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SETOR TERCIÁRIO
EM DESTAQUE
SIMBRACS CONGREGA LIDERANÇAS E AVANÇA, DISCUTINDO INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE
E INTERNACIONALIZAÇÃO PARA OS SETORES DE COMÉRCIO, SERVIÇOS E LOGÍSTICA
O
setor terciário tem ocupado papel preponde- nacionais, representantes sindicais e da área acadê-
rante no crescimento econômico e nos ganhos mica e diversos interessados no desenvolvimento e
sociais do Brasil. Seu recente vigor tem sido por na inovação do setor terciário. Sob a coordenação do
ações coletivas da sociedade com destaque para no- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
vas políticas governamentais e os investimentos pri- Exterior (MDIC) e em parceria com o Serviço Brasilei-
vados. A segunda edição do Simpósio Brasileiro de Po- ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)
líticas Públicas de Comércio e Serviços, entre os dias e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
12 e 13 de novembro de 2013, celebrou, mais uma (ABDI), o SIMBRACS 2013 contou com dezenas de pai-
vez, o dinamismo, o amadurecimento e a importância néis e reuniões que trouxeram à tona a face de um
desse para a economia brasileira. crescimento consolidado e sinérgico dos setores de
O setor terciário mostra importância funda- comércio, serviços e serviços logísticos. A articulação
mental para a dinâmica econômica brasileira por institucional é decorrência do Programa de Comércio
sua influência decisiva no crescimento, no emprego, e Serviços do Plano Plurianual (PPA 2012-2015) e das
na competitividade empresarial e no bem-estar da iniciativas previstas nas agendas setoriais dos Conse-
população. Não é coincidência que, de 2003 a 2013, lhos de Competitividade de Comércio, Serviços e Ser-
houve elevação de quase cinco pontos percentuais viços Logísticos do Plano Brasil Maior (PBM).
na participação do setor no Produto Interno Bruto, Convergindo com a oportunidade que o Brasil
atingindo quase 70%. Ao mesmo tempo, o comércio tem por ser um dos principais mercados domésticos
e os serviços privados têm gerado cerca de 73% dos de consumo do planeta, a agenda do SIMBRACS 2013
empregos formais na economia. Assim, o setor mos- foi cumprida com o desafio de consolidar as expe-
tra-se pujante, em contexto de desemprego em queda riências acumuladas e aprimorar a formulação e a
e crescimento da renda e da formalidade. A nova clas- execução de políticas públicas em conjunto com os
se média que se formou no Brasil e alcançou mais de diversos atores privados e da sociedade civil envolvi-
50% da população revela o peso do mercado interno dos no evento e nos foros de discussão associados
e da diversificação do consumo. Os efeitos encadea- a essa iniciativa. A cada edição do Simpósio os desa-
dos do ciclo de crescimento com diminuição da desi- fios e responsabilidades são cada vez maiores para a
gualdade e desenvolvimento do consumo de massa construção de um ambiente favorável ao desenvol-
podem ser sentidos na atividade agrícola, industrial, vimento sustentável setor terciário. O comércio e os
financeira, no comércio exterior e nos investimentos serviços não apenas acumulam mais conhecimento,
nacionais e estrangeiros. coordenação e o destaque merecidos pela sua impor-
O SIMBRACS tem contribuído para destacar ainda tância, mas também avançam na construção de um
mais as oportunidades e os desafios para comércio País mais inovador e competitivo.
e serviços, em articulação com lideranças empresa-
riais, autoridades governamentais nacionais e inter- Boa leitura!
E X P E D I E N T E
Chefe de Serviço
Gislaine Mendes de Souza Fragassi
Equipe Técnica
Euler Rodrigues de Souza
Giovana Carolina de Resende Pinto
Itajamy Araújo Conceição
Larissa Saldanha Vieira
Luana Ribeiro Capita
Luciana Gomes de Oliveira
Luciano de Lima Maciel
Paulo Shizuo Fukuya
Pedro Garrido da Costa Lima
Roberto Simões
Diretor-Presidente
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Diretor-Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
José Claudio dos Santos SETOR TERCIÁRIO
EM DESTAQUE
Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Serviços
SIMBRACS CONGREGA LIDERANÇAS E AVANÇA, DISCUTINDO INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE
E INTERNACIONALIZAÇÃO PARA OS SETORES DE COMÉRCIO, SERVIÇOS E LOGÍSTICA
Juarez de Paula
Gerente Adjunta da Unidade de Atendimento Coletivo – Serviços
Ana Clévia Guerreiro
Projeto Gráfico e Diagramção
Coordenação Nacional de Serviços Vanessa Farias e Chica Magalhães -
Andrezza Torres Grupo Informe Comunicação Integrada
Léa Lagares
Consultora Conteudista Editoração Eletrônica
Verônica Marques Grupo Informe Comunicação Integrada
] SUMÁRIO [
Fotos: ABDI
R
ealizar mais uma edição do Simbracs é reforçar a
Foto ABDI
O
Simpósio Brasileiro de tinuamos com o desafio de dis- ciário proporcionará a evolução
Políticas Públicas para seminar informações e conhe- contínua da economia nacional,
Comércio e Serviços (Sim- cimentos, e principalmente de o aumento na geração de empre-
bracs) é o maior evento realiza- apoiar, através da capacitação e gos e a consolidação de milha-
do pelo Governo Federal em prol da consultoria especializada em res de histórias de sucesso no
do desenvolvimento do setor gestão, a abertura de novos ce- empreendedorismo brasileiro.
terciário no Brasil. O Sebrae foi nários para estes empresários.
parceiro dessa iniciativa, pelo Muito se fala sobre a ro- O Sebrae continuará incen-
segundo ano consecutivo, por- bustez e a importância dos seg- tivando o Simbracs e a disse-
que acredita no potencial de mentos de Comércio e Serviços minação de informações rele-
crescimento das micro e peque- na economia nacional, porém, vantes para a competitividade
nas empresas dos setores de se queremos impulsionar novas e a produtividade das empresas
Comércio, Serviço e Logística, janelas para os pequenos negó- que atuam nos segmentos de
que já representam a maioria cios, precisamos criar mecanis- Comércio, Serviços e Serviços
das empresas brasileiras. mos que proporcionem a evolu- Logísticos no Brasil. z
A
sessão plenária do Simpó- ministro-chefe da Secretaria vimento, Indústria e Comércio
sio Brasileiro de Políticas da Micro e Pequena Empresa (CONSEDIC), Alexandre Baldi, o
Públicas para Comércio e (SMPE), Guilherme Afif Domin- conselheiro do Conselho Nacio-
Serviços (SIMBRACS) destacou gos, o deputado federal e coor- nal de Desenvolvimento Indus-
a importância da sinergia entre denador da Frente Parlamentar trial (CNDI), Otávio Marques de
os diversos setores da econo- Mista em Defesa do Setor de Ser- Azevedo, o presidente do Ins-
mia para o aprimoramento das viços, Laércio Oliveira, o secre- tituto Nacional de Metrologia,
relações de consumo e de mer- tário de Comércio e Serviços do Qualidade e Tecnologia (Inme-
cado propostas no Plano Brasil Ministério do Desenvolvimento, tro), João Jornada, o diretor da
Maior. A iniciativa trouxe ainda Indústria e Comércio, Humberto Divisão de Comércio e Serviços
outros olhares sobre o cresci- Ribeiro, o presidente da Agência da Organização Mundial do Co-
mento do investimento produti- Brasileira de Desenvolvimento mércio (OMC), Abdel-Hamid
vo e os avanços em tecnologia, Industrial (ABDI), Mauro Borges, Mandouh, e o presidente da
inovação e competitividade. o presidente da Agência Brasi- Associação Brasileira de Super-
Possibilitou também a conver- leira de Promoção de Exporta- mercados, Fernando Yamada.
gência de esforços para a con- ções e Investimentos (APEX), O secretário de Comércio
tínua melhoria do ambiente de Maurício Borges, o diretor pre- e Serviços do Ministério do De-
negócios no País. sidente do Serviço Brasileiro de senvolvimento, Indústria e Co-
Participaram do momen- Apoio às Micro e Pequenas Em- mércio, Humberto Ribeiro, apre-
to o ex-ministro do Desenvol- presas (Sebrae), Luiz Barretto, sentou a Agenda Estratégica
vimento, Indústria e Comércio o presidente do Conselho Nacio- aprovada pelo Comitê Gestor do
Exterior, Fernando Pimentel, o nal de Secretários de Desenvol- PBM para o Bloco 5 – que repre-
Fotos ABDI
C
onsiderando a inclusão iné- políticas públicas para promover ano do PBM: internet das coisas
dita dos setores de Comér- a inovação e o desenvolvimento e serviços online, segurança nas
cio, Serviços e Serviços Lo- do setor. transações eletrônicas e evolu-
gísticos na política industrial do O coordenador dos Con- ção dos modelos de compras go-
Governo Federal, o Plano Brasil selhos de Competitividade de vernamentais de serviços.
Maior (PBM), o painel – conside- Comércio, Serviços e Serviços O conselheiro do Conselho
rada a 7ª Reunião dos Conselhos Logísticos e secretário de Co- Nacional de Desenvolvimento In-
de Competitividade do bloco 5 da mércio e Serviços do Ministério dustrial (CNDI), Otávio Marques
política – discutiu a nova estru- do Desenvolvimento, Indústria de Azevedo, ressaltou que a vi-
tura do setor produtivo nacional e Comércio Exterior (SCS/MDIC), são agregada de todos os setores
e as vantagens e desafios desse Humberto Ribeiro, destacou a é o que permite que o Governo
novo modelo de debate iniciado importância da participação de estabeleça uma política pública
pelo PBM, onde participam – cada segmento nos citados Con- mais assertiva. “A agenda setorial
num mesmo fórum – os setores selhos do PBM. “O objetivo é con- de comércio, serviços e logística
público, privado e entidades que tar com a experiência dos nossos tem um desafio enorme porque
representam os trabalhadores. conselheiros antevendo desa- é onde nós, provavelmente, mais
Os presidentes presentes, fios, fazendo sugestões, ilustran- empregamos no Brasil”. Ele lem-
representando entidades par- do oportunidades e discutindo brou que o setor é onde mais ci-
ticipantes dos Conselhos de aquilo que preconiza o slogan do dadãos estão envolvidos não só
Competitividade de Comércio, Plano Brasil Maior: inovar para como força de trabalho, mas tam-
Serviços e Serviços Logísticos, competir e competir para cres- bém como consumidores finais
apresentaram suas expectativas cer”, reforçou. dos serviços que são prestados.
para o último ano do Plano Brasil Durante a reunião, três no- Comentou ainda que as melhoras
Maior e discorreram sobre suas vas iniciativas foram apresen- na produtividade nacional não de-
conquistas tanto no processo de tadas ao Conselho para serem pendem apenas do Governo Fede-
debates quanto na construção de discutidas ao longo do último ral, mas de todas as instâncias da
gestão pública e da gestão priva- é de 5,5% do PIB nacional, para 6% ci, destacou os ganhos gerados
da. Azevedo destacou a necessi- até 2014. Esse Plano, desenvolvi- pelo diálogo tripartite proporcio-
dade de ampliar a competitivida- do em parceria e alinhado com o nado pela forma de organização
de através de investimentos em PBM do Governo Federal, ressalta da política industrial do Governo
tecnologia, educação, formação como o autosserviço contribui Federal. “Falar em Brasil Maior,
de pessoas e redução do custo para o crescimento nacional, se- na nossa visão, é a integração de
dos serviços. Otávio Azevedo tor do qual os supermercados todos os brasileiros, de todas as
finalizou destacando a capilari- respondem por 46,3% das lojas. companhias brasileiras, de todos
dade e a integração das ações Outra parceria importante desen- os setores e de todos os segmen-
adotadas no âmbito do PBM, além volvida pelo segmento foi com tos. É congregar a todos que pro-
da importância do diálogo propor- a indústria, já que mais de 3/4 duzem, a todos que trabalham e a
cionado pelo Governo. “É muito dos produtos que preenchem as todos que fazem alguma coisa di-
enriquecedor poder traduzir com gôndolas dos supermercados são ferente pelo País, desde os traba-
exemplo claro e não com ideias e industrializados. “Nossas maio- lhadores através das empresas
conceitos, aquilo que está acon- res conquistas foram a desonera- e, principalmente, o Governo.”,
tecendo. O espaço criado, que é ção e a ampliação da cesta bási- ressaltou. Ele destacou ainda a
o que está sendo mostrado por ca, questões que o setor já vinha importância dos incentivos para
todos, é muito importante e tem perseguindo há mais de oito anos. o segmento de parques de diver-
que ser traduzido para os outros Outra importante realização foi a sões para que não fiquem ape-
setores”, disse. desoneração da carne, que levou nas rotulados como brincadeira,
O presidente da Associa- ao crescimento do setor e a um quando são responsáveis pela
ção Brasileira de Supermercados maior controle de qualidade dos geração de centenas de empre-
(ABRAS), Fernando Yamada, apre- produtos ofertados.” gos, além de serem grandes
sentou os resultados do Plano O presidente do Sistema In- motores de desenvolvimento. “O
ABRAS Maior, que tem como obje- tegrado de Parques e Atrações Tu- parque temático compra de tudo
tivo elevar o PIB do setor, que hoje rísticas (SINDEPAT), Alain Baldac- e movimenta o turismo, os res-
Foto ABDI
dade e comunicações, compra está na escola, mas infelizmen-
lâmpadas, fios e motores, ativa a te é impossível empregá-lo em
indústria e compra de supermer- eventos e em bares e restauran-
cados. Os parques temáticos são tes porque a lei não permite e o
um dos poucos ou mais comple- jovem demanda flexibilidade”,
tos segmentos econômicos que ressaltou.
existem”, disse. De acordo com o presidente
O presidente da Associação executivo da Associação Nacio-
Brasileira de Bares e Restauran- nal dos Transportes Ferroviários
tes (ABRASEL), Paulo Solmucci (ANTF), Rodrigo Villaça, o país
Júnior, destacou a importância precisa desburocratizar-se, o go-
da regulamentação dos meios verno precisa entender que a ini-
de pagamento como cartão de Humberto Ribeiro, secretário de ciativa privada pode fazer melhor
Comércio e Serviços, do Ministério
crédito, vale alimentação e vou- do Desenvolvimento, Indústria e e mais rápido, no que diz respeito
Comércio Exterior
chers. “Essas empresas chegam a obras de logística. “Podemos
a cobrar 6% do faturamento de reduzir em 40% o tempo de cons-
bares e restaurantes. Na França, trução de uma ferrovia e outros
onde temos o estado da arte em segmentos, como aeroportos,
termos de taxa, a cobrança é de rodovias, hidrovias e terminais
0,5% em média. Nós pagamos portuários dentro de um ambien-
doze vezes mais e isso é devido te de logística de movimentação.
a uma profunda falta de compe- Nós implantamos inovação, no-
tição. Não estamos falando de O objetivo é vas tecnologias, novas oportu-
discutir as taxas no Brasil, mas nidades e um novo modelo de
sim em acabar com as reservas
contar com gestão para que a qualidade dos
de mercado e com as bandeiras a experiência dos serviços públicos possa ser me-
exclusivas para uma operadora nossos conselheiros lhorada tanto para mercadorias
ou para outra e para um banco ou quanto para a movimentação das
para outro”, disse. Outra iniciativa antevendo pessoas”, explicou. Ele comentou
destacada por Solmucci foi o deba- desafios, fazendo ainda que a desburocratização
te sobre o trabalho intermitente, leva ao avanço mais rápido e
pois não há no País uma legisla-
sugestões, ilustrando mais longo. “Nós temos muito o
ção específica que permita a con- oportunidades e que fazer e um desafio enorme. É
tratação por hora e com jornada discutindo aquilo que importante considerar a logística
móvel. “É mais do que evidente também como um elemento da
a necessidade da implantação do preconiza o slogan administração e da necessida-
trabalho intermitente no Brasil, do Plano Brasil Maior: de que nós temos para avançar.
seja para atender aos jovens de Independente da condição eco-
uma maneira e cuidar da sua em-
inovar para competir nômica do nosso país, nós esta-
pregabilidade, seja para atender e competir para mos atrasados, estamos há duas
melhor ao consumidor, ou seja, crescer.” décadas com a infraestrutura em
para atender melhor na Copa do derrocada e, para isso, é neces-
Mundo. Se existe um exército no HUMBERTO RIBEIRO, sário um planejamento integra-
secretário de Comércio e Serviços do
Brasil que é capaz de falar uma Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do, que some forças entendendo-
segunda língua, esse exército Comércio Exterior (SCS/MDIC). -se que são obras estruturantes,
Alain Baldacci – presidente do Sindepat e Fernando Yamada – Francisco Gonçalves Cardoso, vice-presidente da Associação Brasileira
presidente da ABRAS de Transportadores Internacionais (ABTI) e Fernando de Castro,
vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV)
GLOBALIZAÇÃO
DO SETOR
TERCIÁRIO E OS
MEGAEVENTOS
As transformações na economia
mundial e a crescente diversificação e
sofisticação das atividades e segmen-
tos do setor terciário trazem novas
possibilidades de expansão e aprimo-
ramento. De um lado, há um caminho
com lacunas que devem ser preenchi-
das para o melhor aproveitamento do
cenário atual e para a internacionali-
zação das marcas e serviços brasilei-
ros. De outro, uma demanda que exige
fluxo continuado e aprimoramento
constante para garantir o atendimen-
to em mercados cada vez mais globa-
lizados.
movimento e o comércio e o ser- parques temáticos para a impor- empreendedorismo nasceu com
viço tem muito que desenvolver”, tação dos equipamentos neces- o brasileiro. Primeiro, porque se
explicou. sários à instalação e renovação ele não é empreendedor ele não
Simões destacou ainda que dos empreendimentos. sobrevive. Além disso, nós so-
o País já tem uma base para o “Neste momento em que es- mos criativos e temos um País
crescimento criada. “O que nos tamos iniciando um processo de maravilhoso para conquistar, re-
deixa feliz não são só os me- atrair turistas do mundo inteiro conquistar, enfeitar e aproveitar
gaeventos, mas o que tem para por causa dos grandes eventos tudo o que nos foi apresentado”,
acontecer no Brasil é muito mais esportivos, por causa do cres- finalizou. z
do que já aconteceu nos últimos cimento do Brasil e por causa
anos. Com o apoio do administra- da atração que o País exerce no
dor público... eu acredito que o mundo todo fica a pergunta: onde
maior desenvolvimento do País é estão os nossos parques”, res- O empreende-
aquele que está por vir”, afirmou. saltou. Maurício de Sousa desta-
cou ainda a necessidade de mos- dorismo
nasceu com o
NO FINAL TUDO trar o Brasil como rota do turismo
familiar – e não de indivíduos so-
brasileiro. Primeiro,
SE RESOLVE zinhos – e os empreendimentos
do tipo parque temático e aquá- porque se ele não é
tico colaboram com essa cons- empreendedor ele
O presidente da Maurício trução. Para isso, ele destacou
de Sousa Produções, Maurício que seria interessante encontrar não sobrevive. Além
de Sousa, explicou que apesar o mesmo cenário favorável que disso, nós somos
das adversidades e percalços ele encontrou em Portugal para
continua acreditando que “como abrir um parque-jardim da Môni-
criativos e temos
nas histórias em quadrinhos, no ca, que seria inaugurado naquela um país maravilho-
final tudo se resolve”. Ele des- mesma semana. Bem como na
tacou a necessidade de facilitar
so para conquistar,
China onde ele está elaborando
procedimentos para o processo material para pré-alfabetização, reconquistar,
de internacionalização das em- trabalho que já é realizado há 3 enfeitar e aproveitar
presas e para o estabelecimento ou 4 anos.
de empresas internacionais no Maurício de Sousa destacou tudo o que nos foi
Brasil, a fim de atrair empresá- que o Brasil é o País que sabe e apresentado.”
rios de diversos setores. Outro pode fazer tudo, mas onde é pre-
tema apontado foi o histórico de MAURÍCIO DE SOUSA,
ciso desburocratizar os proces- presidente da Maurício de Sousa
dificuldades encontradas pelos sos e simplificar a legislação. “O Produções.
ALAVANCANDO A TRANSIÇÃO DA
PEQUENA PARA MÉDIA EMPRESA
O DESAFIO DE PROMOVER A MÉDIA EMPRESA PASSA PELA GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES ESPECÍFICAS.
É PRECISO ESTIMULAR O AVANÇO COORDENADO E ALINHADO COM A GESTÃO PARA EVITAR QUE O
NEGÓCIO TORNE-SE UMA EMPRESA SEM CONSCIÊNCIA DE SEU POTENCIAL OU QUE TENHA PROCESSOS
QUE USAVA QUANDO SE ENQUADRAVA COMO UM PEQUENO NEGÓCIO.
O
Foto ABDI
sucesso do regime Sim-
ples Nacional na inclusão
e na formalização das mi-
cro e pequenas empresas trouxe
oportunidades e desafios que
devem ser analisados e supe-
rados para estimular a criação
e o fortalecimento das médias
empresas no país, além de im-
pulsionar a transição entre os
regimes tributários existentes.
O secretário Executivo do
Simples Nacional do Ministério
Silas Santiago, secretário Executivo do Simples Nacional do MF; Aldemir Santana, presidente da Fecomércio
DF; Bruno Quick, gerente nacional de Políticas Públicas do Sebrae; Ricardo de Freitas Martins da Veiga, da Fazenda, Silas Santiago, expli-
superintendente nacional de Negócios com Médias Empresas da CEF; Rodrigo Paolilo, presidente do CONAJE; cou que o Simples Nacional não
Luigi Nesse, presidente da CNS; e Maria Luisa Mendes, redatora chefe da Revista Exame PME
é composto apenas de tributos
federais, mas também do ICMS
e ISS, de competência dos Es-
Outro dado comprovado pelos tados e Municípios, respectiva-
mente. Ele exemplificou os be-
números é que 58% dos novos nefícios na redução de impostos
empregos criados em 2012 foram nas nos diversos tipos de negócios e
empresas optantes pelo Simples Nacional. destacou que, no caso dos servi-
ços, a vantagem tributária pode
O ganho líquido na quantidade de empregos chegar a 75%.
realmente é maior na micro e pequena Santiago destacou ainda
que não há evidências numé-
empresa optante pelo Simples.” ricas de que a tributação dife-
SILAS SANTIAGO, renciada esteja inibindo a pas-
secretário executivo do Simples Nacional do Ministério da Fazenda. sagem das pequenas para as
ENCONTRAR explicou.
Santana reforçou a neces-
UM CAMINHO sidade de que seja criada uma
tributação propositiva para as
médias empresas ou aquelas ção do processo de exportação,
O presidente da Federação que chegaram à faixa limite do o acesso às compras governa-
do Comércio do Distrito Fede- Simples Nacional. “Ao sair da fai- mentais e às importações de
ral (FECOMÉRCIO-DF), Adelmir xa de R$ 3,6 milhões, há uma equipamentos etc. Precisamos
Santana, ressaltou a evolução mudança significativa. Por isso, encontrar um caminho para que
histórica das micro e pequenas acredito que, além dos benefícios as médias empresas tenham
empresas através do tratamen- fiscais para as médias empresas, uma vida duradoura e cheguem
to tributário diferenciado. “Isso devem ser estudados a facilita- a grandes empresas”, estimulou.
MATURAÇÃO DO
MERCADO DE
CAPITAIS NO BRASIL
AS VÁRIAS FACETAS
PARA A PROMOÇÃO
DO INVESTIMENTO
E A ALAVANCAGEM
DE NEGÓCIOS
EMPREENDEDORISMO
E COMPETITIVIDADE
DAS MÉDIAS
EMPRESAS
O
Brasil possui um nível relativamente alto de ati-
vidade empreendedora, porém mais da metade
dos empresários começa suas atividades por
necessidade e não por senso de oportunidade. Neste
cenário, torna-se importante promover o crescimento
das médias empresas através de incentivos, políticas
públicas e novos modelos de parceria público-privada.
A presidente do Laboratório Sabin, Janete Ribei-
ro Vaz, destacou que o início da empresa foi modesto
e que havia a responsabilidade de atuar em todas as
frentes, da gestão até a limpeza. Ela destacou que os
valores da companhia foram criados pelos próprios
colaboradores, como ética, transparência, ousadia,
inovação e responsabilidade socioambiental. “Nossos
colaboradores entendem muito fortemente a visão da
empresa. Eles são as molas propulsoras que nos aju-
dam a fazer toda a gestão”, disse.
Vaz explicou também o papel da inovação cons-
tante como forte aliada nas mudanças e nos cenários
de desenvolvimento do negócio. “Há ainda o papel da
emoção. Em tudo o que nós fazemos, vamos sempre com
muita emoção. Isso é um diferencial. É o que fez com que
conseguíssemos conquistar as pessoas e fazer com que
todos os funcionários se sentissem empreendedores e
donos do negócio”, ressaltou.
Segundo o presidente da Confederação Nacional
dos Jovens Empresários (CONAJE), Rodrigo Paolilo, cada
pessoa que sonha em ser um empresário, mesmo os
estudantes universitários, os pequenos empresários
ou aqueles que estão nas suas startups devem acredi-
tar que podem alcançar os grandes nomes mundiais de
cada setor. Mas para isso é necessário que o país crie um
ambiente favorável ao empreendedorismo.
AUSÊNCIA DE
REFERENCIAIS
O vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da
Confederação das Associações Comerciais e Empresa-
riais do Brasil (CACB), Luiz Carlos Furtado Neves, explicou
que, ao contrário do que acontece na micro e na pequena
empresa, a média empresa não tem um conceito bem de-
finido e é difícil de ser identificada. “Nós não sabemos, na
verdade, se o conceito de média empresa irá partir dos
R$ 3,6 milhões ou se partirá de outro valor, dada a sua
complexidade e falta de definição”, explicou.
Ele ressaltou ainda as questões que impedem o sal-
to das micro para as médias empresas, como o medo de
Rodrigo Paolilo, presidente do CONAJE; Janete Ribeiro Vaz,
crescer, a necessidade da reforma tributária, a mudan- presidente do Laboratório Sabin; João Bosco Ribeiro, professor e
ça das questões trabalhistas, a burocracia e a abertura gerente da Agência de Empreendedorismo do Uniceub; Luiz Carlos
Furtado Neves, vice-presidente da Micro e Pequena Empresa da
de novas empresas no regime do Simples Nacional sem CACB e Nadim Elias Donato Filho, presidente do Sindilojas BH
alterar o enquadramento tributário. Outros pontos são a
necessidade de infraestrutura e de incentivos que garan-
tam a transição para as médias empresas e a qualifica-
ção dos profissionais para que tenham mais experiência
prática e cheguem mais preparados para o dia-a-dia das
empresas.
“Temos uma oportunidade para revermos as ações
que são feitas para a sobrevivência das empresas e criar-
mos uma agenda positiva para melhorar essa condição
de transição da pequena para a média porque isso impe-
de o pequeno empresário de dar um salto de crescimento
e de sonhar com uma empresa maior”, disse.
BEM-ESTAR DO
CONSUMIDOR RUMO À
CULTURA DE SERVIÇOS
CONCORRÊNCIA, QUALIDADE, PERSONALIZAÇÃO E BEM-ESTAR SÃO ALGUNS DOS PRECEITOS QUE COMPÕEM
O UNIVERSO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO BRASIL. EM UM CENÁRIO DE GRANDES MUDANÇAS E
POSSIBILIDADES, AS EMPRESAS PRECISAM ESTAR PREPARADAS PARA ATENDER UM CONSUMIDOR EXIGENTE,
QUE ESTÁ ATENTO AOS DETALHES E QUE BUSCA SEMPRE MAIS QUERENDO PAGAR MENOS. O DESAFIO
É CONECTAR AS DIVERSAS PONTAS PARA ULTRAPASSAR OS LIMITES DE ATENDIMENTO E PROMOVER O
CRESCIMENTO DO MERCADO DE SERVIÇOS E O ENCANTAMENTO DO CONSUMIDOR.
O
s meios de pagamento transformaram a
forma de relacionamento do setor terciá-
rio com consumidores nas últimas déca-
das. Com a sanção da Lei nº 12.865/2013, que
incluiu o pagamento eletrônico, seja pelo celular
ou pela internet, no Sistema de Pagamentos Bra-
sileiros (SPB), a relação tende a se transformar
novamente com grandes impactos para consu-
midores e para os estabelecimentos comerciais.
O diretor de política monetária do Banco
Central do Brasil, Aldo Luiz Mendes, comentou
o esforço de trazer um novo marco regulató-
rio para pagamentos eletrônicos e móveis. Ele
explicou que essa indústria, além de comple-
xa, agrega empresas de diferentes naturezas,
como instituições financeiras e comerciais.
“Quando colocamos todos dentro do mesmo
marco legal para efeito de pagamentos, nós da-
mos ao Banco Central e ao Conselho Monetário
Nacional o poder de serem os órgãos regulado-
res e supervisores de toda a cadeia e de todos
os arranjos de pagamento”, explicou.
Outra questão apontada foram os possíveis
riscos aos usuários causados pela ausência de
uma regulação que contemplasse o setor como
um todo, como a atuação de oportunistas e de
empresas não qualificadas. Há ainda a arena
onde acontecerá a competição e a colaboração
de todos os agentes que trabalharão dentro dos
Foto ABDI
reguladora”, disse.
Pellizzaro explicou que a
indústria dos cartões começou
a mudar em 2010 com a quebra
de exclusividade de uma das
bandeiras. Esse cenário levou a
mudanças na rotina dos lojistas,
nas taxas de adesão e na entra-
da real de novos nomes no mer-
cado. “Até essa data, o mundo
da indústria de cartões girava a
partir do emissor. Quanto mais
cartões eram emitidos, mais
força ganhava a bandeira. Isso
muda e as atenções são volta-
das para quem recebe o meio de Aldo Luiz Mendes, diretor de Política Monetária do Bacen; Aldo Carlos de Moura Gonçalves, presidente
pagamento”, explicou. da Sindilojas-RJ e CDL-RJ; Roque Pellizzaro, presidente da CNDL; Sérgio Kern, diretor na Sinditelebrasil e
Carlos Alberto Vieira Filho, chefe de gabinete da Secretaria de Telecomunicações do MC
Ele comentou ainda o im-
pacto das diversas modalidades
de cartões (débito e crédito) e
benefícios na rotina dos lojis-
tas, o que leva a necessidade
Entendemos que sistemas de
de mais equipamentos para a pagamentos que possam ser baseados
transição dos pagamentos. Pelli- em moeda eletrônica e instrumentos pessoais de
zzaro ressaltou ainda que a dis-
cussão em relação ao cartão de telecomunicações são, por excelência, favoráveis
débito deve estar muito focada a inclusão financeira porque continuar crescendo
na precificação e nos impactos
deste meio de pagamento. “Na
a rede bancária pelo método tradicional encontra
economia, mesmo uma mudan- limitação de custos.”
ça boa, se for muito abrupta,
ALDO LUIZ MENDES,
pode ser ruim porque desestru- diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil.
tura o mercado”, comentou.
A NOVA LOGÍSTICA
BRASILEIRA: INTELIGÊNCIA,
INTEROPERABILIDADE E
DISPONIBILIDADE
Foto ABDI
sileiro traz a necessidade
de uma expansão na in-
fraestrutura e nos investimen-
tos logísticos que possibilitem a
interoperabilidade entre os mo-
dais e a melhoria dos resultados.
Os setores público e privado pre-
cisam atuar colaborativamente
para gerar novas soluções, tec-
nologias e modelos que trans-
formem a logística nacional de
forma a criar grandes impactos
nos diversos elos produtivos e
na competitividade brasileira.
O assessor especial da Se-
cretaria de Portos da Presidên-
cia da República, José Nilton, Manuel Poppe, gerente de projeto da EPL e Aline Lang,
coordenadora de Desenvolvimento do Transporte da CNT
destacou as reformas feitas no
setor pelo governo. Ele explicou
a revolução na movimentação de
cargas no Brasil, com um cresci-
mento de 78% até 2012 e mais de
As soluções passam por redução
2,6 bilhões de toneladas circu- de impostos, construção de novos
lantes. “O expressivo aumento da aeroportos, recuperação e criação de pistas,
demanda foi uma dos principais
motivos para as mudanças no ampliação da capacidade e formação de mão
marco regulatório, permitindo a de obra especializada.”
participação do setor privado de
ALINE LANG
forma a complementar os portos coordenadora de Ddesenvolvimento do Transporte da Confederação Nacional
públicos”, disse. do Transporte (CNT).
Nilton comentou as mudan-
ças na fiscalização e organiza- Ainda sobre a nova lei, o ciamento de tráfego das embar-
ção dos portos e as diversas assessor especial destacou cações e o sistema de gestão da
agências governamentais envol- que ela elimina a diferença en- infraestrutura portuária. Outra
vidas nesse processo. Sobre os tre o conceito de carga própria iniciativa recentemente realiza-
arrendamentos e concessões, e de terceiros, o que permite da no País foca na capacitação
ele explicou a necessidade de a instalação dos terminais de dos trabalhadores portuários
se prover novos processos que uso privativo para aqueles que tanto do setor público quanto do
apoiem a crescente demanda. transportem também cargas de setor privado com especialistas
“Houve um processo de simplifi- terceiros. Também assinalou os belgas. “Nós teremos ainda as
cação dos arrendamentos. O cri- projetos em andamento para áreas de apoio logístico portuá-
tério de licitação também foi al- a melhoria do sistema logísti- rio que não são simplesmente
terado para o requisito de maior co, como a informatização dos para o estacionamento de cami-
capacidade de movimentação e processos, a cadeia logística nhões, mas para agregação de
menor tarifa”, afirmou. inteligente, o sistema de geren- valor”, ressaltou.
ENTREGAS
EXPRESSAS
A gerente geral da UPS e
conselheira da Associação Bra-
Os setores público e privado precisam atuar colaborativamente para gerar novas soluções,
tecnologias e modelos que transformem a logística nacional sileira das Empresas de Trans-
porte Internacional Expresso de
Cargas (ABRAEC), Nadir Moreno,
disse que o segmento entrega
cerca de 3,6 milhões de enco-
Além da falta de informação, nós nos mendas, contabilizando impor-
deparamos com a falta de tecnologias tação e exportação, no Brasil ao
da informação que permitam a automação e a ano. “Nossa finalidade é fazer
com que os produtos brasilei-
desburocratização do sistema logístico. Hoje, ros estejam no mundo para fa-
os nossos gargalos não são apenas a falta zer com que a economia cresça
de rodovias e ferrovias, mas as horas que os através de novos produtos”, re-
forçou. Ela explicou ainda, que
caminhões passam parados nos postos de essa cadeia modal tem como
fiscalização e nas entradas dos portos porque característica a rapidez e a ur-
tudo é fiscalizado manualmente.” gência e também auxilia as pe-
quenas e médias empresas que
MANUEL POPPE
gerente do Projeto Observatório Nacional de Transportes e Logística da Empresa de Planejamento
não têm processos de liberação
e Logística (EPL). na importação e exportação.
Foto ABDI
jurídica, o processo não deve
conter fins comerciais. “Hoje Magnólia Maria Pinheiro Daniel, gerente de Projetos do Ministério dos
Transportes e Nadir Moreno, gerente geral da UPS Brasil
nós exportamos a metade do
que importamos e a ideia é que
temos muito espaço e muita
oportunidade para aumentar os CRIANDO OPORTUNIDADES
números da exportação; basta
trabalhamos nos pontos que DE INVESTIMENTOS
restringem e impedem que isso
aconteça”, reforçou. O presidente da Associa- ociosas, bem como os aspectos
Ao analisar a situação do ção Brasileira de Terminais Por- da lei que não observam a rea-
Brasil, ela destacou que o ce- tuários (ABTP), Wilen Manteli, lidade de cada porto, não levam
nário vem melhorando ao longo ressaltou a postura do governo em consideração a necessidade
dos últimos anos. Ressaltou em possibilitar investimentos, de expansão dos espaços pela
também o trabalho integrado dar segurança jurídica aos in- indústria e que demandam o
das diversas esferas do governo vestidores, fomentar a compe- pagamento pelo uso do espelho
que desenvolveram um sistema titividade e agilizar processos de água. Outra questão aponta-
informatizado, apenas para im- de outorgas. “Sem a liberdade da foi a estratificação dos vários
portação, que facilita e agiliza os de construir e operar carga pró- postos de trabalho que deram
processos de logística. pria, de terceiros ou qualquer complexidade às questões tra-
“Nós queremos que esta outra possibilidade, será difícil balhistas em atividade de carga
mesma ferramenta esteja dis- avançar (no desenvolvimento e descarga. “Emprego é gerado
ponível para a exportação e que do setor)”. De acordo com ele, não dentro do porto, mas fora
tenha o módulo de gerencia- é fundamental que a sociedade dele, pois se gerarmos dentro do
mento de risco, que é o que irá se desenvolva pelo comprome- porto estaremos travando o de-
nos ajudar de fato a dar toda a timento do cidadão, caso con- senvolvimento”, reforçou.
credibilidade e segurança para trário, “ficaremos amarrados em Ele ressaltou ainda a neces-
os órgãos públicos liberarem as um excesso de leis e normas”, sidade de definir prazos claros
restrições para aumentar o mer- disse. Ele reforçou ainda o cen- para as áreas a serem explora-
cado. Queremos transformar o tralismo exagerado que impe- das para que o empresário possa
Brasil e abrir esse mercado para diu o desenvolvimento regional, avaliar a relação entre investi-
o mundo afora. Para isso, nós além de enfraquecer as admi- mento e benefício. “A infraestru-
precisamos abrir as fronteiras, nistrações e os conselhos de tura exige elevados investimen-
permitindo que o transporte ex- autoridade portuários. tos e se o empresário não tem
presso seja feito independente Manteli apontou a neces- essa previsibilidade e não tem a
da finalidade e do valor da mer- sidade de se rever os entraves segurança do marco jurídico, ele
cadoria”, afirmou. que impedem o uso das áreas deixa de investir”, finalizou. z
Foto ABDI
Esther Dweck, chefe da Assessoria Econômica do MPOG; Luis Maurício Zanin, consultor do SEBRAE; Fábio Aurélio da Silveira Nunes,
subsecretário da Seplag-RJ; Jane Alcanfor de Pinho, coordenadora-geral de Mercado Externo da SCS/MDIC; Jeovani Salomão,
vice-presidente da ASSESPRO e Ricardo Costa Garcia, presidente da FEBRAC
COMPRAS GOVERNAMENTAIS:
MODELOS E OPORTUNIDADES
PARA SERVIÇOS
ESTIMULAR OPORTUNIDADES PARA O ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DO GOVERNO POR EMPRESAS DE
DIVERSOS SEGMENTOS E PORTES É UM DESAFIO QUE REQUER A CAPACITAÇÃO DOS COLABORADORES
GOVERNAMENTAIS E PREPARAÇÃO DAS EMPRESAS. ESPECIALISTAS APONTAM QUE O CENÁRIO IDEAL DEVE
BENEFICIAR NEGÓCIOS DE DIVERSOS TAMANHOS E EXPERIÊNCIAS, BEM COMO POSSIBILITAR, AO MESMO
TEMPO, SERVIÇOS QUALIFICADOS QUE IMPACTARÃO NA VIDA DE MILHARES DE BRASILEIROS.
O
estabelecimento de margens de pre- mento do Brasil. Sendo assim, é necessário
ferência nas compras públicas para analisar questões como a margem de pre-
produtos e serviços nacionais esti- ferência para os serviços e os novos mode-
mula o desenvolvimento da atividade pro- los que promovam a melhoria dos proces-
dutiva no mercado interno e a geração de sos e a eficácia das contratações públicas.
emprego e renda, o que proporciona cresci- A chefe da Assessoria Econômica do
e serviços, consequentemente
padronizando a descrição e
EVOLUÇÃO a reformulação da lei das licita-
ções. Ele comentou o esforço no
trazendo eficiência, quanto de
um registro de fornecedores,
DO MODELO Congresso em demonstrar a dis-
tinção entre os diversos tipos de
no qual mais de 17 mil empre- DE COMPRAS compras e a necessidade de uma
lei diferenciada. “A lei pode ser úni-
sas estão catalogadas, além de
ca em princípios e procedimentos,
ter criado um banco de preços. O vice-presidente da Asso- mas ter normas setoriais. Essa é
“Mais de 80% das compras do ciação Brasileira das Empresas a primeira vitória da lei que está
estado são feitas via pregão ele- de Tecnologia da Informação chegando. A boa notícia é que nela
trônico, o que é hoje a locomoti- (ASSESPRO), Jeovani Salomão, existem três capítulos que abor-
va dos nossos processos”. destacou o cenário diverso com dam serviços”, explicou.
QUESTÕES
Ele ressaltou as contribui-
ções para aprimoramento da lei,
SERVIÇOS NO DE PREÇO E
como a criação de um mecanis-
mo de solução de conflitos, a
CENTRO DO QUALIDADE
participação das micro e peque-
nas empresas com exclusivida-
de nas compras diretas, a am-
DEBATE O presidente da Federação
Nacional das Empresas de Ser-
pliação na qualificação técnica viços e Limpeza Ambiental (FE-
O consultor do Serviço Brasi-
e a criação de um processo de BRAC), Ricardo Costa Garcia, res-
leiro de Apoio às Micro e Pequenas
qualificação mais apurado para saltou a problemática da decisão
Empresas (Sebrae), Luis Maurício
serviços complexos. “A licitação pelo preço mais baixo na contra-
Zanin, ressaltou a necessidade
deveria perder a importância. O tação de serviços. “Entendemos
de trazer a discussão dos servi-
conceito de compra pública de- que o pregão eletrônico é uma fer-
ços para o centro das compras
veria ser alterado para o cadas- governamentais, especialmente ramenta que veio para ficar, mas
tramento de todas as empresas porque é mais fácil ter padrões de para a contratação de serviços
que querem atuar junto ao go- compras para produtos, enquanto não é adequada, pois deveria ser
verno e a comprovação técnica os requisitos para questões in- usado o pregão presencial que di-
de que podem executar. Isso tangíveis são mais complexos. “O minui o número de participantes
permitiria a competição entre Sebrae tem trabalhado em duas li- não qualificados”, afirmou.
iguais”, afirmou. nhas: a capacitação do comprador Garcia comentou ainda a
Salomão explicou ainda que público, para que saiba contratar o composição de editais criterio-
o texto prévio da nova lei trata serviço e o bem de maneira ade- sos que excluam empresas não
das questões setoriais e das quada, e a preparação da micro e habilitadas a realizar as ativida-
particularidades de cada seg- pequena empresa para que possa des. “Vemos muitas oportunida-
mento. “O empresário neste país fornecer o serviço para a adminis- des nas compras governamen-
deve ser tratado da melhor for- tração pública”, reforçou. tais, pois o volume é grande. No
ma possível. Ele gera emprego, Ele comentou sobre a ne- caso de serviços, os contratos
renda e riqueza. Agora, o empre- cessidade de sensibilizar o são de longo prazo e somam um
sário que se utilizar da lei para comprador público e da criação marketing positivo para a ima-
achar brecha deve ser punido. de normativas que facilitem ao gem da empresa, finalizou. z
INOVAÇÃO:
O SALTO COMPETITIVO PARA O
COMÉRCIO, LOGÍSTICA E SERVIÇOS
PARA INOVAR NÃO BASTA TER UMA BOA IDEIA, É NECESSÁRIO EXTRAPOLAR AS FRONTEIRAS COM UMA PROPOSTA
QUE UNA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PARA RESPONDER DEMANDAS DA SOCIEDADE POR PRODUTOS,
AINDA QUE ESTES MESMOS ITENS AINDA NÃO TENHAM SIDO PENSADOS PELOS INDIVÍDUOS. EM UM MUNDO EM
TRANSFORMAÇÃO DIÁRIA, O PAPEL DA INOVAÇÃO VAI ALÉM DA IDEIA DIFERENTE, FORA DA CAIXA OU PRETENSA
CRIATIVA. É PRECISO CONECTAR AS PONTAS DE UM GRANDE PROCESSO COLABORATIVO QUE ENVOLVE VALORES,
PESSOAS, MUDANÇAS, MEIOS E OPORTUNIDADES.
A
inovação é fundamental a um setor tradicional modificar as empresas tenham tecnolo-
para todos os elos da ca- suas atividades para ganhar pro- gias mais competitivas e viven-
deia produtiva, incluindo dutividade, ou interna através ciem cenários distintos.
empresas de serviços, comércio de uma modificação simples O coordenador de Proje-
e logística. Essa oportunidade por meio de um novo processo. tos da Associação Nacional
pode acontecer tanto de forma É preciso entender e investir em de Entidades Promotoras de
externa, com um novo produto pesquisa, desenvolvimento e Empreendimentos Inovadores
ou aplicativo online que permita inovação como o passo para que (ANPROTEC), Carlos Eduardo
e desenvolvimento brasileiras
com a manufatura. “Se eu quiser
fazer hardware e software no
Brasil, eu tenho incentivos, mas
se quiser promover a inovação
em serviços de TI eu não os te-
nho no mesmo nível”, ressaltou.
Ele observou a necessidade de
Hudson Lima, superintendente da FINEP; Nelson Fujimoto – secretário SI/MDIC; promover o intercâmbio entre
Roberto Matsubayashi – diretor de Inovação e Alianças Estratégicas da GS1; inovação radical em serviços e
Carlos Eduardo Negrão Bizzotto – coordenador de Projetos da ANPROTEC e
Cláudio S. Pinhanez – gerente do Laboratório de Pesquisas da IBM ciência. “Se nós queremos au-
mentar a produtividade de servi-
ços para atender em escala, nós
Negrão Bizzotto, explicou que de ganho de oportunidade está temos que aumentar a produtivi-
a dificuldade em inovar passa na inovação disruptiva que tem dade das pessoas”, ressaltou.
pelo debate entre o esforço de baixa sintonia com o processo e
inovar e as baixas barreiras para
a reprodução não autorizada.
os valores atuais”, explicou.
OLHARES DA
Ele destacou que grande parte
das empresas tem dificuldade INOVAÇÃO INOVAÇÃO
porque encontra desafios de re-
cursos, processos e valores. “É RADICAL EM O superintendente da Finan-
ciadores de Estudos e Projetos
lógico que os valores enfatizam
o produto ou serviço atual e o
SERVIÇOS (FINEP), Hudson Lima, comentou
a dificuldade de medir o valor in-
cliente de hoje. Assim, não há
quem tire uma parte do recurso O gerente do Laboratório tangível da inovação no segmen-
para investir em um produto ou de Pesquisas da IBM, Cláudio to de serviços e a exigência da
serviço para um cliente que tal- Pinhanez, analisou a revolução criação de parâmetros de con-
vez não se torne interessante social e econômica que aconte- trole por órgãos governamentais,
para a empresa”, disse. cerá no final desta década com o que têm dificuldade em entender
Ele comentou que a priori- aumento da classe média mun- as diversas facetas e dinâmicas
zação dos investimentos é um dial e a ampliação no consumo. da área de serviços. “Nós já tive-
dos aspectos que impedem o de- “Estamos em um momento de mos um avanço ao perceber que
senvolvimento da inovação nos entender as necessidades de em diversas inovações em ser-
negócios. A solução para trans- serviços desta grande parcela viços a pesquisa, o desenvolvi-
formar este cenário é a análise da população. Um dos pontos mento e a inovação são a mesma
de alternativa de portfólio. “Nós muito sérios desta nova classe coisa, ou seja, é na implementa-
temos que analisar toda a pro- média no Brasil é querer ser- ção que acontecem”, explicou.
posta de produto, processo, ser- viços de qualidade. O desafio é O diretor de Inovação e
viço ou novo cliente com base se fazer qualidade e escala ao mes- Alianças Estratégicas da GS1,
essas ideias têm sintonia com mo tempo. Para atender esse Roberto Matsubayashi, explicou
os valores da empresa. Quanto anseio, é necessário mudar a a importância dos padrões para
maior a sintonia, mais teremos maneira de fazer com a inova- a inovação que permitem a cria-
uma inovação incremental, que ção radical e disruptiva.”, disse. ção de uma série de serviços e
já está alinhada com o que a em- Pinhanez destacou ainda a modelos de negócio em todo o
presa está fazendo. Mas o gran- obsessão das áreas de pesquisa globo. Ele destacou que a inova-
Foto ABDI
cessárias e a inovação interliga-
da aos padrões”, reforçou. Rodrigo Borges, coordenador do CT de Inovação em Serviços ANPEI - Buscapé
Matsubayashi destacou ain-
da o papel da informação para
a gestão dos processos e as Estamos em um momento de entender as
tecnologias disponíveis, como a
radiofrequência e a rede global
necessidades de serviços desta grande
de sincronização de dados. Ele parcela da população. Um dos pontos muito
comentou a tendência atual que sérios desta nova classe média no Brasil é querer
propõe que o canal de venda es- serviços de qualidade. O desafio é fazer qualidade
teja próximo do consumidor todo
o tempo por meio de lojas físicas e escala ao mesmo tempo. Para atender esse
e site, mas, principalmente, por anseio, é necessário mudar a maneira de fazer
aplicativos móveis. “O uso do com a inovação radical e disruptiva.”
smartphone é uma tendência for-
te para marcar presença o tempo CLÁUDIO PINHANEZ
gerente do Laboratório de Pesquisas da IBM.
todo. Todas essas possibilidades
estão baseadas em um sistema
de padrão global que cumpre três levam a inovação, que começa inovadoras que estão entrando
funções básicas: identificação, com a ideia, é aprimorada e pode no mercado”, disse.
captura de informações e compar- se tornar incremental com a evo- Ao analisar o investimento
tilhamento de dados”, informou. lução do mercado. ou não em determinada empresa,
Borges destacou que as no- o coordenador do Comitê de Ino-
MODERNIZAÇÃO DAS
RELAÇÕES DE TRABALHO:
TERCEIRIZAÇÃO
E OUTROS AVANÇOS
Foto ABDI
Laércio Oliveira, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Serviços; Cássio Azevedo, sócio-fundador da AeC
Contact Center; Manoel Messias, secretário de Relações do Trabalho do MTE; Paulo Lofreta, presidente da CEBRASSE; Paulo Solmucci Júnior,
presidente da ABRASEL; e Valeir Ertle, dirigente da Executiva da CUT
O CRESCIMENTO DO CENÁRIO ECONÔMICO PROMOVE MUDANÇAS NAS RELAÇÕES DE TODOS OS ELOS QUE
CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO. É NECESSÁRIO CRIAR NOVOS PARÂMETROS QUE ELEVEM
A PRODUTIVIDADE VALORIZANDO O CAPITAL HUMANO E OS TALENTOS NACIONAIS, AO MESMO TEMPO CRIANDO
CENÁRIOS SUSTENTADOS PARA AS EMPRESAS E OS TRABALHADORES BRASILEIROS. NÃO BASTA CRESCER, POIS
É PRECISO APOIAR O EMPREENDEDORISMO DO SETOR DE SERVIÇOS E AS DEMANDAS DOS PROFISSIONAIS PARA
QUE O DESENVOLVIMENTO SEJA REALMENTE ELEMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.
Foto ABDI
mando de terceirização ilegal.
Destas, já perdemos pelo menos
2.600 sumariamente e, das 100%
que perdemos, 98% afirmaram
que nossa terceirização é ilícita.
Eu tenho um acordo trabalhista
com o sindicato e cumpro esse
acordo rigorosamente. Pago to-
dos os impostos referentes ao
trabalho, seguro saúde e dou to-
das as condições para os funcio-
nários, mas devido às condições
legais que o país atravessa hoje,
minha empresa é considerada
ilegal”, explicou ao analisar a si-
tuação atual que faz com que as
empresas estejam sujeitas às de-
cisões dos Tribunais do Trabalho.
Para o presidente da Cen-
tral Brasileira do Setor de Servi-
ços (CEBRASSE), Paulo Lofreta, Paulo Lofreta, presidente da CEBRASSE; Paulo Solmucci Júnior, presidente da ABRASEL;
e Valeir Ertle, dirigente da Executiva da CUT
a atualização do trabalho está
diretamente ligada às atividades
produtivas. “Nós precisamos mo-
dernizar o país e isso implica em
mudar conceitos no Brasil, como
a contratação de empregos. Além
renovada. Ninguém quer retirar
os direitos dos trabalhadores,
O TRABALHO
de todos os tributos, nós temos
68% de encargos acima do salário
muito pelo contrário, mas exis-
tem questões que precisam ser
INTERMITENTE
do trabalhador. Para o País, esse
modernizadas”, disse.
é um prejuízo muito grande por- O presidente da Associa-
O presidente da CEBRASSE
que incentiva à informalidade e ção Brasileira de Bares e Res-
destacou ainda a necessidade taurantes (ABRASEL), Paulo
leva à contratação de serviços in-
de se valorizar, tanto para o tra- Solmucci Júnior, ponderou as
ternacionais. Os encargos sociais
balhador quanto para os empre- mudanças no País e o desen-
e trabalhistas têm um limite que
podemos aguentar”, reforçou. gadores, a homologação feita no volvimento do setor de servi-
Lofreta ressaltou que é co- sindicato, pois, de acordo com ços a partir do crescimento da
mum para a Justiça do Trabalho ele, a convenção coletiva muitas renda per capita. Ele ressaltou
a interpretação de o empregador vezes não é respeitada. De acor- que essas adversidades estão
estar errado. Mencionou tam- do com Lofreta, há pouca segu- sendo vivenciadas com o seg-
bém que o crescimento dos re- rança jurídica no País, o que afeta mento, ainda pequeno, e que
quisitos muitas vezes dificulta a diretamente a existência de uma deverão tornar-se questões
contratação dos trabalhadores. relação de trabalho eficiente ca- mais complexas com o contí-
“Um entrave é a CLT, instrumen- paz de gerar resultados positivos nuo crescimento dos próximos
to que já passou do tempo de ser para as empresas e para a nação. dez anos.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL:
CONSTRUINDO A PRODUTIVIDADE
DA PRÓXIMA DÉCADA
A NOVA
IMAGEM DO
PROFISSIONAL
DE TRANSPORTE Eduardo Rocha, assessor econômico da UGT; Nilva Schroeder, coordenadora geral de
Desenvolvimento e Monitoramento de Programas/SETEC/MEC; Emíria Bertino, coordenadora
de Desenvolvimento Profissional do SEST/SENAT; Fernando de Castro, vice-presidente do IDV;
Rejane Leite, gerente do Senac Nacional
A coordenadora de Desen-
volvimento Profissional do Servi-
ço Nacional de Aprendizagem do
quer o filho atuando nesta área texto do País. “Outras questões
Transporte (SENAT), Emíria Ber-
por uma série de questões, como são abrir arestas para discussão
tino, destacou o envelhecimento
as condições das estradas e a se- e trazer os órgãos competentes
dos profissionais motoristas e
gurança de infraestrutura. Outro para o diálogo sobre a legislação
o desafio de inserir novos traba-
ponto que nos impede de avan- de trânsito de forma a ser pos-
lhadores no mercado de logística,
atraindo e preparando os jovens, çar é a legislação de trânsito, que sível ter uma atuação em acordo
que muitas vezes concluíram o tem impedimento na idade míni- com o mercado e disponibilizar
Ensino Médio, mas não têm inte- ma para a habilitação profissio- novos profissionais”, disse.
resse na atividade. Ela ressaltou nal”, contou. Possibilitar que os pro-
ainda a grande necessidade de Bertino demonstrou que a fissionais entrem no setor de
colaboradores para o setor de qualificação do segmento passa transporte, não se limitando
transporte e apontou a imagem pela nova imagem do profissio- a figura do motorista, é outra
negativa dos motoristas como nal de transporte, por meio da meta que vem sendo trabalhada
um dos fatores que impedem desmistificação de conceitos, pelo SENAT dentro de uma visão
esse crescimento. “Antigamente, da explicitação do papel de mo- sistêmica. “Nós realizamos um
a profissão de motorista passava torista profissional e do desta- trabalho direto com a educação
de pai para filho. Hoje, o pai não que da importância para o con- para o trânsito, no qual fazemos
CIDADES INTELIGENTES:
TRANSFORMANDO A QUALIDADE DE
VIDA URBANA POR MEIO DOS SERVIÇOS
Foto ABDI
Alexandre Cabral, diretor do Departamento de Setores Intensivo em Capital e Tecnologia da SDP/MDIC; Fernando Faria, diretor de Soluções de Indústria
da Oracle; Nelson Fonseca Leite, presidente da ABRADEE; Carlos Antônio Vieira Fernandes, diretor de Desenvolvimento Institucional do Ministério das
Cidades; Marcos Nicolas, diretor Executivo de Mercados da Ernst&Young Brasil e Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Diretoria Executiva da NTU
A
estratégia para pensar ra e serviços que promovem as de Indústria da Oracle; de Nel-
o espaço urbano exige melhorias nas condições de vida son Fonseca Leite, Presidente
dos líderes de governo, a das populações. Com isso, no- da ABRADEE; de Marcos Nicolas,
construção de um novo modelo vas formas de geração de ener- Diretor Executivo de Mercados
de gestão urbana com o enga- gia, preservação de recursos da Ernst&Young Brasil e de Otá-
jamento não somente do poder naturais, transportes eficientes, vio Vieira da Cunha Filho, Presi-
público, mas também de outros educação, saúde e segurança, dente da Diretoria Executiva da
se apresentam como questões a NTU, que debateram aspectos
atores envolvidos, visando ao
serem equacionadas. como os desafios nas áreas de
estreitamento das suas relações
O Painel foi conduzido pelo infraestrutura de transportes,
e o planejamento e execução de
Diretor de Desenvolvimento comunicação e distribuição
planos estratégicos para a ocu- Institucional do Ministério das de energia; mobilidade urbana;
pação equilibrada e sustentável Cidades, Carlos Antônio Vieira inovação tecnológica e gestão
de pessoas e atividades econô- Fernandes e contou com a par- dos resíduos sólidos. Também
micas nos espaços urbanos. ticipação de Alexandre Cabral, foram apresentados projetos
Cidades eficientes e pro- Diretor do Departamento de inovadores que estão sendo
dutivas geram os recursos ne- Setores Intensivo em Capital e implementados nas cidades bra-
cessários para a realização de Tecnologia da SDP/MDIC; de Fer- sileiras em prol do desenvolvi-
investimentos em infraestrutu- nando Faria, Diretor de Soluções mento regional. z
Foto ABDI
Renato Santos, consultor do Sebrae; Gustavo Schifino, vice-presidente da ABF;
Nabil Sahyoun, presidente da Alshop e Antônio Augusto de Moraes, presidente do Conecs
U
m bom relacionamento nhar a evolução mercadológica, Consultor do Sebrae, Renato San-
entre franquias, lojistas como deflagrar novas transfor- tos e contou com a participação
e centros comerciais se mações. de Gustavo Schifino, Vice-Presi-
baseia numa firme estrutura de A concorrência, as mudan- dente da ABF, de Nabil Sahyoun,
parceria em que um quer o bem ças estratégicas no varejo e a Presidente da Alshop e de Antô-
do outro e se sustenta em uma necessidade de acompanhar o nio Augusto de Moraes, Presiden-
relação ganha-ganha constante. ritmo intenso de inovações têm te do Conecs, que destacaram as
Essa parceria precisa potencia- sido fatores impactantes para relações entre fran¬quias, lojis-
lizar a capacidade inovadora de o fortalecimento dessa relação, tas e centros comerciais ponde-
cada segmento, de forma a asse- que implica diretamente no su- rando tendências e projeções,
gurar condições renováveis de cesso ou fracasso de uma em- além de analisar opor¬tunida-
competitividade e ser bastante presa varejista. des de desenvolvimento e ex-
dinâmica para não só acompa- O painel foi conduzido pelo pansão no varejo nacional. z
José Ademar Alexandre de Souza, analista de Correios Sênior da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; Maurício do Val,
diretor do Departamento de Políticas de Comércio e Serviços da SCS/MDIC; Wasmália Bivar, presidente do IBGE; Sônia Haddad,
superintendente de Serviços de Transportes de Passageiros da ANTT; Fernando Dolabella, presidente pela RFB/MF da Comissão NBS Foto ABDI
Mauro Garcia, diretor executivo da ABPITV; Marcus Ligocki, presidente Ligocki-Z Entretenimento; Maurício de Sousa, presidente da Maurício de Sousa
Produções; Rosana dos Santos Alcântara, diretora da ANCINE e Paulo Roberto Schmidt, vice-presidente da APRO
A
produção audiovisual é O painel foi conduzido pela oportunidades para o desenvolvi-
uma ferramenta funda- Diretora da ANCINE, Rosana dos mento do setor audiovisual com a
mental para disseminação Santos Alcântara, e contou com realização dos grandes eventos
de cultura, produtos e marcas a participação de Marcus Ligoc- que serão realizados no País.
nacionais. Entretanto é preciso ki, presidente da Ligocki-Z En- A seção ainda contou com a
ampliar a estrutura produtiva tretenimentos, de Paulo Roberto participação especial do conheci-
para alavancar a competitivida- Schmidt, Vice-Presidente da As- do cartunista Maurício de Souza,
de internacional, identificar ni- sociação Brasileira da Produção
criador da “Turma da Mônica”, que
chos a serem priorizados, no- de Obras Audiovisuais – APRO,
compartilhou algumas das expe-
vas tecnologias e mecanismos de Mauro Garcia, Diretor Execu-
para fomento do setor. O debate tivo da Associação Brasileira de riências exitosas na associação
analisou oportunidades e ad- Produtores Independentes de de conteúdo nacional com a co-
versidades a serem superadas Televisão – ABPITV, que apresen- mercialização de produtos, bem
e ponderou os recentes resulta- taram algumas das principais como outros projetos nacionais
dos apresentados pelo setor, em características do segmentos e internacionais que têm gerado
especial relacionados à Lei nº que atuam, os desafios a serem diversas oportunidades para o
12.845, de 2011. enfrentados e principalmente as audiovisual brasileiro. z
O
combate à pirataria atual- buição complexas. Além disso, rio da Justiça, Rodolfo Tamanaha,
mente é mais complexo do é um risco enorme para as pes- e contou com a participação de
que há alguns anos atrás, soas, pois na grande maioria os Diana Jungman, Coordenadora
especialmente pelo avanço do produtos falsos estão ligados ao da CNI, de Marcelo Sá, Assessor
acesso à informação. Atualmen- consumo humano, estima-se, da GS1, de Manuel Vasconcelos
te a pirataria não é apenas de por exemplo, que 3 mil mortes Jr., Policial Rodoviário Federal, de
mercadorias, mas também de são causadas todos os anos por Ivo Bucaresky, Diretor da ANVISA
propriedade intelectual, que pode produtos falsificados, isso sem e Carlos Moreira, Diretor da OISTE
alterar as relações de consumo e mencionar o impacto que podem (Organization for Secure Electro-
até mesmo acabar com setores causar na economia e segurança nic Transactions), que debateram
produtivos já estabelecidos. nacional. as ferramentas legais e tecnoló-
A falsificação transformou- O painel foi conduzido pelo gicas que vem sendo utilizadas,
-se em um negócio global, lucra- Secretário-Executivo do CNCP bem como questões culturais
tivo, presente em vários setores (Conselho Nacional de Combate relacionadas ao tema no sentido
da economia, com produção e à Pirataria e Delitos contra a Pro- de reduzir a pirataria no País de
venda massiva e redes de distri- priedade Intelectual), do Ministé- forma efetiva. z
Diana Jungman, coordenadora da CNI; Marcelo Sá, assessor da GS1; Manuel Vasconcelos Jr., policial Rodoviário Federal;
Rodolfo Tamanaha, secretário executivo do CNCP; Ivo Bucaresky, diretor da ANVISA e Carlos Moreira, diretor da OISTE Foto ABDI
Antônio Marcos Alberti, coordenador do Grupo de Pesquisa – Inatel; Juliano Motta, diretor de Marketing Online do UOL;
Vanda Scartezini, conselheira da ABES; Luciano Rêgo, consultor do Sebrae e Ludovino Lopes, presidente da Camara E-Net
O
Comércio Eletrônico dei- tos e serviços, coletando infor- sidente da Camara E-Net, que
xou de ser apenas uma mações e oferecendo aquilo que destacaram como o modelo do
opção para a maioria dos ele realmente precisa, através e-commerce amplia a atuação e
empreendedores, para se tornar de aplicações inteligentes e pu- a visibilidade do negócio, porém
uma necessidade de sobrevi- blicidade baseada nas pesqui- os empresário devem conhecer
vência em muitos negócios. O sas e nos comportamentos dos muito bem a ferramenta para
crescimento desse canal soma- internautas. explorá-la adequadamente e
do às diversas ferramentas vir- O painel foi conduzido pela
aproveitar as vantagens neste
tuais para conquista de um nú- Conselheira da ABES (Associa-
novo negócio competitivo. O pai-
mero cada vez maior de clientes ção Brasileira das Empresas de
nel destacou ainda o conceito de
impõe desafios e oportunidades. Software), Vanda Scartezini e
O e-commerce brasileiro contou com a participação de “internet das coisas”, tecnologia
vem evoluindo com a própria Antônio Marcos Alberti, Coorde- que está sendo desenvolvida
internet ao longo dos últimos nador do Grupo de Pesquisa da para que os objetos do cotidiano
anos. A web 3.0 é a terceira ge- Inatel, de Juliano Motta, Diretor sejam criados em ambientes in-
ração da internet, que permite de Marketing Online do UOL, de teligentes facilitando a vida das
melhor atendimento ao consu- Luciano Rêgo, Consultor do SE- pessoas e conectando a internet
midor em sua busca por produ- BRAE e de Ludovino Lopes, Pre- a esses objetos. z
REUNIÃO DE TRABALHO
DO CONSEDIC
A
14ª Reunião de Trabalho Conselho, Alexandre Baldy, o en- volvimento industrial e a lei da
do Conselho Nacional dos contro discutiu aspectos como inovação. O momento marcou
Secretários de Desenvol- os gastos públicos, as desigual- ainda a construção colaborativa
vimento Econômico (CONSE- dades regionais e os arranjos de uma agenda de soluções pro-
DIC) colocou em pauta temas federativos no Brasil. Também dutivas para estimular a reso-
importantes para o crescimen- trouxe para o diálogo com os lução dos entraves econômicos
to econômico regional no País. diversos representantes os ins- compartilhados com gestores
Coordenado pelo presidente do trumentos de apoio ao desen- de todo o País. z
Foto ABDI
ENCONTRO DA
FRENTE NACIONAL
DOS PREFEITOS (FNP)
O
SIMBRACS foi palco para o Encontro da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). A reunião, coordenada
pelo prefeito de Três Rios (RJ) e vice-presidente para Assuntos do Desenvolvimento Local, Vinícius
Farah, possibilitou o debate e a troca de experiências sobre investimentos municipais, além do início
da organização do Fórum de Secretários Municipais de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. z
A
s primeiras estatísticas do ção dos serviços nacionais. que faz a interface do setor de
comércio internacional de O Secretário Executivo da serviços com o governo, comitês
serviços tendo por base as Câmara de Comércio Exterior (CA- de financiamento e garantia as
informações do Sistema Integra- MEX), André Alvim de Paula Rizzo, exportações, explicou o Secretá-
do de Comércio Exterior de Servi- destacou a importância do setor rio Executivo.
ços, Intangíveis e Outras Opera- de serviços no PIB brasileiro e os Rizzo explicou que as expor-
ções que Produzam Variações no impactos na geração de renda e tações de serviços são importan-
Patrimônio (SISCOSERV) apontam de empregos. Ele reforçou a dis- tes na geração de renda, na in-
o cenário dos principais serviços ponibilidade da instituição para ternacionalização das empresas
comercializados pelas empresas os empresários que tenham inte- brasileiras, na alavancagem da
brasileiras no exterior, os merca- resse em fazer negócios no exte- exportação de bens, na abertura
dos, os mecanismos de apoio a rior e a estrutura que mescla os de novos mercados, na integra-
essas operações, os modos de diversos interlocutores governa- ção regional e na exportação dos
prestação e os desafios para o mentais brasileiros. “Temos sete serviços de pequenas empresas
crescimento da internacionaliza- ministros, um comitê de gestão através da subcontratação.
André Alvim de Paula Rizzo, secretário executivo da CAMEX; Fernando Alberto G. Sampaio C. Rocha, chefe adjunto do
Departamento Econômico do BACEN e Maurício do Val, diretor de Políticas de Comércio e Serviços da SCS/MDIC
Foto ABDI
NEGOCIAÇÕES SÃO VIAS DE MÃO DUPLA, POIS NÃO BASTA OFERECER UM BOM SERVIÇO. É
NECESSÁRIO APRESENTAR HISTÓRICO DE BONS ATENDIMENTOS E ESTAR ENQUADRADO NAS
DEMANDAS DO OUTRO LADO DA MESA. LIBERALIZAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO SÃO TEMAS QUE
TRESPASSAM A TEMÁTICA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS. NO CASO DO BRASIL, ALÉM
DE ANALISAR PROFUNDAMENTE, AS DUAS QUESTÕES É PRECISO FOMENTAR UM MAIOR NÚMERO
DE EXPERIÊNCIAS PARA ESTAR APTO A SER UM FORNECEDOR INTERNACIONAL DE SERVIÇOS.
O CENÁRIO
INTERNACIONAL
DO COMÉRCIO
DE SERVIÇOS
O
cenário de competitivi- do comércio entre eles de uma
dade mundial traz novos forma coletiva para que todos os
desafios para o comércio integrantes possam ser benefi-
exterior multilateral de serviços ciados. É importante destacar a
e para as economias em desen- relação entre a liberalização e a
volvimento. Para participar em regulação do mercado, já que a
condições de igualdade com pla- segunda, quando bem conduzi-
yers mundiais, o Brasil precisa da, leva a uma liberalização em
fortalecer o setor de serviços no bases mais vantajosas.”, afirmou.
mercado doméstico e interna- Mamdouh destacou ain-
cionalizar processos. Também da que é preciso considerar a
necessita desenvolver novas complexidade da formulação de
perspectivas nas negociações políticas para serviços, pois é
internacionais de serviços. necessário levar em considera-
O diretor da Divisão do Co- ção a multiplicidade de objetivos retor da OMC fez um balanço dos
mércio de Serviços da Organiza- políticos e a intangibilidade do serviços dentro no Acordo GATS e
ção Mundial do Comércio (OMC), serviço, o que dificulta sua re- explicou que a liberalização dos
Abdel-Hamid Mamdouh, ressal- gulação. “É importante colocar serviços progrediu. “Evoluímos
tou a diferença entre serviços, no mercado regras de concor- da análise de que liberalização
comércio de serviços e nego- rência, evitando que o processo era dar acesso aos mercados
ciações. “Os governos devem seja conduzido somente por in- para o desenvolvimento qualita-
poder negociar a liberalização teresses setoriais”, disse. O di- tivo de serviços internacionais,
CENÁRIO
NACIONAL
O ministro Ronaldo Costa
Filho, diretor de Negociações
Internacionais do Ministério Ministro Ronaldo Costa Filho, diretor de Negociações Internacionais do MRE; Jane Alcanfor de Pinho,
coordenadora-geral de Mercado Externo da SCS/MDIC; Márcio Luiz de Freitas Naves de Lima, diretor do
de Relações Exteriores, desta- Departamento de Negociações Internacionais da SECEX/MDIC; Abdel-Hamid Mamdou, diretor da Divisão do
Comércio de Serviços da OMC e Carlos Mussi, diretor do Escritório da Cepal em Brasília
cou o tratamento de apêndice
nas negociações que o setor
de serviços recebia. “O Brasil
é tradicionalmente visto como O Brasil é tradicionalmente visto
um participante defensivo em
negociações internacionais de como um participante defensivo
serviços. Isso tem um fundo em negociações internacionais de
de verdade porque o país não é
inerentemente competitivo em
serviços. Isso tem um fundo de verdade
serviços. Basta olhar o déficit porque o país não é inerentemente
da balança de serviços e fica competitivo em serviços. Basta olhar o
óbvio porque tende a ser defen-
sivo. Porém, ao mesmo tempo, déficit da balança de serviços e fica óbvio
há uma economia extremamen- porque tende a ser defensivo. Porém,
te aberta para o setor de servi-
ços e as empresas estrangeiras
ao mesmo tempo, há uma economia
não têm problemas em atuar no extremamente aberta para o setor de
Brasil”, disse. serviços e as empresas estrangeiras não
Costa Filho destacou que o
país tem experiência em nego- têm problemas em atuar no Brasil.”
ciações de serviços, o que mos- RONALDO COSTA FILHO,
tra que não é refratário. “Sim, ministro e diretor de Negociações Internacionais do Ministério de Relações Exteriores.
A APURAÇÃO DE DADOS
SOBRE OPERAÇÕES
COMERCIAIS REALIZADAS E
INVESTIMENTOS EM PRESENÇA
COMERCIAL EFETUADOS
NO EXTERIOR É DE GRANDE
VALIA PARA A ORIENTAÇÃO
ADEQUADA DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS DE ESTÍMULO À
INTERNACIONALIZAÇÃO DAS
EMPRESAS BRASILEIRAS.
AO DISPONIBILIZAR
SUAS INFORMAÇÕES NO
NOVO MÓDULO DO RPC,
O EMPRESÁRIO ESTÁ
APONTANDO CAMINHOS,
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
A SEREM CONSOLIDADOS
PARA O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E A
COMPETITIVIDADE NACIONAL
FRENTE A UM CENÁRIO
GLOBALIZADO.
Rafael Santiago, presidente da Comissão do Siscoserv pela RFB; Newton Vasconcellos,
coordenador de Negócios da SUNAC/SERPRO; Maurício do Val, presidente da Comissão do
Siscoserv pelo MDIC; Alessandro França Dantas, analista de Comércio Exterior da SCS/
MDIC e Arthur Pimentel, conselheiro da AEB
D
esde janeiro de 2014,
está em funcionamento o
submódulo “Registro de SISCOSERV:
DEMONSTRAÇÃO
Presença Comercial Exterior”
(RPC) do Sistema Integrado de
Comércio Exterior de Serviços,
Intangíveis e Outras Operações
DO REGISTRO
que Produzam Variações do Pa-
trimônio (SISCOSERV). O registro
das informações sobre Presença
Comercial acontece por meio do
acesso ao Módulo Venda e impli-
ca no registro da receita anual
total da venda de serviços e de
DE PRESENÇA
COMERCIAL
outras informações comerciais
das sucursais, filiais ou controla-
das, estabelecidas no exterior, de
A
Secretaria de Comércio e dades de ajustes na legislação. passaremos a ter uma perspecti-
Serviços do MDIC preten- Para os órgãos governamentais, va muito mais clara e uma opor-
de utilizar os dados esta- o desafio está em apoiar a entra- tunidade mais significativa de
tísticos do SISCOSERV para, em da das empresas nacionais no efetivamente induzir, através da
conjunto com os órgãos gesto- cenário internacional, potencia- política pública, um crescimento
res dos mecanismos de apoio, lizando o desenvolvimento eco- muito expressivo e relativamente
fomentar a exportação de servi- nômico sustentável, explorando rápido das exportações de servi-
ços; identificar entraves à efeti- talentos nacionais e valorizando ços”, explicou o diretor de Políticas
va utilização dos mecanismos novas oportunidades de negó- de Comércio e Serviços da Secre-
disponíveis para a internaciona- cios no universo global. taria de Comércio e Serviços do
lização das empresas do setor “Nossa expectativa é que, a Ministério do Desenvolvimento,
terciário e para a exportação de partir do amadurecimento do SIS- Indústria e Comércio (SCS/MDIC),
serviços e eventuais necessi- COSERV e da existência da NBS, Maurício do Val.
INTEGRAÇÃO
DE SETORES
A superintendente do Ban-
co Nacional de Desenvolvimen-
to Econômico e Social (BNDES),
Luciene Machado, destacou o
papel da instituição como anti-
cíclico, quando existe uma falha
estrutural e o mercado não se
interessa por razões de política Luciene Machado, superintendente da Área de Comércio Exterior do BNDES; José Augusto de Castro, presidente
da AEB; Everton Dalnei Fauth, gerente executivo da Diretoria de Negócios Internacionais do Banco do Brasil S/A;
industrial. Luciene Machado ex- Christiano Lima Braga, gerente de Projetos da APEX-Brasil; Marcelo Eduardo Cosentino, diretor executivo de Mercado
plicou que as áreas de engenha- Internacional da TOTVS e Maurício do Val, diretor de Políticas de Comércio e Serviços da SCS/MDIC
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