

6. VÍCIOS DE LINGUAGEM É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguin­


Ao contrário das figuras de linguagem, que repre­ tes níveis;
sentam realce e beleza às mensagens emitidas, os
vícios de linguagem são palavras ou construções que 1) Concordância g Haviam muitos alunos naquela
vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de sala. (Havia)
linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda
2) Regência g Eu assisti o filme em casa. (ao)
por desconhecimento das regras por parte do emissor.

3) Colocação g Dancei tanto na festa que não


6.1. PLEONASMO VICIOSO OU REDüNDAN- aguentei-me em pé. {náo me aguentei em pé)
CIA

Oiferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se 6.4. AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA


pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária
de uma informaçáo na frase. Ocorre quando, por falta de clareza, há duplici­
dade de sentido da frase g Ana disse à amiga que seu
► Entrei para dentro de casa quando começou a namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da
anoitecer.
amiga?); O pai falou com o filho caído no chão. (Quem
► Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada. estava caído no chão? Pai ou filho?)

► Encontraremos outra alternativa para esse pro­


blema. 6.5. CACOFONIA

Observação: o pleonasmo é considerado vício Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras
de linguagem quando usado desnecessariamente, no na frase provoca som desagradável ou palavra incon­
entanto, quando usado para reforçar a mensagem, veniente g Uma mào lava outra, (mamão); Vi e(o na
constitui uma figura de linguagem. esquina, (viela); Dei um beijo na bocadeío. (cadela)

6.2. BARBARISMO
6.6. ECO
é o desvio da norma que ocorre nos seguintes
Ocorre quando há palavras na frase com termina­
nivels:
ções iguais ou semelhantes, provocando dissonância
1) Pronúncia: g A divulgação da promoçdo ndo causou comoção na
população.
Alternativa "a"-Sl la ba d a - Erro na pronúncia do
acento tônico g Solicitei à cliente sua rubrica. (rubr/ca)
6.7. HIATO
Alternativa "b" -Cacoépla - Erro na pronúncia
dos fonemas gEstou com poblemas a resolver, (proble­ Ocorre quando há uma sequência de vogais, pro­
mas) vocando dissonância g fu a orno. Ou eu ou a outra
Alternativa -Cacografia - Erro na grafia ou na ganhará o concurso.
flexão de uma palavra g Eu odvinhei quem ganharia o
concurso, (od/vinhei) 6.8. COLISÃO
O segurança deteu aquele homem, {deteve)
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais

2) Morfologia g Sc eu ir aí, vou me atrasar, (for); ou semelhantes, provocando dissonância g Sua soia
Sou a aluna mais maior da turma, {maior) sujou.

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