Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1
Introdução
2
A propriedade é o ponto principal numa produção
agroecológica, dentro da concepção que
desenvolvemos no projeto. Para que haja a transição do
modelo convencional para o agroecológico é necessário
fazer adequações em toda a propriedade. A produção
de leite é uma atividade que, em geral, envolve um espaço
físico grande da propriedade. Assim, iniciar o processo de
transição pela modificação do sistema de produção de
leite possibilita uma ação mais abrangente na propriedade
e uma alteração no manejo dos animais, que passam a ser
tratados como seres dotados de vontade, sentimento e
inteligência, cuja finalidade é produzir leite para as
pessoas. E não mais como máquinas produtoras.
A agroecologia pressupõe um uso intenso e de bom senso
(racional) dos recursos naturais existentes na propriedade
ou na região, sejam daqueles que foram introduzidos ou
dos que são nativos do lugar. Por exemplo, eucaliptos para
lenha e angico para sombra e alimentação. Deve-se
procurar trabalhar com espécies vegetais e animais que já
estão adaptadas com o ambiente da região. No caso dos
vegetais, é importante procurar ao máximo o uso de
espécies que sempre foram do local, que surgiram ali
(autóctones). No caso dos animais, os indivíduos já
adaptados ao local, independente de raça. A idéia é
depender pouco de qualquer coisa que tenha que vir de
fora da região, seja sementes, fertilizantes, animais, enfim,
tudo o que é considerado insumo.
Outro aspecto importante da agroecologia é que ela deve
ser praticada sempre com a presença simultânea de
animais e vegetais, e que haja, em alguns locais de
produção, a sucessão animal, vegetal, animal, de tal forma
que o solo seja beneficiado por esse sistema de produção.
Pois, o solo é a base de qualquer sistema de produção
agrícola e a adição de excremento animal é a única
prática agrícola capaz de manter e melhorar a fertilidade
de solos de lavoura .
Animais em equilíbrio com o ambiente são saudáveis e
produzem melhor. Isso se obtém assegurando a
manutenção da relação de equilíbrio entre o animal, o
3
ambiente e os agentes causadores de
doenças. A manutenção dessa relação
em equilíbrio passa pela organização e
execução de um programa de sanidade,
cujas ações devem ser direcionadas às
situações que possam resultar em
doenças. Por exemplo, o animal deve
dispor de pastagem de qualidade e
quantidade suficiente para que fique
bem nutrido. Outro exemplo, o manejo adequado de
resíduos dos animais - o esterco é um deles - favorece o
controle e a diminuição de doenças. Assim, tanto a
alimentação quanto a destinação de resíduos são as
questões mais importantes na prevenção de doenças.
Os agricultores tem
O ambiente criatório tem que contemplar as necessidades
reconhecido a produção de
leite à pasto em PRV como básicas dos animais, promovendo o bem-estar deles. Assim,
alternativa bem sucedida na os animais devem ser criados em espaços que lhes
transição para a Agroe- permitam liberdade de movimentos, onde o ambiente
cologia. Três motivos garan- esteja adequadamente limpo, com temperatura
tem esse sucesso: a) renda agradável, com sombra, além do acesso fácil à
mensal (do leite) ao produtor
alimentação. No manejo de bovinos em um sistema
a baixo custo; b) disponibiliza
adubo orgânico de alta agroecológico a pastagem é a base da alimentação
qualidade (esterco) para animal. O correto manejo dela é determinante para o
outras culturas e melhora a sucesso da atividade leiteira. O sistema de Pastoreio
fertilidade do solo de pastos; Racional Voisin, o PRV, tem se mostrado o mais rentável
c) o ruminante é um excelente para Assentados e agricultores familiares no Sul do Brasil.
aproveitador / reciclador de
resíduos de outras culturas, Contudo, não basta ter instalações adequadas, que tanto
integrando as diversas podem ser a pastagem quanto as construções para
atividades agrícolas na abrigar ou manejar os animais (centro de ordenha, por
propriedade.
exemplo). É necessário que a gestão de todo o processo de
produção seja apropriada. A gestão do processo
produtivo, onde o planejamento da produção deve
considerar um Potencial de Demanda para estabelecer
um potencial de produção, é extremamente importante.
Potencial de Demanda é um número que expressa a quantidade e as características de produtos possíveis de serem
produzidos na propriedade, de acordo com os interesses de futuros compradores. Por exemplo, numa determinada região
que foi pesquisada, obteve-se que havia uma demanda de 1000 litros de leite e de 15 Kg de queijo, por dia. Ou seja, o Potencial
de Demanda é de 1000 litros de leite e de 15 Kg de queijo, por dia e portanto, o Potencial de Produção também é de 1000 litros
de leite e de 15 Kg de queijo. por dia. Percebe-se, que desta forma de agir, nós procuramos produzir, primeiramente, aquilo
e a quantidade de produtos que serão capazes de serem comprados pelos consumidores da região
4
Um dos itens do planejamento da produção diz respeito ao
manejo do sistema de produção. O manejo, além de incluir
as questões relacionadas à prevenção de doenças, deve
também, incluir cuidados com a origem dos animais
utilizados, tanto relacionados à sua procedência (que os
animais não venham de lugares com problemas sanitários,
de preferência) quanto à sua genética.
De um modo geral, a idéia de uma gestão agroecológica
de uma propriedade familiar rural é o que se pretende com
esta cartilha. Neste processo, temos que compreender,
então, que é necessário: 1) uma gestão do ambiente onde
está a propriedade; 2) uma gestão da propriedade; 3) uma
gestão do sistema de produção e 4) uma gestão dos
animais.
5
O AMBIENTE
Primeiramente, precisamos conhecer as características do
ambiente da região onde está situada a propriedade, as
ações do homem sobre esse ambiente, e quais são as
características de um ambiente apropriado para a criação
de animais.
Estas são algumas das principais características do
ambiente da região que são importantes observar e
conhecer:
Ÿ A topografia: o relevo é acidentado ou não.
Ÿ O clima: umidade, temperaturas e chuvas durante o
ano, ventos.
Ÿ A água: sua origem, nascentes e cursos.
Ÿ O solo: a cor, a estrutura, o cheiro, a presença de
organismos (minhocas, besouros, pulgas).
Ÿ Os insetos: as espécies, e as situações e épocas do ano
em que mais os encontramos.
Ÿ Os animais silvestres.
Ÿ Os animais domésticos.
Ÿ A vegetação: os tipos e quantidade de plantas, nativas
da região ou introduzidas, e suas utilidades - por
exemplo, alimento para os animais, para as pessoas,
para fazer sombra, para usar nas construções, as plantas
OS ELEMENTOS DO SOLO
Matéria Orgânica - Qualquer forma de vida que tenha existido e esteja em estado de decomposição é conhecida como matéria
orgânica. Folhas, galhos, animais mortos e muitas outras coisas são matéria orgânica.
Minerais - Os minerais presentes no solo determinam características especificas, como as espécies que se adaptam nele.
Ar - Gases são vitais para o crescimento das plantas e a saúde do solo. Eles suportam a vida das raízes e se movimentam pelos
poros do solo, permitindo que a terra respire.
Água - A água carrega os nutrientes através do solo, chegando até as raízes das plantas.
Organismos do solo - São a vida no solo, e realizam uma tarefa vital na decomposição de materiais e na transformação deles em
húmus. Estes organismos são divididos em dois grupos:
- Macrorganismos: Insetos, minhocas, nematóides e vertebrados melhoram a estrutura e incorporam matéria orgânica.
- Microorganismos: algas, fungos, bactérias, actinomicetes, protozoários e outros microorganismos realizam um papel
importante na conservação do nitrogênio do ar em partículas solúveis disponíveis para as raízes das plantas. Eles também
geram calor e ajudam na decomposição dos materiais.
6
As ações do homem sobre o ambiente também devem ser
identificadas. Algumas delas são:
Ÿ A construção de estradas.
Ÿ A presença de áreas de desmatamento ou de
reflorestamento.
Ÿ As características das lavouras, incluindo: como é feito o
manejo do solo, as plantas que são utilizadas nessas
lavouras, se são de espécie única ou mistas, a escolha
dos insumos para essas lavouras.
Ÿ A introdução de espécies não nativas.
Ÿ Como é feita a destinação de resíduos sólidos e líquidos.
Ÿ Solos lavrados e erosão.
Ÿ A organização espacial da propriedade.
Ambientes adequados para a criação animal devem
proporcionar conforto e bem-estar para os animais.
Como a maioria das raças dos bovinos é originária de
regiões frias do planeta, no nosso caso é adequado que as
áreas de criação tenham sombra proveniente de plantas,
preferencialmente de espécies de árvores e arbustos
nativos da região. Um exemplo é o umbu.
Essas mesmas plantas também devem ser usadas para
proteger a área de criação dos ventos dominantes e frios.
De preferência, essas plantas também devem ser utilizáveis
na alimentação dos animais. Um exemplo é a uvaia.
A pastagem para esses animais deve ser policultural.
É importante que sempre exista água limpa, fresca e
em abundância para os animais.
Até 500 litros de sangue circulam no úbere para produzir 1 litro de leite.
Além da água que ela bebe para se manter, uma vaca precisa beber pelo
menos 5 litros de água para cada litro de leite que ela produz. Isso
significa até 80 litros de água por dia.
7
A PROPRIEDADE
Para planejar a produção e o manejo dos animais devemos
conhecer a propriedade, tanto os seus aspectos físicos
como as práticas que são desenvolvidas nela.
A descrição da propriedade
Podemos descrever onde está localizada a propriedade
na região. Por exemplo, ela pode estar próxima de cursos
de água, de morros, de estradas principais ou de outras
propriedades com a mesma atividade.
Dentro da propriedade podemos identificar a abundância
e variedade de vegetação, a declividade do terreno e a
localização de nascentes.
A orientação solar da propriedade precisa ser
considerada.
Tudo isso é fundamental para escolher onde deve ser
desenvolvida cada atividade, e onde devem ser
construídas as instalações.
Para poder visualizar esse conjunto de características, o
ideal é fazer um croqui da propriedade (ver exemplo
página 40), descrevendo o que ela tem e a localização de
cada item.
A seguir, devemos fazer a descrição das práticas agrícolas
que são desenvolvidas na propriedade.
Isso significa descrever como são feitos a preparação do
solo para a lavoura, o uso da água para irrigação e a
escolha das plantas cultivadas na propriedade, como são
manejadas as pastagens, como são e onde estão as
construções.
Também é importante considerar a cultura da família e
identificar os produtos que são gerados na propriedade,
tanto para consumo como para comercialização.
8
O SISTEMA DE PRODUÇÃO
Em relação ao sistema de produção, como estamos
tratando aqui especificamente da produção leiteira,
damos ênfase às práticas da ordenha.
Fazem parte do sistema de produção de leite e devem ser
identificados:
Ÿ O número e o tipo de animais
criados.
Ÿ Como se faz a condução dos
animais entre o pasto e a sala de
ordenha.
Ÿ Se existe um local específico para
a espera para a ordenha e, no
caso, como ele é.
Ÿ A forma como é feita a ordenha:
manual ou mecânica.
Ÿ Como é determinada a ordem de
entrada dos animais na sala de
ordenha.
Ÿ Como é o manejo da higiene durante a
ordenha.
Ÿ Se são usados bezerros durante a
ordenha.
Ÿ Que tratamento se dá aos dejetos dos
animais e outros resíduos.
Ÿ O controle da produção dos animais: se
é feito, como, e com que freqüência.
9
OS ANIMAIS
Os animais utilizados na produção leiteira são
principalmente a vaca, a ovelha, a cabra e a búfala.
Alguns aspectos desses animais são fundamentais para
apoiar a produção agroecológica de leite.
10
O BOVINO NO AMBIENTE DE CRIAÇÃO
Os sentidos
Zona cega Os bovinos têm um campo de visão amplo, de
330º, o que lhes permite uma boa visão
periférica. Mas, por terem visão monocular,
eles têm poucas condições de perceber a
Campo de visão profundidade dos objetos, ou seja, a que
monocular distância exata eles estão desses objetos.
Campo de Eles enxergam cores, e são muito sensíveis a
visão binocular
contrastes de luz e escuridão, como podem
existir dentro de uma sala de ordenha ou em
centros de manejo. Uma mera sombra pode
dar a impressão ao animal de que ele se dirige a
um buraco, fazendo-o parar.
11
O olfato é bem desenvolvido e
ajuda o bovino a selecionar os
alimentos e, junto com o paladar,
é importante na seleção de
alimentos e no reconhecimento
da cria. Os bovinos ouvem bem, e
usam vocalizações, ou seja, o
mugido, para se comunicar com
outros bovinos.
12
É comum ver bovinos realizando o mesmo comportamento
simultaneamente. Isso ocorre devido a um fenômeno que é
chamado de facilitação social, que é a tendência de
animais sociais de imitarem o comportamento de outros.
Entre os bovinos existe a figura do líder, que é aquele animal
que toma a iniciativa para começar vários
comportamentos, como deitar para ruminar, ou levantar
para pastar, ou tomar água. O líder não determina a ação
do grupo, ele é simplesmente o primeiro a iniciar o
comportamento; os outros o imitam porque já estavam
quase prontos para fazer o mesmo. No caso dos
deslocamentos, o líder geralmente
está na frente da fila.
13
diferenciar as pessoas que as tratam mal daquelas que as
tratam bem. O mais importante é que a reação mais
normal de um animal que foi maltratado vai ser evitar ou
fugir da pessoa que ele aprendeu a reconhecer como
aquela que a trata mal. Por isso, todo e qualquer manejo
que envolver a aproximação dessa pessoa vai ser
dificultado pelo comportamento do animal. Se muitas
pessoas o tratam mal, então ele pode generalizar a forma
de tratamento a todos os humanos, e fugir até daqueles
que ele nunca viu.
O processo é reversível? Sem dúvida: mudando a forma de
tratamento, evitando todas as situações que podem
causar medo nos animais, e induzindo-os a fazer aquilo que
queremos através de recompensas. É possível que a vaca
não reconheça isso nas primeiras tentativas, mas logo ela
irá aprender.
15
MASTITE
O que é a mastite
A mastite, ou mamite, é um processo
inflamatório da glândula mamária. Ela
ocorre quando há contaminação por
bactérias, fungos ou vírus. Isso pode ser
desencadeado por traumas causados
por meios físicos, químicos ou
mecânicos, ou por problemas
funcionais do metabolismo do animal.
Falamos em mastite clínica quando já se percebem
alterações a olho nu no leite, como pus ou grumos, ou até
no úbere, como vermelhidão, inchaço e sensibilidade ao
toque.
Na fase de mastite sub-clínica ainda não há alterações
visíveis a olho nu do leite ou do úbere. Mas o teste de CMT
detecta as alterações que já estão ocorrendo na
composição do leite.
A mastite é a principal causa de redução na produção
leiteira, e prejudica o bem-estar das vacas, já que envolve
um processo doloroso.
O contágio da mastite
A mastite é uma doença contagiosa e de fácil
disseminação entre os animais do rebanho.
A mastite pode ser transmitida de um animal para outro no
momento da ordenha através:
Ÿ da mão do ordenhador
Ÿ de panos usados para secar os tetos
Ÿ por teteiras das ordenhadeiras mecânicas mal lavadas
ou não desinfetadas
Ÿ contato físico do úbere com áreas embarradas, camas
contaminadas e, principalmente, entre animais doentes
e saudáveis.
16
Alguns fatores que favorecem o aparecimento
de mastite:
Do ambiente
Ÿ instalações construídas em locais úmidos, baixos
e próximos de fontes de contaminação, como
Fezes
Solo esterqueiras
Água contaminada
Ÿ a introdução de animais com mastite no
Ordenhadeira desregulada
rebanho
Do sistema de produção
Ÿ rachaduras nas borrachas da ordenhadeira
mecânica, que juntam microorganismos
Ÿ ordenhadeira mecânica defeituosa, com falta
de manutenção ou desregulada
Durante ordenha
Ÿ retenção de leite residual no úbere
Ÿ falta de higiene
Ordenhadeira Pano de
contaminada limpeza ž no úbere,
ž na ordenhadeira mecânica,
ž nas instalações,
ž no ordenhador e nas demais ferramentas
utilizadas na ordenha.
Do animal
Ÿ má formação do úbere e dos
tetos
Ÿ feridas, traumatismos ou
úlceras nos tetos e úberes
Ÿ envelhecimento da vaca,
levando ao relaxamento do
esfíncter
Ÿ estresse
17
ORIENTAÇÕES PARA A ORDENHA
As seguintes ações devem ser incorporadas na rotina da
ordenha para alcançar i)a produtividade potencial dos
animais e, ii) níveis de higiene adequados para produzir um
leite de boa qualidade.
Podemos pensar em quatro etapas que envolvem o
manejo da ordenha:
1)a condução dos animais do pasto até a sala de
ordenha e de volta para o pasto,
2)a espera dos animais até o momento da ordenha,
3) a ordenha em si, e
4) as ações que são realizadas depois da ordenha.
18
2. A espera
O entorno da sala de ordenha
Ÿ Nunca permitir a presença de cães no entorno da sala
de ordenha: isso pode estressar as vacas e diminuir a sua
produção leiteira.
Ÿ Assegurar a presença de sombra e água de bebida nas
duas áreas.
Dica: incentivar as vacas a se movimentarem logo antes de
entrar na sala de ordenha, para induzi-las a estercar.
Ÿ O ideal é a sala de ordenha ter uma entrada e uma
saída, em lados opostos
Isso limita a disseminação de mastite; as vacas que já foram ordenhadas, e que terão os
esfíncteres dos tetos mais relaxados, não entrarão em contato com vacas que não foram
higienizadas - e possivelmente algumas com mastite, que devem ser as últimas a serem
ordenhadas.
2
1
Cães(1) e esterqueiras(2) devem ser evitados no ambiente de ordenha. Sombra, quebra-ventos, bebedouros e
capineiras são desejáveis.
19
3. A ordenha
3.1. A sala de ordenha
Ÿ Deve ficar em local alto e bem arejado do terreno para
evitar a umidade.
Além do conforto do
ordenhador e dos animais, o Ÿ Dever ter orientação solar com aberturas para o norte
frio no úbere, no inverno, pois isso permite uma maior insolação no inverno.
pode prejudicar a descida do
Ÿ Deve ser protegida dos ventos frios predominantes.
leite. Usar vegetação nativa,
adaptada ao clima do local. Ÿ Não deve haver degraus e outros obstáculos na entrada
da sala, que atrapalham o deslocamento tranqüilo dos
animais.
Elementos desejáveis no
ambiente da ordenha:
Sombra, quebra-ventos,
bebedouros, capineiras, fluxo
unidirecional e janelas para
o norte.
TESTE DA CANECA
Eliminar os 3 primeiros jatos de leite em uma
caneca de fundo preto ou telada, em todas as
ordenhas, para detectar a presença de grumos.
Serve para identificar as vacas com mastite
clínica. Tratar as vacas em que aparecerem
grumos nesse teste.
CMT
Serve para detectar a
mastite ainda na fase
sub-clínica.
22
A ORDENHADEIRA
Ÿ Escolher teteiras certas para o tamanho de teto
de cada vaca.
Ÿ As teteiras devem ser mergulhadas na solução
desinfetante cada vez antes passar de uma
vaca para outra.
Ÿ Depois a ordenha, sempre lavar a ordenhadeira.
Ÿ Regular a pressão do vácuo periodicamente.
4. Depois da ordenha
Para evitar a contaminação dos tetos, manter as vacas em
pé por um período de aproximadamente uma hora após a
ordenha. Isso não é difícil, porque nessa hora elas gostam
de pastar e beber água; se houver pasto e água à
disposição, elas raramente irão deitar.
Os dejetos
Ÿ Evitar o uso da água na limpeza do piso.
Isso facilita a remoção dos Ÿ Usar, ao invés de água, uma cobertura de palha seca ou
dejetos e provê maior grama cortada nas baias das vacas
conforto aos animais
Ÿ Sempre remover o esterco depois da ordenha e trocar a
palha 1 ou 2 vezes por mês.
23
Ÿ Tudo isso torna dispensável o uso de esterqueiras. Mas
quando mantidas, jamais devem ficar perto da sala de
ordenha, pois atraem insetos que colaboram na
disseminação de doenças, inclusive a mastite.
Ÿ O lixo - papel, embalagens plásticas - deve ser separado
e recolhido diariamente.
Leite residual
Chama-se de leite residual o
Por que é importante realizar uma ordenha...
leite que fica no úbere no fim ...completa
da ordenha. É importante
retirar todo o leite da Ÿ A quantidade de gordura do leite ordenhado é
glândula mamária na proporcionalmente muito menor na porção inicial do
ordenha por dois motivos que na porção final. Assim, todo o leite que ficar (o leite
principais:
residual)será o mais rico em gordura, o que irá resultar
1) o leite residual leva a
em perdas econômicas e, principalmente, predispor a
perdas na produção, pois o
leite que ficou retido não é vaca à mastite.
vendido.
2) o leite residual pré-dispõe ...rapidamente e num ambiente calmo
à mastite, porque favorece o
Ÿ Para evitar a retenção de leite no úbere.
desenvolvimento de micro
organismos.
A descida do leite
O leite é produzido e armazenado em
alvéolos, pequenos “saquinhos”, dentro da
glândula mamária. Para que ocorra a
liberação - ou ejeção - do leite, é
necessário que o cérebro despeje no
sangue o hormônio oxitocina. Isso
acontece sempre que o teto da vaca é
estimulado pelo bezerro, ou quando o
úbere é massageado pelo ordenhador.
Alguns minutos depois, a oxitocina atinge
os alvéolos onde o leite é produzido, espremendo-os, e o leite é expulso com pressão,
permitindo que seja facilmente extraído do úbere pela sucção do bezerro ou pela
ordenha.
Depois que a vaca aprende o processo, o estímulo direto no teto não é mais necessário,
porque a oxitocina é liberada na corrente sanguínea da vaca quando ela ouve ou vê o
bezerro, o ordenhador ou o som da ordenhadora mecânica.
A oxitocina dura muito pouco tempo na corrente sanguínea - ao redor de 5 minutos.
Para melhor aproveitar a sua ação, a ordenha deve der feita rapidamente e sem
interrupções.
Se a vaca estiver estressada no momento da ordenha, outro hormônio, a adrenalina,
entrará na sua circulação sanguínea, prejudicando ou impedindo a descida do leite.
24
Por que usar a homeopatia e a
fitoterapia na prevenção e cura de
doenças?
Atualmente tem se utilizado uma
infinidade de produtos químicos na
produção animal, como carrapaticidas,
vermífugos e antibióticos que, além de
sobrecarregar o ambiente, deixam
resíduos no leite e na carne dos animais que
consumimos. Muitos problemas de intoxicações
em humanos e animais são decorrentes
disso.
Devido ao uso indiscriminado desses
produtos, muitos parasitas e micro-
organismos apresentam resistência aos
princípios ativos utilizados.
A homeopatia e a fitoterapia são
terapêuticas que utilizam produtos que não
deixam resíduos nos animais e no
ambiente. A maioria deles
pode ser feito em casa, diminuindo os gastos
com medicamentos.
Samuel Hahnemann
considerado o pai da homeopatia
25
Aplicação de homeopatia em animais
Uma grande diferença entre a medicina convencional e a
homeopatia é que a convencional baseia-se na
eliminação (de microrganismos, parasitas, pragas) e a
homeopatia baseia-se no equilíbrio entre os seres vivos e
busca estimular o organismo dos animais a resistir aos
desafios do ambiente.
A homeopatia utiliza, além de plantas, também produtos
de origem mineral e animal, e todos os medicamentos são
diluídos e dinamizados. Por isso, nos medicamentos
homeopáticos não há produtos químicos, somente a
energia de substâncias - capaz de restabelecer a energia
vital do indivíduo. A dinamização permite diminuir os efeitos
tóxicos da substância original e aumentar seu potencial
curativo.
Apis (abelha)
Usada nas inflamações semelhantes à picada de abelha, que
surgem rapidamente, a pele fica rosada, muito quente e sensível
ao menor contato e febre.
Em mastites que tenham esses sintomas: inchaço, rosado, quente
e dolorido.
Arnica Montana
Traumatismos físicos como contusões, esforço muscular e quedas.
Sofrimentos em geral, cansaço, susto e reação de vacinas.
Pode ser usado como antinflamatório para desinchar nas
castrações de leitões e bezerros.
É bastante útil no pré e pós-parto e retenção de placenta. Ajuda
na descida do leite.
Para ajudar no parto: dar 6 gotas por dia, 15 dias antes e 15 dias
depois do parto.
27
Belladona
Inchaço das mamas: as glândulas mamárias ficam pesadas, duras,
roxas e quentes. Mastites que aparecem subitamente, com
inchaço, calor e vermelhidão.
Todas as inflamações agudas, locais ou gerais.
Características: inflamações de aparecimento súbito e violência.
Abcesso, aborto, erisipela, febre, febre do leite (pós-parto),
furúnculos, hemorragias, laringite, meningite, sinusite, otite e
vômitos.
Também usada nas convulsões.
Bryonia alba
Inflamações agudas que ocorrem com ressecamento das
mucosas e dores agudas.
Grande característica dessas inflamações: piora por qualquer
movimento, melhora com o repouso. As dores são aliviadas
quando pressionadas (por isso, às vezes o animal deita sobre o
lado que está doente).
Sede excessiva, tosse seca e início de pneumonia. Infecções
pulmonares.
Dificuldade em defecar: fezes duras, secas e grandes.
Mamas: pálidas, quentes, duras como pedras, pesadas e muito
doloridas.
Articulações: inchadas e roxas.
China
Debilidade depois de perda de sangue ou outras secreções:
diarréias, vômitos ou lactação prolongada.
Fraqueza com anemia profunda e palidez. Corpo frio. Perda do
apetite e barriga inchada, diarréia com muitos gases. Fezes moles.
Pode ser usado nos casos de tristeza bovina.
28
Lycopodium
Problemas de digestão e fígado: barriga distendida e cheia de
gases. Guloso.
Problemas urinários: urina avermelhada. Dificuldade de urinar.
Problemas respiratórios: batimento das asas do nariz.
Mental: é medroso, tímido e se assusta facilmente. É adulador,
mas briguento e irritado.
Phosphorus
Ação profunda sobre o sangue e sistema nervoso.
Febre com muita sede. Vomita logo após beber a água. Muita
fome e desejo por sal.
Diarréia com sangue. Vômito com sangue. Leite com sangue.
Tendência a hemorragias. Animais muito magros e parecendo
tuberculosos.
Mental: animal carinhoso, gosta de companhia. Agitado e
inquieto.
29
Pulsatilla
Inflamações dos olhos e ouvidos. Lacrimejamento. Pus
amarelado.
Todas as secreções são amareladas e grossas, mas não irritantes.
Nas infecções do úbere, do útero, do pulmão, funciona como
drenador.
Sem febre. Sem sede.
Mental: Tímida, afetuosa, busca afeto, suave, doce, submissa e
medrosa.
Uso no pré-parto. Melhora contração uterina e posição fetal.
Aumenta a produção de leite.
Silicea
Usada como drenador de abscessos.
As secreções são amarelas, grossas e com cheiro ruim. As mamas
ficam duras, doloridas, leite amarelado, com pus e fétido. Tumores
nas mamas.
Metrite (infecção no útero): pus amarelo, grosso e fedorento.
Ajuda a cicatrizar feridas antigas, pequenos cortem inflamam e
sai pús. Sinusites.
Agravam pelo frio (são muito friorentas).
Mental: animais dóceis, tímidos, encolhidos e covardes. Faz cara
de coitadinho.
Filhotes magros, fracos e que não desenvolvem bem.
Sulphur
Sarna. A pele tem aspecto sujo, pêlo seco e com coceira. Feridas
sujas, com pus esverdeado e com crostas.
Indicado para espantar parasitas internos e externos (vermes,
carrapatos ou bernes).
Calorento, busca lugares frescos para se deitar. Fica mais
afastado dos outros.
Característica: as secreções são amarelas, esverdeadas, podres e
escoriantes (tipo assaduras).
O catarro deixa o nariz vermelho, assado. As fezes deixam o ânus
assado, o corrimento, etc.
Thuya
Verrugas. Tumores. Reações de vacina. Secreções abundantes,
mas não irritantes.
30
Tabela 1: Doenças e indicação de medicamentos homeopáticos
Mal / Doença Características e como usar Medicamentos
Abscesso, aborto, erisipela, febre, febre Medicamento indicado para inflamações Belladona
do leite (pós-parto), furúnculos, de aparecimento súbito. Sintomas
hemorragias, laringite, meningite, sinusite, Violentos.
otite, vômitos
Abscesso Secreções amarelas, grossas, com cheiro Silicea, Sulphur
Ruim.
Aborto Tendência ao aborto. Belladona,
Caulophylum
Articulações Inchadas e roxas. Pioram com o Bryonia alba, Rhus
Movimento. tox
Catarro, fezes Secreções que deixam o nariz / anus Sulphur
Assado.
Cicatrizar feridas antigas, cortes Silicea
inflamados e com pús
Convulsões Belladona
Debilidade por perda de sangue ou Diarréias, vômitos ou lactação prolongada. Quina, Phosphorus
outras secreções
Defeca com dificuldade Fezes duras, secas e grandes. Bryonia alba
Descida do leite Arnica montana,
Pulsatilla
Diarréia com muitos gases Barriga inchada. Fezes moles. Quina
Digestão problemática e fígado Barriga distendida, cheia de gases. Lycopodium, Nux
vomica
Erisipela Manchas vermelhas e quentes na pele. Belladona, Rhus
Dor nas articulações. tox.
Febre com muita sede Vomita logo após beber a água. Muita Phosphorus
fome e desejo por sal.
Febre do leite Vacas ficam fracas após o parto. Ajuda Calcarea
na produção de leite. carbonica
Fraqueza com anemia profunda e Corpo frio. Quina
palidez
Hemorragias. Diarréia com sangue, Animais magros, parecem tuberculosos. Phosphorus
vômito com sangue, leite com sangue
Inchaço das mamas As mamas ficam pesadas, duras, roxas e Belladona, Apis,
quentes. O animal fica agitado. Violência. Phitolacca
Infecções pulmonares Sede excessiva, tosse seca, início de Bryonia alba
Pneumonia.
Inflamações agudas Ressecamento das mucosas e dores Bryonia Alba
agudas. Piora por qualquer movimento,
melhora com o repouso.
Inflamações que ocorrem rapidamente Pele rosada, quente e sensível ao contato. Apis, Belladona
Intoxicação. Problemas digestivos Piora imediatamente depois de comer. Nux Vomica
Digestão difícil. Não consegue vomitar.
Limpeza pós-parto No parto tem contrações e dilatação, mas Nux Vomica,
não consegue expelir. Fica irritada. Caulophylum,
Arnica
Tumores de mamas com massas duras Muito cansaço e emagrecimento. Phytolacca
Mamas com tumores Silicea
Mamite / Mastite Inchado, quente, rosado e dolorido. Apis
Mamite / Mastite Violência. Aparecem subitamente, Belladona
inchaço, calor e vermelhidão. Fica
Agitado.
Mamite / Mastite Mamas pálidas, quentes, duras como Bryonia Alba
pedras, pesadas e muito doloridas.
Mamite / Mastite Mamas duras, inchadas, quentes, Phytolacca
dolorosas e arroxeadas.
Mamite / Mastite Leite com pus, não corrosivo. Pulsatilla
Mamite / Mastite Mamas duras, doloridas, leite amarelado, Silicea
com pús fétido.
Metrite (infecção do útero) Pus amarelo, grosso e fétido. Silicea
31
Continuação da tabela 1.
Mal / Doença Características e como usar Medicamentos
Olhos e ouvidos inflamados Lacrimejamento. Pus amarelado. Sem Pulsatilla
febre, sem sede.
Parasitas internos (vermes) e externos Sulphur
(carrapatos, bernes)
Parto difícil Útero sem contrações. Sem força pra Caulophylum
expulsar o feto.
Perda do apetite Quina
Pré e pós-parto 6 gotas, 15 dias antes e 15 depois. Arnica montana
32
Aplicação de plantas medicinais em animais
qu e
eja tr im científico que se tem acumulado sobre essas
(Baccharis
plantas, como podemos ver na tabela 2.
is)
Ca
ên
al
du in
l
la ( offic
Calendula
33
Fitoterápicos para controle e prevenção de
doenças de bovinos
Desinfetantes para tetos
Fazer a tintura de cada planta, separadamente.
Ÿ Carqueja (Baccharis trimera): 1 litro de álcool e 100 g de planta seca.
Ÿ Picão preto (Bidens pilosa): mesma forma.
Ÿ Eucalipto (Eucaliptus globulus): mesma forma.
Chinchilho (Tagetes minua): mesma forma.
Antes do uso, as tinturas devem ser diluídas à 10% em água fervida.
Mergulhar os tetos das vacas todos os dias, após a ordenha, usando o copo de
desinfecção de tetos.
Fazer rotação de uso. Não usar o mesmo produto mais que 2-3 dias seguidos.
NÃO colocar dentro do teto!
34
Ungüento de própolis/tetos rachados
Ÿ Própolis: 15g (bem triturado)
Ÿ Gordura animal: 60g
Aquecer a gordura animal em frasco no banho-maria. Misturar o própolis e deixar por
10 minutos, com o frasco tampado. Filtrar em gase, envasar identificado e datado.
Pode ser usado também o própolis como tintura.
35
Laxantes
Sene/Fedegoso (Cassia coymbosa)
Equinos e bovinos: 120 - 150g
Ovinos e suínos: 10 - 20g
Sal amargo (Sulfato de magnésio)
Equinos e bovinos: 250 - 500g
Ovinos e suínos: 50 - 100g
36
Tabela 2: Plantas identificadas pelos agricultores, para o tratamento de diversas doenças.
Nome Para que Parte da Método de
Espécie
comum usam planta Preparação
Erythroxylum Limpar o
Cocão Banha
argentinum sangue
Japecanga Smilax rufescens Antibiótico Raiz Chá
Carrapicho Acanthospermum
Antibiótico Raiz Chá
de ovelha australe
Câimbra de
Pitangueira + Eugenia uniflora +
sangue / Casca Chá
romã Punica granatum
Antibiótico
Douradinha Waltheria
Coração Raiz Chá
do campo douradinha
Pitangueira + Eugenia uniflora + Corta
Folhas Chá
goiabeira Psidium guajaba desarranjo
Ferida na
boca e Folha
Tucum Bactris setosa Mart. Chá
intestino/ sem talo
recaída
Intoxicação
Pessegueiro Prunus persica Folhas Chá
de estômago
Erva de Limpar o
Casearia sylvestris Folhas Chá
bugre Sangue
Erva-da-
Casearia sylvestris Pontada Folhas Chá
pontada
Fumeiro Solanum
Pontada Raiz Chá
Brabo mauritianum
Cabelo de
Piptochaetium sp Rins Raiz Chá
Porco
Fedegoso Cassia sp. Rins Raiz Chá
Erva de Chenopodium
Vermes Folhas Chá
Santa Maria ambrosioides
Dor de dente
Unha de Raiz/
Uncaria tomentosa / Fazer Chá
gato folhas
bochecho
Chá/ coloca
Esporão de
Strychnos trinervis Churrio preto Casca no caldo de
galo
feijão
37
Continuação da tabela 2.
Nome Comum Espécie Para que usam Parte da panta Método de preparação
Esmagar as
Repelente de folhas e
Chinchilho Tagetes minuta Folhas
pulga espalhar no
local
Macera e
Polygonum
Erva de Bicho Sarna Folhas coloca na
punctatum Elliot
água fria
Bálsamo Kalanchoe Picada de
Folhas No álcool
Alemão tubiflora cobra
Anticoral Picada de
Folhas No álcool
(cobrina) cobra
Erva de Pinga a gota
Chamaesyce sp Colírio Flor
santa Luzia no olho
Pomada frita
Symphytum na banha/
Confrei Feridas Folhas
officinale torrar as
folhas
Caraguáta Eryngium sp. Tosse Raiz Xarope
Limão e
Citrus aurantifolia + Escorrer
cebola Tosse Xarope
Allium cepa o líquido
branca
Picão branco Galinsoga Anemia/
+ coqueiro parriflora amarelão
Baleeira Cordia curassavica Colite/ sarna
Coração do
cacho de Musa sp. Hemorragia
banana
Arnica do
Senecio brasiliensis Machucado Folhas
campo
38
O bezerro deve beber o colostro
logo depois do nascimento
Características do colostro:
Ÿ É a primeira secreção da glândula
mamária.
Ÿ É rico em substâncias químicas
(imunoglobulinas ou anticorpos, produzidas
pela vaca) que protegem o bezerro de doenças.
Funções do colostro:
Ÿ Transferência de imunidade para o recém-nascido.
Ÿ É essencial para proteger o recém-nascido durante as primeiras semanas
de vida porque, nos bovinos, a mãe não passa anticorpos durante a
gestação para o feto. Por isso, o bezerro nasce sem capacidade de
combater microorganismos causadores de doenças.
Ÿ Também é importante para a saúde do bezerro porque o ajuda a expulsar
o mecônio, as primeiras fezes escuras e viscosas.
Quando dar o colostro:
Ÿ O recém-nascido só absorve o colostro nas primeiras horas após o
nascimento.
Ÿ O melhor é o bezerro mamar assim que nascer.
Ÿ Se houver necessidade, pode-se dar o colostro de qualquer vaca, que
pode ser mantido congelado em freezer.
39
Exemplo de croqui da propriedade rural
40
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA
Laboratório de Etologia Aplicada - LETA e Núcleo de PRV
www.cca.ufsc.br/leta
Coordenação
Maria José Hötzel
Luciana Aparecida Honorato
Antônio Carlos Machado da Rosa
Daniel Enriquez Hidalgo
Colaboradores
Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho
Paula Araujo Dias Coimbra
João Henrique Cardoso Costa
Ilustrações
Martina H. Rüther e Paula A. D. Coimbra
Diagramação
Paula Araujo Dias Coimbra