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MODOS DE REPRODUÇÃO DO DISCURSO

Discurso direto: normalmente introduzido por um verbo e reproduz textualmente uma


mensagem já produzida (verbos declarativos ou interrogativos: dizer, exclamar,
perguntar, responder…; verbos avaliativos/ volitivos : confessar, compreender, querer,
saber…)

Discurso indireto: relata a mensagem fazendo-a depender de um verbo e utilizando a


subordinação através de uma oração completiva ou de uma oração não finita infinitiva.
Se o verbo introdutor estiver no pretérito perfeito do indicativo, sofrem alterações os
tempos e modos verbais, os pronomes pessoais, os determinantes e pronomes
possessivos e demonstrativos, o vocativo e alguns advérbios e expressões que dão
indicações de tempo e de lugar.

Discurso indireto livre: mantém marcas do discurso indireto e do discurso direto, mas
com omissão do verbo declarativo e da conjunção introdutória da oração completiva.

Discurso direto livre: as palavras das personagens são inseridas no discurso do


narrador sem aspas, travessões ou verbos introdutores.

Citação: consiste na reprodução de um fragmento de texto ou de um texto no interior


de um outro texto, assinalado por aspas ou tipo de letra diferente e geralmente com
indicação da fonte.

Polifonia: manifesta-se nas diferentes “vozes” que se fazem ouvir num texto.
Exercícios:

1. Atente no enunciado que se segue e transforme o texto, passando o discurso direto


livre para o discurso direto e, de seguida, para o discurso indireto:

“Então caim disse, Com estas dimensões e a carga que irá levar dentro, a arca não
poderá flutuar, quando o vale começar a ser inundado não haverá impulso de água
capaz de a levantar do chão, o resultado será afogarem-se todos os que lá estiverem e
a esperada salvação transformar-se-á em ratoeira, Os meus cálculos não me dizem
isso, emendou o senhor, Os teus cálculos estão errados, um barco deve ser construído
junto à água, não num vale rodeado de montanhas, a uma distância enorme do mar,
quando está terminado empurra-se para a água e é o próprio mar, ou o rio, se for esse
o caso, que se encarregam de o levantar, talvez não saibas que os barcos flutuam
porqiue todo o corpo submergido num fluido experimenta um impulso vertical e para
cima igual ao peso do volume do fluido desalojado, é o princípio de arquimedes,
Permite, senhor, que eu expresse o meu pensamento, disse noé, Fala, disse deus,
manifestamente contrariado, Caim tem razão, senhor, se ficarmos aqui à espera de
que a água nos levante acabaremos por morrer todos afogados e não poderá haver
outra humanidade.”
José Saramago, in Caim, Lisboa, Caminho, 2009, pp. 159-160

2. Agora, leia os enunciados que se seguem, e identifique o modo de reprodução do


discurso de cada um deles:

a) “— Mas, Lourença, porque não disse que queria ficar mais tempo? — disse D. Inês.

A mãe pediu-lhe que não fizesse caso.”

Agustina Bessa-Luís, Dentes de Rato

b) “Naufraguei depois na Foz do rio Mecom e vi como o poeta chorava a morte da sua
amada chinesa, aquela de quem disse “alma minha gentil que te partiste.”

Manuel Alegre, Rafael


c) “Então indignado berrei:

— Silêncio, brutos!”

Eça de Queirós, A cidade e as serras

d) “O poeta sorria, passando os dedos com complacência pelos longos bigodes


românticos, que a idade embranquecera e o cigarro amarelara. Que diabo, algumas
compensações havia de ter a velhice. E em todo o caso o estômago não era mau e
conservava-se, caramba, filhos, um bocado de coração.”

Eça de Queirós, Os Maias

e) “Mimosa não fazia outra coisa senão dar puxões ao véu e ao vestido e parecia
desesperada. Queixava-se de uma porção de pessoas e dizia que o bolo de noiva era
uma porcaria.”

Agustina Bessa-Luís, Dentes de Rato

f) “Nevava. Um frio tal que o próprio bafo gelava mal saía da boca. Visto de dentro da
capa de oleado, o mundo parecia uma coisa irreal, alva, inefável como um sonho. O
céu estava ainda mais silencioso e mais alto que de costume. E qualquer parte do
Robalo, sem ele querer, diluía-se na magia que enluarava tudo. No Minho, numa noite
assim... Pena a Isabel ter-lhe saído contrabandista... Tê-la encontrado numa terra
daquelas... Senão, mais tarde, quando tivesse a reforma... Até mesmo agora...”
Miguel Torga, Fronteira

g) “Dormiram nessa noite os sóis e as luas abraçados, enquanto as estrelas giravam


devagar no céu, Lua onde estás, Sol aonde vais.”

José Saramago, Memorial do convento


h) “— Pois já se acabou a história da Joaninha?
— Não, de todo ainda não.
— Falta muito?
— Também não é muito.”
Almeida Garrett,Viagens na minha terra

i) “Não era raro um travesseiro ir pela borda fora, e Marta dizia:

— Que estás a fazer criatura? Apanha isso.”

Bessa-Luís, Dentes de Rato

j) “Como A Babosa me bajulou… Repetia-me a todo o instante que os gringos se


sentiriam felizes comigo, considerando que também tenho nome de gringo.”

Luís Sepúlveda, O velho que lia romances de amor

k) “Agora era o momento de recordar as palavras do Evangelho de S. Mateus


(24:7): “Haverá fome e terramotos em vários lugares. Mas tudo isto é apenas o
começo das dores.” Para Romeu começara, então, o tempo das dores.”

Gonçalo M. Tavares, Histórias falsas

l) “O romance começava bem. (…) Leu a passagem várias vezes em voz alta. Que raio
seriam as gôndolas? Deslizavam por canais.”

Luís Sepúlveda, O velho que lia romances de amor

m) “(…) por isso não é fácil imaginar uma conversa entre o farmacêutico e ele, se bem que
não deva excluir-se a hipótese de um outro diálogo, o farmacêutico a dizer à mulher
do subchefe, Esteve aqui um funcionário escolar que vinha à procura de uma pessoa
que em tempos morou na casa onde os senhores estão a viver, (…)Se calhar é o
mesmo homem que anteontem esteve parado no passeio a olhar para as nossas
janelas, Um tipo de meia-idade, um bocado mais novo do que eu(…)”

José Saramago, Todos os nomes

n) “A dona Isabel chamou as filhas para dentro de casa, o Paulinho saiu a correr e a avó
Nhé veio nos ralhar de estramos ali no muro até tão tarde, “mas vocês gostam de dar
de beber aos mosquitos, ou quê?”, e nós rimos porque a avó Nhé gostava de dizer
essas frases…”

Ondjaki, Os da minha rua

o) “Depois do intervalo todos voltaram com respiração depressada e o suor do corpo a


molhar as roupas, alegres também porque a camarada professora Berta disse que
ainda ia demorar. Deu ordens à delegada para sentar todo o mundo e apontar numa
lista o nome dos indisciplinados.”

Ondjaki, Os da minha rua

p) “Recordo-me de uma frase dita pelo meu pai numa noite em que festejava — com
falsa alegria, quero crer — a morte de um desafecto:
“Era mau e ignorava-o. Nem sabia o que era a maldade.”
José Eduardo Agualusa, O vendedor de passados

q) “Estabeleceu-se um curto silêncio em que João Sem Medo estudou, com


enervamento contido, a janela a cinco ou seis metros do chão. Ah! se pudesse
escaqueirá-la! Quebrar-lhe os vidros!... Mas com quê? Nenhum objeto lhe parecia
manejável à exceção daquele alfinete de meio metro que pesava todavia um quilo ou
mais.”
José Gomes Ferreira, Aventuras de João sem medo

r) “O que eles têm é inveja de nós, dizia-se nas lojas e nos lares, ouvia-se na rádio e na
televisão, lia-se nos jornais, o que eles têm é inveja de que na nossa pátria não se
morra, por isso nos querem invadir e ocupar o território para não morrerem
também.”
José Saramago, As intermitências da morte

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