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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 106 – JUNHO/2004
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA
E O MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
João Kluthcouski 1 Luís Fernando Stone 1
Homero Aidar 1 Tarcísio Cobucci 1
P
raticamente não existe grande maioria das áreas com pastagem
mais possibilidade para permaneceu sem o devido manejo e cor-
a expansão de área para a reção/manutenção da fertilidade do solo.
agropecuária em regiões temperadas e/ou Atualmente, parte representativa deste
subtropicais do planeta. A oferta futura bioma já se encontra incorporado tam-
de alimentos para a crescente demanda bém no sistema produtivo de grãos, em
populacional será decorrente dos ganhos solos que já foram devidamente recupe-
em produtividade ou da ocupação e/ou rados. Com isto, tem sido possível alcan-
recuperação das áreas agrícolas, virgens çar produtividades superiores até mes-
ou degradadas, nas regiões tropicais. mo àquelas obtidas nos países com agro-
Nos trópicos, o bioma Cerrados do Bra- pecuária evoluída. Na média, entretanto,
sil, com mais de 200 milhões de hectares, os rendimentos ainda são baixos devido
é a maior área contínua do planeta para a principalmente à inadequação tecnoló-
produção de alimentos e matérias-pri- gica, à dominância da monocultura da
mas. A abundância de luminosidade, a soja, à baixa fertilidade natural ou degra-
pequena variação da temperatura duran- dação do solo, e também às imperfeições
te todo o ano, o bom regime pluvial por no gerenciamento do agronegócio. Não
seis a sete meses no ano, a predominân- obstante a evolução no uso do Sistema
cia de topografia plana a suave ondula- Plantio Direto, os diferentes processos
da, a riqueza de mananciais hídricos e a erosivos, em razão da ineficiente cober-
disponibilidade de um aporte tecnoló- tura do solo com palhada, continuam
gico sem precedentes revestem os Cer- assoreando e poluindo os mananciais hí-
rados de valor estratégico para o país e dricos com sedimentos, defensivos e fer-
permitem a exploração intensiva de cul- tilizantes utilizados na agricultura, com
turas anuais e pastagem durante todo o conseqüente eutrofização das águas cor-
ano. rentes ou represadas, o que gera enor-
A exploração agropecuária nos Cerrados brasileiro foi mar- mes prejuízos e a necessidade de abertura de novas fronteiras agrí-
cada por programas de incentivo instituídos a partir da década de colas.
60, notadamente o Polocentro e o Programa de Seguridade Agríco- Ademais, nos países em desenvolvimento, como é o caso
la. Neste período, deu-se mais intensivamente a ocupação da re- do Brasil, a agricultura dita evoluída, e portanto produtiva, tem sido
gião por pecuaristas latifundiários, imigrantes de outras regiões do baseada no alto uso de fertilizantes e defensivos nas monoculturas,
país e agricultores, vindos principalmente das Regiões Sul e Sudes- enquanto a pecuária, na maioria dos casos explorada de forma ex-
te, que, em princípio, utilizavam pouca tecnologia. No segundo ou tensiva, tem caráter extrativista. Neste contexto, o Sistema Plantio
terceiro ano após a derrubada da vegetação arbórea, muitos produ- Direto e a integração lavoura-pecuária – dadas as suas prerrogati-
tores implantavam a pastagem sem a devida correção do solo, prin- vas básicas, em razão dos numerosos e incontestáveis benefícios
cipalmente as braquiárias em consorciação com o arroz, com o obje- relativos à maior lucratividade, à redução nos custos de produção,
tivo de reduzir os custos da formação da pastagem. Na realidade, a à geração de empregos e à preservação ambiental – são mais impor-
introdução das braquiárias no país, na década de 60, constituiu-se tantes para regiões tropicais, ao mesmo tempo em que também re-
no marco inicial para a exploração de áreas antes consideradas mar- presentam as bases mais profícuas da sustentabilidade no setor
ginais para a agropecuária, como os Cerrados. Hoje, estas forrageiras agropecuário.
1
Engenheiro agrônomo, Dr., Pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, CEP 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO. Telefone: (62) 533-
2183, e-mail: joaok@cnpaf.embrapa.br; homero@cnpaf.embrapa.br; stone@cnpaf.embrapa.br; cobucci@cnpaf.embrapa.br
Consorciado
Local Cultivar Solteiro DMS CV (%)
Simultâneo 20 DAE1
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - %
Sta. Helena de Goiás, GO BRS 2110 6.697 8.820 - 1.563 11,5
BR 201 8.865 8.779 - 781 5,0
BR 205 9.256 8.352 - 1.752 10,7
BR 206 9.170 8.5702 - 1.026 6,6
AG 105 3 4.088 4.102 - 746 10,4
Montividiu, GO Tork 5.882 5.447 5.877 319 5,5
Nova São Joaquim, MT AG 1051 3.960 3.012 - 1.213 19,8
AG 9010 5.456 5.877 - 333 3,3
BR 201 3.825 3.880 - 403 6,0
PAD-DF 30 T75 7.444 8.788 - 1.361 9,5
Sto. Antônio de Goiás, GO BR 201 5.945 5.252 5.786 592 8,2
1
Refere-se ao número de dias após a emergência do milho em que a B. brizantha foi semeada.
2
Aplicação de 0,25 L ha-1 de Sanson.
3
Cultivo de safrinha.
Fonte: Kluthcouski e Aidar (2003).
Tabela 2. Efeito de sistemas de produção sobre o rendimento de grãos de sorgo. Safra 2000/01.
Rendimento (kg ha-1)
Local Cultivar DMS CV
Solteiro Consorciado
----------------- kg ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - %
Santa Helena de Goiás, GO BR 700 6.345 5.710 1.004 9,5
BR 7001 4.899 5.281 1.007 11,3
Montividiu, GO BR 700 3.668 2.858 568 9,9
Nova São Joaquim, MT BR 700 4.276 4.465 648 8,4
PAD, DF BR 700 2.378 2.944 581 12,4
1
Cultivo de safrinha 2001.
Fonte: Kluthcouski e Aidar (2003).
Tabela 4. Médias de produtividades da cultura da soja, em função da aplicação de subdose de graminicida, em ensaios conduzidos em épocas e locais
diferentes.
Soja + B. brizantha Soja + B. brizantha
Local Soja solteira Soja + B. brizantha
(Verdict 0,1 L ha-1) (Verdict 0,2 L ha-1)
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Sta. Helena, GO (1999/00) 2.526 1.938 2.352 2.284
Luziânia, GO 3.540 3.173 - -
Mimoso, MT 3.475 2.663 2.959 -
C. Nova Parecis, MT 2.912 1.470 2.721 2.854
Sta. Helena,GO (2000/01) 2.973 763 2.160 2.884
Sto. Antônio, GO (2000/01) 3.008 2.836 2.843 2.929
(2001/02) 3.392 2.494 3.127 3.356
Fonte: Kluthcouski e Aidar (2003).
Tabela 6. Efeito de sistemas de produção sobre o rendimento forrageiro do sorgo. Safra 1999/00.
Pop. planta (1.000 ha-1) CV Rendimento (t ha-1)1 CV
Local DMS DMS
Solteiro Consórcio % Solteiro Consórcio %
Sta. Helena de Goiás, GO 236,9 225,6 9,8 33,8 30,4 32,4 6,7 3,1
Luziânia, GO 207,4 189,2 11,8 34,8 33,4 33,1 9,9 4,9
Mimoso, BA 192,7 191,6 7,1 20,2 33,2 33,1 5,0 2,4
1
Média de seis repetições.
Fonte: Kluthcouski e Aidar (2003).
Tabela 7. Produção forrageira da B. brizantha por ocasião da colheita das culturas anuais. Safra 1999/2000.
Cultura anual consorciada1
Local
Milho Sorgo Soja Arroz Milho forrageiro Sorgo forrageiro
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - t ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Santa Helena de Goiás, GO 28,3 3,6 18,4 no 8,0 2,0
Luziânia, GO 20,9 2,2 11,4 14,5 4,8 4,5
Mimoso, BA 15,3 16,5 12,5 12,8 0,6 5,6
C. Novo dos Parecis, MT 16,7 3,1 35,1 no no 3,7
1
Média de seis repetições.
no = não observado.
Fonte: Kluthcouski e Aidar (2003).
Figura 6. Plantas daninhas m-2, 15 dias após a emergência do feijoeiro, em Figura 8. Controle do leiteiro (Euphorbia heterophylla) na cultura do
áreas submetidas à sucessão de soja solteira ou consorciadas feijão, 14 dias após a aplicação do herbicida Fomesafem +
com Brachiaria brizantha. Imazamox.
Fonte: Cobucci et al. (2001). Fonte: Cobucci et al. (2001).
11.2. Rendimento das culturas em palhada de as palhadas de braquiária foram as que melhor contiveram a pro-
braquiária no Sistema Plantio Direto gressão da doença no feijoeiro (Tabela 8).
Aidar et al. (2000), utilizando um Latossolo Roxo eutrófico, Broch (1997), ao proceder estudo, em grandes parcelas, so-
obtiveram melhores rendimentos de feijão, cv. Pérola, em palhadas bre o comportamento da soja em palhada de Brachiaria decumbens
de Brachiaria brizantha, arroz e B. ruziziensis. O pior rendimento oriunda de pastagem degradada, utilizada para pastoreio durante
sobre a palhada do milho pode ser devido à ocorrência do maior 12-15 anos, obteve rendimentos de soja variando entre 2.125 kg ha-1
seqüestro de nitrogênio pela palhada. Nesse trabalho, conduzido (prejudicada pela falta de inoculação) até 3.060 kg ha-1. Em outro
em área com infestação relativamente alta de mofo-branco no solo, estudo, Broch et al. (1997) verificaram redução na produtividade da
Tabela 8. Efeito de diferentes fontes de resíduo para cobertura morta sobre o rendimento do feijoeiro e alguns componentes e incidência de mofo-branco.
Santa Helena de Goiás-GO.
População final Rendimento Incidência
Fonte de resíduo Vagens planta-1 Sementes vagem-1
1.000 pl. ha-1 kg ha-1 mofo-branco1
Soja 315,8 a2 12,89 5,72 3.606 5
Milho 247,2 a 13,56 6,26 3.577 5
Arroz 294,1 a 11,10 5,49 3.787 3
Milho + B. brizantha 215,5 ab 15,90 5,97 3.641 1
Milho + B. ruziziensis 209,4 b 11,26 5.43 3.899 1
CV(%) 11 30 11 10 -
1
Escore 1 a 9, onde 1 = sem sintomas e 9 = 100% de plantas infestadas.
2
Médias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade. Os estandes inicial e final foram
prejudicados pelo mal desempenho da semeadora, em presença de grande volume de palhada na superfície do solo, casos do milho e braquiárias.
Fonte: Aidar et al. (2000).
Tabela 9. Rendimento de soja em áreas de pastagens degradadas, no Siste- 11.3. Influência da braquiária no manejo de doen-
ma Plantio Direto, em Maracaju, MS.
ças do feijoeiro com origem no solo
Abertura da área Anos com pastagem Rendimento (kg ha-1)
Segundo Costa e Rava (2003), o mofo-branco e as podri-
4 anos de arroz e soja 16 (B. decumbens) 2.4041 dões radiculares são as principais doenças do feijoeiro causadas
3 anos de soja 9 (B. brizantha) 3.1392 por fungos habitantes do solo. O mofo-branco é causado por
9 (B. brizantha) 2.9313 Sclerotinia sclerotiorum e as podridões radiculares por Rhizoctonia
6 (B. decumbens) 2.4054 solani e Fusarium solani f.sp. phaseoli. Certas práticas culturais,
6 (B. decumbens) 2.6395
como a rotação de culturas, a eliminação de restos culturais e a
11 (B. brizantha) 3.4686
fonte de palhada contribuem para o controle dessas doenças, elimi-
1
Média de 28 linhagens/cultivares, tendo sido aplicados 2 t ha-1, 700 kg ha-1, nando hospedeiros alternativos e reduzindo o potencial de inóculo
370 kg ha-1 e 3,5 L ha-1 de calcário, gesso, 02-20-20 + micro e glifosate, para a cultura subseqüente (Costa, 2000a).
respectivamente.
2
Média de 16 cultivares/linhagens de ciclo precoce médio, tendo sido Os resultados obtidos até o presente sugerem que, para o
aplicados: 2 t ha-1, 500 kg ha-1, 400 kg ha-1 e 4 L ha-1 de calcário, gesso, sucesso do Sistema Plantio Direto, a escolha das culturas na rota-
02-20-20 e glifosate, respectivamente. ção é de suma importância no manejo de doenças causadas por
3
Média de nove cultivares/linhagens de ciclo semi-tardio. fungos de solo. O Sistema Plantio Direto é fundamental na recons-
4
Média de 24 cultivares/linhagens, tendo sido aplicados 2 t ha-1, 500 kg ha-1, trução biológica dos solos, e as braquiárias ocupam papel prepon-
400 kg ha-1 e 2,5 L ha-1 de calcário, gesso, 02-20-20 e glifosate, respectivamente. derante no sistema de manejo.
5
Média de duas cultivares de ciclo semi-tardio.
6
Trabalhos conduzidos por Costa (2001, 2002), em condições
Média de 22 cultivares/linhagens de ciclo precoce médio, tendo sido
controladas, a Braquiária plantaginea demonstrou sua capacida-
aplicados 2 t ha-1, 500 kg ha-1, 400 kg ha-1 e 4 L ha-1 de calcário, gesso,
02-20-20 e glifosate, respectivamente. de de reduzir o inóculo de Fusarium solani f.sp. phaseoli no solo
Fonte: Pitol et al. (2001). em 60%. Já em experimentos de campo realizados em área de produ-
Em áreas comerciais
de produção de soja no Mato
Grosso do Sul também tem
sido obtido alto rendimento
de soja, quando a oleagino-
sa é cultivada sobre palhada
de braquiária (Tabela 10).
Faz-se oportuno es-
clarecer que o bom desempe-
nho da soja em áreas ante-
riormente cobertas por bra- Figura 10. Presença de raízes de soja no perfil do solo, em dois sistemas de cultivo. Perfil 1: aveia/soja/
quiária pode ser atribuído ao aveia/soja em plantio direto. Perfil 2: soja em plantio direto, após dois anos com Brachiaria
decumbens. Quanto mais intensa a tonalidade da cor, maior é a presença de raízes.
melhor enraizamento da plan-
Fonte: Salton et al. (1999) citados por Salton (2001).
ta, como mostra a Figura 10.
tores, este resultado foi confirmado, indicando ainda que a Tabela 13. Influência da palhada de Brachiaria brizantha no controle do
Brachiaria plantaginea poderia induzir supressividade também à mofo-branco do feijoeiro (Brasília-DF, 1999).
Rhizoctonia solani (Costa, 2002). Posteriormente, verificou-se o Tratamento Severidade da doença
efeito positivo no controle desses fungos por outras espécies de ( fda min-1 g-1)
braquiária.
Brachiaria brizantha + fungicida (uma aplicação) 2,0 b1
Quanto ao mofo-branco do feijoeiro, o uso de palhadas Brachiaria brizantha 1,8 b
densas de braquiária tem se apresentado como uma das principais Fungicida (duas aplicações) 3,2 b
ferramentas no controle desta doença. Isto se deve principalmen- Controle 7,0 a
te aos diversos resultados erráticos obtidos com o controle quí- 1 Valores seguidos pela mesma letra não se diferenciam estatisticamente
mico, devido à ineficiência dos fungicidas no controle dessa doen- pelo teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade.
ça (Costa, 2002). Neste caso, a palhada de Brachiaria brizantha Fonte: Costa (2002).
permitiu eficientes níveis de controle da doença. Em todos estes
estudos, as palhadas foram eficientes em permitir a redução do
potencial de inóculo aflorando à superfície do solo e, conseqüen- 12. FAZENDAS DE REFERÊNCIA NA INTEGRAÇÃO
temente, permitindo a redução no número de pulverizações com LAVOURA-PECUÁRIA
fungicidas de duas ou três vezes
Nos Cerrados brasileiros já
para uma única aplicação com si-
são inúmeras as propriedades ru-
milar eficiência de controle. Por
rais que se utilizam da integração
ter demonstrado boa resistência
lavoura-pecuária.
às intempéries climáticas e apre-
sentado decomposição mais len- Na Fazenda Barreirão, em
ta, mesmo sob o efeito de aplica- Professor Jamil, GO, foram recu-
ções nitrogenadas de cobertura perados, pelo Sistema Barreirão,
via água de irrigação, a braquiária cerca de 1.100 ha de pastagem, prin-
destacou-se como a cobertura cipalmente com a cultura do arroz,
ideal, servindo de barreira física à cuja produtividade média foi de
disseminação do agente causal do 33 sacos de 60 kg ha-1, durante seis
mofo-branco. anos consecutivos (1986 a 1991).
Ao ser utilizada como pa- A produtividade média do milho foi
lhada, a braquiária pode, portanto, de, aproximadamente, 3.900 kg ha-1
ao longo dos anos, ou com o seu (Tabela 14). Esses rendimentos
uso contínuo, melhorar a atividade possibilitaram cobrir, em média,
biológica do solo e induzir a supres- cerca de 80% dos gastos com cus-
Cobertura morta de braquiária em sistema de plantio dire-
sividade geral à Rhizoctonia solani teio. A área recuperada resultou,
to: controle da incidência de plantas daninhas e doenças.
e Fusarium solani f.sp. phaseoli no mínimo, em dobrar a capacida-
(Tabela 12), ou servir como barrei- de de suporte e a manutenção/
ra física à disseminação do mofo-branco (Tabela 13), quando esta ganho de peso na entressafra, graças à continuidade de produção
doença for proveniente de ascósporos originados do inóculo no forrageira, principalmente da Brachiaria brizantha e Andropogon
solo. gayanus, no período seco. A satisfação pelos resultados obtidos
Tabela 12. Efeito da rotação de culturas e uso da braquiária sobre a atividade microbiológica no Sistema Santa Fé e patógenos do feijoeiro habitantes do solo.
Tabela 16. Histórico dos índices zootécnicos obtidos na Fazenda Paquetá, em Dourados, MS.
Sistema de pastagem Lotação Índice de natalidade Idade de entore
Ano
Tradicional1 (ha) Cultivada2 (ha) Total Animal ha-1 (%) (meses)
1984 7.000 0 11.700 1,7 75 24
1991 7.000 0 5.000 0,7 60 36
1996 2.974 4.026 16.386 0,7-3,6 90 14-24
1
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