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DIREITO E PROCESSO

COLETIVO DO
TRABALHO
Aula 01: Direito coletivo do trabalho
Sumário
Aula 1: Direito coletivo do trabalho ................................................................ 2

Introdução ................................................................................................ 2

Conteúdo .................................................................................................. 3

Aspectos históricos ................................................................................. 3

Revolução Industrial ............................................................................... 3

Revolução Francesa ................................................................................ 4

Brasil ..................................................................................................... 4

Revolução Econômica no Brasil ............................................................... 5

Surgimento do primeiro sindicato Brasileiro.............................................. 5

Direitos .................................................................................................. 6

Princípios ............................................................................................... 6

Liberdade sindical................................................................................... 8

Liberdade sindical em relação ao indivíduo............................................... 8

Liberdade sindical no Brasil ................................................................... 10

Unicidade sindical ................................................................................. 11

Representação por categoria profissional/econômica .............................. 12

Competência normativa da Justiça do Trabalho ...................................... 12

Convenção 87 da OIT ........................................................................... 13

Atividade proposta ............................................................................... 13

Referências ............................................................................................. 14

Exercícios de fixação ............................................................................... 14

Chaves de resposta .................................................................................... 17

Aula 1..................................................................................................... 17

Exercícios de fixação ............................................................................ 17

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 1


Direito e processo coletivo do
trabalho
apostila

Aula 1: Direito coletivo do trabalho

Introdução
São empregadas diversas denominações a esta parte do Direito do Trabalho
que estudaremos: Direito Coletivo do Trabalho, Direito Sindical e Direito
Corporativo. O Direito Coletivo do Trabalho não tem autonomia, é um
segmento do Direito do Trabalho. O Direito do Trabalho está dividido em dois
segmentos: o Direito Individual do Trabalho, que trata das relações entre
trabalhadores e empregadores individualmente considerados e o Direito
Coletivo do Trabalho que trata das organizações coletivas de trabalhadores e
empregadores.

Dessa forma, poderíamos definir o Direito Coletivo do Trabalho como um


segmento do Direito do Trabalho que regula a organização sindical, a
negociação coletiva, os instrumentos normativos decorrentes, a representação
dos trabalhadores na empresa e a greve.

Seria, na verdade, um complexo de institutos, princípios e regras jurídicas que


regulam as relações laborais de empregados e empregadores e outros grupos
jurídicos normativamente especificados, considerada sua atuação coletiva
realizada autonomamente ou através das respectivas entidades sindicais.

Iremos estudar os conceitos traduzidos pela doutrina dentro de uma conotação


histórica e legal do instituto para depois analisarmos a caracterização jurídica
desta modalidade, assim como as críticas quanto à morfologia utilizada pelo
mercado de trabalho.

Objetivo:
1. Conceituar a natureza jurídica do direito coletivo do trabalho.

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 2


Conteúdo

Aspectos históricos
Deve-se considerar que o sindicato e o movimento social que lhe é próprio, o
sindicalismo, são produtos da sociedade capitalista. Assim, mesmo que se
investigue a existência de associações entre seres humanos ao longo da
história, sempre existirão diferenças fundamentais perante os atuais sindicatos.
Jamais houve na história um sistema econômico e social em que a relação de
emprego ocupe papel tão central na produção, como vem ocorrendo nos
últimos dois ou três séculos.

Na Idade Média existiam as corporações de ofício que eram associações de


pessoas do mesmo ofício. Nelas havia uma divisão hierárquica entre mestres,
companheiros e aprendizes. Os mestres determinavam tudo e havia um
monopólio de fabricação, venda e regulamentação dos produtos.

Há certa semelhança com os sindicatos modernos, pois há um interesse do


grupo, mas dirigiam-se contra o consumidor e não contra a outra parte do
contrato como ocorre hoje. Houve, em certo momento, revolta dos
companheiros descontentes com o que era imposto pelos mestres. Mas eram
movimentos esporádicos, protestos de pequenos grupos, não constituíam um
movimento de massa de protesto entre capital e trabalho.

Revolução Industrial
Na Revolução Industrial, com o agrupamento de homens em massa em torno
da máquina, a consciência dos operários sobre a comunhão de seus interesses
começou a despertar, surgindo assim o movimento operário moderno do
sindicalismo.

Diz-se que o início do sindicalismo deu-se na Inglaterra em 1720, quando se


formaram as primeiras associações de trabalhadores para reivindicar melhores
condições de trabalho. E não poderia ser diferente, pois a Inglaterra é o berço

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 3


do capitalismo. Mas não havia ambiente propício à vida associacionista, pois
dominava a filosofia do individualismo e do liberalismo econômico.

Revolução Francesa
A Revolução Francesa, por exemplo, ao mesmo tempo em que suprimiu as
corporações de ofício, não reconhecia o direito de associação (coalizão). O
direito de associação propriamente dito foi conquistado na Inglaterra em 1871
e na França em 1884, assinalando o início da liberdade sindical.

Mas os sindicatos independentes em face do Estado encontram resistência nos


governos autoritários e nas chamadas democracias populares. Algumas décadas
após, em 1919 no Tratado de Versalhes, com a criação da Organização
Internacional do Trabalho em 1919 e suas Convenções 87 de 1948 e 98
de 1949, a Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, os
direitos de livre associação e sindicalização tornaram-se sedimentados na
cultura jurídica ocidental.

Brasil
Enquanto na Europa existiam as corporações de ofício, as imensas áreas
brasileiras eram descobertas com o aprisionamento dos índios e com a busca
de escravos negros na África.

Com a outorga da Constituição Imperial (1824), dois anos após a


independência lia-se no seu texto: “Ficam abolidas as corporações de ofício,
seus juízes e mestres”. Corporações essas que nunca existiram no Brasil, diante
do regime de trabalho escravagista.

Com a Lei do Ventre Livre (1871) e com a Abolição da Escravatura (1888)


surgiram condições para a formação do Direito Coletivo no Brasil, enquanto na
Europa já se reconhecia a liberdade sindical. Economia no Brasil, era
essencialmente agrícola.

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Revolução Econômica no Brasil
A nossa Revolução Econômica marcou o seu início com o progresso industrial
verificado no primeiro triênio da 1ª Guerra Mundial. Tal como na Europa e em
toda a parte a criação das primeiras associações profissionais decorre do
industrialismo moderno.

As primeiras Confederações de Trabalhadores surgiram no Brasil em 1920, a


Confederação Geral dos Trabalhadores e posteriormente, se opondo, a
Confederação Nacional do Trabalho.

Após a Revolução Liberal de 1930 começou a surgir no Brasil uma filosofia de


Estado intervencionista, sujeitando o Sindicato ao Estado, suprimindo-lhe a
autonomia.

Surgimento do primeiro sindicato Brasileiro


Seguiu-se então o sindicato único, com funções públicas delegadas pelo Estado,
representando os interesses da categoria de produção. Estipulava contratos
coletivos de trabalho obrigatório para todos os associados. Impunha
contribuições por lei e não só aos associados, mas a todos os membros da
profissão representada.

No final dos anos 1970, os sindicatos começaram a desafiar as leis existentes,


realizando-se greve em São Bernardo do Campo por reajustes salariais. O
regime militar ainda vigente na época respondeu ao movimento com dureza.

Em 1988, após 20 anos de ditadura militar, A Constituição Federal trouxe a


declaração da liberdade de associação profissional, não podendo a lei exigir
autorização do Estado para seu funcionamento, ressalvando o registro no órgão
competente. Estabelece a regra da unicidade sindical entre outras disposições
que serão estudadas posteriormente.

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 5


Direitos
São empregadas diversas denominações a esta parte do Direito do Trabalho
que estudaremos: Direito Coletivo do Trabalho, Direito Sindical e Direito
Corporativo.

O Direito Coletivo do Trabalho não tem autonomia, sendo um segmento do


Direito do Trabalho. O Direito do Trabalho está dividido em dois segmentos: o
Direito Individual do Trabalho, que trata das relações entre trabalhadores e
empregadores individualmente considerados e o Direito Coletivo do trabalho,
que trata das organizações coletivas de trabalhadores e empregadores.

1 - Gustavo Garcia assim o conceitua: “Segmento do direito do trabalho que


regula a organização sindical, a negociação coletiva, os instrumentos
normativos decorrentes, a representação dos trabalhadores na empresa e a
greve”.

2 - Amauri Mascaro Nascimento entende o Direito Coletivo do Trabalho como:


“Ramo do direito do trabalho que tem por objetivo o estudo das normas e das
relações jurídicas que dão forma ao modelo sindical”.

3- Maurício Godinho Delgado tem como conceito: “Complexo de institutos,


princípios e regras jurídicas que regulam as relações laborais de empregados e
empregadores e outros grupos jurídicos normativamente especificados,
considerada sua atuação coletiva realizada autonomamente ou através das
respectivas entidades sindicais”.

Princípios
Muito embora não seja disciplina autônoma, o Direito Coletivo do Trabalho tem
princípios próprios. Conheça-os:

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Liberdade sindical
Deriva de um princípio mais amplo que é o da liberdade de associação. Artigo
5º, incisos XVII e XX, e Artigo 8º, inciso V, ambos da Constituição Federal. Tem
várias dimensões: em relação ao indivíduo, em relação ao grupo e de ambos
perante o Estado. Tendo em vista a importância do tema para o Direito Coletivo
do Trabalho, o aprofundaremos posteriormente no capítulo 4.

Autonomia Coletiva dos Particulares


Entre a autonomia individual e a autonomia pública há a autonomia coletiva,
que é a autonomia entre os grupos intermediários, o indivíduo e o Estado.
Reconhecendo os grupos intermediários e o direito de associação, o Estado
reconhece também o direito dos grupos de regular os próprios interesses. A
autonomia não é o mesmo que soberania, que pertence somente ao Estado.

Corresponde a:

Autonomia organizativa - resulta da autonomia do sindicato de elaborar


seus próprios estatutos.

Autonomia administrativa - direito do sindicato de eleger a sua diretoria e


exercer a própria administração.

Autonomia negocial - poder que se confere aos entes sindicais de criarem


normas a serem aplicadas as relações trabalhistas – acordos e convenções
coletivas (fontes formais de direito do trabalho).

Autotutela - o reconhecimento de que os sindicatos devem ter meios de luta


para a solução dos conflitos, previstos nos termos da lei, como a greve.

Adequação setorial negociada

É o limite jurídico da norma coletiva, que só pode estabelecer normas coletivas


com direitos mais benéficos ao trabalhador (princípio de direito individual do
trabalho da proteção/aplicação da norma mais favorável).

Somente quando a Constituição Federal autorizar é que se poderão estabelecer


normas desfavoráveis.

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Liberdade sindical
Diversos autores conceituam liberdade sindical, não só por ser princípio de
Direito Coletivo do Trabalho, mas por ser considerado direito fundamental.

Octavio Magano enfatiza a tradição de nosso direito que é conceber a liberdade


sindical em três dimensões: sindicalização livre, autonomia e pluralidade
sindical e a define como sendo “o direito dos trabalhadores e
empregadores de não sofrerem interferência nem dos poderes
públicos, nem de uns em relação aos outros, no processo de se
organizarem, bem como de promoverem interesses próprios ou de
grupos que pertençam”.

Russomano afirma que a liberdade sindical é uma figura triangular, cujas partes
distintas, sindicalização, autonomia sindical e pluralidade sindical, ao se
tocarem nas extremidades, formam um triângulo jurídico.

Liberdade sindical em relação ao indivíduo


Normalmente os autores entendem a liberdade sobre três enfoques, Orlando
Gomes e Elson Gottschalk a entendem sobre três aspectos: em relação ao
indivíduo, em relação ao grupo e de ambos perante o Estado.

Acompanhe as liberdades:

1 - Liberdade de filiar-se a um sindicato;


É considerada o aspecto positivo da liberdade de associação. A liberdade de
filiar-se sem nenhuma condição, senão de cumprir os estatutos. Não pode
haver despedida ou recusa de admissão em razão do indivíduo ser filiado a um
sindicato. Também não pode haver cláusula no contrato de trabalho em que o
empregado se obrigue a não se filiar (este último nos Estados Unidos chamado
de Yellow dog contract).

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2 - Liberdade de não se filiar a um sindicato;
É chamada de aspecto negativo da liberdade sindical. Não pode haver a
exigência de filiação a um sindicato para contratação ou manutenção do
contrato. Práticas frequentes nos Estados Unidos e na Inglaterra, assim
denominadas:

• Closed shop exigência de filiação como condição de emprego;

• Union shop filiação ao sindicato como condição à continuidade no emprego.

- Liberdade de retirar-se de um sindicato;


É o complemento lógico das duas primeiras em regime de sindicalismo livre.
Liberdade sindical em relação ao grupo:

3 - Liberdade de fundar um sindicato;


Deve-se entender sob esse aspecto que se devem minimizar as formalidades
para a constituição de um sindicato. Não pode haver formalidades que
impliquem, de fato, a negação da liberdade.

A publicidade é o máximo exigido. Não pode haver “autorização” para


funcionamento.

- Liberdade de determinar o quadro sindical na ordem profissional e


territorial; O quadro territorial e profissional em que o sindicato é constituído
é determinado pelos próprios interessados. Pode ser constituído dentro de uma
só profissão ou profissões similares. É permitida a constituição de vários
sindicatos dentro de uma profissão ou categoria.

4 - Liberdade de estabelecer relações entre sindicatos para formar


agrupações mais amplas; Liberdade de constituir federações e
confederações, assim como a elas filiar-se. E de as organizações filiarem-se a
organizações internacionais;

- Liberdade de fixar regras internas para regular a vida sindical;


A liberdade de criarem seus estatutos e para elegerem seus administradores.

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- Liberdade na relação entre o sindicalizado e o grupo profissional;
O sindicato é obrigado a aceitar o pedido de filiação de um membro da
profissão? A matéria é controvertida. O sindicato poderá recusar se a decisão
for tomada de acordo com os estatutos. Não poderá se a decisão for por
discriminação quanto à raça, religião, ideologia, filiação político-partidária.

5 - Liberdade nas relações entre os sindicatos de empregados e de


empregadores;
Deve haver o reconhecimento e a independência dos sindicatos de empregados
em relação aos sindicatos de empregadores.

- Liberdade sindical em relação ao Estado;


A independência do sindicato em relação ao Estado, o conflito entre a
autoridade do Estado e a ação sindical e a integração do Sindicato no Estado
são problemas que se relacionam com o mono ou plurisindicalismo, com o
sindicato obrigatório, sua representação em face da categoria ou profissão que
estudaremos adiante.

Liberdade sindical no Brasil


A autonomia dos Sindicatos perante o Estado, conforme já dito, sempre sofreu
restrições no Brasil. A Constituição de 1988 eliminou o controle político
administrativo do Estado sobre os sindicatos quer quanto à sua criação, quer
quanto a sua gestão e alargou as prerrogativas de atuação dos sindicatos.
Porém manteve: unicidade sindical; representação por categoria
profissional/econômica; financiamento genérico e compulsório de toda a sua
estrutura (conquanto a Lei 13.467 de 2017, a chamada reforma trabalhista em
seus artigos combinados 545, 578, 579, 582 e 583, passaram a condicionar a
necessidade de uma autorização prévia e expressa, logo se transformou em
facultativa, a até então obrigatória contribuição sindical); poder normativo dos
tribunais trabalhistas; representação classista na justiça do trabalho.

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Unicidade sindical
Pluralidade sindical – quando é permitido e efetivamente existe mais de um
sindicato de determinada profissão. Na França funciona a pluralidade.

Unidade sindical 1
Quando a lei permite a criação de mais de um sindicato por base por profissão,
mas efetivamente só existe um. Na unidade não há contrariedade ao princípio
da liberdade sindical, já que são os interessados que voluntariamente decidem
pela sua adoção. Alemanha e Suécia são exemplos onde o sistema é o da
unidade. A Organização Internacional do Trabalho não tomou partido, seja da
unidade, seja da pluralidade sindical. No Brasil vigora a unicidade sindical.

Unidade sindical 2
Quando a lei obriga a existência de somente um sindicato de determinada
exatamente o intervencionismo estatal, onde os sindicatos são constituídos
conforme regras estabelecidas pelo poder público, negando o princípio da
liberdade de organizarem-se. Ou seja, Sindicato obrigatoriamente único por
categoria profissional ou diferenciada em se tratando de trabalhadores e por
categoria econômica, em se tratando de empregadores. A base territorial
mínima dos sindicatos é o município. Base territorial é a abrangência de
representatividade dos trabalhadores ou empregadores.

Atenção
A personalidade sindical depende de registro junto ao Ministério
do Trabalho. Esse registro visa conferir se não existe outro
Sindicato representativo da mesma categoria em certo espaço
territorial (base territorial). Entende-se que a exigência do
registro por si só não fere a liberdade sindical.

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 11


Representação por categoria profissional/econômica
Representação e filiação são distintas. Pertencer a determinada categoria
profissional ou econômica independe da vontade. A representação legal da
categoria pelo Sindicato é automática ea incondicional. A filiação é opcional e
espontânea. Empregador faz parte da categoria econômica de sua atividade
preponderante, em determinada área territorial.

Empregado faz parte da categoria profissionais correspondente à categoria


econômica de seu empregador. Empregado pode exercer profissão diferenciada
(§3º, 511). Nesta hipótese, independente da atividade desenvolvida pelo
empregador, pertencerá o empregado, sempre, à sua própria categoria. Quanto
à aplicação das normas coletivas, dependerá de o empregador ter participado
da negociação coletiva.

Conheça sobre Contribuição sindical obrigatória


Anteriormente conhecida como imposto sindical está prevista no Artigo
579 da CLT que ainda está em vigor, mas a partir da vigência da Lei da
Reforma Trabalhista, perderá a compulsoriedade e se transformará em
facultativa.

Competência normativa da Justiça do Trabalho


Possibilidade dos tribunais trabalhistas criarem normas para determinada
categoria, através do julgamento dos dissídios coletivos (sentenças
normativas). Existente somente no Brasil é criticada pela doutrina internacional
e atualmente pela nacional.

POR QUÊ?

• Solução do regime fascista que inibe greve e não condiz com a moderna
doutrina neoliberal de autocomposição das disputas coletivas.

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• Desestimula o desenvolvimento de um sindicato autêntico, porque atribui ao
Estado a solução dos conflitos que poderia ser realizada somente pelas partes
ou com a intervenção de mediadores e árbitros.

Representação classista na Justiça do Trabalho

Eliminada com a Emenda Constitucional nº 24/1999. Também era vista como


resquício do velho sistema corporativista, pois mantinha a representação
corporativa no seio do Estado.

Convenção 87 da OIT
Versando sobre liberdade sindical, a Convenção nº 87 da OIT faz diversas
previsões, como segue. Direito de constituir, sem autorização prévia do Estado
organizações de sua escolha, bem como o direito de se filiar a essas
organizações, sob a única condição de observar seus estatutos. Empregadores
e trabalhadores poderão escolher entre a unidade ou a pluralidade sindical.

O direito de filiar-se e o de retirar-se do sindicato. Liberdade das organizações


de elaborar seus estatutos e regulamentos administrativos, de eleger
livremente seus representantes, sem qualquer interferência do Estado. As
autoridades públicas devem abster-se de qualquer intervenção que possa
limitar esse direito ou entravar seu exercício legal.

As organizações não estão sujeitas à dissolução ou suspensão por via


administrativa. As organizações terão o direito de constituir federações e
confederações, bem como filiar-se a essas e às organizações internacionais.
As organizações para aquisição da personalidade jurídica não poderão estar
sujeitas a condições que possam restringir o direito de associação.

Atividade proposta
Discorra sobre o princípio da autonomia negocial coletiva que sustenta o direito
coletivo brasileiro.

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 13


Chave de resposta:
É o princípio que assegura aos grupos sociais o direito de elaborar normas
jurídicas que o Estado reconhece; é o direito positivo autoelaborado pelos
próprios interlocutores sociais para fixar normas e condições de trabalho
aplicáveis ao seu respectivo âmbito de representação.

Referências
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr,
2013.

CASSAR, Volia Bonfim. Direito do trabalho. Niterói: Impetus, 2013.

DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr,


2013.

MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 32. ed. São


Paulo: Saraiva, 2013.

RUSSOMANO, Mozart Victor. Comentários à Consolidação das Leis do


Trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

SARAIVA. Renato. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Método, 2013.

SÜSSEKIND, Arnaldo; MARANHÃO, Délio; VIANNA, Segadas; TEIXEIRA, Lima.


Instituições de direito do trabalho. Vol. 1. São Paulo: LTr, 2000.

Exercícios de fixação
Questão 1
São mecanismos para solução dos conflitos coletivos de trabalho, exceto:
a) O dissídio coletivo
b) A convenção coletiva de trabalho
c) A mediação

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d) A arbitragem
e) A comissão de conciliação prévia

Questão 2
São prerrogativas dos sindicatos, exceto:
a) Representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os
interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou
interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão
exercida.
b) O empregado eleito para cargo de administração sindical ou
representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação
coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem
transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o
desempenho das suas atribuições sindicais.
c) Eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou
profissão liberal.
d) Colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo
e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria
ou profissão liberal.
e) Para os sindicatos de empregados, a fundação e a manutenção de
agências de colocação.

Questão 3
Quanto à negociação coletiva, assinale a alternativa correta:
a) A negociação coletiva não sofre limitações.
b) As convenções e os acordos coletivos de trabalho não necessitam conter
disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou
parcial de seus dispositivos.
c) Os empregados e as empresas podem celebrar contratos individuais de
trabalho, estabelecendo disposições ou condições que contrariem normas
ajustadas em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 15


d) Os instrumentos de negociação coletiva somente devem conter cláusulas
normativas, ou seja, regras que estabelecem condições ajustadas para
reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência.
e) Conforme expressiva corrente doutrinária e jurisprudencial, os
dispositivos previstos em instrumentos de negociação coletiva vigoram
no prazo assinado, não aderindo de forma definitiva aos contratos
individuais de trabalho.

Questão 4
Sobre a garantia de emprego ou estabilidade provisória do dirigente sindical é
incorreto afirmar que:
a) O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza
de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
b) Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial
do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade do dirigente
sindical.
c) O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave
mediante a apuração em inquérito judicial.
d) Em decorrência da aplicação do princípio da liberdade sindical, não há
limitação para o número de dirigentes de sindicato portadores de
garantia de emprego ou estabilidade provisória.
e) O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical
durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe
assegura a estabilidade.

Questão 5
Analise as proposições abaixo (de I a V) e assinale a alternativa correta,
conforme sejam verdadeiras ou falsas:
I- a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, que é o Cartório de Registro Civil

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 16


de Pessoas Jurídicas, sendo desnecessário o registro sindical também perante o
Ministério do Trabalho e Emprego.
II- a similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em
comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em
atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social
elementar compreendida como categoria profissional.
III- a unicidade é exigida apenas para a organização sindical representativa de
categoria profissional.
IV- a base territorial mínima das entidades sindicais é o distrito municipal.
V- é obrigatória a participação dos entes sindicais nas negociações coletivas de
trabalho.
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras
b) Apenas as proposições I e IV são verdadeiras
c) Apenas as proposições II e V são verdadeiras
d) Apenas as proposições I, II e IV são verdadeiras
e) Apenas as proposições III, IV e V são verdadeiras

Chaves de resposta

Aula 1 – Exercícios de fixação


Questão 1 - E
Justificativa: A resposta correta é a letra E, pois a CCP é utilizada apenas para
conflitos individuais de trabalho.

Questão 2 - C
Justificativa: A resposta errada é “Eleger ou designar os representantes da
respectiva categoria ou profissão liberal”, pois são os próprios trabalhadores
quem deverão eleger seus representantes.

Questão 3 - E
Justificativa: Conforme expressiva corrente doutrinária e jurisprudencial, os
dispositivos previstos em instrumentos de negociação coletiva vigoram no prazo

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 17


assinado, não aderindo de forma definitiva aos contratos individuais de
trabalho, pois mesmo com a atual redação da Súmula 277 do C.TST, eles
possuem vigência limitada.

Questão 4 - D
Justificativa: Eis que o item II da Súmula 369 do C.TST estabelece o número
máximo de 7 dirigentes para o referido fim, sendo assim, a resposta incorreta
é: Em decorrência da aplicação do princípio da liberdade sindical, não há
limitação para o número de dirigentes de sindicato portadores de garantia de
emprego ou estabilidade provisória.

Questão 5 - C
Justificativa: Já que na I o registro é obrigatório no TEM, na III há exigência
também para o sindicato patronal e na IV, não existe distrito municipal diante
da CRFB/88.

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