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Direito Internacional
Profª Paulo Henrique Faria Nunes / M-2 / sala D-104
Aluna: Graciela Grimminger
Capitulo I
Sociedade Internacional
O estado é uma forma especial de sociedade política, por que tem um elemento único: a soberania.
2. A sociedade internacional
A sociedade internacional é uma sociedade política precária, isto é, existe um sistema organizacional (governança) mas
inexiste uma estrutura formal central de poder (governo). Não existe um 'governo internacional'. Não há um poder
legislativo internacional investido da função de criar normas que todos os Estados deverão cumprir; nem um poder com
capacidade para interferir no território de cada Estado do mesmo modo que os Estados intervêm no acesso e na
manutenção da propriedade privada; outrossim, inexiste um poder supremo que arrecade impostos e promova justiça
social.
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Capitulo II
Integração regional
1. Elementos gerais
O processo de integração regional é decorrente da convergência de interesse de dois ou mais Estados que desejam
criar e aprimorar um mecanismo institucional e supranacional destinado ao desenvolvimento comum de seus membros e
o fortalecimento da região no contexto global, de forma que sua capacidade de influencia no sistema político
internacional tenha um incremento.
Um vez que o processo de integração é espontâneo, é indispensável que haja um conjunto mínimo de fatores que
produzam um sentimento mínimo de afinidade entre os Estados- membros de um bloco regional. Esses fatores são -
sobretudo - afinidades históricas, geográficas, culturais, econômicas, políticas.
A integração - seja para o bem ou para o mal - vai além da cooperação. Ao contrário do que ocorre em um projeto
de cooperação, quando se fala em integração regional, pressupõe-se um marco institucional mais complexo e a
criação de órgãos supranacionais.
Além do elemento institucional, é fundamental para um projeto integracionista a supranacionalidade, que diz respeito
à competência normativa e/ou decisória delegada formalmente pelos Estados- membros de um organismo internacional
- comumente denominado bloco regional de modo que esses Estados se comprometem previamente a cumprir as
determinações institucionais. Pode-se afirmar que para a existência de um processo de integração é indispensável a
criação e o desenvolvimento de mecanismos decisórios compartilhados, porém autônomos em relação aos Estados
participantes.
A supranacionalidade é a expressão máxima da autolimitação do poder soberano, isto é, o Estado reconhece
voluntariamente um poder normativo e/ou decisório além do seu próprio. Isso não significa a abnegação da
soberania, uma vez que a existência do poder supranacional pressupõe a manifestação formal da vontade estatal
mediante a assinatura de tratado internacional. O Estado, em sua condição soberana, tem a faculdade de reconhecer a
competência supranacional; todavia isso não quer dizer que não possa deixar a qualquer momento, de participar de
um organismo internacional: basta fazer a renúncia do tratado.
a) Blocos regionais:
ex.: Mercosul, União Europeia; Nafta
Todo bloco regional tem por finalidade (objetivos):
1. o desenvolvimento social e econômico do grupo (desenvolvimento socioeconômico);
2. aumento da influencia no cenário mundial;
Elementos identitários
São aspectos afins (afinidades):
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I. História
II. Geografia
III. Cultura
IV. Economia
V. Política
Constituição de um bloco regional: tem que ser espontâneo.
Supranacionalidade: ex.: tribunal nacional do mercosul, corte europeia de justiça, parlamento europeu.
Órgãos supranacionais: são dotados de capacidade decisória ou então normativa autônoma. A decisão do órgão
supranacional deve ser acatada mesmo que o pais do membro do grupo do bloco regional não acate.
Espécies de blocos regionais (principais): Cada etapa se refere-se à uma etapa do processo de integração.
1. Zona de livre comercio:
Livre comércio é o sistema de trocas de mercadorias entre territórios soberanos caracterizado pela eliminação de barreiras
comerciais.
é perfeitamente possível saber quais são os Estados que compõem cada uma dessas zonas. A origem dessas zonas bem
como de todo o bloco regional tem natureza pactual, isto é surgem após a assinatura de pactos celebrados por Estados
soberanos.
ZLC é uma associação institucional de Estados soberanos que têm por finalidade o desenvolvimento e o fortalecimento
conjunto por meio do incremento de seus intercâmbios comerciais, obtido com a eliminação das medidas discriminatórias
(tarifarias ou não tarifárias) relativas a uma porção significativa de suas relações mercantis.
Instrumentos protecionistas são os que se denomina barreiras comerciais. As praticas protecionistas são o alvo imediato de
um acordo de livre comercio.
Após a criação de uma ZLC espera-se que o produto originário de cada Estado-Membro tenha livre acesso ao
território dos demais sem que sofra medidas discriminatórias. O que se busca é a uniformidade de tratamento de
modo que não haja diferença entre o produto nacional e aquele originário de um membro da ZLC. A justificativa para
a criação de uma ZLC é que esses Estados darão prioridade aos produtos originários de seus membros em
detrimento daqueles que vêm de fora do bloco.
(*) Zona de preferência tarifária: acordo de preferência tarifaria com outros países terceiros - países que não
pertencem ao bloco, os que estão no bloco tem a zona de livre comércio.
discriminatórias (tarifárias ou não tarifárias) relativa a uma porção significativa de suas relações mercantis, acrescida da
adoção de certos procedimentos aduaneiros padronizados relativos às mercadorias de terceiros Estados.
A principal medida adotada em uma união aduaneira é o estabelecimento de uma tarifa externa comum (TEC). Uma vez
criada a TEC espera-se que para fins alfandegários, o espaço que constitui o bloco tenha a aparência de um único
território, o território aduaneiro. A tarifa (alíquota do imposto de importação) aplicada às mercadorias provenientes do
exterior (terceiros países) deverá ser a mesma para todos os Estados-membros.
Conclui-se que ao passo que os efeitos da ZLC dizem respeito somente ao comércio dentro do bloco (efeitos internos),
na união aduaneira existem também efeitos externos - o tratado que a estabelece versa sobre a eliminação das barreiras
relativas aos intercâmbios internos, e aponta procedimentos que devem ser observados na importação de
mercadorias originárias de países que não participam do bloco (o estabelecimento da TEC).
Que vantagens existem em relação à ZLC ? Analisa-se um exemplo de união duaneira: o mercosul (Mercado Comum do
Sul). Há no Mercosul todas as vantagens e dificuldades encontradas no estabelecimento de uma ZLC, conforme visto no
item anterior. Todavia, nem sempre a criação da ZLC é garantia de que o produto originário de seus membros terá
realmente competitividade nos demais Estados. A TEC é uma forma de remediar esses problema por meio de concessões
recíprocas. Ex.: O Brasil é grande produtor e exportador de café, entretanto há um grade concorrente muito próximo do
Mercosul que teria condições de brigar de igual para igual ou dominar um mercado que poderia ser dos cafeicultores
brasileiros (Colômbia), assim no momento de negociar a TEC, Brasil apresentará argumentos para que a alíquota de
importação do café não seja baixa o bastante para lhe prejudicar.
3. Mercado comum
Um mercado comum almeja a livre circulação dos fatores de produção entre dois ou mais Estados. Alcança-se, desse modo,
um lato grau de integração, visto que haverá livre transito de pessoas, pois a mão de obra integra um dos fatores de
produção (trabalho).
O mercado comum é a associação institucional de Estados soberanos que têm por finalidade o desenvolvimento e o
fortalecimento conjunto por meio do incremento de seus intercâmbios (tarifárias e não tarifárias) relativas a uma porção
significativa de suas relações mercantis, acrescida da adoção de certos procedimentos aduaneiros padronizados relativos
às mercadorias de terceiros Estados - e o direito de livre circulação dos fatores de produção provenientes de cada
Estado- membro.
Uma vez atingido esse grau de integração, os nacionais dos países-membros têm - grosso modo - o livre direito de
estabelecer domicilio e desenvolver atividade profissional e/ou comercial em qualquer um dos Estados-membros.
a. Livre comércio;
b. Política aduaneira comum (TEC);
c. Livre circulação de CAPITAL;
d. Mão de obra (pessoas);
e. Exemplo de Mercado comum: Comunidade Econômica Europeia (Tratado de Roma, 1957).
Alemanha França Itália
Bélgica Holanda Luxemburgo
Reino Unido Irlanda Dinamarca
Grécia Portugal Espanha
Direito de livre circulação de pessoas.
Característica do grupo: Homogeneidade socioeconômica.
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a. Livre comércio;
b. Política Aduaneira comum (TEC);
c. Livre circulação dos fatores de produção (mão de obra e capital);
d. Adoção de políticas macroeconômicas e monetárias comuns;
ex.: União Europeia (Tratado de Maastricht, 1992)
(*) em 1995 entraram outros países: Áustria, Finlândia e Suécia ("Europa dos 15").
(*) OPEP - organização dos países exportadores de petróleo
(*) em 2004 houve o ingresso de 10 países: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia,
Lituânia, Malta, Polônia, Republica Tcheca.
(*) em 2007 houve o ingresso de: Bulgária, Romênia;
(*) em 2013 houve o ingresso de: Croácia.
Os que entraram a partir de 2004 não participavam da livre circulação de pessoas. Então colocaram
um clausula, que após de 7 anos poderia participar da circulação de mão de obra. O acordo
começou em 2005, 7 anos após deu em 2012. O acordo teria inicio no ano da crise econômica. Países
não concordavam com a livre circulação de pessoas.
Capitulo III
Introdução ao Direito Internacional
1. Conceito
1.1. Direito Internacional público.
É um conjunto de normas que disciplina as relações entre Estados, Organizações Internacionais, e subsidiariamente
Indivíduos, e Pessoas Jurídicas de Direito Interno.
Estados
Organizações Internacionais que são pessoas jurídica de direito público externo - ex.: Estado Brasileiro
Indivíduos
Pessoas Jurídicas de direito interno
A finalidade do DIP é a mesma de qualquer outro sistema normativo: assegurar estabilidade social a um grupo, isto é, disciplinar as
relações entre sujeitos com vistas à preservação do bem comum, refletido sobretudo, na pacificação do ambiente social.
O DIP é o sistema normativo que regulamenta as relações interestaduais. Esse conceito entretanto diz respeito
à sociedade global, seja no tocante a relações bilaterais ou multilaterais.
O direito de integração e o Direito Comunitário dizem respeito às relações interestaduais quando
estabelecidas num ambiente integracionista.
O direito de integração é o conjunto de normas que disciplina as relações entre dois ou mais Estados que se
associam e instituem um bloco de integração regional.
Os instrumentos gerais do Direito de Integração e do Direito Comunitário são os mesmos do DIP.
A especificidade desses dois ramos modernos do DIP é fruo do recorte especial mais preciso - isto é uma
sociedade regional - dos objetivos e do marco institucional - mais desenvolvido e complexo do que o da
sociedade global. Entretanto encontram-se nos sistemas normativos de integração e comunitários dois tipos
elementares de normas: as originárias e as derivadas
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Normas
Em função do número crescente de atos internacionais, que nem sempre podem ser rotulados como
juridicamente obrigatórios a doutrina internacionalista tem se valido de duas expressões para distinguir as
normas obrigatórias daqueles atos que conquanto revestidos de formalidades, não produzem consequências
jurídicas para os sujeitos de DIP.
Hard Law (norma rígida) deve atender os dois aspectos fundamentais do direito:
Conceito: É todo conjunto de atos normativos de conteúdo obrigatório. Uma regra somente será
considerada hard law caso apresente conteúdo efetivamente mandatório e disponha de aspectos
formais que contem com a livre manifestação da vontade dos Estados aos quais se destina a dita
regra.
Enquadram-se nessa modalidade:
Os tratados;
Os costumes internacionais;
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Os atos decisórios das Organizações Internacionais. As OIs só terão capacidade para editar
atos mandatórios quando os acordos estruturais fizerem menção expressa.
É um fenômeno que surge após a segunda guerra mundial, sobretudo em função do aumento do
número de organizações internacionais e da sua crescente participação na condução e formulação
de políticas e projetos de interesse global bem como do crescimento do número de Estados
independentes - majoritariamente países em desenvolvimento.
São incluídos, também na noção de soft law: os atos aprovados por organismos internacionais
(resoluções, decisões, declarações) quando desprovidos de caráter obrigatório.
2. Evolução histórica
2.1. Antiguidade
Jus gentium (ou direito das gentes) - surgiu na Roma antiga. O jus gentium admite a existência de valores universais que
dizem respeito a todos os seres vivos.
Princípios
Tenta retomar o universalismo político anterior à afirmação do Estado moderno. Coloca a vontade soberana
em segundo plano, visto que seu foco está mais nos indivíduos do que nos Estados.
Atualmente, o desenvolvimento do DIP é influenciado tanto pela concepção objetivista - mais voltada para um
direito natural - quanto pela voluntarista - mais voltada para a construção de um direito positivo.
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Capitulo IV
Sujeitos
1. Conceito e Classificação
,
Sujeito de direito é todo aquele que está apto a ser titular de direitos e/ou obrigações.
Sujeito do DIP é todo aquele que está apto a ser titular de direitos e/ou obrigações estabelecidas internacionalmente.
Santa Sé (Vaticano):
O Papa foi durante vários séculos não apenas um chefe religioso, mas também um Chefe de Estado.
Foi editada uma Lei : Lei de Garantias - que reconheceu a figura do Sumo Pontífice como sagrado e
inviolável.
A situação foi definitivamente resolvida com a assinatura do tratado de Latrão. A partir de então,
admitiu-se uma soberania restrita, de modo que o Papa permanece na condição de chefe da Santa Sé
(chefe religioso) e chefe da Cidade do Vaticano (chefe político).
jurídica seja de um ente privado suíço, recebe um tratamento diferenciado nos Estados onde
mantêm suas representações e ações.
Terrorismo
O terrorismo é um instrumento destinado a desestabilizar uma sociedade por meio do pânico, ou
terror, generalizado. O maior problema, o que realmente torna o terror algo muito mais grave
do que a insurgência e a beligerância, é o direcionamento da violência a pessoas que não se
envolvem de modo direito no conflito entre o poder constituído e os rebeldes.
A Constituição brasileira reconhece a concessão de asilo político como um dos princípios que
rege suas relações internacionais, no entanto admite a extradição de indivíduos que tenham
praticado ações terroristas ainda que sob uma motivação política.
Emprego de violência desmedida contra civis. Violência injustificada ou a natureza política.
Ex.:
11 de setembro de 2001
O uso político da violência, causar terror, medo.
Estrutura, defesa organizada em células
Art. 5º, XLIII, LII
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Capitulo V
Fontes: Introdução
Possibilidade que certo elemento tem de gerar direta ou indiretamente, direitos e/ou obrigações para sujeitos do DIP.
1. Classificação
I. Principais (essenciais):
Fontes principais são aquelas indispensáveis à existência de um sistema jurídico. Todo sistema
jurídico requer princípios gerais. São eles que guiam o processo de valoração dos fatos que
ocorrem em uma sociedade e que facultam o surgimento e o desenvolvimento das normas de
aplicação direita ou imediata.
Doutrina
Decisões judiciárias
Obs.:
Decisões Internacionais (pacta sunt servanda)
Estrangeiras (depende da homologação)
b. Fontes Modernas:
I. Atos unilaterais
II. Atos das OIs (Organizações Internacionais) - ex.: declarações internacionais
2. Equidade
Além das fontes tradicionais, é comum que no estudo da introdução ao direito nacional sejam discutidos os
elementos que visam suprir as lacunas ou corrigir as distorções do complexo legislativo estatal: a analogia e a
equidade.
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A equidade pode ser condicionada à concordância prévia das partes litigantes. É o que se encontra no art. 38.2
do Estatuto da CIJ: Ex Aequo Et Bono "se as partes com isso concordarem"
De modo geral, designa-se equidade a aplicação dos princípios da justiça a uma dada situação, quer se oponha
a justiça abstrata ao direito estrito, quer se oponha a justiça natural à justiça legal.
Capitulo VI
Princípios Gerais do Direito Internacional
Art. 4º CF.
Independência nacional
Igualdade entre os Estados
Solução pacífica de conflitos Possuem natureza política
Não intervenção
Autodeterminação dos povos
Cooperação
Prevalência dos direitos humanos
Repúdio ao terrorismo e ao racismo Possuem natureza "humanas"
concessão de asilo político
Capitulo VII
Costumes Internacionais
1. Conceito: Art. 38, I, b, do Estatuto da CIJ - "Prova de uma prática (uso) geral aceita como sendo o direito."
2. Elementos
Quando analisadas as práticas costumeiras, dois tipos de elementos podem ser encontrados:
Objetivo
Elemento objetivo á a prática, desde que geral, consistente e reiterada. Não é suficiente, contudo que
uma prática seja adotada por número expressivo de agentes.
Tempo
Espaço (generalidade)
Subjetivo
Trata-se da opinião geral de que determinada prática tem caráter normativo: a opinio juris, a opinião
que a prática é capaz de estabelecer uma relação de direitos e/ou deveres.
3. Classificação
Geral
Regional
Asilo diplomático
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4. Ônus da Prova
Nos litígios internacionais, o ônus da prova caberá à parte que alega a existência de um costume em seu
beneficio.
Capitulo VIII
Atos Unilaterais
Os conceitos jurídicos do estudo da ciência jurídica (sujeito de direito; ato jurídico; fato jurídico; e efeito jurídico) não
sofrem alteração na ordem internacional.
Entende-se por ato unilateral aquele praticado por um Estado que produz efeitos no sistema jurídico internacional.
Esses atos podem ser incondicionais (independentes) ou condicionais (dependentes), caso exista alguma condição
necessária à sua realização ou validação; nesse ultimo caso, são considerados atos unilaterais impuros.
1. Conceito
Ato praticado por um Estado que gera efeitos jurídicos nas suas relações com outros Estados
2. Características
A partir do momento que esses atos unilaterais produzem seus efeitos jurídicos, são irrevogáveis. Tem-se então suas
características fundamentais:
Discricionariedade (Voluntariedade)
Irrevogabilidade: de um ato unilateral decorre do modo como é feito.
Um estado (sujeito do DIP dotado de competência soberana) pratica espontaneamente um ato que gera ônus
para um outro Estado. Obviamente, esse será o único efeito jurídico possível para todos os membros da
sociedade internacional com exceção daquele que realiza o ato, pois não é possível que um sujeito crie ônus
para um outro sem que sua anuência seja manifesta formalmente. Produzidos seus efeitos, o ato unilateral é um
ato jurídico perfeito. É natural, portanto, que seja irrevogável.
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Capitulo IX
Atos das Organizações Internacionais
Os atos OIs também são incluídos entre as fontes do DIP.
Os atos das OIs são considerados fontes do DIP quando possuem caráter obrigatório, representam formalmente um
dever ser, geralmente são denominados resoluções, embora a tipologia empregada seja menos importante do que o
conteúdo e o fundamento jurídico do ato.
Atos aprovados em conformidade com as normas estatutárias que preveem direitos e obrigações para os Estados-
membros.
Essas fontes podem ser Hard Law ou Sotf Law.
Só serão efetivamente obrigatórias quando houver "fundamento convencional" (Pacta Sunt Servanda).
Ex.:
Resoluções da Conselho de Segurança da ONU.
Resoluções da Assembleia Geral da ONU.
Recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Capitulo X
Tratados Internacionais: Introdução
1. Conceito
"É um acordo entre Estados na forma escrita, regido pelo direito internacional, qualquer que seja a sua determinação
especifica".
Os tratados são classificados, como fontes tradicionais principais e formais (positivas) do DIP; são acordos de vontades
celebrados entre pessoas internacionais, isto é, sujeitos do DIP dotados de competência e/ou capacidade para tal fim.
2. Terminologia
A terminologia empregada é questão secundária. O que interessa, antes de qualquer outra coisa, a uma fonte formal é o
respeito às formalidades que dizem respeito a seu processo de elaboração.
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3. Classificação
Regra geral, a classificação dos tratados atende a princípios gerais do direito das obrigações. O objeto de todo
tratado deve ser lícito e possível, caso contrário poderá ser declarado nulo. Um Estado não pode celebrar um acordo
sobre algo que não lhe pertence.
De modo geral, admite-se que um tratado somente alcança fatos posteriores ao momento que inicia sua vigência, salvo
cláusula em sentido oposto. Outrossim é admitido como princípio geral que um tratado diz respeito ao território de um
Estado como um todo, desde que não haja estipulação expressa em contrário.
Capitulo XI
Tratados: Negociação e Elaboração do texto
1. Competência negocial.
Diz-se que todo aquele que está munido de poderes para celebrar um acordo em nome de um Estado ou de uma
OI possui competência negocial.
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A competência negocial diz respeito ao direito interno de cada Estado ou às regras das OIs.
Autenticação (assinatura)
A autenticação é o ato pelo qual se confere autenticidade ao texto aprovado.
Nas negociações de tratados encontrados mais de uma versão de texto.
Textos (versões):
Autênticos - é o que está na língua estrangeira
Oficial - Se o texto estiver em outro língua vai ter que ser feito uma versão oficial
(interna) na língua brasileira.
Capitulo XII
Tratados: Expressão do consentimento
O aspecto convencional dos tratados exige que os sujeitos que deles participam manifestam livremente sua vontade
em relação ao texto, isto é, devem expressar seu consentimento. Sem isso não é possível atribuir nenhuma obrigação a
um Estado ou organismo internacional.
Após a manifestação definitiva da vontade de se obrigar perante um tratado, o Estado é denominado "contratante",
esteja em vigor ou não o ato; já o Estado que tenha expressado seu consentimento em relação a um tratado que está
em vigor é chamado "Estado-parte".
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1. Assinatura
A assinatura consiste na forma mais simples de expressão do consentimento. No momento em que o representante do
Estado assina o próprio tratado ou a ata - presume-se que o Estado já expressa seu consentimento e se obriga em
relação ao texto.
É comum que os signatários recorram à prática da assinatura ad referandum, aquela cuja validade depende de
confirmação ulterior.
Os acordos que dispensam atos posteriores necessários à validação da assinatura, salvo aqueles de competência do
Poder Executivo de um Estado, são conhecidos como acordos em forma simplificada.
Para os acordos em forma simplificada, a assinatura tem em princípio um efeito definitivo e vale, por
conseguinte compromisso. A assinatura emana da Ministro dos Negócios Estrangeiros ou qualquer outra pessoa
autoriza. Os acordos em forma simplificada tomam de resto as formas mais diversas (trocas de cartas, de
declaração comum, ata de reunião) que podem mesmo não comportar nenhuma assinatura, nomeadamente
para os acordos verbais. Os acordos em forma simplificada são uma criação da prática internacional,
ignorada geralmente pelo direito constitucional; mostram por conseguinte que o direito internacional rege
diretamente a conclusão dos acordos internacionais, embora as constituições nacionais procurem às vezes
barrar e contralar o seu desenvolvimento.
Usualmente, esses tratados são bilaterais e não versam sobre matéria de acentuada relevância, fato que justifica a
ausência de análise futura pelo Poder Legislativo. Também conhecidos como acordos executivos (executive agreements)
2. Troca de Notas
A troca de notas - ou - troca dos instrumentos constitutivos - ou - troca de correspondências:
é método negocial um processo de conclusão de tratados bilaterais. Por isso com certa frequência, encontra-se
a expressão - acordo por troca de notas reservais.
o tratado vai ser feito à distância.
Processo de negociação
a) após um período de diálogos e negociações sobre certo tema, o representante de um Estado encaminha a
outro uma nota oficial com uma proposta de acordo;
b) a nota oficial é recebida
c) o governo ou autoridade que recebe a nota remeterá uma outra acusando o recebimento da proposta;
d) após o cumprimento das exigências de seu sistema jurídico interno relativas à validade do tratado, o Estado a
quem foi redigida a proposta enviará uma nota oficial ao proponente comunicando-lhe sua anuência.
Quando dois ou mais Estados recorrem à troca de notas não há um encontro de autoridades munidas de plenos
poderes para adotar e autenticar um texto.
O recebimento da nota que contém a proposta, com o consequente envio de resposta favorável ao texto, substitui o
momento da adoção e da autenticação.
A expressão do consentimento das partes negociadoras acontecerá no momento em que os destinatários da proposta
enviar uma correspondência oficial comunicando o proponente a respeito da aceitação definitiva do tratado. Tem-se
portanto, que a expressão do consentimento das partes será simultânea, visto que somente quando houver efetivamente
uma troca de notas (ou correspondências) oficiais é que haverá vínculo formal entre os Estados.
A troca de notas não chega a ser propriamente uma forma autônoma da manifestação da vontade estatal, posto que o
direito interno pode conter disposições cuja observâncias são vitais à expressão do consentimento (necessidade de
aprovação parlamentar). Assim, conquanto a troca de notas seja um método negocial, o envio de correspondência
oficial que manifesta a concordância do Estado ao proponente apresenta, na prática, os mesmos efeitos da ratificação.
3. Ratificação
Consiste na confirmação da assinatura perante os demais signatários após o atendimento de todas as exigências do
direito interno de um Estado.
Usualmente os procedimentos necessários à ratificação interna de um tratado são estabelecidos pela norma
fundamental de cada Estado. Isso não significa, porém, que o texto constitucional apresentará regras suficientemente
claras a respeito dos procedimentos necessários à ratificação.
A assinatura dos tratados internacionais é uma prerrogativa do Executivo, e estão sujeitos ao controle do Poder
Legislativo
12.4. Adesão
modo de realização:
1) por um termo de adesão, ou
2) tratado de adesão
a) aberto
b) semiaberto
c) fechado
12.5 Reserva
Declaração unilateral por meio da qual um negociador comunica - por escrito - os demais que ele se exclui do âmbito
de aplicação de certos dispositivos de um tratado.
Momento: na expressão definitiva do consentimento, isto é quando da assinatura, ratificação, aceitação, aprovação ou
adesão.
Quando o sistema interno de um Estado requer a ratificação, a autoridade competente para aprova-lo tem autonomina
para formular reservas mesmo que no momento da assinatura nada tenha sido declarado.
A ratificação internacional é ato do Poder executivo.
O estado tem liberdade para apresentar reservas
exceções:
a) se tiver cláusula proibitiva no tratado (compromisso único, - single undertaking: ex: tratados sobre direitos humanos
ou meio ambiente);
b) quando a reserva é incompatível com o objeto do tratado e a finalidade do tratado.
Em virtude da unilateralidade em principio não é necessária a concordância dos demais signatários para que a reserva
tenha efeito, SALVO se o tratado assim dispuser.
Tratando-se do ato constitutivo de uma OI, a reserva só poderá ser feita se houver anuência expressa do órgão
competente da entidade, salvo disposição em contrário no próprio texto.
Embora um Estado tenha plena autonomia para formular reservas, salvo proibição expressa no texto do tratado, é
possível que a outra parte apresente objeção às reservas. As objeções devem ser formalizadas em no maximo 12
meses a partir do momento em que houve a notificação da reserva, a ausência de objeção após esse prazo implica
não objeção em relação à reserva.
Capitulo XIII
Tratados: Entrada em Vigor, Vigência e Cessar de efeitos.
1. Entrada em vigor
(...)
2. Registro e Publicidade
Independentemente do tipo de tratado - bilateral ou multilateral - há uma regra universal a respeito do registro dos
tratados internacionais.
Art. 102 CNU - os atos celebrados pelos membros da organização deverão ser registrados e posteriormente
publicados pelo Secretariado.
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O deposito deverá ser feito após a entrada em vigor do tratado. A ausência do registro inviabiliza a invocação de
qualquer dispositivo de um tratado frente aos órgãos das Nações Unidas.
Os textos dos tratados registrados junto ao Secretariado da ONU são disponibilizados na United Nations Treaty Series,
com exceção dos bilaterais que se enquadrem em alguma das seguintes situações:
Publicidade:
Internacional
Interna
Enquanto o contrato não é um documento público , mantém-se a hipótese de fraude contra a obrigação de realização do
registro perante as Nações Unidas e posterior publicação.
3. Denúncia
Quando um Estado-parte de um tratado não deseja mais permanecer obrigado ao texto, é possível sua retirada
unilateral.
A denúncia é uma declaração formal (unilateral) por meio da qual uma parte de um tratado notifica formalmente às
demais que se desobriga do cumprimento do que fora pactuado. É necessário que seja notificada por escrito.
A denúncia começa a valer 60 dias depois da notificação.
A validade do ato não é imediata. A CVDT dispõe que se um tratado não apresenta regras expressas sobre a denúncia
a parte interessada deverá comunicar às demais o seu intento com, no mínimo doze meses de antecedência. é mais
comum, entretanto, que o próprio texto já contenha cláusula que estabeleça o prazo mínimo.
A CVDT (art. 56) dispõe que a denúncia pode ser feita quando:
a) há previsão no próprio tratado, ou
b) quando as partes estipulam de alguma outra maneira a possibilidade de denúncia, ou ainda;
c) quando a natureza do tratado permite chegar-se a essa conclusão.
A denúncia não é um ato irreversível, é um ato retratável, portanto é possivel que, mesmo após a notificação do
interesse em se desvincular, um Estado permaneça, quando a retratação for feita antes de exaurido o prazo(*)
previsto para o total desligamento do Estado - ou - volte a ser parte em um tratado internacional. - (*) Isso pode
acontecer - retratação - desde que esteja dentro do prazo de 60 dias ou do prazo estipulado para começar a valer.
4. Emenda
(...)
Capitulo XIIII
Validade e Aplicabilidade dos Tratados no Direito Interno
1. Elementos Gerais
.........................................................................................
Após o Capitulo 14 começa aqui..... texto.
Texto
O Estado no Direito Internacional
1. Conceito
Sociedade política soberana.
Conjunto de pessoas (população) estabelecido num dado território sob a autoridade de um governo que exerce um
poder soberano.
Elementos constitutivos: população, território, e governo.
2. Elementos
2.1 População
TERRITÓRIO
1. Elementos Gerais
ou,
Internacionais,
Deve atender dois critérios:
a) percorrer o território de mais de um Estado;
b) ser navegável em toda a sua extensão
Podem ser:
Limítrofe ou fronteiriços (divisa entre países)
(*) definir critérios de delimitação
Sucessivos ou Contínuos (atravessa de um país p. outro)
Critérios de delimitação
Equidistância: dividi-se ao meio
Bolívia
__________________________
..................................................
__________________________
Brasil
______________________________
Tratando-se de rios limítrofes, os vizinhos devem dividi-lo. Ou pelo critério da meia distância, segundo o
qual cada Estado tem direito à porção que parte da sua margem até a metade; ou pelo critério do
talvegue, que corresponde à área de maior profundidade do leito do rio e mais favorável à navegação.
Em vez de dividi-lo ao meio, os Estados dividem a área do talvegue pela metade; isso significa que eles
optam por critérios de divisão que favorece a navegabilidade das duas partes.
(*) A principal regra à delimitação desses espaços é a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito
do Mar (1982)
É a faixa de mar que se estende desde a linha de base até uma distância que
não deve exceder 12 milhas marítimas da costa e sobre a qual o Estado exerce a
sua soberania com algumas limitações determinadas pelo direito internacional.
Soberania plena até 12 milhas
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O limite máximo da ZEE é de até 200 milhas contando-se a partir da linha base
Até 200 nm soberania econômica - contando da costa
Tanto a zona contígua quanto a ZEE são constituídas apenas de água. O solo
e o subsolo dessas porções constituem a plataforma continental.
Delimitação (critério):
Profundidade: critério vertical - 2.500 metros (desde que não ultrapasse
350milhas)
Distância: critério horizontal - 200milhas a partir da costa.
O país é que irá definir o que será mais vantajoso se será a
profundidade ou distância.
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________|__até 12___|________________________________________________________|
12nm 24nm 200nm
É representado pelo espaço sobrejacente às áreas onde o Estado exerce soberania plena. é o que está acima
do domínio terrestre e do mar territorial.
Tudo aquilo que está acima da soberania plena.
O limite de altitude é a estratosfera até aonde pode voar
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Após começa no apêndice - Nacionalidade (livro) pag. 285
APÊNDICE: DA NACONALIDADE
1. Elementos Gerais:
O direito à nacionalidade é fundamental e personalíssimo, porém disponível pois reconhece-se o direito à mudança de
nacionalidade.
A nacionalidade é o vinculo de natureza política-jurídica entre o individuo e um Estado. É quase sempre um requisito
de cidadania.
2. Espécies de Nacionalidade:
Originária
Secundária
2.1. Originária
Obtém no momento do nascimento. Diz-se nato de um Estado aquele que já nasce com direito à
nacionalidade, ainda que o nascimento tenha se dado em território estrangeiro.
A nacionalidade originária não é resultado de um ato de vontade do individuo, por isso também é chamada
de nacionalidade involuntária.
2.2. Secundária
É a nacionalidade voluntária - é decorrente de um processo de naturalização.
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A naturalização é o ato discricionário por meio do qual um Estado outorga a um estrangeiro, mediante
requerimento formal a condição de nacional.
Depende de manifestação expressa da vontade do individuo.
A aquisição de uma nacionalidade por naturalização implica a perda da nacionalidade originária, exige a
renúncia expressa da antiga.
3 . Perda da Nacionalidade
Voluntária (perda-mudança)
O individuo pode renunciar à nacionalidade originária e adquirir uma nova por naturalização.
Essa renúncia, porém não é ato que depende apenas da vontade do individuo. Mais do que uma renúncia tem
se uma mudança de nacionalidade. Trata-se de uma perda-mudança e não de uma perda renúncia.
Involuntária (perda-punição)
Cassação da nacionalidade;
A cassação é motivada pela prática de atos que atentem contra a segurança do Estado, contra a ordem
politico-institucional
4. Sistema Brasileiro
a. Os nascidos da Rep. Fed. do Brasil ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país. - ius solis
b. Os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira desde que qualquer deles esteja a serviço da Rep. Fed.
do Brasil. - ius sanguinis
c. Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição competente
ou venham a residir no Brasil e optem em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade pela
nacionalidade brasileira. - ius sanguinis
Os filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro, porém não registrado em repartição competente no país
de ocorrência do nascimento, poderão ser registrados no Brasil por seus pais. Trata-se de um registro
provisório, que garante ao titular enquanto menor o mesmo tratamento conferido ao brasileiro
nato. Atingida a maioridade o titular deverá fazer a opção pela nacionalidade brasileira
Situação atípica
Brasileiro nato - desde o momento do nascimento - ato de natureza declaratório - apresenta
efeitos retroativos (ex tunc). No Brasil a sentença de adoção apresenta efeitos constitutivos isto é
não retroativos (ex nunc)
Não há menção clara a cerca da condição do adotado
b. Naturalização Extraordinária
Não é ato discricionário
Estrangeiros de quaisquer nacionalidades são tratados de modo uniforme basta que tenham mais
de 15 anos ininterruptos de residência no Brasil e não haja condenação penal
Perda voluntária - atinge o nato e o naturalizado - ocorre quando o brasileiro adquire de modo espontâneo
outra nacionalidade - salvo o reconhecimento de outro nacionalidade originária (dupla nacionalidade).
O brasileiro que perde a nacionalidade voluntaria pode reaver sua condição. Trata-se de "reaquisição" da
nacionalidade - retoma sua condição de brasileiro nato.
A autoridade competente para decidir a reaquisição é o Presidente da Republica - porém a competência
declarar a perda e a reaquiSIção da nacionalidade foi delegado ao MJ
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5. Portugueses no Brasil
Os portugueses residentes no Brasil poderão ter os mesmo direitos de brasil. naturalziado sem que tenha que passar por
um processo de naturalização e abrir mão da nacionalidade originária.
A reciprocidade de tratamento é assegurado pelos países por meio de um tratado.
Direitos
Civis: não tem prazo para requerer
Políticos: mínimo de 03 anos de residência com visto permanente (o visto tem prazo de 05 anos - tem que
renovar a cada 05 anos)
(*) Regra: o beneficiário do estatuto da igualdade não pode ser extraditado SALVO se o requerente é o país de sua
nacionalidade.
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Texto
Saída Compulsória do Estrangeiro
1. Repatriação e Deportação
1.1. Repatriação
Consiste no retorno de alguém ao seu país de origem. Tal providencia esta relacionada aos casos de não
admissibilidade do estrangeiro, quando não preenche todos os requisitos exigidos por um país.
Impedimento da entrada do estrangeiro sem autorização para ingressar no território nacional que ainda esteja em
área de aeroporto, porto ou fronteira.
Está relacionado à irregularidade - diz respeito a não admissibilidade
1.2. Deportação
Consiste na retirada compulsória do estrangeiro que ingressa ou permanece irregularmente no território nacional.
Está relacionado à irregularidade - diz respeito ingresso e permanência irregular.
Não é crime e sim infração. A deportação é pena ou sanção por tal ato infracional.
Não gera efeitos permanentes
Considerações gerais:
Competência executória para as duas medidas (repatriação / deportação) é do Departamento de
Policia Federal do Ministério da Justiça.
São procedimentos administrativos.
1.3. Expulsão
É a retirada coercitiva do estrangeiro cuja presença é considerada nociva para o Estado que o acolhe, em virtude
de atos que atentam contra a segurança nacional ou a ordem pública, o individuo é declarado persona non
grata, indesejado ou indigno.
Tal medida não e aplicada ao nacional pois isso configuraria o banimento.
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Impedimentos a expulsão:
a. Extradição inadmitida;
b. cônjuge brasileiro, desde que o casamento tenha sido celebrado há mais de 05 anos;
c. filhos brasileiros sob a guarda do expulsando e que dependa dele economicamente;
d. (*) união estável e guarda compartilhada (deve ser analisado o caso concreto);
1.4. Extradição
Extradição é a entrada mediante requerimento formal, da parte de um Estado a outro, de uma pessoa acusada
ou condenada pela prática de um crime grave. Cooperação judiciária.
Relações formais entre governos envolvidos.
O STF é competente para julgar a extradição passiva
Uma das condições à concessão da extradição é que o crime tenha sido cometido no território do Estado
requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado.
Características:
a. Bilateralidade
b. Reciprocidade
c. Discricionariedade
d. Pedido fundamentado na prática de um crime grave;
Essa instancia é competente para julgar os mais graves delitos de transcendência internacional: crimes
contra a humanidade; genocídio; crimes de guerra e agressão.
Também é competente para julgar crimes contra a administração da justiça.
A CF veda a extradição de nacionais, mas tal proibição não alcança a entrega. Caso as autoridades
pátrias entreguem um brasileiro ao TPI, ele não será colocado sob uma jurisdição estranha pois se trata
de uma jurisdição internacional da qual o Brasil participa voluntariamente.
1.5. Asilo
É um instituto que consiste no acolhimento do estrangeiro impossibilitado de permanecer no seu país de origem
por razões de ordem política. O Estado de origem do requerente não deve ser necessariamente o da sua
nacionalidade.
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A condição de asilado não gera um direito permanente para o estrangeiro, de modo que, cessadas as condições
que motivaram a concessão, o Estado concedente pode suspendê-la.
Espécies de asilo:
a. Territorial: ingressa irregularmente
b. Diplomático: buscado junto às repartições oficiais, normalmente quando o individuo não dispõe de tempo
nem meios hábeis para deixar o território do Estado que o persegue.
1.6. Refúgio
Acolhimento do estrangeiro
Normalmente está relacionada à guerra civil, catástrofes naturais, etc...
O refugio econômico ainda não tem guarida no sistema internacional
No Brasil o pedido é apreciado em primeira instancia pelo Conselho Nacional dos Refugiados (CONARE). Da
decisão denegatória cabe recurso ao MJ no prazo de 15 dias