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Capitulo 5 © pélo ideolégico do campo jornalistico vemos a oportunidade de ver que no séeulo XIX how: I vve mudangas fundamentais na historia do jornalisno: 1) a industrializacio da imprensa, a sua enorme expan- si, € 0 nascimento de um mito ~ 6 mito do “Quarto Poder” — tum novo poder a que um comentarista britinico da época cha- mos “wm poder do rive, mait poderso que qualquer um dos outros poderes” (Henry Reeve, citado por O'Boyle, 1978:23); 2) 0 suzgimento de um novo patadigma no jornalismo em que a im- pense é concebida de um modo radicalmente diferente, forne- ceendo agora principalmente fatos e aio opinides, isto, infor- magio e no propagandas 3) a emergéncia de um campo jorna- listico da sombra de uma atividade dependente do “polo polit co” para a conguista de uma “autonomia relativa” em que um numero crescente de pessoas ganham a sua vida a fazer um tra batho ¢ deseavolvem técnicas especificas, um saber especializa- 0 ~ o que € noticia, e uma identidade profissional; 4) a defi Ho de dois pélos dominantes no c: 8) 0 pélo “econémico” ou “comercia dla imprensa no século XIX, as noticias sio a meteadoria de um ipo jornalistico moderne: com a comercializacio 125 rnegécio cada vez mais Iuerativo; b) 0 pélo “ideolégico” ou “in telectual” fundamental da teoria democritica, o jornalismo & visto como lum servigo pblico em que as noticias sio o alimento de que os cidadios precisa pata exercer ot seus diteitos democriticos, “Tivemos @ oportunidade de ver que este grupo lutou para sanar um estatuto social compatado ao das profissdes liberais, fe ntos mais de 150 anos de luta (ainda em continuagio) consti ‘ui-se uma “‘comunidade interpretativa™ em que os novos “agen- tes especializados” encontram wma legitimidade social num pro- com a identificagio da imprensa como elemento cesso citeular enize os jornalistas e a sociedade ne aura a ceoria democriica. Apesar da sua incapacidade histriea de delimicar (0 seu “tetrtério” de uma forma minimamente rigorosa, poucas profissbes tiveram tanto éxito como o jornalismo na elaboragio de uma vasta cultura ties em valores, simbolos e cultos que ga ‘nharam uma dimensio mitolégica dentro ¢ fora da “tibo” e de ‘uma pandplia de ideologias jusifcativas em que é claramente cesbocada uma identidade profissional, ito &, um ethas, uma de- finigio de uma manciza de como se deve ser (jornalist)/estar {no jornalismo) Oethos jornalistico © eminente socidlogo das profissbes Everett Cherrington Hughes (1963) sublinha que os membros de uma profissio se esenvolvem como um grupo separado “com um «thr proprio". Aceescenta Hughes (1963:196%657): “Toto (a conrttuivde de um grupo riparade com som ches priprio) por sua vex implica uma dedi casio profunda ¢ para toda a vida”. ‘Ouvimos agora as vores de alguns jornalistas que expri ‘mem, casa un & sua mancira, 0 tlasjornalistico. As seguintes citagdes slo expresses de diversos joroalistas quanto 20 «thas ue deve orientar 0 trabalho jornalistico. Vox Um: “Encontramo-nas hoje num marco assinalével da nossa vida profissional. Possivelmente, sem os intuitos de ‘eampanha’ de que aos acusam, numa afirmacio de matvridade ggoe nos une na dignificacio da Imprensa, trouxemos ao julzo da opinido piiblica o canhecimento de questées insditas e suspel as que caberd a outras instincias julgar, mas que nos coube divulgar, no cumprimento do dever constitucional de informat” ‘Vox Dois: "Mas a Imptensa no ulteapassa esses limites impunemente, Sio-lhe pedidas responsabilidades em tempo, em lugar préprios. Tal como 0 Governo nio € impune aos atos ¢ ‘omissGes que 0s seus membros cometem. A Imprensa nio julga as ages governamentais, apenas as revela e demonstra” Vor Tees: "A missto dos jornais € informar. Se « fazer a partir de fatos,informam. E se 08 fatos sio secretos, € 0s jornals chegim Ii, entdo ainda informam mais e melhor. E a conscién- cia da missio cumprida”, Vox Quatro: “A gente como (nome de um Ministro) eseapa 4 tentagio de debater a opiniio alheia, escapa 4 propria nogio ue em democeacia 6 essencial que haja uma opinilo alheia, ‘mesmo que ela esteja errada, Nao Ihes interessa convencer, i teressa-Ihes veneer. Desdenham a opinilo publica e, por malo ta da razio, a imprensa, euje funcio de contrapoder no enten- dem, nem julgam necessiria, E instil dizer que esta & a base filoséfiea de que se fazer os ditadores", Yor Cinco: “Estes fatos quase coincidentes...colocam, no fando, a questi fundamental do ps contrapoder, Sobretudo quando a arrogincia dos eleitos tende a perverter o equilibria das regras democritieas ¢ 0 sentido ético dos comporsamentos, sem o qual nenbuma legitimidade se sus- tenta, & nos jornais que reside a reserva histérica da opinio piiblica. Nao que o jomalista tena o direito de pretender ser 0 iuiz de recurso a0 tribunal de opiniio, nio porque os jornais 1 da. Imprensa como secjam infaliveis € no estejam suicitos as miséris do mundo, tne apenas posgue se ha uma grandeza que jstfica esta profs: ho, ela € 0 espaco natural, vital, da propria liberdade"” Vor Seis "A primeica obrigagio da imprensa é a de obter & informagio, 0 mais cedo e correo, sobre as acontecimentos, livulgila, © mais depressa possivel, paca assim a ttansformar fem propriedade da nagio, Para nds, a publicitagio ¢ @ verdade Sao o area lur da existencia, Nio pode haver maior desgraga doy ata, dos faros, tal © {gue recuar perante a divolgacio, france © ex (ual so, Somos obrigados a dizer a verdad, ale qual a encon- framos, sem medo das conseqiténcias” "R primeira afirmacio € da jornalsta Helena Marques, ‘ex-sub-Diretora do jornal Diario de Notirias, publicada no dia 6 ‘he abril de 1989; a segunda afiemagio € um editorial, publieado de abril do mesmo ano na revista Shad; a verceins ro dia 8 iirmagio, publicada em 1992, é de Paulo Portas, enguanto Di Tetordo semanisio O Independents, quarta afirmacio é de Migue! Sousa Tavares, ex-Direrar da revista Grande Reportagem, um artigo publicado no diisio A Capital no dia 4 de abi de 1988: a Gjuinta afirmagio, publicada no dia 1 de abil de 1989, € do ex Disetor do jornal O Palio, Vicente Jorge Silvas ea sexta ¢ iti ta afttmagio € do editorialsta do dilrio britinico The Vier, publicada no dia 6 de feveseiro de 1852 (eitado em Eliot, 1978:182-183). "Num processo circular entre o8 membros da “comunidade incezpretativa” €a sociedade democritica, 0 jornalismo foi def tide como o preenchimento de certs fungdes na sociedade, on, Te preferizem, no cumprimento de papeis soiais bem precsos: "A teoria democritica aponta elazamente para os meios de ccomunicacio o papel de “mercado de idéias” numa democracia, tan-gue as diverss opinides da sociedad podem ser ouvidas € dliseuridas. en ii errs omens join ni etd pn ams mpc al rth eon hn com era this a eee dos se cos vor na expres da us preocapaies~desiado como Were posta do ome imo (Christians, Fire «faci, 199), Sant hstradr Bese mp taco lo pele po ae ns pean hye, I) Enh Aisa tne aie pep cx te pas sur ob Se bende native ds nal jonalmo como parc don caton~ cm ec de comuricagin sol pre gem on cadion da evens abuso depo pate de Boverames cj ig a it do ela NX fl dee ren ean Nope! "si sao a ges fds ca sor can eral oe fmt rps Np anny mn de imerpretativa si preatvs so pesto eompromet: ah coms vhs dh pts on uc agin eta dent foment infra, a ed op pb © em constante vigilincia na defesa da liber c Spria «em cosine esa da brdade eda propria das como valores cl io & estas ocaito de denver como, por diver meios, incluindo 0 cinema, o thas jornati : an is tomatic tem slo dal So at se torn uin mite podconn gue consue sr oes ob (ve em jornalimo, Mas. Ul d com lode exempl, no fe (© Hoe git Mata Liberty Vain de ohn Vor de 1962, rane do séeulo XIX, podemos encanta mal una propa lh toto oral. Este ne proj bem a nos mes

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