Para nós cristãos, Deus é mais do que um ser inacessível e transcendente
(superior a tudo e a todos), que habita num alto e sublime lugar, mas também, que é imanente, ou seja, que se manifesta e se relaciona com a sua criação. E tudo isso, por que o Deus todo poderoso é o Deus vivo, que deseja se revelar e ter comunhão com o ser humano. E este Deus que é infinitivamente incomparável e insondável, pois o ser humano jamais poderá esquadrinhá-lo e compreendê-lo em sua total essência e glória, se deu a conhecer ao ser humano por meio de suas revelações gerais e especiais. Certamente nunca poderíamos conhecer a Deus se ele não tivesse revelado a nós. E é porque Deus se manifestou, é que podemos perceber e compreender esta comunicação pela mente humana em vários graus de plenitude. Através da revelação geral, vemos a manifestação de Deus sendo encontrada na natureza, na história e na consciência, comunicada por meio de fenômenos naturais que ocorrem na natureza e no decorrer da história. Uma revelação endereçada a todas as criaturas inteligentes de modo geral, mas que não levam o homem diretamente a salvação, mas que desperta no homem, o interesse de se inclinar e buscar em conhecer mais o seu criador, como vemos na escrituras: “tudo criou em seu tempo, e também pôs a eternidade no coração deles...” Ec3.11. E por meio da revelação especial, Deus se dá a conhecer a si mesmo em momentos especiais e a povos específicos na forma de milagres e profecias, na pessoa e obra de Jesus, nas escrituras e na experiência pessoal. Mas também, uma das formas mais belas, como Deus se tornou conhecido ao longo da historia do seu povo de Israel, foi por meio do seu nome, aonde o Senhor pode tornar conhecido os seus atributos divinos quando se revelou para seu povo, atendendo suas necessidades e lhes acrescentando a fé. Por isso, ao longo da história, Deus se tornou conhecido por vários nomes e títulos em hebraicos, em diferentes situações e ocasiões. Em Genesis 1.1 ele aparece como “Elohim”, o criador de todas as coisas. Quando Abraão estava prestes a sacrificar seu filho Isaque, ele se apresenta como “Jeová Jiré”, o Deus que provê todas as coisas, trazendo à existência aquilo que não existe. Em meio as limitações de seu servo Abraão, ele se apresenta como “El Shadday”, o “todo poderoso”, aquele que tem poder para cumprir suas promessas. “Era um nome apropriado para o período patriarcal, durante o qual, os patriarcas viviam numa terra estranha e estavam rodeados pelas nações hostis. Eles precisavam saber que o seu Deus era “onipotente”. O termo “Shadday” aparece com frequência na era dos patriarcas. Deus declarou a Moises: “e eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus todo poderoso, mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido. Ex6.3”. (SOARES, 2008, p.81). Em Exodo 17.15 ele é Jeová Nissi, o Senhor é minha bandeira. Em êxodo 15.26, ele é Jeová Rafá, o Senhor que sara. Em juízes 6.24, ele é Jeová Raá, o Senhor da nossa paz. E em toda a bíblia, ele age e se apresenta conforme a necessidade do seu povo. Quando o problema era libertação, ele era “Palet” ; quando cura, Rafá; quando paz, era Raá; quando provisão, Jiré. E dessa forma Deus se apresentou como o “EU SOU O QUE SOU”, revelando a totalidade de seus atributos, e atendendo com precisão a necessidade de seu povo, quando os libertou com mão forte do julgo Faraó.