Sunteți pe pagina 1din 16

Resumão de Cognitiva

1. Psicoterapia, uma Arte Retórica (doença mental & Self)

De acordo com o modelo centrado nas soluções de Steve de Shazer (1988,


1991, 1994) os problemas acontecem por casualidade e a linguagem é a única coisa
que se esconde atrás deles, de modo que o posicionamento não é definir o
problema ou suas causas, mas o que se pode fazer para mudar, ou o que
acontecerá quando o problema deixar de acontecer.

Para Shazer é importante colocar algo no lugar do problema, porque é mais


fácil para o cliente imaginar uma troca do que algo que desapareça de sua vida.

Anderson (1997 apud Gonçalves, 2008) não apenas recusa a ideia de


psicopatologia como também a da terapia, ou seja, tanto nos problemas quanto nas
soluções; para ele os problemas são “situações de vida” e ele evita a palavra
solução, porque para ele os problemas não são resolvidos, mas se dissolvem.

Diversos outros autores se afastam da centração em torno do problema e tem


procurado reconceitualizar a psicologia sob o ponto de vista narrativo,
desenvolvendo novos esforços para reenquadrar os comportamentos disfuncionais
numa teoria narrativa do self. Estas propostas não desafiam diretamente a dicotomia
sobre a qual tem se erguido a psicopatologia (a distinção entre “normalidade” e
patologia), mas sugerem que a patologia pode ser melhor compreendida a partir de
disfunçõesda produção narrativa de significado.

2. As Narrativas e o Processo de Recriação do Sujeito


Anastásio, S.M.G. e Silva, C.N. As Narrativas e o Processo de Recriação
do Sujeito: A Semiótica das Metáforas. Bahia: Edufba, 2008.

Anastásio e Silva (2008)

De acordo com Anastásio e Silva (2008), qualquer mudança, por menor que
seja, é capaz de gerar inúmeras possibilidades alternativas e define mudança como
sendo a diferença que ocorre ao longo do tempo.

Segundo os autores, um dos desdobramentos práticos das abordagens


narrativas tem sido a exploração dos auto relatos, desbancando a objetividade da
verdade histórica e privilegiando a atitude do não-saber assumida pelo terapeuta,
que consiste em não se deixar levar por uma atitude preconcebida ou
preconceituosa ou rotular o cliente com esta ou aquela patologia. Segundo
Anastásio e Silva (2008), o contrário deve ser feito: permitir que o relato trazido pelo
cliente seja ouvido e redimensionado através do processo de coconstrução. Com a
ajuda do terapeuta o cliente explorará novas possibilidades de significados e
construirá novas histórias.

Os autores indicam que o problema do cliente deve ser externalizado e


encarado como uma força que o está subjugando e deve ser encorajado a se ver ou
imaginar como ficará caso consiga ver-se livre do problema.

Esta terapia se concentra na busca de acontecimentos extraordinários


identificados a partir da externalização do problema que servirão de base para a
reedição de novas histórias que libertem o cliente do problema. As qualidades
pessoas do cliente também devem ser externalizadas e maximizadas a qualquer
conquista do cliente.

A vantagem das conversas de externalização é que elas descentralizam o


problema na vida das pessoas, o que lhes dá uma sensação de alívio,permitindo-
lhes visualizar mais claramente que tipo de práticas e situações ajudan=mnas a
fortalecer ou não o problema. Além disso, a técnica deixa claro que a pessoa e o
problema são duas coisas distintas, ficando mais fácil montar uma rede de apoio
contra o problema e a favor do cliente, reduzindo a influencia desta dificuldade em
sua vida.

Segundo White (apud Anastásio e Silva, 2008) as pessoas “inter-são”, ou


seja, elas se apresentam no mundo interligada a todo o mais que existe, inclusive as
pessoas, logo este desmonte das narrativas do cliente é positivo para entender as
engrenagens das histórias familiares trazidas no setting terapeutic. Neste encaixe de
novos modelos, o que ocorre é um movimentos lúdico, em que se busca descobrir
os jogos que existem em cada sistema.
A Questão de Gênero
3. A Terapia da Re-Autoria (terapia familiar)

Gonçalves, M.M. Terapia Narrativa da Re-Autoria: O Encontro de Bateson,


Bruner e Foucault. Cadernos de Psicoterapia. São Paulo: Psiquilíbrios, 2008

Gonçalves (2008b)

Michél Foucault, filósofo e historiador Francês, é a terceira influência identificada por Monk e Gehart (2003) em White e
Epston. Foucault procurou compreender como a nossa subjectividade foi sendo moldada historicamente. Estamos
habituados, e a psicologia tem reforçado este hábito, a pensar na nossa subjectividade ou na nossa vida psicológica
como o resultado de processos naturais, da nossa biologia. Há contudo

autores (e.g., Danziger, 1997), com particular distinção para Foucault, que
enfatizam o modo como os pressupostos que organizam a nossa vida são o
resultado de processos de construção histórica.

Não é preciso muito esforço para se perceber que a classificação de "adequado" (e suas inúmeras variações) se modifica
extraordinariamente conforme nos deslocamos para outras culturas ou para outros tempos históricos. Por exemplo, se
parece constituir um critério de "desadequação" das famílias ocidentais a excessiva proximidade entre os seus membros,
com "interferências" de diferentes gerações (e.g., tios, avós) na estrutura familiar nuclear, já nas famílias turcas esta
"desadequação" é a norma (Valsiner, 2000). Deste modo, um terapeuta familiar na Turquia precisa de ter em
consideração que o conceito de família aglutinada, não é a excepção, mas a regra.

Para Foucault, este poder foi sendo internalizado, tornando hoje o ordenamento espacial e temporal que referimos algo de
"natural" e de não questionado. Enquanto as formas de poder baseadas na Lei se limitavam a exercer-se negativamente
(punindo os desvios), o exercício de poder que historicamente se segue opera positivamente, não no sentido, valorativo, mas no
sentido em que cria efeitos concretos (e.g., desejo de ser produtivo)'.

O protótipo das novas formas de poder que Foucault caracteriza é o


panóptico de Bentham, um projecto arquitectónico de prisão com uma estrutura
circular, em que cada indivíduo se encontra em celas isoladas, observados a partir
de uma coluna central de forma que o observador tem acesso a tudo o que acontece
dentro das celas mas os detidos sequer percebem que estão sendo observados.
Uma das ideias centrais deste dispositivo é que a invisibilidade da vigilância torna
esta vigilância gradualmente internalizada. A ideia de Foucault é que tal panóptico
se expande de diversas formas para organizações sociais: escolas, manicômios,
fábricas, quartéis e assim por diante.

Esta nova estrutura de poder emergente a partir do século XVII constitui


assim uma nova tecnologia de poder, que organiza a conduta dos indivíduos e os
conduz a certas formas de dominação. Uma das consequências deste poder foi a
criação de um conjunto de tecnologias do self, que específica o que é ser adequado,
feliz, produtivo, perfeito; bem como estabelece os meios para atingir aqueles
estados (cf. White, 1994).

Dito de outro modo, este novo poder resulta em modos de objectivação e modes de subjectivação (cf. Madigan, 1998a;
Monk & Gerhart, 2003). Os primeiros tornan visível a conduta sob a forma de estratégias de classificação (e.g., nos
saberes psi, es DSMs e afins), de separação e de segregação (e.g., panóptico); enquanto os segundes especificam o que
é ser adequado, normal, perfeito, produtivo, etc., através do mooo como organizamos a nossa subjectividade (e.g., o tipo
de objectivos que perseguimos, aquilo a que nos obrigamos a sentir ou a pensar).

Para Foucault (1986), em síntese, a partir do século XVII, a "alma, (é) efeito e instrumento de uma anatomia política; a
alma (é) prisão do corpo" (p. 32), dado qie as operações de poder já não se dirigem somente ao corpo (como no
suplício), mas fundamentalmente se dirigem ao modo como a nossa vida psíquica é organizada.

Na psicoterapia narrativa este enquadramento teórico opera dentro da tradição da re-autoria e tem como objetivo expor
no processo terapêutico aquelas “verdades” tomadas por adquiridas que nos ditam como viver e comportar, ou,em
outras palavras, desconstruir os treinos culturais que influenciam o modo como nos conhecemos a nós próprios, isto é,
os pressupostos de género, de raça, de classe social, as preferências sexuais, tal como as práticas disciplinares de
perfeição, auto-vigilância, receio de não estar à altura, vergonha, etc" e os efeitos que estas práticas têm na vida da
pessoa."

Como acabamos de ver os seres humanos vivem as suas vidas de acordo com histórias, As histórias têm uma dupla
face: permitem-nos dar significado ao caos que seria a vida sem narrativa, mas ao mesmo tempo funcionam como uma
espécie de "colete- -de-forças" pára o que pode ser vivido. Assim, a estrutura narrativa permite-nos dar significação à
vida, mas simultaneamente impõe constrangimentos ao modo como podemos significar. Por exemplo, se alguém
sistematicamente narra a vida como uma tragédia,.todos os acontecimentos fora deste enquadramento serão tornados
irrelevantes para a coerência da história. Isto significa que como diz E. Bruner (1986, cit. White & Epston, 1990) "a
experiência de vida é mais rica que o discurso" (p. 11)

Assim, convém enfatizar que tudo aquilo que não é historiado pelo sujeito (para si próprio e/ou para os outros) é
tornado irrelevante. Em larga medida esta irrelevância é obtida através do esquecimento. Ou seja, o que não é narrado é
esquecido.

Como vimos atrás, as histórias não são produções individuais, dado que há pressupostos (i.e., as verdades tomadas
como adquiridas) que as organizam e que são o resultado da nossa história e da nossa cultura. Considerar-se "normal"
não ter traços muito exagerados de personalidade; considerar-se "adequado" ou "funcional" ter uma família com
fronteiras claras entre os subsistemas (cf. Minuchin, 1974/1999); considerar-se "desejável" ter um determinado peso,
para se ter sucesso junto dos outros; considerar-se "saudável" a competitividade entre as pessoas, são, entre outros,
exemplos de pressupostos que organizam ou constrangem as nossas vidas. Estes pressupostos são produções sociais,
que podem ter um impacto poderoso nas nossas vidas, conduzindo à formação de narrativas que envolvem sofrimento
(e.g., porque não se consegue viver de acordo com aqueles pressupostos).

Este modelo de psicologia narrativa recusa a tradicional concepção de déficit dos modelos psicopatológicos.
De acordo com o paradigma tradicional da psicopatologia, as pessoas com alguma perturbação mental tem menos
competência para lidar com dificuldades do que as pessoas normais, porém esta ideia tem sido amplamente criticada,

quer na teoria quanto na prática clínica. De acordo com Gonçalves (2008b),sabe-se que determinado
indivíduo tem certo comportamento desviante dos demais através da observação
deste.

Segundo o modelo estratégico de Waltslawich, Weakland e Fish (1974,apud Gonçalves, 2008b) os problemas
surgem porque pessoas com dificuldades normais da vida lidam com ele de modo hiperracional. Note que a idea de
“hiperracional” é um ponto de vista externo.

A larga maioria dos problemas psi podem ser re-descritos a partir deste
conceito de narrativa totalitária: depressão, ansiedade, anorexia, etc.

Para White (1994), quando o terapeuta se defronta com uma história totalitária, em que o problema de algum modo
molda a identidade da pessoa, impedindo a diversidade, e conduzindo a uma definição patologizadora (e.g., depressão)
de si, é necessário desconstruir o problema., ou seja, investigar "verdades" não questionadas que sustentam a história
problemática.

Há diversas ferramentas terapêuticas utilizadas para a desconstrução, porém a


externalização é provavelmente a mais conhecida.

Sob o ponto de vista do cliente a externalização tende a criar um movimento de desresponsabiiização pelo problema e
responsabilização pelas soluções, exatamente o contrário do que acontece numa perspectiva internalizadora em que o
cliente se vê responsabilizado e culpabilizado pelo problema, mas sem capacidade de sentir qualquer responsabilidade
na procura de soluções. Quando a externalização funciona tende a ser criado um espaço "linguístico e relacionai que
convida as pessoas a imaginar e activar relações alternativas e preferidas com os problemas" (Roth & Epston, 1996, p.
151).

4. Terapia Centrada nas Soluções

Gonçalves, M.M. Terapia Centrada nas Soluções. Cadernos de Psicoterapia.


São Paulo: Psiquilíbrios, 2008c

Gonçalves (2008c)
A Terapia Centrada nas Soluções (TCS), mais do que qualquer outro modelo,
enfatiaa a natureza breve do processo terapêutico, sugerindo que mudanças
duradouras e consistentes frequentemente provem de sessões únicas.

Gonçalves (2008c) afirma que o terapeuta não procura resolver o problema


do cliente, mas, juntamente com ele, construir soluções que lhe permitam fazer o
que deseja. Se isto acontecer, sua “autoestima” certamente aumentará.

Observa-se que a construção das soluções não deve corresponder a uma


mera ausência de problemas porque é muito mais difícil para o cliente imaginar uma
ausência de problemas do que uma presença alternativa, portanto o terapeuta deve
centrar a questão no que ocuparia o lugar daquele problema desaparecido.

As soluções, tal como os problemas, são significações, ou atividades de


construção de significado.

Os objetivos terapêuticos

O propósito da terapia é atingir objetivos intermediários e não objetivos finais


(por exemplo, ser feliz por não ter mais depressão). Evitar objetivos finais tem o
objetivo de evitar aquilo que frequentemente torna-se uma utopia, que perpetua os
problemas. A ideia de ser feliz para sempre só serve para trivializar pequenas
alegrias do dia a dia e manter o problema, porque geralmente ele é utópico ou muito
mais difícil de alcançar. Além disso, qualquer um desses desejos alimenta, se a
pessoa desejar ou saber, o problema o qual ele deseja se livrar.

O´hanlon (1998, apud Gongalves , 2008c) afirma que os terapeutas que se centram nas soluções aprenderam
a fazer algo parecido com a reflecão de sentimentos proposta por Carl Rogers, de modo que eles enfocam a terapia
para soluções desde que o cliente fale excessivamente do problema, mas agem de modo inverso se o cliente fala
demais em soluções.

Estratégias Terapêuticas

Os terapeutas centrados nas soluções utiliazam um conjunto de recursos para


a construção da mudança. Shazer (1991 apud Gonçalves, 2008c) sugere que esta
diversidade se pode reduzir a três jogos de linguagem: (1) produzir exceções (2)
imaginar ou descrever novas vidas e (3) confirmar que a mudança está em curso.

A produção de exceções, nas suas múltiplas formas, é a matéria prima a


partir de onde se constroi a mudança. As vezes as exceções podem pode assumir a
imaginação ou a descrição em detalhes das vidas alternativas,no sentido de que o
cliente pode ser convidado a descrever como será a vida sem a presença do
problema. Quanto mais densa for a narrativa, mais facilmente a descrição se tornará
um espécie de âncora a partir da qual a mudança se estrutura. A mais famosa
técnica é a pergunta milagre. A pergunta milagre é uma forma hábi de permitir utilizar a imaginação do

futuro a serviço da identificação de soluções e concretização gradual de objetivos. A formulação típica envolve a
pergunta: “imagine que ao chegar, depois de se de deitar,algo estranho aconteceu e os problemas que o trouxeram

aqui misteriosamente desapareceram”. Finalmente a confirmaçao de que a mudança está em


curso é uma forma de o terapeuta enfatizar a ideia de que o movimento progressivo
está para ocorrer.

Utilização de tarefas

Segundo Shazer (1991 apud Gonçalves, 2008c), antes do fim da sessão, o


terapeuta apresenta uma tarefa de acordo com alguns princípios básicos:

 Algo que funcione com o cliente


 Que seja percebido por ele como sendo util e que traga algo
inédito,para pode expandir as mudanças.
 Extrair descrições discretas de soluções ou exceções ao seu problema;
 O terapeuta deve ser esforçar para imaginar o que poderia ser uma
ausência do problema, para conseguir colocar-se no lugar do cliente;
 Que ajuste a tarefa de acordo com o engajamento e comprometimento
do paciente na terapia.

Lipchik (2002, apud Gonçalves, 2008c) sugere um conjunto de tarefas que


podem ser utilizadas em TCS, entre elas: fazer algo dramativamente diferente nos
momentos em que começam os ciclos problemáticos, de modo a criar uma
disrupção no modo que o problema se desenvolve ou continuar a fazer o que
funciona, com pequenas alterações.

4 Princípios Básicos para manter a terapia simples

Shazer (1991 apud Gonçalves, 2008c) propõe uma terapia simples, que deve
seguir os seguintes prinpícios, para não perder a simplicidade:

Não consertar o que está estragado, ter em mente que as pessoas tem
problemas e não são os problemas

Pequenas mudanças levam a mudanças maiores. A idéia central é que


quanto mais as pessoas se esforçam para resolver seus problemas, mas o
fortalecem. Portanto, uma pequena mudança pode ser imperceptível mas levar a
grandes resultados.

Se funcionar, continue a fazer o mesmo.

Se não funcionar, pare de fazer, não apenas com o cliente, mas retire doseu
repertório de estratégias.
Estrutura genérica da terapia

O´Connel (2000,apud Gonçalves,2008c) distingue a atividade do terapeuta


centrado nas soluções conforme se trate de uma primeira sessão ou de sessões de
seguinte. Um dos objetivos da TCS é procurar produzir mudanças mesmo que o
cliente venha em uma única sessão.Deste modo, há uma concepção por parte do
terapeuta de que cada sessão deverá ter uma espécie de unidade temática, uma
sequencia narrativa,

É importante este formato “plantão” porque cada dia Leila vem de um jeito!

5. Entrevista no Programa 50 Minutos, Oscar Gonçalves


(não interessa)

Oscar Gonçalves recomenda

S-ar putea să vă placă și