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Introdução à Virologia

Tulip breaking virus


Giant viruses

Abergel et al., 2015


CroV com Mavirus (virophage). Fischer & Suttle (2011).

Mimivirus com Sputnik virus (virophage). La Scola et al., 2008


Vírus: Organismos mais abundantes da Terra e oceanos !!

 1 ml de água do oceano tem milhões de partículas virais.

 Estima-se que o oceano contenha 1031 vírus, a maioria bacteriófagos.

 Se enfileirados, teríamos 200 milhões de anos-luz no espaço.


Cada ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros
 Vírus constituem 94% de todas partículas com ácido nucleico no oceano. Quinze

vezes mais abundantes que bactérias.


E agora, Wanda  ??

 Cerca de 1023 infecções virais ocorrem a cada segundo nos oceanos  cada

evento desses é uma chance de evolução ocorrer!!

8% do genoma humano correspodem a sequências de origem viral…


Anthony et al., 2013
(A strategy to estimate unknown viral diversity in mammals. mBio 4(5): e00598-13)

 Encontraram 58 espécies virais de 9 famílias diferentes em Pteropus giganteus

(morcego).

 Estimaram então que se cada espécie de mamífero abrigar, em média, 58 espécies

de 9 famílias virais → total de 320.000 vírus diferentes infectam os mamíferos →

parece subestimado…

Estendendo essa análise para o total de espécies conhecidas de vertebrados,

invertebrados, fungos, algas , plantas, chegaríamos a > 100 milhões de diferentes

espécies virais. Mas ainda faltam as bactérias, virus e outros organismos

unicelulares… Atualmente estão classificadas 4404 espécies virais…


Definição de Vírus

Parasita intracelular obrigatório


Adaptado de
R. Condit
André Michel Lwoff – 1957 e 1966

As principais diferenças entre os vírus e os organismos unicelulares


são:

• não se replicam na ausência de um hospedeiro celular;


• não se dividem por fissão binária;
• apresentam DNA ou RNA como genoma;
• o genoma (ácido nucleico) pode ser infeccioso;
• não possuem ribossomos ativo em síntese de proteína;
• não possuem metabolismo próprio (produção de energia).
(Lwoff & Tournier, 1966)
Diversidade dos Vírus

• Vírus variam na sua estrutura e


material genético;

• o genoma é constituído de DNA ou


RNA, mas nunca ambas molécula
estão presentes;

• genoma único ou segmentado;

• genoma fita simples ou dupla fita;

• linear ou circular.
Mensagem de Harriett Ephrussi-Taylor para James D.
Watson (Cold Spring Harbor Archives Repository).
O faraó Siptah reinou por seis anos (1199 a 1193 AC) e morreu aos 20 anos
aproximadamente. A deficiência física encontrada na sua perna sugere que Siptah sofreu
de uma doença neuromuscular (poliomielite).
Lesões provalmente resultantes de varíola no
Faraó Ramsés V que morreu em 1157 A.C.
O QUE CAUSAVA AS DOENÇAS ??

1) Castigo divino;
2) Ar emanado de pessoas;
3) Miasmas ou venenos importados junto com as pessoas;
4) Contágio entre pessoas ou através de animais ou insetos;

5) Descoberta dos micro-organismos em 1665 – 1683 por


Robert Hooke and Antoni van Leeuwenhoek

Mas vírus, só no final do século XIX…


OMS

Varíola
Variolização

WHO
Vacina antivariólica - 1796

Julien Dupré (Rehs Galleries)

WHO

Wellcome Images
Cowpox

varíola
Vacina antivariólica - 1796

Lesões pelo vírus “cowpox” na mão de ordenhadora Sarah Nelmes

WHO
WHO
Robert Koch & Louis Pasteur
1880: “teoria do germe” para explicar as
doenças infecciosas.

Postulado de Koch

O agente infeccioso tem que estar presente em caso de uma doença.

O agente deverá ser isolado do hospedeiro e cultivado in vitro.

A doença deverá ser reproduzida quando uma amostra do agente retirado


de uma cultura é inoculada em um hospedeiro saudável e suscetível.

O mesmo agente deverá ser recuperado do hospedeiro infectado


experimentalmente.
Dmitri Iwanowski em 1892:
-extrato de folhas de tabaco doente passado por um filtro
de cerâmica que retém bactérias podia transmitir a
doença para outra planta sadia.
- Evento é reconhecido como o começo da Virologia.
Infelizmente, Iwanowski não conseguiu compreender o
significado do seus resultados.

Martinus Beijerinck em 1898:


-confirmou e ampliou as observações de Iwanowski (vírus
do mosaico do tabaco-TMV).
- primeiro a desenvolver a idéia moderna de vírus,
referindo-se como “contagium vivum fluidum” (fluido
contagioso vivo).
Macerado da planta

Removeu os particulados

Planta do tabaco doente

Filtrado em filtro de cerâmica


que retém bactérias
Planta doente

Não era possível cultivar


o filtrado in vitro !!!!

Infecta-se planta
saudável

Experiências de Iwanowski e Beijerinck que levaram à descoberta do vírus do mosaico


do tabaco → “contagium vivum fluidum” (fluido contagioso vivo)
Freidrich Loeffler e Paul Frosch em 1898:

- Agente filtrável responsável pela febre aftosa no gado.


- Apesar desses achados, a idéia de um misterioso agente que poderia
afetar diversos organismos foi por vários anos rejeitada.
- A idéia começou a ser aceita quando em 1909, Landsteiner e Popper
mostraram que a poliomielite era causada por um agente filtrável.
Principais eventos relacionados à virologia animal: o período inicial (l898-1950)
Data Crédito Descoberta
1898 F. Loeffler & Primeira demonstração de que um fluido filtrável causava uma doença animal; vírus da
P. Frosch febre aftosa.
1898 G. Sanarelli Vírus da mixomatose de coelhos.
1901 W. Reed et al, J. Carroll Primeiro vírus humano – vírus da febre amarela.
1901 A. Lode & Vírus da praga aviária.
J. Gruber
1903 P. Remlinger & Riffat-Bay Vírus da raiva.
1906 A. Negri Vírus vaccinia
1908 V. Ellerman & Primeira demonstração de um vírus causador de leucemia em aves.
0. Bang
1908 K. Landsteiner & E. Vírus da poliomielite.
Popper
1911 P. Rous Vírus do sarcoma de Rous, primeira demonstração de um tumor sólido causado por vírus.
1912 A. Carrel Cultura de tecidos, embrião de galinha, explante
1913 Steinhardt, Israeli, and Primeiro exemplo da propagação de vírus em cultura de tecido.
Lambert
1931 J. Furth Uso de camundongo como hospedeiro de vírus.
1931 A. Woodruff & Uso de ovos de galinha embrionados como hospedeiro de vírus.
E. Goodpasture
1931 R. Shope Vírus influenza de suínos.
1933 W. Smith et al. Vírus influenza de humanos.
1933 R. Shope Vírus do papiloma de coelhos (primeiro vírus de genome DNA tumorigênico)

1933 Knoll , Ruska Microscopia Eletrônica


1936 P. Rous & J. Beard Vírus do papiloma de coelhos induz carcinoma em diferentes espécies.
1941-50 G. Hirst Hemaglutinação pelo vírus da Influenza virus (HA), inibição da HA por anticorpo, enzima
viral que destroi receptor (neuraminidase, primeira enzima associada à partícula viral).
Principais eventos relacionados à virologia animal:
o período da biologia celular e molecular (1948- )

Data Crédito Descoberta


1955 J. Enders et al. Tecidos não neural (humano) para cultura do vírus da
poliomielite.
G. Gey et al. Cultura de células, HeLa (carcinoma cervical)
H. Eagle Meio seletivo para o cultivo de células
Dulbecco, Darnell, Ensaio de placa- titulação (vírus da poliomielite) e a
1952 -65
Baltimore, et al. origem da biologia molecular de vírus de animais.
1957 Isaacs & Interferon.
Lindenmann
1967 Kates & McAuslan RNA polimerase DNA dependente do vírus vaccinia.
Temin & Mizutani; DNA poliymerase RNA dependente, transcriptase
1970 Baltimore reversa em vírus RNA causadores de tumor.
Kates & Beeson Poli(A) polimerase no vírus vaccinia.
1974 Shatkin et al; Moss 5’mRNA cap e metilação em Reovirus e vírus vaccinia.
et al
1977 Sharp et al Splicing de segmentos do mRNA do Adenovirus.
1980 OMS Erradicação da varíola.
1982 Vários Vírus como vetor de expressão.
1983 Montagnier e Gallo HIV
2009 1918

2009

At least 40 million died of the 1918-19 "Spanish flu,"


the most deadly disease episode in history. Influenza
cases were treated at places including this army ward
in Kansas in 1918.
National Museum of Health and Medicine, Armed Forces Institute of Pathology
Início do século XX

Revista da Semana,1929

O Tagarela, 1903

O Estadão, 1907

Brigada contra o Aedes aegypti, comandada pelo


sanitarista Oswaldo Cruz, 1903
Cem anos depois…

Ministério da Saúde, Informe 39/2017


Estrutura dos Vírus

Composição
Estrutura comparada dos vírus

Retirado deMedical Microbiology, 4th ed., Murray, Rosenthal, Kobayashi & Pfaller, Mosby Inc., 2002, Fig. 6-4.
Estrutura Básica dos Vírus

Ác. nucleico
nucleocapsídeo
= Vírus não envelopado
capsídeo
DNA
Proteínas
ou +
Estruturais
RNA

nucleocapsídeo ou + Glicoproteínas
= Vírus envelopado
capsídeo e lipídeos

Adaptado de Medical Microbiology, 4th ed., Murray, Rosenthal, Kobayashi & Pfaller, Mosby Inc., 2002, Fig. 6-1.
Picornaviridae

Adenoviridae
Herpesvirus
Rhabdovirus

Filovirus
Potyvirus

Tobamovirus
Propriedades das partículas virais não envelopadas
• Componentes:
Proteínas e ácido nucleico.

• Propriedades:
- São resistentes às seguintes modificações no meio ambiente:
Temperatura;
Acidez;
Proteases;
Detergentes;
Desidratação.
- São liberadas por lise da célula.

• Consequências:
Podem ser espalhadas facilmente;
Podem ser desidratadas e manter a infecciosidade;
Alguns vírus não envelopados podem resistir a alterações do pH no
intestino;
Alguns podem resistir a detergentes e ao pouco tratamento do esgoto
sanitário;

Adaptado de Medical Microbiology, 4th ed., Murray, Rosenthal, Kobayashi & Pfaller, Mosby Inc., 2002, Box 6-4.
Propriedades das partículas virais envelopadas
•Componentes:
Proteínas, ácido nucleico, lipídeos, glicoproteínas.

•Propriedades:
- São sensíveis e podem ser destruídas com as seguintes modificações no meio
ambiente:
Calor;
Acidez;
Detergentes;
Desidratação.
- Modificam a membrana celular e são normalmente liberadas por brotamento da
célula.

•Consequências:
Têm que se manter hidratadas para manter a infecciosidade;
Não resistem às alterações do pH no intestino;
Não lisam a célula para ser liberadas.

Adaptado de Medical Microbiology, 4th ed., Murray, Rosenthal, Kobayashi & Pfaller, Mosby Inc., 2002, Box 6-4.16
Terminologia utilizada em virologia

1. Capsídeo: camada externa de proteínas que envolve a partícula viral e em cujo


interior se encontra o ácido nucléico. É formada por unidades estruturais.

2. Unidade estrutural: a menor unidade funcional que irá formar o capsídeo.

3. Capsômero: unidades morfológicas observadas na superfície das partículas


virais e representam “clusters” de unidades estruturais.

4. Nucleocapsídeo: associação do capsídeo com o ácido nucleico. As vezes


chamado de “core”.

5. Envelope: material lipoproteico que envolve o nucleocapsídeo. Os lipídeos são


originários da célula hospedeira.

6. Vírion: partícula viral infecciosa.

7. Partícula viral = vírus


Forma esférica Forma filamentar

Simetria icosaédrica
Simetria helicoidal
Vírus complexos - sem simetria definida

Jesus, Attias e Damaso

http://www.vacciniamodel.com/

Moussatché e Condit (2015)


Vírus com simetria helicoidal e icosaédrica
Classificação dos Vírus

Taxonomia
Como classificar os vírus? Taxonomia

1. Via de entrada do vírus no hospedeiro e aspectos


epidemiológicos;

2. Tipo de genoma (RNA ou DNA);

3. Número de moléculas do genoma (1 ou mais moléculas);

4. Presença ou ausência de envelope (resistência a solventes


orgânicos);

5. Simetria ou complexidade do capsídeo;

6. Tipo de hospedeiro (vegetal ou animal);

7. Presença de enzimas associada à partícula.


Taxonomia - ICTV
O sistema de classificação utilizado é politético e hierárquico. Não segue a
nomenclatura binomial latinizada de Linneus

ICTV (International Committee on Taxonomy of Viruses) - classificação universal:

Ordem Família  Subfamília  Gênero  Espécie.

Como consequência dessa metodologia a classificação taxonômia dos vírus começa


por sua inclusão em um gênero, para depois agrupá-lo na família e ordem.

Atualmente os vírus são classificados em (ICTV 2016):

8 ordens, 122 famílias, 35 subfamílias, 735 gêneros, 4404 espécies (eram 2827 em 2013)
e > 4000 espécies indefinidas.

Níveis abaixo de espécies, como cepas e variantes, não são oficialmente consideradas
pelo ICTV, mas fica a critérios dos especialistas na área.

- Ordem (-virales) é a mais alta classificação.


- Família (-viridae)
- Subfamília (-virinae)
- Gênero (-virus)
- Espécie ( eg: tobacco mosaic virus)
http://www.ictvonline.org/index.asp?bhcp=1
Fields Virology, 2013
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS COM BASE EM CRITÉRIOS
EPIDEMIOLÓGICOS

• Separada do sistema taxonômico universal formal;


• baseada nos tropismos dos vírus e modos de transmissão.

 Virus Entéricos: Picornaviridae (gênero Enterovirus); Reoviridae;


Astroviridae; Caliciviridae; Coronaviridae; Adenoviridae; Parvoridae.

 Virus Respiratórios: Picornaviridae (gênero Rhinovirus); Paramyxoviridae;


Orthomyxoviridae; Adenoviridae.

 Arbovírus: Togaviridae; Flaviridae; Rhabdoviridae; Bunyaviridae.

 Vírus Oncogênicos: Retroviridae; Hepadnaviridae; Papilomavirus.

 Vírus das hepatites: Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, etc.


Onde estudar?

- Livros de microbiologia: últimos capítulos são de virologia


- Livros de virologia:
• Principles of Virology (2 Volume Set). By S. Jane Flint, Lynn W. Enquist, Vincent R. Racaniello, Anna
Marie Skalka - ASM Press

• Introdução à Virologia Humana - Norma Suely de Oliveira Santos & Maria Teresa Villela Romanos &
Marcia Dutra Wigg - GUANABARA KOOGAN

-sites “sérios”: universidade, virologistas, etc:


-http://viralzone.expasy.org/
• http://www.virology.ws/about/
• http://www.virology.ws/course/ (disponível em audio em
http://freevideolectures.com/Course/3022/Virology)
• http://www.twiv.tv/

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