Sunteți pe pagina 1din 158

Escola SENAI

“Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”

Caroline S. Ramos
Fabrício R. Rosalino (Co Autor)
Gustavo D. da Silva
Júlio César A. M. Andrade
Thaís P. de Araújo (Co Autor)

Bala Antiestresse

Campinas - SP
2018
2

Caroline S. Ramos
Fabrício R. Rosalino (Co Autor)
Gustavo D. da Silva
Júlio César A. M. Andrade
Thaís P. de Araújo (Co Autor)

Bala Antiestresse

Projeto apresentado à Escola SENAI “Prof.


Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” para
avaliação de pré-projeto do Curso Técnico
Revisado, aproado e
em Alimentos e Bebidas, realizado sob a
publicado em: 01 de novembro
orientação da Professora Angélica Martins
de 2018. Direitos reservados à
Lampa Fioresi, Priscila Lourenzon Mamede
SENAI- Sp.
Chufi e Mirelle Mara de Oliveira.

Campinas - SP
2018
3

Caroline S. Ramos
Fabrício R. Rosalino (Co Autor)
Gustavo D. da Silva
Júlio César A. M. Andrade
Thaís P. de Araújo (Co Autor)

Bala Antiestresse

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para


obtenção de grau técnico, do curso Técnico de Alimentos da Escola SENAI “Prof.
Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.

BANCA EXAMINADORA

1º Examinador

2º Examinador

3º Examinador

Campinas - SP
2018
4

Agradecimentos

Primeiramente agradecemos a nós mesmos por nunca desistimos e


esquecermos do foco do projeto, mesmo sob discussões e momentos de méli-
mélo.
Gostaríamos de agradecer aos nossos familiares por sempre nos auxiliar e
apoiar para nunca desistirmos, por mais desafiadoras que sejam as dificuldades
enfrentadas no caminho.
Agradecemos a instituição de ensino SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”, a todos os professores e funcionários que sempre estiveram ao nosso
lado nos ensinando durante todo decorrer do curso, nos incentivando a seguir em
frente e a fazer nosso melhor. Agradecimento em especial para a professora Élida
Camila Perusso, que ampliou nossos conhecimentos sobre a produção de balas,
aconselhando-nos em diversos momentos.
Agradecemos também a nossa colega Thaís Passos de Araújo que esteve
conosco no início do curso técnico de alimentos, porém devido à alguns
imprevistos ocorridos, a mesma não pode continuar ao nosso lado, contudo esteve
sempre nos apoiando com palavras de conforto e carinho.
Agradecemos a oportunidade de desenvolver um projeto que tem como
finalidade ajudar a sociedade contemporânea.
5

"Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir"

Søren Aabye Kierkegaard


6

RESUMO

A sociedade brasileira sofre cotidianamente com o estresse ocupacional,


estima-se que 39% da população jovem adulta sofra deste problema. Em virtude
disso, elenca-se uma fonte amenizadora do problema: uma bala antiestresse. O
mercado desta categoria de produtos alimentícios é abundante, sofrendo apenas
com pequenas quedas durante alta taxas inflacionárias, o que torna a alimentação
básica mais cara e deixa as balas e confeitos em segundo plano, porém, a última
queda registrada foi em 2015 e desde então o mercado só cresce. Nota-se então
a potencial viabilidade do produto: fácil distribuição de mercado, marketing
estratégico e efeitos antiestresse garantidos. Há poucos/raros concorrentes
diretos de mercado, haja visto que apenas é considerado os produtos com efeitos
garantidos. O produto foi desenvolvido ao longo de 18 testes práticos, resultando
em uma bala de goma drageada, impossibilitada tecnicamente/legalmente de ser
intitulada antiestresse, haja visto que não foi possível realizar análises
bromatológicas pertinentes, a fim de atestar a presença e a concentração dos
compostos calmantes no produto final, além da solução calmante.
Palavras-chave: Bala, estresse, drageado, concorrentes.
7

ABSTRACT

Brazilian society suffers daily from occupational stress, it is estimated that


39% of the young adult population suffers from this problem. By virtue of this, an
inflammatory source of the problem emerges: an anti-stress candy. The market in
this category of food products is plentiful, suffering only with small falls during high
inflation rates, which makes basic food more expensive and leaves the candies
and confections in the background, but the last drop was recorded in 2015 and
since then the market only grows. The potential viability of the product is evident:
easy market distribution, strategic marketing and guaranteed anti-stress effects.
There are few / few direct market competitors, since only products with guaranteed
effects are considered. The product was developed over 18 practical tests,
resulting in a drained rubber candy, technically / legally impossible to be titled anti-
stress, since it was not possible to carry out relevant bromatological analyzes in
order to attest the presence and concentration of the compounds soothing in the
final product, plus the soothing solution.
Key words: Candy, stress, jelly beans, competitors.
8

Lista de abreviaturas

ABICAB Associação Brasileira da Indústria de Cacau, Chocolates


e Amendoim

Tons Toneladas

pH Potencial hidrogeniônico

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ºC Graus Celsius

g Gramas

% Porcentagem

PIQ Padrão de Identidade e Qualidade

LST Lauril Sulfato REV-00

EC Escherichia coli

NMP Número mais provável

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas


Empresas

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

UF União Federativa

VD Valor Diário
9

mg Miligramas

mcg Microgramas

AQA Análise de Qualidade de Alimentos

Kcal Quilocalorias

KJ Quilojoule

mL Mililitros

ppm Partes por milhão

Ltda Limitada

CEP Código de endereçamento postal

CNNPA Comissão Nacional de Normas e Padrões para


Alimentos

R$ Reais

N.A Não Avaliado

AV. Avenida

N.R Não registrado

UV Ultravioleta
10

Lista de figuras
Figura 1. Estresse ocupacional no Brasil (2015). ................................................18
Figura 2. Nível de estresse por ano escolar. .......................................................18
Figura 3. Gráfico do mercado de balas e confeitos, de 2007 a 2012 ..................20
Figura 4. Concorrentes diretos e indiretos ..........................................................22
Figura 5. Prós e Contras .....................................................................................23
Figura 6. Formulação base de bala dura. ............................................................30
Figura 7. Processos para balas duras. ................................................................30
Figura 8. Processamento de balas mastigáveis. .................................................31
Figura 9. Processamento de bala de goma. ........................................................32
Figura 10. Insumos e matérias primas utilizadas nos testes práticos..................42
Figura 11. Equipamentos utilizados ....................................................................47
Figura 12. Atividade de água e crescimento microbiano .....................................50
Figura 13. Formação de bala dura do teste prático 1. .........................................53
Figura 14. Formulação de bala mastigável do teste prático 1. ............................53
Figura 15. Formulação de bala de goma do teste prático1. ................................54
Figura 16. Formulação de bala de gelatina do teste prático 1. ............................54
Figura 17. Bala dura teste prático 1. ...................................................................55
Figura 18. Bala mastigável do teste prático 1. ....................................................55
Figura 19. Bala de goma do teste prático 1. ........................................................56
Figura 20. Resultados obtidos no teste prático 1. ...............................................57
Figura 21. Formulação de bala dura do teste prático 2. ......................................59
Figura 22. Formulação de bala de goma do teste prático 2. ...............................59
Figura 23. Formulação de bala de gelatina do teste prático 2. ............................60
Figura 24. Formulação para bala dura do teste prático 3. ...................................62
Figura 25. Formulação para bala de goma do teste prático 3. ............................63
Figura 26. Formulação para bala de gelatina do teste prático 3. ........................63
Figura 27. Formulação da bala mastigável do teste prático 3. ............................64
Figura 28. Bala dura com temperagem automática.............................................64
Figura 29. Bala de goma do teste prático 3. ........................................................65
Figura 30. Bala de gelatina do teste prático 3. ....................................................66
11

Figura 31. Metodologia da bala 1 e 2 ..................................................................67


Figura 32. Metodologia da bala mastigável. ........................................................68
Figura 33. Características observadas no teste prático 3. ..................................71
Figura 34. Bala dura teste prático 4. ...................................................................74
Figura 35. Balas sabor hortelã. ...........................................................................74
Figura 36. Balas sabor café. ...............................................................................75
Figura 37. Bala sabor morango. ..........................................................................75
Figura 38. Média geral das balas duras. .............................................................75
Figura 39. Bala mastigável do teste prático 4. ....................................................76
Figura 40. Bala sabor paçoca. ............................................................................76
Figura 41. Bala sabor iogurte. .............................................................................76
Figura 42. Bala sabor morango. ..........................................................................77
Figura 43. Média geral das balas mastigáveis. ...................................................77
Figura 44. Bala de gelatina do teste prático 4. ....................................................77
Figura 45. Avaliação da bala de gelatina. ...........................................................78
Figura 46. Bala de goma drageada do teste 4. ...................................................78
Figura 47. Bala de goma drageada sabor abacaxi. .............................................78
Figura 48. Bala de goma drageada sabor framboesa. ........................................79
Figura 49. Bala de goma drageada sabor limão. ................................................79
Figura 50. Formulação de bala dura do teste prático 5. ......................................80
Figura 51. Formulação da bala dura com demerara do teste prático 5. ..............80
Figura 52. Formulação da bala mastigável do teste prático 5. ............................81
Figura 53. Fluxograma de bala dura. ..................................................................81
Figura 54. Fluxograma da bala mastigável .........................................................82
Figura 55. Formulação da bala de goma do teste prático 6. ...............................84
Figura 56. Formulação da bala de gelatina 1 do teste prático 6. .........................84
Figura 57. Formulação da bala de gelatina 2 do teste prático 6. .........................85
Figura 58. Fluxograma de bala de goma .............................................................85
Figura 59. Fluxograma de bala de gelatina. ........................................................87
Figura 60. Formulação 1 e 1² do teste prático 7. .................................................90
Figura 61. Formulação 2 do teste prático 7. ........................................................90
12

Figura 62. Fluxograma da bala de goma .............................................................91


Figura 63. Bala de gelatina 1. .............................................................................94
Figura 64. Bala de gelatina 2. .............................................................................94
Figura 65. Bala de gelatina 3 do teste prático 8. .................................................94
Figura 66. Fluxograma da bala de gelatina 3. .....................................................95
Figura 67. Fluxograma da bala de gelatina 1 e 2 ................................................96
Figura 68. Bala de goma 1. .................................................................................98
Figura 69. Bala de goma 2. .................................................................................98
Figura 70. Balas 2.1 e 2.2. ................................................................................100
Figura 71. Solução calmante. ............................................................................100
Figura 72. Solução selante (drageamento). ......................................................101
Figura 73. Solução de adesão (drageamento) ..................................................101
Figura 74. Pó de secagem (drageamento) ........................................................101
Figura 75. Bala de goma 1 do teste prático 11. .................................................104
Figura 76. Solução selante (drageamento) .......................................................104
Figura 77. Solução de adesão (drageamento) ..................................................104
Figura 78. Pó de secagem (drageamento) ........................................................105
Figura 79. Formulação do núcleo de bala de goma com goma arábica. ...........107
Figura 80. Formulação do pó de secagem. .......................................................108
Figura 81. Formulação da solução selante. ......................................................109
Figura 82. Formulação do núcleo da bala de goma. .........................................109
Figura 83. Comparação de atributos físico-químicos ........................................113
Figura 84. Formulação Geral (final)...................................................................115
Figura 85. Fluxograma do processo final. .........................................................116
Figura 86. Equipamentos Industriais da Candaly ..............................................120
Figura 87. Formulação do núcleo de goma. ......................................................121
Figura 88. Formulação da solução calmante ....................................................121
Figura 89. Formulação da solução selante .......................................................121
Figura 90. Formulação do pó de secagem ........................................................122
Figura 91. Formulação geral .............................................................................123
Figura 92. Produção de bala de goma ..............................................................124
13

Figura 93. Preço dos ingredientes.....................................................................125


Figura 94. Embalagem ......................................................................................126
Figura 95. Mão de obra direta. ..........................................................................126
Figura 96. Mão de obra indireta. .......................................................................126
Figura 97. Custos gerais diretos........................................................................128
Figura 98. Custos gerais indiretos. ....................................................................128
Figura 99. Custos gerais. ..................................................................................128
Figura 100. Custo de produção. ........................................................................129
Figura 101. Preço de venda. .............................................................................129
Figura 102. Tabela nutricional da bala de goma drageada antiestresse. ..........130
Figura 103. Rótulo da bala antiestresse. ...........................................................131
Figura 104. Logomarca da empresa. ................................................................132
14

Sumário
1. INTRODUÇÃO 18
1.1 Problematização 18

1.1.1 Conceito 19

1.1.2 Segmento de mercado 20

1.1.3 Público Alvo 21

1.2 Viabilidade 21

1.2.1 Concorrente Direto e Indireto 22

1.2.2 Análise de Prós e Contras 22

1.3 Justificativa 23

1.4 Objetivos 24

1.4.1 Objetivo Geral 24

1.4.2 Objetivos Específicos 24

1.5 Revisão Bibliográfica 25

1.5.1 Ingredientes e aditivos 25

1.5.1.1 Xarope de glucose 25

1.5.1.2 Açúcar refinado (sacarose) 25

1.5.1.2.1 Outras fontes de sacarose 26

1.5.1.3 Água 27

1.5.1.4 Suco de maçã integral 27

1.5.1.5 Aditivos 27

1.5.1.6 Corantes 28

1.5.1.7 Aromatizantes 28

1.5.1.8 Acidulante 28

1.5.2 Características e Processamento de Balas 29


15

1.5.2.1 Balas Duras 29

1.5.2.2 Balas mastigáveis 31

1.5.2.3 Balas de goma e gelatina 32

1.5.3 Compostos Calmantes 33

1.5.3.1 Estimuladores de hormônios 34

1.5.3.2 Ansiolíticos naturais 35

1.5.3.2.1 Passiflorine 35

1.5.3.2.1.1 Passiflora alata Dryand (maracujá-doce) 35

1.5.3.2.1.2 Passiflora clathrata Mast. (Maracujá-da-chapada), Passiflora


holosericea e Passiflora alata. 36

1.5.3.2.1.3 Passiflora edulis 36

1.5.3.2.1.4 Passiflora incarnata 36

1.5.4 Embalagens 36

1.5.5 Trabalhos anteriores 37

1.5.5.1 Chá fermentado pronto para o consumo sabor maracujá com alecrim 37

1.5.5.2 Aoijelly: Bala de goma diet de chá verde 37

1.5.5.3 Produção de geleia de cenoura com laranja 37

1.5.5.4 Bala de batata doce recheada 38

1.5.5.5 Empanados de banana com mel e canela 38

1.6 Aspectos Legais 38

1.6.1 PIQ 39

1.6.2 Legislação Microbiológica 39

1.6.3 Rotulagem geral e nutricional 39

1.6.4 Registros 40

1.6.5 Alvarás 41
16

2. Desenvolvimento Prático 42
2.1 Metodologia 42

2.1.1 Insumos 42

2.1.2 Equipamentos 47

2.1.3 Análises físico-químicas 48

2.1.3.1 Análises do produto 48

2.1.3.1.1 Análise de umidade e atividade de água 49

2.1.3.1.2 Análise de potencial hidrogeniônico 50

2.1.3.2 Análise para detecção e confirmação dos compostos calmantes 50

2.1.4 Análise de coliformes termotolerantes 51

2.1.5 Análise sensorial 52

2.1.5.1 Teste de Preferência 52

2.2 Testes Práticos 52

2.2.1 Teste Prático 1- Reconhecimento do Processamento de Bala 52

2.2.2 Teste Prático 2- Processamento de bala dura, de goma e de gelatina 59

2.2.3 Teste Prático 3- Processamento de bala de goma, de gelatina, mastigável


e dura com dois métodos diferentes e análise de aspectos físicos e sensoriais
das balas processadas no teste. 62

2.2.4 Teste Prático 4 - Padrões de mercado 73

2.2.5 Teste Prático 5 - Processamento de bala dura e mastigável 80

2.2.6 Teste Prático 6 - Processamento de bala de goma e gelatina 83

2.2.7 Teste Prático 7 - Processamento de bala de goma 89

2.2.8 Teste Prático 8 - Processamento de bala de gelatina. 93

2.2.9 Teste Prático 9 - Processamento de bala de goma 2 98

2.2.10 Teste Prático 10 - Processamento e drageamento das balas com solução


calmante 100
17

2.2.11 Teste Prático 11 - Produção de centros de bala de goma e teste de


drageamento 103

2.2.12 Teste Prático 12- Núcleo de bala de goma com goma arábica e resultados
de umidade 106

2.2.13 Teste Prático 13 - Processamento do produto final e análise microbiológica


108

2.2.14 Teste Prático 14 - Análise Sensorial 111

2.2.15 Teste Prático 15 - Comparação de mercado 113

2.2.2 Resultado Final 114

2.3 Gestão de projetos 117

2.3.1 Instalações 117

2.3.1.1 Histórico da Empresa 117

2.3.1.2 Localização da empresa 118

2.3.1.3 Layout da Produção 118

2.3.1.4 Equipamentos Industriais 120

2.3.2 Custo e preço de venda 120

2.3.3 Rotulagem e Embalagem 130

2.3.4 Estratégias de Marketing 131

2.4 Qualidade e sustentabilidade 132

2.4.1 Gestão de resíduos 132

2.4.2 Gestão da qualidade 133

3. Considerações Finais 134


Referências Bibliográficas 135
Apêndice 143
Anexos 157
18

1. INTRODUÇÃO

1.1 Problematização

A sociedade brasileira, ao longo do tempo, vem sofrendo com o estresse


cotidiano, mas, atualmente, os dados são alarmantes: 32% da população adulta
(entre dezoito e trinta e dois anos) sofre com o estresse ocupacional, sendo 13%
homens e 19% mulheres (LIPP, 2016). Ainda conforme Lipp (2016), para melhor
elucidar o quadro alarmante, destaca-se a figura 1 e 2.

Figura 1. Estresse ocupacional no Brasil (2015).

Ocupação Percentual com estresse


Professores 35%
Atletas juvenis 37%
Psicólogos clínicos Sem stress significativo
Policiais Militares 65%
Executivos 40%
Jornalistas 62%
Juízes do Trabalho 70%
Bancários 65%
Fonte: Lipp, 2016.
Figura 2. Nível de estresse por ano escolar.

Graduação Percentual de estresse

1º ano colegial 58%

3º ano colegial 70%

Cursinho pré-vestibular 83%

1º ano da faculdade 57%

3º ano da faculdade 60%

Grupo geral 65,6%


19

Fonte: Calais et al., 2015.


Analisando as figuras, tem-se então a constatação de que os maiores
afetados, com o estresse recorrente relacionado à ocupação/atividades
cotidianas, são as pessoas que possuem de trinta a quarenta e cinco anos, além
dos jovens em idade escolar.
Com o intuito de atrair novos consumidores para o mercado de balas, além
de atender o mercado já existente, tem-se a necessidade formular e processar um
produto com efeitos reconhecidos contra o estresse, que também apresenta um
consumo facilitado, bem como uma fácil distribuição de mercado, auxiliando assim
a sociedade brasileira, tendo de unir em um alimento às características
relacionadas a saudabilidade buscada, além da praticidade e agilidade necessária
do dia a dia.

1.1.1 Conceito

Satisfazer o consumidor organolépticamente e reduzir a intensidade diária


de estresse, além de baratear os custos disto, é uma tarefa hercúlea. Portanto, se
faz necessário apresentar uma direção direta à necessidade deste mercado
consumidor (pessoas que sofrem, cotidianamente, com o estresse ocupacional):
alimento rápido, prático e de consumo facilitado.
O produto alimentício de consumo facilitado no dia a dia são as balas. Uma
bala antiestresse ofereceria um efeito ansiolítico a curto prazo, promovendo o
alívio necessário para as atividades mais maçantes do dia, já a médio prazo,
estimuladores de hormônios reforçariam os efeitos desejáveis dos ansiolíticos
naturais. O consumo recorrente do produto não traria efeitos viciantes ou
secundários indesejados (como aumento de peso, insônia e vermelhidão das
petéquias oculares), contrário a fármacos livres de indicação médica que causam
os mesmos efeitos desejados a curtos prazos.
O tipo de bala que melhor se encaixa nas necessidades do produto é a de
goma drageada, do tipo jelly bean (popularmente conhecidas por jujuba). Uma
bala de goma drageada oferece ao consumidor diversas características
desejáveis, como: mastigabilidade moderada (a bala possui textura macia, com
20

camadas de cobertura açucaradas e núcleo neutro), cores chamativas e coloridas,


processamento com capacidade de fácil agregação de diversos compostos
termossensíveis (caso dos elencados para promover o efeito calmante).
Visando atender a rapidez e agilidade de consumo, a bala é porcionada em
pequenas embalagens de 58g. O porcionamento é reduzido para evitar um
consumo rápido, através do evento psicológico de sentir uma necessidade de
comer exageradamente em momentos de tensão emocional.

1.1.2 Segmento de mercado

No primeiro quadrimestre de 2016, a produção de balas atingiu o patamar


de 110,3 mil toneladas, valor 1,1% maior em relação ao mesmo período do ano
anterior (ABICAB). De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de
Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e derivados, o consumo per capita do
produto se mantém estável, em 2,8 kg anuais.
Objetivando melhor elucidar o mercado de balas brasileiro, elenca-se a
figura 3.
Figura 3. Gráfico do mercado de balas e confeitos, de 2007 a 2012

Fonte: ABICAB (2013).


21

Conforme a ABICAB (2016), o mercado nacional de balas sofreu uma


oscilação em 2014, aumentando mais de 17% em relação ao ano anterior, porém,
em 2015, o mercado sofreu uma queda de 34%. Apesar do declínio notável, o
volume de consumo de balas no Brasil, para a Doce Revista (2015), cresce 2%
ao ano.
Analisando os pontos elencados, pode ser observado que a tendência da
produção e consumo do mercado de balas brasileiro é aumentar, tornando o
produto estável no mercado.

1.1.3 Público Alvo

O público alvo são os adultos entre 30 e 45 anos, por apresentarem


maiores incidências de estresse cotidiano em virtude da profissão exercida,
conforme a figura 1. Porém, espera-se também atingir jovens em idade escolar,
haja visto que são consumidores frequentes de balas e gomas, além de sofrerem
também com o estresse ocupacional.

1.2 Viabilidade

Para realizar uma análise de viabilidade, é necessário estabelecer


concorrentes diretos e concorrentes indiretos (figura 4), onde são definidos
através de pesquisas em mercados populares, possibilitando identificar as
sessões mercantes onde o produto será incluído e distribuído.
Através da comparação dos produtos, é possível destacar os pontos fortes
e fracos, obtendo resultados que colaboram para que o produto seja fortemente
inovador no mercado, além de corroborar com a aceitação do mesmo.
22

1.2.1 Concorrente Direto e Indireto

Figura 4. Concorrentes diretos e indiretos

Pesquisa/
Imagem Produto Empresa Preço
Data
Pão de
Bala de
Açúcar
Hortelã - R$3,99/100g
Delivery/ 31
Natural
mar 2017
Pão de
Chá de Açúcar
Dr.Oetker R$3,85
Hortelã Delivery/ 31
mar 2017

Slow Cow
Slow Cow
Boisson Slow Cow Inc R$8,90 Loja Online/
31 mar 2017

Amazon e-
Stress Ball - R$9,46 shop/ 31 mar
2017

Rescue
Bach Original Flower Ultrafarma/
Remedy R$75,67
Essences 31 mar 2017
Stress Relief

Pão de
Suco de Tampico/Maguary/Lin Açúcar
R$ 5,00
Maracujá doya Delivery/ 31
mar 2017
Fonte: Autoria própria
Analisando a figura 4, pode-se perceber que muitos produtos possuem
fortes semelhanças com a bala anti-estresse, ao menos quanto a capacidade
teórica de aliviar a tensão do consumidor. No entanto, apenas um produto
internacional oferece um aporte comprovado e significativo para a questão,
tornando assim uma bala com efeitos antiestresse comprovados inovadora no
23

mercado nacional.

1.2.2 Análise de Prós e Contras

Figura 5. Prós e Contras

Produto Prós Contras


Calmante
Alimento de rápido
consumo Relacionada a um fármaco

Bala Antiestresse
Altas margens de lucro
Fácil aceitação no mercado Dificuldade em comprovar,
terapeuticamente, o efeito
antiestresse durante a “Shelf Life”

Calmante Alto custo


Slow Cow Praticidade
Dificuldade de encontrar no mercado
Embalagem atrativa
Fácil encontrar Consumo em excesso pode causar
Chá de Hortelã Baixo Custo efeitos prejudiciais à saúde.*

Fonte: Autoria própria


*Os efeitos prejudiciais à saúde (decorrentes de um largo consumo
recorrente) podem ser: inibição das proteínas que absorvem o ferro, alteração da
função do citocromo P450, alteração dos níveis dos hormônios FSH (Hormônio
Folículo Estimulante), LH (Hormônio Luteinizante) e testosterona. (INOVA
SAÚDE, 2015)
De acordo com a figura 5, o produto a ser formulado possui diversos prós
a serem atingidos, porém os contras podem dificultar a venda do produto, já que
este pode ser confundido com um fármaco.

1.3 Justificativa

A rotina da população, principalmente a urbana, tem se tornado cada vez


24

mais estressante, como relatado nas figuras 1 e 2, trazendo dores musculares e


cansaço, tendo como consequência a utilização de ansiolíticos e, em alguns
casos, causando total dependência deste.
O produto elaborado será uma inovação, tendo como diferencial um
alimento de rápido consumo com efeitos calmantes e de relaxamentos musculares
em uma proporção que não afete a saúde do consumidor, no qual amenizará os
efeitos negativos gerados a partir do estresse cotidiano.
O grande desafio deste produto é controlar a quantidade de cada
componente calmante atribuído, para que não ocorra nenhuma consequência
prejudicial à saúde do consumidor, o excesso de alguns compostos poderá
acarretar a diversas complicações relacionadas tanto a parte física, quanto a parte
psicológica do mesmo.
Sendo assim, a bala antiestresse será um produto novo introduzido no
mercado, buscando uma aceitação do público, facilitando o consumo, o tempo de
ação e resolução dos sintomas causados pelo estresse.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

● Produzir uma bala com características calmantes.

1.4.2 Objetivos Específicos

● Testar produtos com características calmantes;


● Formular balas com diferentes características;
● Definir o tipo de bala;
● Definir a formulação calmante;
● Realizar análise microbiológica (coliformes termotolerantes);
● Realizar análise sensorial;
● Realizar análise de pH;
● Realizar análise de umidade;
● Realizar análise de sólidos solúveis;
● Definir Shelf Life;
25

● Estabelecer a embalagem apropriada;


● Estabelecer custo final do produto.

1.5 Revisão Bibliográfica

Processar balas é uma série de eventos bem definidos, que seu sucesso
depende de diversas variáveis, como a própria matéria prima envolvida e suas
técnicas de formação. Sendo assim, tem-se a necessidade de destacar e revisar
todos os pormenores relativos às variáveis.

1.5.1 Ingredientes e aditivos

A qualidade da produção de balas é determinada, principalmente, por sua


matéria prima. Os ingredientes básicos que compõem as balas, a partir da RDC
265/05 (ANVISA), são o xarope de glucose, açúcar refinado, água, lecitina de soja,
gordura vegetal, corantes, aromatizantes e acidulantes.

1.5.1.1 Xarope de glucose


O xarope de glucose é constituído a partir do amido de milho concentrado,
composto por glicose (um monossacarídeo de estruturação simples) e maltose
(um dissacarídeo estruturado com duas moléculas de glicose).
O xarope de glucose é utilizado para prevenir a ação higroscópica nos
açúcares da bala. A higroscópica dos açúcares gera o famigerado efeito de
cristalização das balas, afetando a qualidade do produto e decorrente vida de
prateleira.
Além das já elencadas, o xarope auxilia na palatabilidade do produto,
favorecendo a formação da estrutura amorfa das balas (decorrente das moléculas
de carboidrato) sem um sabor adocicado. (BENASSI et al, 2001)

1.5.1.2 Açúcar refinado (sacarose)


O açúcar refinado é composto, basicamente, por diversas moléculas de
glicose e frutose, esta estrutura molecular leva o nome de polissacarídeo. O
polissacarídeo que compõe o açúcar refinado é a sacarose. A sacarose possui
uma capacidade extremamente higroscópica, isto é: fácil absorção e retenção de
26

umidade, gerando cristais de açúcar no produto. (CAMPOS; Alves, 1998)


A sacarose comercial é obtida através do processamento de Beta alba, L.,
mais conhecida como beterraba, e de Saccoharum officinarum, mais conhecido
também por cana-de-açúcar. (CAMPOS; Alves, 1998)
O açúcar refinado pode ser, preliminarmente, subdivido em dois tipos:
granulado e amorfo. O açúcar refinado granulado, conforme Biogras (2017), é
destinado para processos que exigem elevadas purezas, sendo obtido pelo refino
do açúcar cristal dissolvido, que passa por um processo de cristalização
controlada, obtendo-se um açúcar com granulometria reduzida e uniforme, com
compostos de cor nulos. Já o açúcar refinado amorfo, ainda para Biogras (2017)
é o comumente empregado para o consumo doméstico, possuindo granulometria
muito fina e irregular, brancura (bromatologicamente) perfeita e extremamente
higroscópico.
O açúcar refinado é obtido a partir do refinamento do açúcar cristal amorfo,
sendo acrescido de aditivos químicos que tornam a granulometria uniforme e
reduzida, além de potencializar o sabor adocicado. Neste processo, acaba-se
perdendo grande parte dos nutrientes e sais minerais do açúcar, tornando-o
calorias vazias. (MORGANO et al, 2003)

1.5.1.2.1 Outras fontes de sacarose


A sacarose pode ser apresentada de diversas maneiras diferentes, em
específico no Brasil, a partir do refinamento do caldo-de-cana. Dentre os mais
recorrentes do mercado brasileiro, encontram-se os açúcares: mascavo,
demerara, refinado granulado e amorfo, cristal e o glaçúcar.
O açúcar mascavo possui coloração entre caramelo e marrom, é obtido a
partir da cristalização do caldo superaquecido do caldo-de-cana, com alto teor de
melaço (produto resultante da centrifugação do mesmo caldo superaquecido do
caldo-de-cana, possui grande quantidade de açúcares redutores e sacarose). Já
o açúcar demerara, apresenta tom característico amarelado, sendo obtido através
da purgação do açúcar mascavo (purificação com água e força mecânica),
apresentando um teor de melaço bem menor em relação ao mascavo. A principal
diferença entre ambos é a concentração de compostos de pigmentação
27

(antocianinas e fenóis) que conferem a cor âmbar aos produtos finais, além de
que o demerara pode ser aquecido a uma temperatura bem superior à de outros
açúcares, a degradação dos fenóis presentes no açúcar demerara conferem uma
coloração âmbar brilhosa e translúcida. (MUNDO ESTRANHO, 2015)

1.5.1.3 Água
A água atua no processamento de balas realizando a diluição dos
ingredientes e, durante o cozimento do produto, permite que os açúcares
obtenham uma estrutura molecular amorfa, que com a concentração do mesmo,
não venha a absorver umidade e cristalizar. (BRASIL, 2011)
O uso de água nos processos alimentícios é guarnecido pela portaria nº
2914/11, do Ministério da Saúde, que requisita que a água seja de alta
potabilidade.

1.5.1.4 Suco de maçã integral


A Legislação do MAPA, define o suco de maçã integral como “bebida não
fermentada e não diluída, obtida da parte comestível da maçã (Pyrus malus, L.),
através de processo tecnológico adequado”. Em relação à sua aparência, deve-
se apresentar coloração variando de branco a translúcido, além de conter sabor e
aroma próprio da fruta. Os sólidos solúveis, expressos em ºBrix, a 20ºC
e o teor de ácido málico (g/100mL) possuem limites mínimos de 10,5 e 0,15,
respectivamente. (BRASIL, 2000)

1.5.1.5 Aditivos
É qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem
propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas,
biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação,
tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou
manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio
aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento. Esta
definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam
incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais.
28

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997)

1.5.1.6 Corantes
A coloração constitui um fator importante e às vezes decisivas na compra
de um produto alimentício pelo consumidor. A cor pode estar relacionada à
maturação, presença de impurezas, um tratamento tecnológico inadequado, más
condições de armazenamento e início de alteração microbiana, entre outros
fatores. Mas, para o consumidor, a cor está associada ao sabor e aroma do
alimento, como por exemplo: o amarelo corresponde ao aroma/sabor de limão, o
marrom de chocolate, e assim por diante. Uma vez que a coloração viva da bala
é um ponto importante na venda, o uso de corantes sintéticos, estáveis à luz, em
balas duras é largamente empregado. (SENAI, 2007)

1.5.1.7 Aromatizantes
Aromatizante é definido como uma substância ou mistura de substâncias
com propriedades aromáticas e/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o
aroma e/ou sabor dos alimentos. (SENAI, 2007)
Produtos dietéticos, com ingredientes diferenciados em suas formulações,
geralmente necessitam de uma aromatização mais intensa e que haja um
equilíbrio entre o nível de aroma e de edulcorante utilizados. Desta forma, busca-
se uma maior redução dos sabores residuais. (SENAI, 2007)

1.5.1.8 Acidulante
O acidulante é uma substância que aumenta a acidez ou confere um sabor
ácido aos alimentos. Os ácidos são adicionados à massa de açúcares para
diminuir a degradação microbiológica do produto. (SENAI, 2007)
O principal acidulante empregado na indústria de balas é o ácido cítrico,
por diversos fatores, como: melhor custo benefício, altamente solúvel em água,
confere sabor típico de limão ao produto, pouquíssimo gosto residual, melhor
mascarador de açúcar (desacentuar o sabor doce). O ácido cítrico também
agrega uma capacidade tamponante ao produto (permite a estabilização do pH do
produto por um período maior de tempo), além de ser um dos principais agentes
29

quelantes (sequestrantes), mantendo toda a homogeneização das fases que


compõem o produto. (BRASIL, 2011)
Em balas, confeitos e similares os ácidos permitidos são: tartárico, acético,
cítrico, málico e lático.

1.5.2 Características e Processamento de Balas

A manufatura de balas apresenta diversas particularidades, onde cada uma


parte de um pressuposto comum: o tipo de bala. Para o desenvolvimento de uma
bala antiestresse, tem-se que os principais tipos, adequados para a necessidade,
são as balas duras, mastigáveis, de goma e de gelatina.

1.5.2.1 Balas Duras


As irmãs Szwaidak (2012), em seu dossiê técnico, definem balas duras
como sendo uma mistura líquida de sacarose e xarope de milho, mantida em
estado amorfo ou vítreo pelo cozimento em altas temperaturas (149º C a 152º C).
Sendo assim, ainda para as autoras, a umidade ideal para balas dura é a faixa de
2 a 3%. Corroborando ainda com as características físico-químicas ideais de bala
dura, o teor de ºBrix (sólidos solúveis) há de estar acima dos 85º (indicando uma
concentração de oitenta e cinco gramas de açúcares por cem gramas de bala).
A partir do trabalho de Spanemberg (2010), tem-se que, justamente pela
extrema baixa umidade e alto teor de sólidos solúveis, os açúcares presentes nas
balas duras possuem uma característica extremamente higroscópica, que é a
susceptibilidade de absorção de água do ambiente. Esta característica é a
principal causa do mais famigerado problema desta categoria de produto é a
cristalização/derretimento da camada externa de açúcares.
Spanemberg (2010), ainda em seu trabalho, propõe uma relação de
proporcionalidade nas formulações de balas: a quantidade de açúcares deverá
obedecer uma proporção de 60% de açúcares não redutores e 40% de açúcares
redutores. Sendo assim, se o produto leva 100g de açúcares, deverá ser
composto de 60g de sacarose (ou outro polissacarídeo) e 40g de glicose (xarope
de milho). A proporção é estabelecida para conter a higroscopia.
30

Ferreira (2008), em seu trabalho, desenvolve uma formulação base para


balas duras, conforme figura 6.
Figura 6. Formulação base de bala dura.

Ingrediente Porcentagem

Açúcar refinado 51

Xarope de glucose 25

Água 23

Acidulante 1

Total 100
Fonte: Ferreira (2008)
Quanto ao processamento de balas duras, Spanemberg (2010) elenca um
fluxograma para o processamento de balas duras estampadas, como por exemplo
contendo logomarca da empresa, sendo assim, na figura 7, é excluído os
processos relacionados a estampagem.
Figura 7. Processos para balas duras.

Fonte: Autoria Própria


Na primeira etapa (dissolução dos açúcares), ocorre a formação de uma
calda base a partir da água e os açúcares, em seguida, na segunda etapa
(cozimento), esta calda base é gradativamente aquecida, sob agitação constante,
até não houver mais cristais de açúcar (evento que ocorre entre a faixa de 60 a
90º C). Estas etapas da preparação da calda base são fundamentais, pois a
presença de cristais pode desencadear uma cristalização descontrolada no
processo. (SPANEMBERG, 2010)
Já na terceira etapa, temperagem, ocorre a adição do acidulante, corante,
essência e entre outros, fora da fonte de calor (evitando a hidrólise dos compostos
e o consequente evento de “mela” da bala, que nada mais é o produto da extrema
capacidade higroscópica), nesta etapa, a massa pode ser deixada em repouso ou
31

passar por processo de batelamento (aplicação de força de torção na massa


através de batedeira em alta velocidade com pá tipo gancho). A seguinte etapa
(resfriamento) ocorre concomitante com a anterior, haja visto que dependendo do
processo aplicado, ocorre a perda de calor. Lembrando que o refrigeramento de
balas duras é considerado um pecado capital, pois irá descartar todos os
obstáculos criados para evitar a absorção de umidade do ambiente.

1.5.2.2 Balas mastigáveis


Assim como as balas duras, as balas mastigáveis são o produto obtido a
partir da cocção de açúcares em água com umidade final de 6 a 12%. As balas
deste gênero são acrescidas de gordura e passam por, obrigatoriamente,
tratamento mecânico (estiramento) logo após o cozimento. (GONÇALVES;
ROHR, 2009)
Para Gonçalves & Rohr (2009), o processamento de balas mastigáveis é
mais delicado em comparação ao de balas duras, como pode-se exemplificar na
figura 8.
Figura 8. Processamento de balas mastigáveis.

Fonte: GONÇALVES; ROHR, 2009


A produção das balas mastigáveis inicia-se com a formação de uma calda
base açucarada, composta por todos os açúcares diluídos em água. Esta calda
deve ser cozida até atingir 60 a 65º Brix. Após a formação da calda base, é
acrescentados gordura e emulsificante a massa, para que ocorra uma
estabilização da mesma. O excesso de lecitina de soja poderá ocasionar diversos
impactos na massa, como uma emulsão instável e o ocasionamento da reação de
Maillard. O cozimento ocorre em temperaturas mais amenas (118 a 125ºC), em
relação às balas duras, durando de 2 a 3 minutos. Sendo assim, há de se atingir
a faixa de temperatura citada rapidamente. (GONÇALVES; ROHR, 2009)
Em seguida, a massa ainda quente é acrescida do acidulante, dos aromas
32

e corantes, sendo encaminhada aos tratamentos mecânicos. O tratamento


mecânico ocorre em forma de estiramento: um gancho é utilizado para incorporar
ar à massa e homogeneizar todos os ingredientes. O excesso de estiramento
causa a desestabilização da emulsão da massa. (BALLICO, 2004)

1.5.2.3 Balas de goma e gelatina


As balas de goma e de gelatina são similares, com pequenas nuances entre
si. As balas de gelatina são caracterizadas por ser uma goma, levemente
acidificada, com textura firme e elástica, apresentando aspecto transparente e
brilhante. A umidade deste tipo de bala é altíssima, em relação às duras e
mastigáveis, entre 20 e 35%. A textura do produto é definida pelo agente
geleificante escolhido, como goma arábica, gelatina, pectina e amidos especiais.
(LAZAROTTO, 2008)
Para Wally (2006), as balas de goma são caracterizadas por possuírem
características parecidas com as balas de geleia, porém, a fonte gelificante é o
amido de fonte vegetal.
Na fabricação de balas gomas, são executadas as etapas descritas na
figura 9.
Figura 9. Processamento de bala de goma.

Fonte: GARCIA; PENTEADO, 2005.


O processamento inicia-se com a formação de uma solução de gelatina,
que deve ser realizada de acordo com o produto utilizado. Diferente das outras
balas já elucidadas, a calda base citada não é cozida, é apenas uma solução dos
açúcares diluídos em água. O cozimento deverá ocorrer sob agitação constante
até a massa atingir 90º C. Ao atingir os 90º C, o acidulante e os saborizantes
deverão ser adicionados de forma seriada, isto é: em determinadas faixas de
temperatura (entre 82º C e 70º C) o material deverá ser adicionado de forma que,
a cada grau, haja uma nova concentração de acidulante, até atingir o nível
desejado. (GARCIA; PENTEADO, 2005)
33

Para o SEBRAE (2004), a fabricação de balas de gelatina ocorre de forma


idêntica ao de goma, porém, na etapa de cozimento, a bala deverá atingir de 71 a
82º Brix, diferente da de goma, que deverá atingir um máximo de 74º Brix (por
motivos de textura). Ainda para o mesmo autor, a bala de gelatina deve ser
moldada em formas recobertas com um pó de secagem de duas partes: uma parte
de amido e outra de açúcar (contrário as de goma, que deve ser apenas revestida
de amido), ou ainda uma pequena quantia de acidulante (apenas para efeitos
organolépticos).
O amido utilizado tem-se a função de reduzir a umidade da bala.
Corroborando com a premissa, o autor TSOUROUFLIS (1976) apresenta a
situação problema: os produtos que se utilizam ingredientes em pó, ou cristalinos,
a umidade, em que se forma através da adição de água, pode causar uma
aglomeração das partículas, e refletir na consistência, neste caso, recomenda-se
o uso de substâncias como maltodextrinas, amidos, e outros tipos de goma.

1.5.3 Compostos Calmantes

O mal do mundo moderno possui diversas origens, comumente


relacionadas a eventos antagônicos, cotidianos e sociais. Casamento, separação,
reunião social ou de trabalho, trânsito congestionado e falta de dinheiro são os
temas principais que geram o estresse. Não é possível combater os eventos que
levam ao estresse, mas é possível suavizar as reações/transformações químicas
do corpo humano que geram os sintomas do estresse.
Conter as transformações físicas e químicas do corpo não é tarefa fácil, há
a necessidade de gerar outros compostos de maior impacto (em relação aos
causadores dos sintomas do estresse) no corpo humano. Os compostos que
formam o princípio ativo do produto é um conjunto de ansiolíticos e hormônios
naturais relacionados a sensação de bem estar e felicidade, evidenciados por
Breuning (2015), que define os principais hormônios do combate ao estresse,
sendo eles: a endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina.
34

1.5.3.1 Estimuladores de hormônios


O quarteto dos hormônios calmantes é formado pela: endorfina, a ocitocina,
a dopamina e a serotonina. A ocitocina é relacionada aos eventos sociais e
emocionais, não podendo ser estimulada sua síntese a partir da alimentação.
Quanto a dopamina, esta é essencial para a regulação do humor e alívio
de tensões cotidianas relacionadas a frustrações. A dopamina é formada a partir
da ingestão de alimentos ricos em tiramina e tirosina, como sementes de abóbora,
beterraba, maçã, nozes e castanhas. (AGUIAR et al., 2011)
Breuning (2015), em seu livro, classifica a endorfina como um dos principais
aliviadores de tensão emocional e causadores do bem-estar, podendo ser
estimulada sua síntese a partir de alimentos ricos em capsaicina, como pimentas
do tipo caiena, espora, tabasco, pimenta-de-cheiro, vermelha e malagueta. Ainda
para Breuning (2015), frutas oleaginosas também fazem parte do aporte de
endorfinas, sendo a castanha-do-brasil (castanha-do-pará) a mais destacada.
A serotonina é o hormônio relacionada a felicidade, como alega Breuning
(2015), alimentos ricos em triptofano (principal fonte para a síntese de serotonina)
são a chave para a felicidade, alimentos como a castanha-de-caju, espinafre,
queijo e amendoim são excelentes aportes.
A literatura oferece diversas opções para estimular a produção destes
hormônios através da alimentação, como um aglutinado de pimenta dedo-de-
moça, castanha-do-pará e suco integral de maçã, que forneceriam a estimulação
desejada destes hormônios.
Embora haja diversos hormônios naturais que desinibem o estresse e a
tensão emocional, há um em especial (produzido pelas glândulas supra-renais)
que consegue sobressair nos impulsos nervosos, gerando o efeito contrário dos
já citados: o cortisol. Conforme Keller (2006), a síntese do cortisol é estimulada
com exercícios físicos (até mesmo de baixa intensidade) e baixo nível de glicose
no sangue. Ainda para Keller (2006), um nível elevado de cortisol gera alta
irritabilidade e cansaço físico, já níveis baixos geram sudorese, desejo por doces
e depressão.
Aragão (2015), alega que grande parte das pessoas que sofrem do
35

estresse crônico apresentam, em exame laboratorial, apresentam altos níveis de


cortisol. Estabilizar a síntese de cortisol é essencial para controlar os sintomas do
estresse. Alimentos ricos em fenilalanina e triptofano são recomendados para a
estabilização do cortisol.

1.5.3.2 Ansiolíticos naturais


O grupo fármaco ansiolítico corresponde a uma parcela de compostos que
aliviam a tensão emocional e a ansiedade, agindo, principalmente, no hipocampo
cerebral. (SCHULZ et al, 2012)
Ansiolíticos naturais não possuem efeito imediato ou tão ágil quanto os
sintéticos ou isolados, mas o pouco consumo com certa regularidade e em
quantidades pequenas causa um efeito semelhante. A grande parcela dos
ansiolíticos naturais correspondem a plantas/ervas medicinais. (MORAES et al.,
2006)
As principais plantas/ervas e flores medicinais empregadas para o efeito
ansiolítico, conforme Stella (et al., 2016) são da família passifloraceae (flor/folha
de maracujá), verbenaceae, lauraceae (canela), orchidaceae (orquídea),
asteraceae (camomila), apiaceae (ginseng) e tiliaceae (flor de tília).

1.5.3.2.1 Passiflorine
Substância similar à morfina com grande valor terapêutico como sedativo e
que, apesar de ser narcótico, não deprime o sistema nervoso central. Seu uso
diminui por instantes a pressão arterial e ativa a respiração, e ainda possui efeitos
analgésicos que são usados para neuralgias. (Pio Côrrea, 1984; Braga & Juqueira,
2000).

1.5.3.2.1.1 Passiflora alata Dryand (maracujá-doce)


Esta espécie é cultivada no Brasil para consumo in natura, já que a polpa
é doce e saborosa, é utilizada também como planta ornamental e medicinal, onde
de suas folhas é extraída a passiflorina (uma substância calmante) e suas
sementes trituradas possuem a ação anti-helmíntica. (Vasconcellos & Cereda,
1994, Teixeira, 1994 e Oliveira et al., 1994; Braga & Juqueira, 2000).
36

1.5.3.2.1.2 Passiflora clathrata Mast. (Maracujá-da-chapada),


Passiflora holosericea e Passiflora alata.
As folhas das plantas Passiflora clathrata Mast. , Passiflora holosericea e
da Passiflora alata, são utilizadas como calmante. (Souza & Meletti, 1997; Braga
& Juqueira, 2000).

1.5.3.2.1.3 Passiflora edulis


Esta planta é empregada para insônia, convulsões, pânico e ansiedade de
acordo com Castro & Chemale (1995).
De acordo com Martins et al. (1998) suas folhas podem ser usadas contra
inquietação nervosa e irritação frequente; e Silva et al., (1998) diz que esta
espécie é utilizada para tratamento de depressão, dores de cabeça, insônia e
neuralgias. (Braga & Juqueira, 2000).

1.5.3.2.1.4 Passiflora incarnata


A espécie de maracujá Passiflora incarnata é indicada para ansiedade,
insônia, hipertensão arterial, taquicardia, palpitações, mialgias. (Masson et al.
1998).

1.5.4 Embalagens

De acordo com a RDC nº91 (ANVISA), de 2001, embalagens é o artigo que


está em contato direto com alimentos, destinado a contê-los, desde a sua
fabricação até a sua entrega ao consumidor, com a finalidade de protegê-los de
agente externos, de alterações e de contaminações, assim como de adulterações.
Dentre os diversos materiais utilizados para a produção de embalagens, o
produto elaborado, bala antiestresse, tem como embalagem o plástico
polipropileno. Este material é designado à produtos que requerem uma maior
rigidez do plástico para proteção e ao mesmo tempo uma maior maleabilidade e
facilidade para a abertura do envoltório, além de proteger contra radiação UV e
inibir ou retardar degradações termo oxidativas. A embalagem mais adequada
para balas de goma confeitada são as confeccionadas em plástico PP5
(polipropileno). (FABRIS; FREIRE; REYES, 2006)
37

1.5.5 Trabalhos anteriores

Para melhor elucidação e aporte bibliográfico, destaca-se os seguintes


trabalhos anteriores que podem corroborar com o presente.

1.5.5.1 Chá fermentado pronto para o consumo sabor maracujá com


alecrim
Este trabalho teve como objetivo o estudo sobre a erva alecrim, tendo foco
em seus benefícios para o corpo humano, utilizando-se o item “2.1.7.1 Benefícios
da erva e usos”.

“Ervas culinárias não são tão potentes quanto as medicinais, mas podem
conferir algum benefício à saúde. Fornecem uma ampla variedade de
substâncias fitoquímicas ativas que promovem a saúde e protegem
contra doenças crônicas. As folhas do alecrim, por exemplo, contém um
óleo usado em analgésicos tópicos para aliviar dores musculares. O chá
alivia dores de cabeça.(SCHWARCZ et al., 2006; Apud OLIVEIRA et al.,
2012, 52)”

1.5.5.2 Aoijelly: Bala de goma diet de chá verde


Este trabalho teve como objetivo o estudo de colágeno como agente
geleificante principal, contido no item “4” referente aos ingredientes aditivos da
bala de goma.

“Sua reversibilidade, textura elástica, sabor suave e excelente liberação


do sabor, fazem com que o produto a base de gelatina tenha
propriedades sensoriais e texturas únicas, superiores a outros agentes
gelificantes”

1.5.5.3 Produção de geleia de cenoura com laranja


Teve como objetivo o estudo de um possível aditivo para balas, levando
em consideração a gelatinização esperada para bala de gelatina.

“A pectina é um polissacarídeo que possui um grande peso molecular,


sendo formado pelo metil éster de ácido poligalacturônico e seus sais de
38

sódio, potássio e amônio. É encontrada principalmente nas paredes


celulares das plantas, porém tem uma grande concentração nas peles
dos frutos. A pectina é adquirida a partir da extração aquosa da mistura
que é constituída de determinadas partes de material vegetal, sendo
mais frequentemente utilizado as frutas cítricas e maçã. Este produto
pode ser encontrado na forma líquida ou em pó. (Lidiane et al., 2002)”

1.5.5.4 Bala de batata doce recheada


O projeto foi utilizado para pesquisa sobre um dos ingredientes mais
importantes na fabricação de balas, a sacarose.

“A sacarose é um dissacarídeo (composto de uma molécula de dextrose


e outra de frutose) oriundo da cana dou da beterraba. sua principal
função é dar sabor doce e corpo a bala, produto composto
majoritariamente por este açúcar.” (Baldin et al., 2013)

1.5.5.5 Empanados de banana com mel e canela


Apesar do projeto não possuir um foco em balas, este foi utilizado para
pesquisa de um possível adoçante alternativo, o mel.

“A utilização de mel na nutrição humana não deveria limitar-se apenas a


sua característica adoçante, como excelente substituto do açúcar, mas
principalmente por ser um alimento de alta qualidade, rico em energia e
inúmeras outras substâncias benéficas ao equilíbrio dos processos
biológicos de nosso corpo.
Seu aroma, paladar, coloração viscosidade e propriedades medicinais
estão diretamente relacionados com a fonte de néctar que o originou e
também com a espécie de abelha que o produz Apis mellifera.”
(EMBRAPA, 2010 apud COSTA et al., 2014. 31)

1.6 Aspectos Legais

A produção de uma bala antiestresse baseia-se, legalmente, nas seguintes


legislações.
39

1.6.1 PIQ

O regulamento técnico para balas está presente na RDC nº 265 22 de


setembro de 2005, da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), que define a bala como: “é o produto constituído por açúcar
e ou outros ingredientes. Pode apresentar recheio, cobertura, formato e
consistência variados. Incluem-se, nesta definição, os produtos similares a balas”,
que correspondem a um nicho de caracterizações de produto variadas.
A legislação sanitária federal que fixa a identidade e as características
mínimas de qualidade dos chás é a Resolução RDC Anvisa nº 277, de 22 de
setembro de 2005, que estabelece o Regulamento Técnico para Café, Cevada
Chá, Erva-Mate e Produtos Solúveis. No item 2.2 do citado regulamento, o chá é
definido como: “o produto constituído de uma ou mais partes de espécie (s)
vegetal (is) inteira (s), fragmentada (s) ou moída (s), com ou sem fermentação,
tostada (s)ou não, constantes de Regulamento Técnico de Espécies Vegetais
para o Preparo de Chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou especiaria
para conferir aroma e ou sabor”. Esta definição pode ser designada para o produto
(bala antiestresse), já que muitas das ervas calmantes atribuídas à bala
necessitam passar por um processo de infusão, para uma melhor
homogeneização da solução calmante.

1.6.2 Legislação Microbiológica

A padronização microbiológica para alimentos destinados ao consumo


humano é guarnecida através da RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001 (ANVISA).
Para chocolates, balas, produtos para confeitar, gomas de mascar e similares é
definido os padrões no anexo 1.
A partir do anexo 1, para balas somente se faz necessário realizar análise
de coliformes termotolerantes.

1.6.3 Rotulagem geral e nutricional

A rotulagem do produto é guarnecida pela RDC nº 259, de 20 de setembro


de 2002 (ANVISA), na qual estabelece que toda embalagem deverá conter a
40

denominação de venda do alimento, lista de ingredientes, conteúdos líquidos,


identificação da origem do produto, nome ou razão social e endereço do
importador (se houver), informações sobre lote e prazo de validade, além de
instruções de preparo e consumo, se houver necessidade.
Para a rotulagem nutricional, há a RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003
ANVISA), que determina a descrição obrigatória das propriedades nutricionais do
produto alimentício.

1.6.4 Registros

O cadastro do CNPJ do presente trabalho é 07.457.942/0001-64. Os oito


primeiros dígitos indicam apenas o número da empresa. Já os quatro primeiros
dígitos após a barra indicam a situação da empresa, como sendo matriz (o
presente caso) ou filial (de 0001 a 9999). Os números após o hífen é um código
verificador expressado a partir de uma função algébrica. (BRASIL, s.d.)
41

1.6.5 Alvarás
42

2. Desenvolvimento Prático

2.1 Metodologia

2.1.1 Insumos

A figura 10 representa os insumos e as matérias primas utilizadas


durante os testes práticos realizados pelo grupo para a elaboração do
projeto.
Figura 10. Insumos e matérias primas utilizadas nos testes práticos.

Matérias primas Lote Data de Data de Data de uso


fabricação validade nos testes

26/05/2017

20/06/2017

23/06/2017

26/06/2017

14/08/2017

21/08/2017

Açúcar Refinado t0423 N.R 25/03/2018 28/08/2017

11/09/2017

16/10/2017

23/10/2017

27/10/2017

06/11/2017
43

26/06/2017
Açúcar impalpável 159359 N.R 18/07/2018 23/10/2017
29/10/2017
06/11/2017

26/05/2017

26/06/2017
Lecitina de soja 003/16 N.R 15/03/2018
14/08/2017

26/05/2017

26/06/2017
Gordura vegetal N.R 29/03/2017 29/03/2018
14/08/2017

26/05/2017

20/06/2017

23/06/2017

21/08/2017

Amido de milho 58LH6L8 N.R 28/11/2018 28/08/2017

16/10/2017

23/10/2017

29/10/2017

06/11/2017

21/08/2017
44

28/08/2017

11/09/2017
Suco de maçã SGV24 26/12/2016 26/12/2018
integral 16/10/2017

29/10/2017

06/11/2017

14/08/2017

28/08/2017

16/10/2017

16/10/2017
Açúcar Demerara S153 N.R 08/06/2019
23/10/2017

29/10/2017

06/11/2017

26/05/2017

23/06/2017
Gelatina Incolor 249924 N.R 04/2018
11/09/2017

26/05/2017

20/06/2017

Ácido cítrico 13505 N.R 22/04/2013 23/06/2017

26/06/2017
45

14/08/2017

21/08/2017

28/08/2017

11/09/2017

Ácido cítrico 13505 N.R 22/04/2013 16/10/2017

23/10/2017

29/10/2017

06/11/2017

26/05/2017

20/06/2017

23/06/2017

26/06/2017

14/08/2017

21/08/2017
Glucose em pó 7135 N.R 15/05/2018
28/08/2017

11/09/2017

16/10/2017

23/10/2017

29/10/2017

06/11/2017
46

Essência de limão 258969 N.R 10/2018 26/05/2017

Essência de 265609 N.R 03/2018 26/05/2017


framboesa

Essência de 256931 N.R 09/2018 26/05/2017


morango

Bala dura sabor


hortelã 709721 N.R 30/05/2019 07/08/2017

Bala dura sabor


café 030717 N.R 03/07/2019 07/08/2017

Bala dura sabor


morango OP-JPN2 N.R 23/09/2018 07/08/2017

Bala mastigável
sabor paçoca 1867M01 N.R 07/07/2018 07/08/2017

Bala mastigável
sabor iogurte PRD070317 N.R 03/2019 07/08/2017

Bala mastigável
sabor morango B4T2 N.R 04/04/2019 07/08/2017

Bala de gelatina
variada 136/17 N.R 12/06/2018 07/08/2017
47

Bala de goma PDRG1204 N.R 04/2019 13/11/2017


drageada- Delikets 17

20/06/2017

Colágeno 23/06/2017
254L2037 N.R 09/06/2019
Hidrolisado
21/08/2017

11/09/2017

Pectina isolada 006/17-007 N.R 06/2018 20/06/2017

Essência de 07 N.R +2020 23/10/2017


Maracujá
29/10/2017

06/11/2017

Fonte: Autoria própria.

2.1.2 Equipamentos

Figura 11. Equipamentos utilizados

Equipamento Marca Modelo Capacidade

Balança semi-analítica Shimadzu AUX-320 0,5-6200g

Béquer Nalgon N.R 50-500ml

Fogão industrial Cold metal N.R 4 bocas

Fogão Cooktop Bosch N.R 4 bocas

Batedeira Kitchenaid Artisan 4830ml


48

Refratômetro Antonpaar Abbematsoo N.R

Termômetro culinário Cinergia SH-113 -50ºC ~ 300ºC

Panela Tramontina N.R 2L

Talheres Tramontina N.R N.R

Refrigerador Brastemp Clean 80000ml

Paquímetro Mitutoyo N.R 20cm

Pisseta Nalgon N.R 500ml

Drageadeira INCAL JAA 110 5L

Fonte: Autoria própria.

2.1.3 Análises físico-químicas

Balas, por ser um produto de estrutura amorfa, possuem análises


bromatológicas envolvendo seus macronutrientes, sendo eles: pH, umidade e
atividade de água, sólidos solúveis e sólidos totais.
Para melhor elucidação deste quesito, separa-se em dois segmentos:
análises do produto e análise de confirmação de compostos calmantes.

2.1.3.1 Análises do produto


Para balas, tem-se a necessidade legal de realizar análises de umidade e
atividade de água, porém, para melhor caracterização de produto e padronização,
tem-se também a necessidade de análises de pH e sólidos solúveis (graus Brix).
A faixa de umidade ideal para balas de gomas confeitadas é de 5±1%, que
pode ser atestada de diversas maneiras. Na instituição SENAI “Prof. Dr.
Euryclides de Jesus Zerbini” é empregado o uso de balança infravermelho,
seguindo o método:
-Colocar a cápsula de alumínio na balança e tarar;
-Pesar 2g de amostra;
49

-Apertar a tecla start e aguardar leitura.


Para a determinação de pH, a instituição dispõe de pHmetro de bancada,
o qual segue a metodologia:
-Ligar o equipamento e calibrar (conforme requisitado na tela do mesmo)
com soluções tampão;
-Diluir o mesmo peso de amostra em água e homogeneizar;
-Mergulhar o bulbo nesta solução;
-Colher resultado exibida na tela após o aparecimento de um asterisco na
tela.

2.1.3.1.1 Análise de umidade e atividade de água


A partir da RDC nº 265 (ANVISA), a umidade de balas de goma e gelatina
não deve ser superior a 35%, de forma que, para lançar o produto no mercado,
tem-se que garantir a conformidade deste quesito legal. Em contraponto, às balas
de goma deverão possuir uma atividade de água inferior a 0,6.
Para a análise de umidade, pode-se realizar a determinação em um
equipamento por infravermelho, onde, em comparação pelo método gravimétrico,
reduz tempo de espera e custos de análise. Para o método de infravermelho,
utiliza-se 2 g de amostra, a qual deve ser cortada em pequenos fragmentos, que
são submetidos a raios infravermelhos, com temperatura constante de 110ºC por
um período de 15 minutos. Após o período, faz-se a medida da diferença de
massa da amostra no início e no final do processo, calculando a umidade perdida
pela amostra e fornecendo, então, o percentual de umidade contida no produto.
(HOPPE; MALLMANN; OLIVEIRA, 2015)
Já para a análise de atividade de água, na Escola SENAI “Prof. Dr.
Euryclides de Jesus Zerbini” utiliza-se o equipamento Aqualab, o qual deve-se
adicionar 2g de amostra cominuída ao máximo e contida dentro da cápsula de
alumínio do equipamento, configurando-o no equipamento para leitura. O
resultado é apresentado na tela do equipamento.
A atividade de água auxilia ainda para a medição do potencial de
crescimento microbiológico do produto, conforme a figura 12.
50

Figura 12. Atividade de água e crescimento microbiano.

Atividade de água Microrganismo

0,90 a 0,91 Bactérias deteriorantes

0,87 a 0,88 Leveduras deteriorantes

0,80 Bolores

0,75 Bactérias halófilas

0,65 Bolores xerófilos

0,60 Leveduras osmofílicas

Fonte: Hoffmann, 2001.

2.1.3.1.2 Análise de potencial hidrogeniônico


A higroscopicidade é um dos problemas mais recorrentes da indústria de
balas, na qual as moléculas de açúcar conseguem absorver umidade ambiente e
acabam por cristalizar-se. O pH é um dos fatores que influenciam este evento. O
pH ideal para balas é inferior a 5,5, sendo o ideal (para formulações que
contenham mais de 60% de açúcar) entre 2,5 a 2,85. (RAMOS; FARIAS, 2015)
Para a determinação do potencial hidrogeniônico, deve-se pesar 10g de
amostra e dissolvê-la em 100mL de água destilada. Aguardar um período de duas
horas para que os sólidos sejam completamente diluídos, agitando a solução
ocasionalmente. Após as duas horas, realiza-se a leitura em pHmetro de bancada,
previamente calibrado pela metodologia do Instituto Adolfo Lutz (1985): calibrar o
pHmetro com soluções tampão com pH 7,0 e pH 4,0, da solução de maior pH a
menor, lavando o bulbo do pHmetro com água destilada em cada leitura.

2.1.3.2 Análise para detecção e confirmação dos compostos


calmantes
A melhor análise cabível ao produto, dentro de suas condições (adição de
compostos conhecidos, pouca massa entre as unidades de amostra e fácil diluição
do produto em líquidos), é uma espectrometria de massa. A espectrometria de
51

massa é uma técnica analítica em que as moléculas de uma amostra são


convertidas em íons de fase gasosa, que são separados e identificados no
espectrômetro de massas com sua razão massa sobre a carga ionizada.
(WILSON; WALKER, s.d.)
Grande parte dos compostos calmantes empregados se encontram no
grupo de fenóis, sendo compostos fenólicos. O método de Folin-Denis (Shahidi,
1995) é o mais utilizado para a determinação e identificação de fenólicos em
alimentos. Este método descrito por Swain e Hillls (1959) baseia-se na redução
do ácido fosfomolíbdico-fosfotúngstico pelas hidroxilas fenólicas, produzindo um
complexo de coloração azul que absorve entre 620 e 740 nm com um
comprimento de onda máximo em 725 nm. A reação ocorre em meio alcalino e a
solução saturada de carbonato de sódio é a base mais indicada. O método de
Folin-Denis, no entanto, não é um método específico, pois determina todos os
fenólicos presentes, além de substâncias redutoras adicionadas aos alimentos ou
naturalmente presentes que podem interferir nos resultados, necessitando assim
conhecer os compostos identificados. (ANGELO; JORGE, 2007)

2.1.4 Análise de coliformes termotolerantes

Conforme Silva & Junqueira (2007), o procedimento para determinação de


coliformes termotolerantes se baseia em duas etapas: o teste presuntivo e o teste
com caldo de crescimento E. Coli (E.C.).
Para o teste presuntivo: preparar tubos de ensaio, com o tubo de Durham
já colocado, com o caldo de cultura L.S.T. e adicionar 10 mL do inóculo. Incubar
a 37º C por 24h a 48h, após este período, observar se houve formação de gás no
tubo de Durham e turbidez do caldo L.S.T., constatando assim a presença de
coliformes, seguindo para a próxima etapa, visando detectar coliformes do gênero
termotolerantes.
Determinação de coliformes termotolerantes: realizar a diluição seriada, em
água peptonada, de 10g de amostra até 10−3. Preparar tubos de ensaio com o
caldo de cultura E.C. com os tubos de Durham inseridos, adicionar 1 mL de inóculo
no tubo. Incubar a 44º C por 24h a 48h, a presença é confirmada quando o caldo
52

se torna turvo e ocorre formação de gás no tubo de Durham. Comparar resultados


com a tabela N.M.P. para expressão de resultado.

2.1.5 Análise sensorial

2.1.5.1 Teste de Preferência


A análise sensorial é a disciplina usada para evocar, medir, analisar e
interpretar reações características dos alimentos e materiais como são percebidas
pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. Contudo, conforme o produto
o atributo sensorial e finalidade do estudo existem recomendações de métodos,
referindo a NBR 12994, que classifica os métodos de análise sensorial dos
alimentos e bebidas em discriminativos, descritivos e subjetivos. (ABNT, 1993)
Nos testes de preferência o indivíduo manifesta sua preferência em relação
ao produto que lhe é oferecido. As escalas mais utilizadas são de ordenação-
preferência e comparação pareada. No teste de ordenação-preferência uma série
de amostras é apresentada para que seja ordenada de acordo com a preferência
do julgador. Na comparação pareada (teste utilizado neste projeto) são
apresentados pares de amostras para serem comparadas pelo julgador em
relação a sua preferência.
O teste unilateral é utilizado quando a priori se sabe que existe diferença
entre amostras, mas, deseja saber se esta diferença é perceptível sensorialmente.
O teste bilateral é empregado quando não se sabe se existe diferença entre
amostras ou na avaliação da preferência. O número de julgadores selecionados
deve ser no mínimo 15, porém com equipe altamente treinada pode-se trabalhar
com 8 a 9 julgadores. Ao julgador deve ser fornecido um ou mais pares de
amostras codificadas, apresentadas em ordem balanceada ou ao acaso nas
permutações AB e BA.

2.2 Testes Práticos

2.2.1 Teste Prático 1- Reconhecimento do Processamento de Bala

Data: 26/05/2017.
53

Local: Planta de industrialização de balas, chocolates e derivados. Escola


SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.

Objetivo: Processar uma amostragem de, em primeiro plano, bala dura e


mastigável e, em segundo plano, bala de goma e de gelatina.

Formulações: Figura 13. Formação de bala dura do teste prático 1.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 48,12 240,60

Água 28,12 140,60

Xarope de milho 18,12 90,60

Acidulante 3,14 15,70

Aromatizante de limão 2,50 12,50

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 14. Formulação de bala mastigável do teste prático 1.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 41,60 208,00

Água 19,60 98,00

Xarope de milho 11,60 58,00

Gordura Vegetal 13,10 65,50

Emulsificante 9,60 48,00

Acidulante 2,00 10,00

Aroma de morango 2,50 12,50

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.
54

Figura 15. Formulação de bala de goma do teste prático1.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 22,00 110,00

Água 51,00 255,00

Xarope de milho 20,00 100,00

Amido de milho 6,00 30,00

Acidulante 1,00 5,00

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 16. Formulação de bala de gelatina do teste prático 1.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 32,00 85,00

Água 27,00 105,00

Xarope de milho 28,00 65,00

Acidulante 1,00 5,00

Gelatina sem sabor 12,00 40,00

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Fluxogramas
55

Figura 17. Bala dura teste prático 1.

Fonte: Autoria própria

Figura 18. Bala mastigável do teste prático 1.

Fonte: Autoria própria


56

Figura 19. Bala de goma do teste prático 1.

Fonte: Autoria própria.

Metodologia

● Para a bala dura, elenca-se o seguinte método:


○ Formação da calda base: dissolve-se os açúcares em água até
completa diluição, sob agitação constante;
○ Cozimento: aquece-se o mais rápido possível a calda base, sob
agitação constante, até atingir 110º C, cozer por cinco minutos e em
seguida adicionar o saborizante e o acidulante;
○ Temperagem: em superfície fria, realiza-se movimentos orbitais (em
forma de 8) por dez minutos;
○ Embalagem: molda-se e armazena-se a bala em ambiente não
refrigerado.
● Para a bala mastigável, elenca-se o seguinte método:
○ Formação da calda base: dissolve-se os açúcares em água até a
completa diluição, sob agitação constante, cozinha-se esta calda a
80º C por dois minutos;
57

○ Cozimento: adiciona-se a gordura e o emulsificante, cozinha-se esta


massa a 110º C por três minutos;
○ Temperagem: leva-se a massa até uma batedeira planetária, onde
ocorre o batelamento da mesma em velocidade média por dois
minutos;
○ Embalagem: molda-se e armazena-se a bala em ambiente não
refrigerado.
● Já para a bala de goma, elenca-se o seguinte método:
○ Formação da calda base: dissolve-se os açúcares e o amido em
água até a completa diluição;
○ Cozimento: cozinha-se a calda base em 80º C por dois minutos, sob
agitação constante;
○ Moldagem: polvilha-se um pó secante (açúcar impalpável, amido ou
outros) nas formas e em seguida adiciona-se a massa;
○ Embalagem: armazena-se o produto em refrigeração constante até
estabilização da umidade (tempo que dura em torno de dois dias).
Resultados e Discussão

Para melhor elucidar os resultados, elenca-se a figura 20.

Figura 20. Resultados obtidos no teste prático 1.

Característica Bala Dura Bala Bala de Goma


Mastigável

Textura Mole com alta Bifásica, com Ligeiramente


viscosidade fase sólida e gelatinosa
outra
espumosa

Sabor Ácido, notas de N.A. Característico de


limão amido, com notas
de entrada
58

adocicada

Aparência geral Opaco, sem Indesejável, Translúcida, sem


manchas ou com aspecto manchas ou
cristais, idêntica a marrom e cristais
balas duras espumoso
comerciais

Fonte: Autoria própria.


O apêndice 1 apresenta o registro fotográfico da bala dura, mastigável e
de goma.
Por motivos de falta de tempo, não foi possível realizar o teste de
processamento da bala gelatina.
A bala dura, após a têmpera e o resfriamento, não apresentou problemas
relacionados a mela (fácil absorção de umidade e alta viscosidade), indicando
uma boa temperagem, porém, sua textura ficou extremamente viscosa, impossível
de ser moldada, portanto, é evidenciado a necessidade de maior tempo de
cozimento da bala. Quanto ao sabor, deu-se extremamente ácido, indicando que
a formulação necessita de correções quanto a concentração de acidulante.

Já a bala mastigável sofreu diversos problemas, como: quebra de emulsão,


formulação desequilibrada e cozimento ineficiente. A quebra de emulsão pode ter
sido ocasionada pelo excesso de batimento da massa, durante a aplicação de
tratamento mecânico (ocorrido em velocidade máxima por quatro minutos), em
contrapartida, a quebra da emulsão resultou em um sobrenadante espumoso,
indicando o excesso de emulsificante (lecitina de soja) na formulação. Como visto
no apêndice 1, a massa da bala adquiriu uma coloração extremamente marrom,
quando o esperado era um tom leitoso, indicando que houve duas transformações
químicas durante o cozimento: a reação de maillard (que teve a fonte proteica a
partir da lecitina de soja em excesso) e a caramelização do açúcar (cozimento em
alta temperatura com agitação ineficiente).

A bala de goma foi processada e armazenada sob refrigeração. Esta


59

estava com todas as características desejáveis.

Conclusão: A partir dos dados tabulados, conclui-se que a formulação de balas


duras precisa ser equilibrada, necessitando de maior atenção. Já a bala
mastigável, decide-se descarta-la, por ter uma necessidade fabril maior. Já a
bala de goma, a melhoria proposta é que se forre as formas utilizadas na
moldagem com amido ou açúcar, para que seja possível desenformá-las.

2.2.2 Teste Prático 2- Processamento de bala dura, de goma e de gelatina

Data: 20/06/2017.
Local: Planta de industrialização de carnes quente. Planta de
industrialização de chocolates, confeitos e derivados. Escola SENAI “Prof. Dr.
Euryclides de Jesus Zerbini”.
Objetivo: Testar diferentes formulações de bala dura, bala de goma e de
gelatina.
Formulações:
Figura 21. Formulação de bala dura do teste prático 2.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 36,0 180,0

Água 38,0 190,0

Glucose em pó 24,0 120,0

Acidulante 2,0 10,0

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 22. Formulação de bala de goma do teste prático 2.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 48,0 240,0


60

Água 30,0 150,0

Pectina 4,0 20,0

Glucose em pó 12,0 60,0

Amido de milho 5,0 25,0

Acidulante 1,0 5,0

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 23. Formulação de bala de gelatina do teste prático 2.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 35,0 175,0

Água 20,0 100,0

Acidulante 1,0 5,0

Pectina 14,0 70,0

Colágeno 10,0 50,0

Xarope de milho 20,0 100,0

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Metodologia

● Bala dura
○ Pesar todos os ingredientes;
○ Diluir os açúcares em água;
○ Cozer a calda em fogo alto, quando atingir 100°C, esperar 2 minutos;
○ Ler o °Brix;
○ Voltar ao fogo caso o °Brix estiver abaixo de 60°Brix;
○ Adicionar o acidulante;
61

○ Bater em velocidade alta até 40°C;


○ Moldar;
● Bala de goma
○ Pesar todos os ingredientes, exceto 20% da água;
○ Diluir os açúcares em água;
○ Peneirar o amido e solver em água (os 20%);
○ Cozer a calda até 90°C;
○ Adicionar a pectina e o amido dissolvido;
○ Cozer até gelatinizar;
○ Ler °Brix;
○ Resfriar e moldar;
● Bala de gelatina
○ Pesar todos os ingredientes;
○ Preparar a solução de colágeno e pectina;
○ Diluir os açúcares em água;
○ Cozer a calda até 70°C;
○ Adicionar a solução geleificante;
○ Ler o °Brix;
○ Cozer até 60°C;
○ Moldar e refrigerar.
Resultados e discussão: Bala dura: Textura mole, demorou para endurecer
(aproximadamente 1 hora), aparência translúcida, aroma açucarado, sabor ácido.

Bala de goma: Não foi possível realizar.

Bala de gelatina: Não foi possível realizar, pectina não dissolveu.

O objetivo não foi concluído, as balas de goma e gelatina não foram


processadas pois a quantia de água nas formulações com a solução geleificante,
além de pectina, formou grânulos impossibilitando a formação da solução
geleificante. A bala dura não apresentou características de bala dura, formou-se
mela e alta viscosidade, indicando baixa concentração de sólidos solúveis, além
62

de seu sabor ácido, devido à grande quantidade de acidulante.

Conclusão: Será necessário uma pesquisa mais aprofundada sobre o


valor ideal do °Brix para a características física necessária de cada tipo de bala;
Além de aprimorar as formulações para que os mesmos erros de falta de
ingredientes não ocorra. Apesar da redução do acidulante, ainda é perceptível seu
sabor na bala, portanto será reduzido novamente.

2.2.3 Teste Prático 3- Processamento de bala de goma, de gelatina,


mastigável e dura com dois métodos diferentes e análise de aspectos
físicos e sensoriais das balas processadas no teste.

Data: 23/06/2017, 26/06/2017 e 28/06/2017.

Local: Laboratório de Análise de Qualidade de Alimentos. Escola SENAI


“Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”; Planta de industrialização de balas,
chocolates e derivados. Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.

Objetivo: Processar uma amostragem de bala dura (com temperagem


automática), bala de goma e bala de gelatina;

● Definir a formulação de bala dura e mastigável utilizando diferentes


métodos para a bala dura;
● Analisar aspectos físicos e organolépticos de diferentes tipos de balas
produzidas no teste.
Formulações

Figura 24. Formulação para bala dura do teste prático 3.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 36,0 180,0

Água 37,5 187,5

Glucose em pó 26,0 130,0


63

Acidulante 0,5 2,5

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 25. Formulação para bala de goma do teste prático 3.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Água 51,1 255,5

Açúcar refinado 22,2 111,0

Glucose em pó 20,1 100,5

Amido de milho 6,1 30,5

Acidulante 0,5 2,5

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 26. Formulação para bala de gelatina do teste prático 3.

Ingrediente Porcentagem (%) Quantidade (g)

Água 37,0 185,0

Açúcar refinado 25,0 125,0

Glucose em pó 23,0 115,0

Colágeno hidrolisado 8,5 42,5

Gelatina 6,0 30,0

Acidulante 0,5 2,5

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.
64

Figura 27. Formulação da bala mastigável do teste prático 3.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 25 125

Água 30 150

Xarope de Glucose 21 105

Gordura vegetal 18 90

Emulsificante 5,5 27,5

Acidulante 0,5 2,5

Total 100 500


Fonte: Autoria própria.

Figura 28. Bala dura com temperagem automática.


65

Fonte: Autoria própria

Figura 29. Bala de goma do teste prático 3.

Fonte: Autoria própria.


66

Figura 30. Bala de gelatina do teste prático 3.

Fonte: Autoria própria.


67

Figura 31. Metodologia da bala 1 e 2

Fonte: Autoria própria


68

Figura 32. Metodologia da bala mastigável.

Fonte: Autoria própria.


69

Metodologia

● Para bala dura:


○ Pesar todos os ingredientes;
○ Dissolver os açúcares em água;
○ Levar a calda ao fogo alto, sob agitação constante, até não houver
cristais de açúcar;
○ Após a diluição total, interromper agitação e cozer a calda até atingir
120º C;
○ Cozer a calda por quatro minutos e aferir graus brix;
○ Levar a calda base até a batedeira planetária (com pá tipo gancho)
e bater em velocidade média por dois minutos;
○ Porcionar as balas e armazenar.
● Para bala de goma:
○ Pesar todos os ingredientes;
○ Dissolver os açúcares em água;
○ Levar a calda base ao fogo, sob agitação constante, até não houver
mais cristais de açúcar;
○ Cozer a 110º C por três minutos;
○ Adicionar o amido de milho (já diluído em pouca água) e
homogeneizar a solução;
○ Cozer a solução até o amido gelatinizar (ponto de bloom);
○ Moldar em formas de plástico ou silicone;
○ Armazenar em ambiente refrigerado por quatro dias.
● Para bala de gelatina:
○ Pesar todos os ingredientes;
○ Dissolver os açúcares em água;
○ Levar a calda base ao fogo, sob agitação constante, até não houver
mais cristais de açúcar;
○ Cozer a 110º C por três minutos;
○ Adicionar a solução de gelatina (colágeno hidrolisado e gelatina
70

diluídos em pequena porção de água);


○ Cozer em fogo alto até atingir a faixa de 65 a 75º brix;
○ Moldar em formas de plástico ou silicone;
○ Armazenar em ambiente refrigerado por quatro dias;
● Descrição da Figura 31:
○ Pesar todos os ingredientes.
○ Diluir os açúcares em água.
○ Levar a calda em fogo alto, ao atingir 100ºC, cozinhar por 2 minutos.
○ Ler o brix.
○ Adicionar acidulante.
○ Realizar a têmpera na batedeira ou no mármore.
○ Realizar a moldagem da bala.
● Descrição da Figura 32:
○ Pesar todos os ingredientes
○ Diluir os açúcares em água
○ Levar a calda em fogo alto, ao atingir 85ºC adicionar gordura e o
emulsificante.
○ Ao atingir a temperatura de 125ºC cozinhar por mais 3 minutos.
○ Adicionar acidulante
○ Bater em velocidade alta.
○ Realizar a moldagem da bala.

Resultados e Discussão

Neste teste prático, apenas elenca-se os resultados processuais obtidos,


sendo eles tempo de cozimento, temperatura e graus brix final.

A massa da bala dura, após cozimento de quatros minutos e meio


(aproximadamente) a temperatura de 120º C, obteve 86.2º Brix (a faixa esperada
era de 80º Brix) (leitura a 22º C, correção de leitura automática por parte do
equipamento). Já a massa de bala de goma, após cozimento ideal, obteve leitura
de 86.2º Brix (a faixa esperada era de 75º Brix) (a 20º C). O caldo de bala de
71

gelatina, após cozimento de três minutos, obteve aferimento de 67.66º Brix (a


19.95º C).

Bala dura mármore: Foi enformada em uma forma untada com gordura
vegetal, sua aparência tinha uma textura mole e uma coloração translúcida, seu
brix foi de 80º a 19ºC.

Bala dura batedeira: Foi enformada em uma forma untada com gordura
vegetal, igualmente a bala dura com a têmpera realizada no mármore, sua
aparência apresentou uma textura mole, uma coloração translúcida e seu brix foi
de 77º a 19ºC.
Bala mastigável: Caramelizou e não atingiu 125ºC, sendo retirada a 103ºC.
Sua aparência apresentou uma textura mole e ela ficou queimada tendo o brix de
76º a 19ºC.
Para a avaliação das propriedades físicas e organolépticas das balas
produzidas, estabeleceu-se alguns padrões reológicos e visuais, além dos
sensoriais, conforme figura 33.
Figura 33. Características observadas no teste prático 3.

Bala de goma Bala dura Bala dura Bala mastigável


(tempera (tempera manual)
automática)

Viscosa Viscosa Viscosidade Pouca viscosidade


mediana

Higroscópica Higroscopia Não higroscópica Cristalizada


moderada

Aparência opaca Aparência Aparência Aparência


esbranquiçada esbranquiçada caramelizada

Sem sabor Sabor açucarado Sabor açucarado caramelizado

O apêndice 2 elenca os registros fotográficos das balas processadas no


72

presente teste prático.

Os parâmetros de cozimento estabelecidos, para bala dura, foram


satisfatórios, podendo haver modificações sutis quanto ao tempo, haja visto que
o brix ideal era de 85º. Quanto a textura esperada a partir da temperagem
automática, esta será elucidada posteriormente em outro teste prático.

A bala de goma obteve-se um teor de sólidos solúveis elevado (86.2º Brix),


ocasionando uma textura entre rígida e dura, portanto, mastigabilidade reduzida.
Há de ser reduzido o tempo de cozimento da calda base, objetivando reduzir o
teor de açúcares final.

Já a bala de gelatina, deveria ter atingindo um teor de 71 a 82º Brix,


conforme material bibliográfico. O possível problema gerado é de uma bala pouco
doce, com textura pouco firme e mastigabilidade baixa. Para sanar está questão,
pode-se aumentar o tempo de cozimento.

Demais características desejáveis na bala, como textura final, sabor, flavor


e outros aspectos organolépticos, serão analisados em outro teste prático.

O objetivo não foi alcançado pois as balas não apresentaram a textura que
era esperada pelo grupo, sendo uma textura mole. Provavelmente essa textura foi
atingida devido ao tempo de cocção das balas, as mesmas foram retiradas antes
de atingirem o tempo planejado e a temperatura adequada, devido a problemas
de cocção, como equipamento incorreto (panela não recomendada para fogão de
indução, evento qual que não se tinha conhecimento, e termômetro culinário
desregulado).

Todas as balas apresentam os mesmo problemas: aparência pálida ou


esbranquiçada, higroscopia acentuada e alta viscosidade. Estes problemas são
encontrados a partir de defeitos durante a etapa de cozimento e/ou temperagem.
Na etapa de cozimento pode-se gerar dois problemas: alta viscosidade e o
favorecimento da higroscopia. A alta viscosidade gera-se devido à baixa
concentração de sólidos solúveis, já o favorecimento da higroscopia ocorre
quando a bala é cozida a temperaturas mais brandas por longo período de tempo,
73

haja visto que devem ser submetidas a um aquecimento rápido em,


preferivelmente, um curto período de tempo. A higroscopia é favorecida nestas
condições devido a morfologia da estrutura da bala, a qual deveria se tornar um
conglomerado amorfo de estruturas açucaradas unidas por estruturas ácidas, o
evento contrário fornece o rearranjo das moléculas de açúcar e a eventual
absorção de umidade.
Quanto a textura esbranquiçada, esta foi gerada durante uma temperagem
excessiva, na qual o delicado estado amorfo das moléculas da bala foi
rearranjado, gerando uma massa açucarada e pálida, absorvendo umidade
ambiente.
Para sanar estes problemas basta procurar um novo método de cozimento
da bala, o qual atinge maior faixa de temperatura em um período de tempo menor.
Também há a necessidade de buscar novos métodos de temperagem, o qual
deverá ser menos agressivo para a morfologia da bala.
Conclusão: Através das análises empíricas, os parâmetros processuais
para a formação de massas base de bala foram satisfatórios, exceto para bala de
gelatina, que deverá ser corrigido para um maior tempo de cozimento (após adição
da solução de gelatina). O produto base ainda precisa ser melhor cozido,
necessitando assim de maior enfoque neste quesito nos próximos testes práticos.
Apesar das balas não apresentarem uma textura ideal, este teste prático foi útil
para agregar conhecimentos sobre a temperagem de balas duras, porém, de nada
adiantaram devido à baixa concentração de sólidos solúveis. Neste teste, tornou-
se claro que a bala dura não apresenta uma temperagem fácil, além de altíssimas
temperaturas de cozimento (além do longo período do mesmo), tornando-se
menos ideal para servir de modelo base para a bala antiestresse. Tem-se então a
necessidade de buscar novos tipos de balas. São necessários novos métodos de
cozimento e temperagem da bala, haja visto que os problemas elencados são
gerados justamente nestas etapas.

2.2.4 Teste Prático 4 - Padrões de mercado

Data: 07/08/2017
74

Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus


Zerbini”.
Objetivo: Avaliar e estabelecer diferentes padrões de balas disponíveis no
mercado brasileiro.
Metodologia: O método analítico, elencado a seguir, é o mesmo para os
quatros tipos de bala:
● Separar três amostras de cada marca de tipo de bala;
● Pesar em balança semi-analítica cada amostra;
● Medir, com o paquímetro, a largura e o comprimento de cada amostra;
● Expressar resultados.
Resultados e Discussão
Figura 34. Bala dura teste prático 4.

Marcas Santa Fé Brazillian Toffano

Sabor Hortelã Café Morango

Lote 709721 030717 OP-JPN2

Validade 13-03-19 03-07-19 23-09-18

Fonte: Autoria própria


Figura 35. Balas sabor hortelã.

Amostra 1 Amostra Amostra Amostra DV


2 3 média

Peso (g) 5,35 5,05 5,45 5,28 ±0,169967317

Comprimento 2,41 2,51 2,38 2,43 ±0,055577773


(cm)

Largura (cm) 1,80 1,63 1,68 1,70 ±0,071336448

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico da bala dura de hortelã é elencado no apêndice 3.
75

Figura 36. Balas sabor café.

Amostra 1 Amostra Amostra Amostra DV


2 3 média

Peso (g) 3,55 3,57 3,88 3,66 ±0,169967317

Comprimento 2,23 2,16 2,09 2,16 ±0,05715476


(cm)

Largura (cm) 1,54 1,29 1,78 1,53 ±0,200055547

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico da bala dura de café é elencado no apêndice 4.
Figura 37. Bala sabor morango.

Amostra 1 Amostra Amostra Amostra DV


2 3 média

Peso (g) 5,59 6,26 6,39 6,08 ±0,350523418

Comprimento 2,46 2,51 2,55 2,5 ±0,03681787


(cm)

Largura (cm) 1,83 1,90 1,91 1,88 ±0,0359026

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico da bala dura de morango é elencado no apêndice 5.
Figura 38. Média geral das balas duras.

Peso (g) 5,0006

Comprimento (cm) 2,36

Largura (cm) 1,70

Fonte: Autoria própria


O panorama geral das balas é registrado, fotograficamente, no apêndice 6.
76

Figura 39. Bala mastigável do teste prático 4.

Marcas Santa Helena Dori Alimentos Frutomila

Sabor Paçoca Iogurte Morango

Lote 1867M01 PRD070317 B4T2

Validade 07-07-18 03-2019 04-04-19

Fonte: Autoria própria


Figura 40. Bala sabor paçoca.

Amostra 1 Amostra Amostra Amostra DV


2 3 média

Peso (g) 5,24 5,25 5,31 5,26 ±0,030912061

Comprimento 2,62 2,61 2,66 2,63 ±0,021602468


(cm)

Largura (cm) 1,89 1,72 1,76 1,79 ±0,072571803

Fonte: Autoria própria.


O registro fotográfico da bala mastigável de paçoquita é elencado no
apêndice 7.
Figura 41. Bala sabor iogurte.

Amostra 1 Amostra Amostra Amostra DV


2 3 média

Peso (g) 5,76 5,52 5,49 5,59 ±0,120830459

Comprimento 2,73 2,81 2,65 2,73 ±0,065319726


(cm)

Largura (cm) 1,65 1,62 1,70 1,65 ±0,032998316


77

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico da bala mastigável de yogurte é registrado no
apêndice 8.
Figura 42. Bala sabor morango.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra DV


média

Peso (g) 5,08 4,95 5,39 5,32 ±0,43458792


7

Comprimento 2,29 2,34 2,41 2,34 ±0,04921607


(cm) 6

Largura (cm) 1,47 1,48 1,50 1,48 ±0,01247218


1

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico da bala mastigável de morango é elencado no
apêndice 9.
Figura 43. Média geral das balas mastigáveis.

Peso (g) 5,39

Comprimento (cm) 2,56

Largura (cm) 1,64

Fonte: Autoria própria


O panorama geral das balas mastigáveis é registrado, fotograficamente, no
apêndice 10.
Figura 44. Bala de gelatina do teste prático 4.

Marca Docile
78

Sabor Sortido

Lote 136-17

Validade 12-06-18

Fonte: Autoria própria


Figura 45. Avaliação da bala de gelatina.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 DV

Peso (g) 4,32 4,24 4,28 ±0,04

Fonte: Autoria própria


Figura 46. Bala de goma drageada do teste 4.

Marca Dori

Sabor Sortido

Lote PRD16101701

Validade 16-12-18

Fonte: Autoria própria


O registro fotográfico das balas sortidas, estão localizados no apêndice
11.
Figura 47. Bala de goma drageada sabor abacaxi.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra DV


média

Peso (g) 2,25 2,29 2,06 2,20 ±0,122882

Comprimento 2,89 2,84 2,85 2,86 ±0,026458


(cm)
79

Largura (cm) 1,12 1,15 1,16 1,14 ±0,020817

Fonte: Autoria própria.


Figura 48. Bala de goma drageada sabor framboesa.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra DV


média

Peso (g) 2,05 1,87 1,85 1,92 ±0,110151

Comprimento 1,95 1,87 1,87 1,89 ±0,046188


(cm)

Largura (cm) 1,17 0,91 0,99 1,02 ±0,133167

Fonte: Autoria própria.


Figura 49. Bala de goma drageada sabor limão.

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra DV


média

Peso (g) 1,96 2,09 2,11 2,05 ±0,081445

Comprimento 1,85 1,85 1,84 1,85 ±0,005774


(cm)

Largura (cm) 1,04 1,05 1,06 1,05 ±0,01

Fonte: Autoria própria.


Durante o teste prático não foi realizado a avaliação das características
organolépticas, o único quesito avaliado foi a aparência física de cada tipo de
bala e as dimensões.
Não possível analisar balas de goma e de gelatina em sua plenitude por
apresentarem formatos diferenciados, adotando desde figuras animalescas a
representações de objetos.
Conclusão: A partir dos dados obtidos, pode-se formular uma
80

padronização de cada tipo de bala presente no mercado comparando diferentes


marcas, através de uma avaliação de tamanho, peso, comprimento e largura,
auxiliando a determinação de um padrão para o produto a ser processado.

2.2.5 Teste Prático 5 - Processamento de bala dura e mastigável

Data: 14/08/2017
Local: Laboratório de Análise de Qualidade de Alimentos. Escola SENAI
“Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.
Objetivo: Testar novas formulações de bala dura e mastigável.
Formulações:
Figura 50. Formulação de bala dura do teste prático 5.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar Refinado 39 195

Glucose em Pó 47,5 237,5

Água 13,0 65

Ácido cítrico 0,5 2,5

Total 100 500


Fonte: Autoria própria
Figura 51. Formulação da bala dura com demerara do teste prático 5.

Ingredientes Porcentagem Quantidade (g)

Glucose em pó 47,5 237,5

Açúcar refinado 25,35 126,75

Açúcar demerara 13,65 68,25

Água 13 65

Ácido cítrico 0,5 2,5

Total 100 500


81

Fonte: Autoria própria


Figura 52. Formulação da bala mastigável do teste prático 5.

Ingredientes Porcentagem Quantidade (g)

Glucose em pó 44 220

Açúcar refinado 37 185

Agua 14,8 74

Gordura vegetal 3,3 16,5

Ácido cítrico 0,5 2,5

Lecitina de soja 0,4 2

Total 100 500


Fonte: Autoria própria
Fluxograma:
Figura 53. Fluxograma de bala dura.

Fonte: Autoria própria


82

Figura 54. Fluxograma da bala mastigável

Fonte: Autoria própria


83

Metodologia
● Bala dura:
○ Dissolver a sacarose em água e levar ao fogo;
○ Adicionar a glucose em pó e homogeneizar;
○ Cozer até atingir a temperatura de 135ºC e adicionar o acidulante;
○ Realizar a moldagem.
● Bala mastigável:
○ Diluir os açúcares em água e levar ao fogo;
○ Ao iniciar a ebulição da água, adicionar a lecitina e a gordura
fundidas no forno micro-ondas;
○ Cozer até atingir 118ºC e adicionar o acidulante;
○ Realizar a estiragem da massa em uma batedeira;
○ Realizar a moldagem.
Resultados e Discussão: O apêndice 11 apresenta as características físicas das
balas dura com demerara, bala dura, bala mastigável e as duas juntas
respectivamente.
A bala dura ficou translúcida e dura a ponto de se estilhaçar em pedaços
como um vidro, sendo um sucesso, pois a bala demonstrou características
essenciais de uma bala dura.
Porém a bala mastigável ficou muito pegajosa e elástica, pois a massa não
foi estirada o suficiente.
Conclusão: A bala mastigável precisa ficar mais tempo no processo de
estiragem de massa, para que a bala não fique pegajosa e elástica. Tem-se então
a necessidade de buscar novos métodos de estiramento.

2.2.6 Teste Prático 6 - Processamento de bala de goma e gelatina

Data: 21/08/2017
Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”.
Objetivo: Foi realizado o teste das balas de goma e gelatina, sendo que
em uma das formulações de gelatina foi trocado a gelatina pelo colágeno.
84

Formulações
Figura 55. Formulação da bala de goma do teste prático 6.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 22,5 78,75

Água 51 178,5

Xarope de glucose 20 70

Acidulante 0,5 1,75

Amido de milho 6,0 21

Total 100 350


Fonte: Autoria própria
Figura 56. Formulação da bala de gelatina 1 do teste prático 6.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar refinado 32,5 113,75

Água 27,5 96,25

Xarope de glucose 25 87,5

Acidulante 0,5 1,75

Gelatina 6 21

Suco de maçã 8,5 29,75

Total 100 350


Fonte: Autoria própria
85

Figura 57. Formulação da bala de gelatina 2 do teste prático 6.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Açúcar Refinado 32,5 113,75

Água 27,5 96,25

Xarope de glucose 25 87,5

Acidulante 0,5 1,75

Colágeno 6 21

Suco de maçã 8,5 29,75

Total 100 350

Fluxograma:
Figura 58. Fluxograma de bala de goma
86
87

Figura 59. Fluxograma de bala de gelatina.

Fonte: Autoria própria.


88

Metodologia: Bala de goma:


○ Dissolver o amido em água (21g em 84g de água);
○ Diluir a sacarose no restante da água (94,5g);
○ Adicionar a glucose, homogeneizando-a;
○ Adicionar solução de amido;
○ Aquecer até 104ºC;
○ Cozer até alcançar a faixa de 74º a 76ºBrix;
○ Adicionar ácido cítrico;
○ Depositar em moldes de amido;
○ Secar em temperatura ambiente;
● Bala de gelatina
○ Preparar a solução de gelatina (21g de gelatina em 42g de água);
○ Diluir a sacarose em água (56,25g);
○ Adicionar glucose e o suco de maçã, e a solução de gelatina;
○ Aquecer até 105ºC;
○ Cozer até alcançar a faixa de 74º e 76ºBrix;
○ Depositar em moldes com óleo;
○ Resfriar em temperatura ambiente por 48h.
Resultados e Discussão: A bala de goma produzida, após o tempo de
refrigeração (48 horas), atingiu uma textura umedecida, pouco firme, aparência
opaca, gosto residual de amido e uma camada gordurosa.
A bala de gelatina produzida, após seu tempo de refrigeração (48 horas),
obteve-se uma aparência opaca e com textura dura, extremamente higroscópica;
também se formou uma sobre-camada gordurosa.
A bala de gelatina com colágeno, após o tempo de refrigeração (48 horas),
obteve-se uma bala não gelatinosa.
Bala de goma: A textura se tornou umedecida devido à falta de um do pó
de secagem adequado, portanto a bala ficou higroscópica e viscosa, onde deveria
ter ficado com uma textura firme e não viscosa. Se utilizado uma quantidade
menor de amido na processo de produção da bala não teria ficado o gosto residual
do amido. A camada gordurosa foi obtida devido ao grupo ter untado a forma com
89

gordura.
Bala de gelatina: Devido a quantidade de gelatina, obteve-se uma
aparência opaca/esbranquiçada, evidenciando a alta quantidade de gelatina.
Sendo assim, tem-se que equilibrar a proporção da mesma.
Bala de gelatina com colágeno: Como obteve uma bala não gelatinosa com
o uso do colágeno, percebeu-se que ele possui um poder gelatinoso menor que a
gelatina, sendo assim inviável utilizar por ser mais caro e menos eficaz.
Para melhor retratar, o apêndice 12 elenca as características físicas das
balas de gelatina, gelatina com colágeno e de goma.
Conclusão: Conclui-se que, para a bala de goma, há de se revisar os
métodos de secagem e, em conjunto, aumentar o teor de sólidos solúveis, para
assim o produto obter as características ideais para um núcleo de drageamento.
Já a bala de gelatina, tem-se que descartar o uso do colágeno como fonte
geleificante principal, por ser instável e por formar uma rede fraca.

2.2.7 Teste Prático 7 - Processamento de bala de goma

Data: 28/08/2017
Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”.
Objetivo: Testar diferentes formulações de bala de goma, com enfoque
especial para a obtenção de uma textura firme.
Formulações
90

Figura 60. Formulação 1 e 1² do teste prático 7.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 154,5 51,5

Açúcar refinado 66 22

Glucose em pó 60 20

Amido de milho 18 6

Acidulante 1,5 0,5

Total 300 100


Fonte: Autoria própria
Figura 61. Formulação 2 do teste prático 7.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 169,95 51,5

Açúcar refinado 42,9 13

Açúcar demerara 13,2 4

Glucose em pó 56,1 17

Amido de milho 19,8 6

Suco de maçã integral 26,4 8

Acidulante 1,65 0,5

Total 330 100


Fonte: Autoria própria

Fluxograma:
91

Figura 62. Fluxograma da bala de goma

Fonte: Autoria própria

Metodologia
92

● Bala de goma 1, 1² e 2:
○ Pesar todos os ingredientes, exceto 52g de água;
○ Preparar a solução de amido, 18g de amido de para 52g de água;
○ Dissolver os açúcares em água (102,5g de água);
○ Cozer a calda até os açúcares se dissolverem por completo,
adicionar a solução de amido e cozer tudo até 104ºC**;
○ Medir o Brix, deve estar entre 74º e 76ºBrix;
○ Adicionar o acidulante;
○ Depositar nos moldes de amido;
○ Secar por dois dias;
**Cozer a bala 1² até 110ºC.
Resultados e Discussão: Os resultados foram observados depois de 3
dias e novamente no dia seguinte.
Resultados após 3 dias:
Bala 1 - consistência mole e grudenta, quase em uma consistência ideal
para se dragear, Brix de 73,40º a 19 ºC; Aparência esbranquiçada (Devido ao
amido); Sabor neutro (não doce ou ácido).
Bala 1² - Consistência extremamente mole, não secou o suficiente, Brix de
75º a 19 ºC, aparência levemente amarelada; sabor neutro (não doce ou ácido).
Bala 2 - Consistência grudenta e mole, não secou o suficiente; aparência
levemente amarelada, brilhante; sabor leve de açúcar e maçã. Brix de 75,19º a
19,8 ºC.
Resultados após 4 dias:
Bala 1 - Sem muitas diferenças no sabor e na aparência, ficou levemente
mais consistente.
Bala 1² - Exatamente igual ao 3º dia de secagem.
Bala 2 - Exatamente igual ao 3º dia de secagem.
Estes resultados podem ser melhor observados no registro fotográfico
localizado no apêndice 13.
O objetivo foi parcialmente atingido, já que com diferentes métodos e
ingredientes, pode-se observar diferentes características, como na Bala 2 que
93

continha o açúcar demerara, que apresentou um brilho maior que as balas 1’s, a
quantidade de suco de maçã integral foi o suficiente para quebrar o ácido e o
açúcar das balas, porém não é extremamente perceptível seu sabor nestas.
Conclusão: Será necessário encontrar outro meio para realizar a secagem
com maior eficiência, sendo ele, um maior cozimento, cobertura total das balas
pelo pó de secagem, ou secagem em estufa, para que a bala contenha uma
textura mais firme, que facilite o seu drageamento. A quantidade de suco de maçã
está adequada, já que sua função não é atribuir sabor, mas amenizar outros
ingredientes mais marcantes, como a grande quantidade de açúcar, tendo então
a necessidade de buscar novos métodos de secagem, para, assim, conseguir uma
melhor consistência. Além disso foi-se decidido realizar o processamento de bala
de gelatina, para uma análise mais detalhada e sobre sua possível capacidade
para se tornar um centro, a ser drageado posteriormente.

2.2.8 Teste Prático 8 - Processamento de bala de gelatina.

Data: 11/09/2017
Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”.
Objetivo: Realizar o processamento de diferentes formulações de bala de
gelatina.

Formulações
94

Figura 63. Bala de gelatina 1.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Gelatina 11,76 35,28

Xarope de glucose 46,27 138,81

Ácido cítrico 1,18 3,54

Água 38,12 114,36

Suco de maçã 1,57 4,71

Colágeno hidrolisado 1,10 3,3

Total 100 300


Fonte: Autoria própria
Figura 64. Bala de gelatina 2.

Ingredientes Porcentagem (%) Quantidade (g)

Gelatina 5 15

Xarope de glucose 48,21 144,81

Açúcar refinado 11,43 31,29

Ácido cítrico 1,18 3,54

Água 39,18 120,36

Total 100 300


Fonte: Autoria própria

Figura 65. Bala de gelatina 3 do teste prático 8.

Ingredientes Porcentagem (%) Peso(g)


95

Gelatina 3,67 11

Xarope de glucose 30,5 91,5

Ácido cítrico 1,2 3,6

Água 22,63 67,9

Suco de maçã 8 24

Açúcar refinado 34 102

Total 100 300


Fonte: Autoria própria
Fluxograma:
Figura 66. Fluxograma da bala de gelatina 3.

Fonte: Autoria própria


96

Figura 67. Fluxograma da bala de gelatina 1 e 2

Fonte: Autoria própria


97

Metodologia: Bala de gelatina 3:


○ Dissolver os açúcares e a gelatina em água;
○ Cozer a calda base em fogo alto a 110ºC;
○ Cozer em fogo alto até atingir 75ºBrix;
○ Moldar e armazenar.
● Bala de gelatina 1 e 2.
○ Dissolver os açúcares em água;
○ Cozer a calda base em fogo alto a 110°C;
○ Adicionar a solução de gelatina;
○ Cozer em fogo alto até atingir 75ºBrix;
○ Moldar e armazenar
Resultados e Discussão: As balas de gelatina 1 possuíram um ºBrix de
81,12 a 19 ºC, já a bala de gelatina 2 atingiu um ºBrix de 80,89 a 19,98 ºC, por fim
a bala de gelatina 3 teve um ºBrix de 77,16 a 18,99 ºC.
Após o tempo de refrigeração das balas (48 horas a 2ºC), foi analisado os
três produtos e foi constatado que possuíam uma grande quantidade de gelatina;
a bala de gelatina 3 obteve uma aparência rugosa e levemente amarelada, devido
à grande quantidade de gelatina para uma pequena parcela de água, tornando-a
com uma consistência grudenta, já as outras balas obtiveram uma aparência
opaca e amarela, além de que a bala 1 se enrijeceu sem o resfriamento, devido
ao excesso de solução gelatinizante, e a bala 2 não se enrijeceu. Para melhor
retratar as características físicas das balas, o apêndice 14 apresenta o registro
fotográfico das balas produzidas. A bala 1 foi-se descartada antes de ser
registrada fotograficamente.
Conclusão: Conclui-se que a bala de gelatina é inviável para o
drageamento, já que uma bala de gelatina não possui características ideais para
ser um centro de drageado, por exemplo, uma umidade de 5%, além que a
quantidade de gelatina a ser atribuída é muito instável. Ao não possuir uma etapa
de drageamento o sabor do produto tende a não ser bem aceito pelo público alvo,
levando em consideração que uma das características mais marcantes de uma
bala é possuir um sabor adocicado ou ácido, assim há uma certa dificuldade na
98

adição dos compostos calmantes que possuem um sabor amargo.

2.2.9 Teste Prático 9 - Processamento de bala de goma 2

Data: 10/09/2017
Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”.
Objetivo: Processar bala de gomas.
Formulações:
Figura 68. Bala de goma 1.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 257,5 51,5

Açúcar Refinado 110 22

Glucose em pó 100 20

Amido de milho 30 6

Acidulante 2,5 0,5

Total 500 100


Fonte: Autoria própria
99

Figura 69. Bala de goma 2.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 257,5 51,5

Açúcar Refinado 90 18

Açúcar Demerara 20 4

Glucose em pó 100 20

Amido de milho 30 6

Acidulante 2,5 0,5

Total 500 100


Fonte: Autoria própria
Metodologia
- Pesar todos os ingredientes;
- Diluir o amido em 20% de água (no caso da bala 3, em suco);
- Diluir os açúcares em água e/ou em suco;
- Cozer a calda e adicionar o amido;
- Cozer a calda até 104ºC;
- Medir o ºBrix, deve estar entre 74 e 76º;
- Adicionar o acidulante;
- Moldar;
- Resfriar.
Resultados e Discussões
Bala 1 - 75,68ºBrix
Bala 2 -75ºBrix (não foi adicionado acidulante).
A bala 2 foi a mais consistente.
A bala 1, apresentou uma consistência mole, inadequada, assim a bala
mais adequada para o drageamento foi a bala 2.
As balas podem ser visualizadas no apêndice 21.
Conclusão: O processamento foi parcialmente concluído, pois ocorram
100

alguns erros de processamento, já que o esperado é que as balas fossem mais


resistente, para os próximos passos será produzido a bala 2

2.2.10 Teste Prático 10 - Processamento e drageamento das balas com


solução calmante

Data: 16/10/2017
Local: Laboratório AQA e Planta de Industrialização de Chocolates, Balas
e Derivados da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.
Objetivos: Realizar o processamento da bala de goma com a presença da
solução calmante e testar drageamento.
Formulações:
Figura 70. Balas 2.1 e 2.2.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 257,5 51,5

Glucose em pó 100 20

Açúcar Refinado 90 18

Amido de milho 30 6

Açúcar Demerara 20 4

Acidulante 2,5 0,5

Total 500 100


Fonte: Autoria própria
101

Figura 71. Solução calmante.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Tília 50 50

Camomila 20 20

Melissa 15 15

Folha de maracujá 15 15

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
A formulação da solução calmante é definida para uma concentração de
Xg/L, onde X é a quantidade total do peso dos ingredientes. Neste teste, a
concentração escolhida foi de 100g/L.
Figura 72. Solução selante (drageamento).

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Solução calmante 60,93 60,93

Goma arábica 39,07 39,07

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
Figura 73. Solução de adesão (drageamento).

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Solução calmante 83,96 83,36

Goma arábica 15,64 15,64

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
102

Figura 74. Pó de secagem (drageamento).

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Açúcar refinado 55 70

Amido de milho 25 25

Goma arábica 5 5

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
Metodologia: Solução calmante:
- Pesar os ingredientes da formulação;
- Aquecer dois litros de água até 55º C;
- Retirar a água do fogo e adicionar os compostos;
- Infusionar a solução por 10 minutos sob repouso constante;
- Coar a solução e armazenar em ambiente refrigerado por até uma semana.
Bala de goma:
- Realizar a pesagem dos ingredientes;
- Diluir o amido em 52 g de água;
- Dissolver os açúcares com o suco de maçã e água;
- Cozer e adicionar o amido diluído;
- Medir o ºBrix, que deve estar entre 74 e 76º
- Adicionar o acidulante;
- Enformar;
- Armazenar em ambiente refrigerado por 48 horas.
Drageamento:
- Programar a drageadeira a 40 RPM;
- Colocar as balas na drageadeira;
- Adicionar uma pequena quantidade da solução selante em movimentos
senoidais;
- Peneirar uma pequena quantidade do pó de secagem (de modo que todo
o pó tenha recoberto a solução);
103

- Adicionar uma pequena quantidade da solução selante em movimentos


senoidais;
- Peneirar uma pequena quantidade do pó de secagem (de modo que todo
o pó tenha recoberto a solução);
- Repetir os dois passos anteriores por oito vezes, formando nove camadas.
Resultados: O núcleo produzido apresentou uma concentração de sólidos
solúveis de 74º Brix (faixa ideal: 75±1º Brix).
O drageamento resultou no produto registrado fotograficamente no
apêndice 22.
Discussão: Os núcleos de bala de goma produzidos apresentaram
resultados satisfatórios, com uma concentração de sólidos solúveis dentro da
faixa ideal. Porém, em quesitos visuais, os núcleos adquiriram um formato
completamente indefinido e variado, devido à falta de recursos para padronizá-lo.
Este problema é frequente em todas as balas processadas até dado momento.
Após a secagem de 48 horas, observou-se uma maleabilidade considerável
das balas, a qual poderá vir a implicar dificuldades de drageamento.
Os núcleos drageados apresentaram-se desuniformes, com camadas
visivelmente úmidas e pouco aderentes ao meio. Estas características implicam
numa migração da umidade do núcleo para as camadas de drageamento, muito
embora o núcleo tenha sido selado, indicando, assim, uma ineficiência da solução
selante.
Conclusão: A migração de umidade do núcleo para as camadas de
drageamento indicam uma necessidade de buscar novos métodos de
drageamento. As camadas quebradiças também são oriundas da má
uniformização dos núcleos, que tem sido um problema constante. Tem-se então
a necessidade, também, de buscar novos métodos de padronização dos núcleos.

2.2.11 Teste Prático 11 - Produção de centros de bala de goma e teste de


drageamento

Data: 23/10/2017
Local: Laboratório AQA e Planta de Industrialização de Chocolates, Balas
104

e Derivados da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.


Objetivos: Processar centros de bala de goma; preparar meios de cultura
para análise microbiológica de coliformes; testar drageamento.
Formulações:
Figura 75. Bala de goma 1 do teste prático 11.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 2040 51

Glucose em pó 800 20

Açúcar refinado 720 18,5

Amido de milho 240 6

Açúcar demerara 180 4

Acidulante 20 0,5

Total 4000 100


Fonte: Autoria própria
*Adicionar essência de maracujá conforme indicações do fabricante (10mL
por quilo)
Figura 76. Solução selante (drageamento)

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Solução calmante 42 42

Goma arábica 58 58

Total 100 100


Figura 77. Solução de adesão (drageamento)

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Solução calmante 83,96 83,36

Goma arábica 15,64 15,64


105

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
Figura 78. Pó de secagem (drageamento)

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Açúcar refinado 55 70

Amido de milho 25 25

Goma arábica 5 5

Total 100 100


Fonte: Autoria própria
Metodologia: Para a bala de goma:
- Pesar os ingredientes da formulação;
- Diluir o amido em 673,2g de água;
- Dissolver os açúcares em água;
- Adicionar o amido diluído;
- Cozer até atingir 75±1º Brix;
- Adicionar o acidulante e a essência de maracujá;
- Depositar a calda da bala em formas de amido;
- Manter sob refrigeração por 48 horas.
Para o drageamento:
- Programar a drageadeira em 40 RPM;
- Adicionar a solução selante em movimentos horizontais aos poucos,
formando uma película na bala;
- Peneirar o pó de secagem até recobrir toda a película;
- Adicionar o xarope de adesão, aos poucos, até formar uma película na bala;
- Peneirar o pó de secagem até recobrir toda a película;
- Repetir os dois passos anteriores mais sete vezes, de modo a formar oito
camadas de drageamento.
Para os meios de cultura:
- Pesar 0,02g de peptona e diluir em 250g de água (num frasco erlenmeyer);
106

- Pesar 4,44g de meio EC e diluir em 100mL de água destilada;


- Pesar 3,6g de meio LST e diluir em 100mL de água destilada;
- Colocar os tubos de Durham em tubos de ensaio;
- Colocar em 10 tubos de ensaio o meio LST;
- Colocar em 12 tubos de ensaio o meio EC;
- Fechar os tubos e o erlenmeyer e autoclavar a 121º C por 2 horas.
Resultados e Discussão
Dia 23/10: Produziu-se a bala de goma de acordo com a formulação,
obtendo 74º Brix (dentro da faixa esperada). Após o período de secagem, notou-
se a alta maleabilidade da bala, indicando uma umidade exacerbada. Realizou-se
então uma análise de umidade, onde constatou-se 11,1% de umidade (faixa ideal:
6±1%).
Dia 28/10: Os centros de bala de goma foram drageados com a nova
formulação selante. Porém, formaram-se cachos e camadas úmidas, indicando,
novamente, a migração de umidade do núcleo para as camadas. O registro
fotográfico da bala de goma drageada pode ser observado no apêndice 22.
Para solucionar a alta umidade, os núcleos produzidos foram colocados em
estufa a 40º C por 24 horas, a serem observados no teste prático posterior.
Conclusão: A alta umidade apresentou-se constante, mesmo com a adição
de mais goma arábica para selar o núcleo, que, além de se mostrar ineficiente,
gerou um gosto residual desagradável nas balas. Com a necessidade de reduzir
a umidade sem perder os 4kg produzidos, espera-se atingir a faixa ideal utilizando
a estufa. Afim de reduzir a maleabilidade do centro de bala de goma, tem-se a
necessidade de estruturar a bala com outra fonte de goma. Há também a
necessidade de rever o método de drageamento.

2.2.12 Teste Prático 12- Núcleo de bala de goma com goma arábica e
resultados de umidade

Data: 29/10/2017
Local: Laboratório AQA e Planta de Industrialização de Chocolates, Balas
e Derivados da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.
107

Objetivos: -Dragear os núcleos de bala de goma;


-Testar uma nova formulação para o núcleo de bala de goma;
Formulações:
Figura 79. Formulação do núcleo de bala de goma com goma arábica.

Ingredientes Quantidade (g) Porcentagem

Água 102 51

Glucose em pó 40 20

Açúcar refinado 36 18

Amido de milho 11,5 5,75

Açúcar demerara 9 4,5

Acidulante 1 0,5

Goma arábica 0,5 0,25

Total 200 100


Fonte: Autoria própria
Metodologia: - Pesar os ingredientes da formulação;
- Dissolver os açúcares em água;
- Adicionar o amido de milho e a goma arábica;
- Cozer até 104º C;
- Medir concentração de sólidos solúveis;
- Adicionar o acidulante;
- Moldar e armazenar em ambiente refrigerado por 48 horas.
Resultados e discussão: A bala de goma do teste anterior, após secagem
em estufa, obteve 6,8% de umidade, a qual está na faixa desejada, seguindo
assim para a próxima etapa: o drageamento.
A bala de goma com goma arábica atingiu 78º Brix. Esta enrijeceu-se
durante a etapa de moldagem, dificultando a pingagem da calda nas formas de
amido. A coloração tornou-se amarronzada e pouco brilhosa, além do forte gosto
residual de goma arábica. A bala pode ser visualizada no apêndice 25.
108

Após secagem sob refrigeração por 48 horas, a bala de goma com goma
arábica sofreu poucas mudanças (perceptíveis) de textura, sendo assim, a adição
de outra goma trouxe efeitos negativos.
Conclusão: A adição da goma arábica não se mostrou efetiva. O uso da
estufa como método complementar de secagem mostrou-se eficaz, reduzindo
consideravelmente a umidade do produto. Porém, ainda persiste a falta de
uniformidade dos núcleos de bala de goma.

2.2.13 Teste Prático 13 - Processamento do produto final e análise


microbiológica

Data: 06/11/2017
Local: Laboratório AQA e Laboratório de Microbiologia da Escola Senai
“Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”.
Objetivos:
-Dragear os núcleos de bala de goma;
-Testar um novo processamento para o núcleo de bala de goma;
- Realizar análise microbiológica de coliformes totais.

Formulações
Figura 80. Formulação do pó de secagem.

Ingrediente Porcentagem Quantidade (g)

Açúcar impalpável 75 300

Amido de milho 25 100


109

Total 100 400


Fonte: Autoria própria

Figura 81. Formulação da solução selante.

Ingrediente Porcentagem Quantidade (g)

Glucose em pó 53,7 107,4

Solução calmante 46,3 92,6

Total 100 200


Fonte: Autoria própria
Figura 82. Formulação do núcleo da bala de goma.

Ingrediente Porcentagem Quantidade (g)

Água 50 100

Glucose em pó 20 40

Açúcar refinado 17,5 35

Suco de maçã integral 10 20

Amido de milho 6 12

Açúcar demerara 6 12

Acidulante 0,5 1

Total 100 200


Fonte: Autoria própria

Metodologia
● Para o drageamento:
-Pesar os ingredientes da formulação;
-Peneirar uma pequena quantidade de amido nas balas;
-Levar as balas seladas a drageadeira programada a 45 RPM;
-Adicionar a solução selante com o auxílio de uma colher;
110

-Adicionar o pó de secagem com o auxílio de uma peneira;


-Repetir o ciclo mais sete vezes, de modo a formar oito camadas;
-Armazenar os drageados em ambiente refrigerado.
Para o núcleo de bala de goma:
-Pesar todos os ingredientes da formulação;
-Dissolver o suco de maçã na água;
-Dissolver os açúcares nesta solução;
-Cozer a calda até 130º C;
-Adicionar o amido de milho;
-Cozer até ponto de bloom;
-Medir brix e moldar em formas de amido;
-Secar sob refrigeração por 48 horas.
Resultados e discussão: As balas de goma após o drageamento
adquiriram camadas pouco uniformes e porosas. Porém, o método utilizado para
o drageamento comprovou-se eficiente. Contudo, em virtude da falta de
padronização dos formatos do núcleo de bala de goma, as camadas drageadas
ficaram desuniformes, com formato abstrato e poroso.
Após o drageamento, com uma amostragem, realizou-se análise de
umidade, a qual apontou um percentual de 7,1%. Em contrapartida, o mesmo tipo
de bala que é comercialmente produzida, apontou um percentual de umidade de
4,5%. A faixa de umidade final do produto têm de estar em 6±1%.
Quanto a bala com novo processamento, esta apresentou uma
concentração de sólidos solúveis de 86º Brix, indicando um cozimento excessivo
em virtude do tempo necessário para a gelatinização completa do amido.
Após o drageamento, realizou-se a análise microbiológica de coliformes, a
qual, após 48 horas em incubação, apresentou resultados satisfatórios, com todos
os tubos de Durham apontando um resultado negativo para coliformes totais.
Conclusão: O método de drageamento estabelecido provou-se funcional,
porém, em virtude da dificuldade de padronização dos núcleos, as camadas de
drageamento aparentavam estar inacabadas e porosas. O novo processamento
não resultou em mudanças de umidade visíveis, indicando que o uso da estufa
111

ainda é o melhor método para perda de umidade dos núcleos. O resultado da


análise microbiológica de coliformes apontou uma negatividade para estes
microrganismos, podendo seguir-se, então, para o teste sensorial.

2.2.14 Teste Prático 14 - Análise Sensorial

Data: 13/11/2017
Local: Planta de Chocolates, Balas e Derivados da Escola Senai “Prof. Dr.
Euryclides de Jesus Zerbini”.
Objetivo: Realizar análise sensorial de preferência por comparação
pareada unilateral
Introdução: A análise sensorial é a disciplina usada para evocar, medir,
analisar e interpretar reações características dos alimentos e materiais como são
percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. Contudo,
conforme o produto o atributo sensorial e finalidade do estudo existem
recomendações de métodos, referindo a NBR 12994, que classifica os métodos
de análise sensorial dos alimentos e bebidas em discriminativos, descritivos e
subjetivos. (ABNT, 1993)
Nos testes de preferência o indivíduo manifesta sua preferência em relação
ao produto que lhe é oferecido. As escalas mais utilizadas são de ordenação-
preferência e comparação pareada. No teste de ordenação-preferência uma série
de amostras é apresentada para que seja ordenada de acordo com a preferência
do julgador. Na comparação pareada são apresentados pares de amostras para
serem comparadas pelo julgador em relação a sua preferência.
O teste unilateral é utilizado quando a priori se sabe que existe diferença
entre amostras, mas, deseja saber se esta diferença é perceptível sensorialmente.
O teste bilateral é empregado quando não se sabe se existe diferença entre
amostras ou na avaliação da preferência. O número de julgadores selecionados
deve ser no mínimo 15, porém com equipe altamente treinada pode-se trabalhar
com 8 a 9 julgadores. Ao julgador deve ser fornecido um ou mais pares de
amostras codificadas, apresentadas em ordem balanceada ou ao acaso nas
permutações AB e BA.
112

Metodologia
Aplicou-se o teste na escola SENAI selecionando, majoritariamente,
provadores jovens (entre 16 e 20 anos) não treinados, onde analisaram cada
amostra em cabines individuais.
Apresentou-se duas amostras de bala de goma drageada antiestresse, a
qual apresentava diferenças entre si: uma continha uma camada de drageamento
porosa em grande quantidade e outro não continha a camada. As amostras foram
codificadas por três dígitos distintos e aleatórios, acompanhadas de um copo com
água e por uma ficha (registrada no apêndice 15), a qual solicitava que os
provadores degustassem as amostras comparando-as de acordo com a
preferência, em seguida, foi solicitado para que registrassem na fixa o critério que
os levou a preferência. Pediu-se também que lavasse as papilas com água após
cada avaliação. A apresentação das amostras é registrada, fotograficamente, no
apêndice 16.
Resultados e Discussões
O gabarito e modelo de ficha (registrados no apêndice 15 e 20,
respectivamente), foram elaborados a partir da metodologia descrita por
MORAES, 1988 (tabela de preferência em anexo). O número de julgamentos
necessários para um nível de significância de 5% foi estabelecido seguindo a
norma ABNT NBR 13088.
Após a análise, constatou-se uma diferença sensorial entre as balas, onde
a bala com camada de drageamento porosa foi escolhida como a mais agradável,
a um nível de significância de 5%.
O atributo mais constante para a escolha da bala B foi o sabor mais
adocicado, equilibrando o sabor do produto, justamente por causa da camada
porosa composta (principalmente) por açúcar impalpável. Porém, o atributo mais
recorrente para escolha da bala A foi a textura mais firme, proporcionada por
conter apenas camadas firmes (e não porosas) de drageamento, conferindo uma
sensação organoléptica de firmeza.
Conclusão
A comparação pareada entre as duas amostras de bala demonstrou que
113

houve preferência significativa (a um nível de 5%) da bala B, a qual possuía uma


camada de drageamento porosa. Por conseguinte, o produto final será a bala B.

2.2.15 Teste Prático 15 - Comparação de mercado

Data: 13/11/2017
Local: Laboratório AQA da Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus
Zerbini”.
Objetivo: Comparar atributos de bala de goma drageada comercial com a
bala de goma drageada antiestresse.
Afim de estabelecer uma comparação direta com uma bala de goma
drageada, elenca-se a figura 83.
Figura 83. Comparação de atributos físico-químicos

Bala de goma drageada Bala de goma


antiestresse drageada*

Atividade de água 0,678 0,661

Peso unitário 3,30g (sendo 1,40g de 2,25g (sendo 0,81g


núcleo) de núcleo)

Umidade 7,1% 4,5%

pH 3,48 5,22

Sólidos Solúveis 76º Brix 80,59º Brix

Formato Desuniforme Grão

Preço por embalagem R$4,51/ 58g R$6,70/ 700g


*Delikets, Dori Alimentos, lote: PRD16101701, validade: 16/12/2018.
A bala de goma comercial apresenta um formato clássico de jelly bean, com
aspecto uniforme/liso e com camada externa brilhante e polida (conforme imagem
do teste prático 4). Esta aparência é obtida ao utilizar uma solução açucarada
superaquecida e tingida, conferindo o aspecto brilhoso, bem como a textura firme
e quebradiça desta camada. Já a bala de goma produzida, rumou outros
horizontes: camadas quebradiças, desuniformes, brancas e opacas (além do
114

formato amorfo).
O formato de grão da bala comercial pode ser obtido através do
drageamento (com solução açucarada quente) de um núcleo cilíndrico e pequeno,
conforme observado e evidenciado em cálculo de proporcionalidade inversa, na
qual o núcleo corresponde a 36% do produto (em contraponto a bala de goma
antiestresse, onde o núcleo equivale a 42,5% do produto). Sendo assim, a
uniformidade do núcleo é responsável direto pelo atingimento das características
visuais da bala de goma: uniformidade e formato bem definido são quesitos
imprescindíveis a priori ao drageamento.
Tratando-se da textura, a bala de goma comercial (além da já citada
camada externa) é rígida e não se desfaz sem mastigação. As camadas de
drageamento são rígida e, visivelmente, aderem-se totalmente ao núcleo sem
camada (visível) selante. O núcleo é extremamente rígido e opaco, com formato
cilíndrico. A rigidez do núcleo pode ser evidenciada pela concentração de sólidos
solúveis elevada e a baixa umidade (em comparação a bala de goma
antiestresse).
A bala de goma comercial utilizada como comparação pode ser visualizada
no apêndice 23.
Conclusão
A bala de goma antiestresse, em relação a comercial, possui umidade
elevada e concentração de sólidos solúveis baixo. Para atingir estes quesitos,
tem-se que buscar novas formas de padronizar o núcleo, de modo que perca
uniformemente a umidade durante a etapa de secagem.

2.2.2 Resultado Final

Após dezoito testes práticos, estabeleceu-se como formulação final a figura


84:
115

Figura 84. Formulação Geral (final)

Formulação Geral
Ingrediente Porcentagem
Amido de milho 32,18
Água 20,93
Glucose em pó 17,19
Açúcar refinado 7,52
Camomila 5,70
Suco de maçã integral 4,30
Açúcar impalpável 3,70
Açúcar demerara 2,58
Folha de maracujá 2,28
Melissa 1,71
Tília da Bulgária 1,71
Acidulante 0,20
Total 100,00
Fonte: Autoria própria
Quanto ao processamento, elenca-se na figura 85:
116

Figura 85. Fluxograma do processo final.

Metodologia
117

● Pesar os ingredientes da formulação;


● Diluir os açúcares em água;
● Adicionar o suco de maçã;
● Homogeneizar a solução e cozinhar em fogo alto até atingir a faixa de 75±1º
Brix;
● Adicionar o acidulante e em seguida a essência de maracujá;
● Depositar pequenas quantidades da calda de bala em depósitos feitos em
formas de amido;
● Aguardar duas horas e levar as formas de amido a estufa programada a
40º C por 24 horas;
● Retirar as balas da forma de amido e levar à drageadeira programada a 45
RPM;
● Despejar, em movimentos senoidais, parte da solução selante (o suficiente
para que os núcleos de bala sejam envolvidos com esta);
● Peneirar sobre os núcleos o pó de secagem, de modo que não haja partes
umedecidas pela solução selante;
● Repetir o ciclo de drageamento por mais sete vezes, de modo a obter oito
camadas de drageamento;
● Embalar as balas em sacos herméticos de polipropileno (plástico tipo PP5)
contendo 58g cada unidade;
● Acometer as embalagens em caixas maiores com 256 unidades (quinze
quilos de produto) e armazenar em estoque.

2.3 Gestão de projetos

2.3.1 Instalações

2.3.1.1 Histórico da Empresa


Criada no ano de 2015, a Candaly Ltda. tem como característica
proporcionar outros olhares para o mercado de balas, sendo uma empresa de
pequeno porte, porém com grandes intenções para a melhoria da sociedade
contemporânea, está localizada na cidade de Marília, São Paulo, devido seu fácil
118

acesso às vias de transportes e produtores da matéria-prima necessária. A


empresa conta com seus 23 funcionários para que todos juntos possam atender
os requisitos exigidos dos consumidores, com nossos produtos: Bala de maracujá,
bala toffee de caramelo, bala de goma drageada com diversos sabores e, em
especial, a bala antiestresse.

2.3.1.2 Localização da empresa


A empresa intitulada como Candaly, localiza-se na cidade de Marília-SP,
um dos quesitos elencados para a localização é a alta produtividade de maracujá,
um dos ingredientes calmantes necessários, além do estado de São Paulo ter uma
alta produtividade de açúcar, o ingrediente principal para o processamento de
bala. Outro fator observado são as vias de transportes à capital de São Paulo e
centros urbanos, onde o estresse é maior e os meios de transporte facilitados.

2.3.1.3 Layout da Produção


O layout da empresa concilia e aplica os requisitos das resoluções
Resolução RDC nº 275 (ANVISA), de 21 de outubro de 2002, que dispõe sobre o
Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados
aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de
Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos; Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de
julho de 1999, que dispõe sobre o Regulamento Técnico Condições Higiênicos
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos.
O fluxo de produção da empresa inicia-se na Doca, que é o espaço
destinado a recepção, carga e descarga dos produtos que passam pela empresa,
de modo que haja uma parte destinada apenas ao descarregamento e outra
apenas destinada a carga de produtos.
O estoque seco armazena os insumos a uma temperatura máxima de 28º
C, ao abrigo do ambiente. Neste setor, todas as embalagens são identificadas
com nomes, marcas, fabricantes e datas de fabricação, prazos de validade,
composições dos produtos e registros nos órgãos competentes. O empilhamento
119

dos produtos é feito em prateleiras devidamente identificadas com a categoria


pertencente, como açúcares ou amidos, de modo alinhado e que não ultrapasse
dez metros de altura, em forma cruzada, evitando o risco de acidentes e a
circulação de ar.
A produção inicia-se com a preparação da matéria prima a ser utilizada,
sendo pesada, conforme requerido na ordem de serviço, numa sala subsequente
ao estoque. A segunda etapa subdivide-se em dois eixos: o primeiro eixo é a
preparação do amido de milho, que é peneirado com uma peneira com uma
granulometria de 0,245cm; já o segundo eixo, é a preparação da solução de
açúcares (sacarose e glicose): nesta etapa ocorre o aquecimento da solução de
açúcares até 85º C, onde, ao atingir esta faixa, é (automaticamente) adicionado o
amido de milho. Na etapa seguinte, a calda é cozida em serpentina (a 115º C por
três minutos) até atingir a concentração de sólidos solúveis de 75º Brix.
Após o cozimento da calda, o teor de sólidos solúveis é novamente
checado (a fim de garantir a verossimilhança do processo) em outro equipamento.
Neste equipamento, é adicionada uma pequena amostragem da calda de bala de
goma ainda quente.
Após a segunda medição do ºBrix, é adicionado (de forma seriada) o
acidulante. As balas são moldadas em formas de amido de milho e resfriadas (à
temperatura ambiente) em túnel, onde são acometidas em estufas por 48 horas a
45º C, de forma a ter seu percentual de umidade reduzido a 6%.
Ao fim do período de secagem, é realizada a desenformagem dos núcleos
e o posterior drageamento da bala: os núcleos passam para uma sala, com
temperatura controlada de 20º C, onde ocorre o drageamento. Este se consiste
na aplicação de uma primeira camada selante de amido de milho, já as camadas
seguintes, são formadas com o uso de uma solução selante (contendo compostos
calmantes concentrados através do processo de infusão e adoçados com glucose
em pó) e um pó de secagem (contendo amido de milho e açúcar impalpável). Ao
final do processo, a bala contém nove camadas açucaradas uniformes, umidade
final de 7±0,5% e pH de 3,5± 0,2.
Na etapa de embalagem, as balas são arranjadas em pacotes individuais
120

de 58g, a qual são arranjadas em uma caixa secundária que armazena 258
embalagens, totalizando um lote de 14.964g, que segue, então, para o estoque e
eventual expedição do produto.
É possível analisar o layout de produção nos apêndices 17, 18 e 19, de
modo que o apêndice 17 elucida o térreo e o 18 o primeiro andar.

2.3.1.4 Equipamentos Industriais


Na indústria Candaly, são utilizados os equipamentos estabelecido na
figura 86:
Figura 86. Equipamentos Industriais da Candaly

Equipamentos Quantidade Capacidade

Balança semi-analítica 1 5kg

Refratômetro 1 5ml

Drageadeira 1 30L

Tacho a vácuo 1 25kg

Estufa 4 80L

Embaladeira 1 1L

Pingadeira 1 100L
Fonte: Autoria própria

2.3.2 Custo e preço de venda

A empresa Candaly, é produtora de quatro tipos de balas de goma


(drageadas), tem como principal produto a bala de goma drageada antiestresse.
O rateio do produto foi estipulado a partir do portfólio dos produtos da empresa,
sendo assim, 25%. Para estabelecimento de custos de produção desta bala,
partiu-se das formulações, localizadas nas imagens 87 até 90, das partes que
compõem o produto.
121

Figura 87. Formulação do núcleo de goma.

Núcleo de Bala de Goma

Ingrediente Porcentagem

Água 45,45

Glucose em pó 18,18

Açúcar refinado 15,90

Suco de maçã integral 9,12

Amido de milho 5,45

Açúcar Demerara 5,45

Acidulante 0,45

Total 100,00
Fonte: Autoria própria
Figura 88. Formulação da solução calmante

Solução Calmante

Ingrediente Porcentagem

Camomila 50,00

Melissa 15,00

Tília da Bulgária 15,00

Folha de maracujá 20,00

Total 100,00
Fonte: Autoria própria
122

Figura 89. Formulação da solução selante

Solução Selante

Ingrediente Porcentagem

Glucose em pó 53,70

Solução calmante 46,30

Total 100,00
Fonte: Autoria própria
Figura 90. Formulação do pó de secagem

Pó de Secagem

Ingrediente Porcentagem

Açúcar impalpável 75,00

Amido de milho 25,00

Total 100,00
Fonte: Autoria própria
Com base em cálculos de grandezas inversamente proporcionais e ganha
de peso durante o processamento do produto, têm-se que o núcleo de bala de
goma corresponde a 42,93% do peso final, já a solução selante, representa
11,41%, por sua vez, o pó de secagem representa 45,66%. Com estas
informações, elenca-se por vez a formulação final da bala de goma antiestresse,
na figura 91.
123

Figura 91. Formulação geral

Formulação Geral
Ingrediente Porcentagem
Amido de milho 32,18
Água 20,93
Glucose em pó 17,19
Açúcar refinado 7,52
Camomila 5,70
Suco de maçã integral 4,30
Açúcar impalpável 3,70
Açúcar demerara 2,58
Folha de maracujá 2,28
Melissa 1,71
Tília da bulgária 1,71
Acidulante 0,20
Total 100,00
Fonte: Autoria própria
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim,
Balas e Derivados, em 2014, com base em pesquisas estatísticas de mercado,
definiu que a produção anual de balas de goma (em 2014) atingiu 9.928.360,00
quilos. A micro indústria Candaly, com um share de mercado de 0,30% (devido à
alta produção nacional anual), atinge os patamares da figura 92:
124

Figura 92. Produção de bala de goma

Produção de Balas de Goma

Produção nacional (kg) 9.928.360,00

Share esperado (%) 0,30

Produção por Kg/ano 29.785,08

Por kg/mês 2.482,1

Por kg/dia 124,10

Por kg/turno 62,05


Fonte: Autoria própria
A linha de produção opera cinco dias na semana (em dois turnos), sendo
vinte dias ao mês, produz (mensalmente) 2.482,1kg de bala, por conseguinte, uma
produção diária de 124,1kg, e, proporcionalmente, uma produção de 62,05kg por
turno.
Por se tratar de uma micro indústria, a empresa Candaly não possui
contratos fechados com fornecedores de matéria prima, sendo assim,
estabeleceu-se os preços de ingredientes com base em atacadistas do estado
paulista, com enfoque especial para os próximos da cidade de Marília. Com isto,
elenca-se a figura 93.
125

Figura 93. Preço dos ingredientes

Preço dos Ingredientes

Ingrediente Proporcional Preço (R$/kg) Custo Mensal (R$)

Açúcar impalpável 34,25 4,19 3.561,99

Água 19,51 0,10 48,43

Glucose em pó 13,93 1,67 577,41

Amido de milho 13,75 1,98 675,75

Açúcar refinado 6,83 0,61 103,41

Suco de maçã
integral 3,92 11,38 1.107,25

Camomila 2,64 29,90 1.959,26

Açúcar demerara 2,34 1,26 73,18

Folha de maracujá 1,06 28,50 749,84

Melissa 0,79 34,90 684,34

Tília da Bulgária 0,79 34,90 684,34

Acidulante 0,19 19,76 93,19

Total 100,00 169,15 10.318,38


Fonte: Autoria própria
Com a análise do quadro, conclui-se então um custo diário (exclusivamente
com matéria prima) de R$1.619.199,71. O produto é embalado em polipropileno
(correspondente ao código de tipo de embalagem PP5), contendo, em cada
126

embalagem, cinquenta e oito gramas de produto (quantidade estabelecida a partir


de cálculos de controle estático de produção). Estas embalagens são
acondicionadas em caixas de papelão contendo quinze quilos de produto,
formando, então, um lote de 258 unidades, conforme figura 94.
Figura 94. Embalagem

Preço das Embalagens

Custo Unitário Custo Mensal


Embalagem Capacidade (kg) (R$) (R$)

Primária (PP5) 0,058 0,08 11,52

Secundária 15 0,12 4.467,76


Fonte: Autoria própria
Quanto ao quadro de funcionários, têm-se dois tipos: os diretos e os
indiretos. Ambos são remunerados com base no piso salarial da cidade de Marília,
conforme figura 95 e 96.
Figura 95. Mão de obra direta.

Mão de Obra Direta

Número Função Salário + Encargos Total por Cargo

Operador de
4 Produção R$ 3.490,00 R$ 13.960,00

Auxiliar de
2 Produção R$ 2.832,00 R$ 5.664,00

1 Empilhadeirista R$ 2.800,00 R$ 2.800,00

Total da Mão de Obra R$ 9.122,00 R$ 22.424,00


Fonte: Autoria própria
127

Figura 96. Mão de obra indireta.

Mão de Obra Indireta

Salário + Encargos
Nº Função (R$) Total por Cargo (R$)

2 Analista da Qualidade R$ 3.218,00 R$ 6.436,00

1 Vendas R$ 2.340,00 R$ 2.340,00

1 Compras R$ 2.390,00 R$ 2.390,00

1 Logística R$ 3.928,00 R$ 3.928,00

4 Auxiliar de Limpeza R$ 2.132,00 R$ 8.528,00

1 Contador R$ 2.237,00 R$ 2.237,00

1 Assistente de Marketing R$ 1.500,00 R$ 1.500,00

1 Recepcionista R$ 1.579,00 R$ 1.579,00

1 Oficial administrativo R$ 2.086,00 R$ 2.086,00

3 Manutenção R$ 2.900,00 R$ 8.700,00

1 Gerente de Produção R$ 7.406,00 R$ 7.406,00

1 Diretor R$ 8.000,00 R$ 8.000,00

Total R$ 39.716,00 R$ 55.130,00

Rateio 25% R$ 13.782,50


Fonte: Autoria própria
Além dos custos já elencados, têm-se também os relacionados ao edifício
da indústria, que são definidos com base nos valores aproximados dos
128

fornecedores da cidade de Marília, conforme figura 97.


Figura 97. Custos gerais diretos

Custos Gerais Diretos

Item Custo Mensal

Energia Elétrica R$ 2.300,00

Água R$ 1.650,00

Telefone R$ 540,00

Gás R$ 1.000,00

Transporte R$ 4.200,00

Total R$ 9.690,00
Fonte: Autoria própria

Figura 98. Custos gerais indiretos.

Custos Gerais Indiretos

Item Custo Mensal (R$)

Energia Elétrica 6.000,00

Água 15.000,00

Descartáveis 3.000,00

Material de Limpeza 4.000,00

Material de Manutenção 5.000,00

Total 33.000,00

Rateio (25%) 8.250,00


Fonte: Autoria própria
129

Figura 99. Custos gerais.

Custos Gerais (R$)

Item Custo Mensal

Matéria Prima, Ingredientes e Aditivos 13.047,53

Mão de Obra Direta 13.047,53

Mão de Obra Indireta 47.728,00

Custos Gerais Diretos 8.671,30

Custos Gerais Indiretos 33.000,00

Embalagens 4.479,28

Total 119.973,64
Fonte: Autoria própria

Figura 100. Custo de produção.

Custo de Produção

48,34 /kg

4,83 /100g
Fonte: Autoria própria

Figura 101. Preço de venda.

Preço de Venda

Taxa "Mark-up" 0,65

7,90 /100g

4,31 Por embalagem


Fonte: Autoria própria
Após ponderação dos dados obtidos, tem-se então que o preço de venda
(por embalagem de produto) é definido em R$4,31. O concorrente direto do
130

produto, a bebida Slow Cow, é comercializado a R$8,90 com 92,6g, um preço-


aproximadamente- duas vezes maior, com 59,65% a mais de peso líquido.

2.3.3 Rotulagem e Embalagem

A rotulagem de produtos alimentícios é amparada (principalmente) pela


RDC nº 259 (ANVISA) de 23 de setembro de 2002, que apresenta o Regulamento
Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados, a qual define os seguintes
itens (já devidamente preenchidos conforme as características do produto):
Origem do produto: Candaly Ltda. AV república, nº 7110- Sítio de Recreio
Letícia, Marília- São Paulo.
Lote e prazo de validade: O prazo de validade não foi determinado,
impossibilitando o produto de ser comercializado.
Conteúdo líquido: 58 gramas.
Informação nutricional: A informação nutricional obrigatória é elencada na
figura 102.
Figura 102. Tabela nutricional da bala de goma drageada antiestresse.

Informação Nutricional
Porção de 29g (8 balas)

Quantidade por porção % VD (*)

Valor Energético 54 kcal ou 227 kj 4%

Carboidratos 19g 7%

Fibra Alimentar 1g 6%

Cálcio 264mg Não definido

Magnésio 812mg Não definido

Potássio 118mg Não definido


Fonte: Autoria própria
Não contém quantidades significativas de sódio, proteínas, gorduras totais
e saturadas.
(*) Valor diário estabelecido com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400
131

kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo das suas
necessidades energéticas.
Muito embora o objetivo geral do projeto seja produzir uma bala
antiestresse, não é legalmente correto alegar essa informação no rótulo, haja visto
que não é comprovada sua funcionalidade através de análises bromatológicas
pertinentes.
A embalagem do produto é produzida em polipropileno, plástico tipo PP5.
É empregado este tipo de plástico devido ao baixo custo e a elevada resistência
a produtos químicos e solventes, além da fácil moldagem e coloração.
Figura 103. Rótulo da bala antiestresse.

2.3.4 Estratégias de Marketing

As estratégias de marketing são estabelecidas de forma a engajar o


consumo de homens e mulheres adultos que trabalham e, após suas refeições
em dias comerciais, buscam algo para adocicar o paladar. O efeito antiestresse é
o principal atrativo do produto, haja visto que a compra de balas se lastreia no
impulso, o consumidor ao ver esta afirmação e o slogan, acabam por criar um
afeto pelo produto além da linha tradicional.
No ambiente digital, a Candaly aposta e investe constantemente nas redes
sociais, monitorando e dialogando com as atividades dos consumidores, além de
pontuais ações estratégicas com vídeos curtos animados, posicionando a
empresa além da marca, com enfoque no efeito antiestresse.
132

De início, a empresa aposta em ações de sampling em diversos


restaurantes e supermercados das principais cidades brasileiras, com
distribuidores apostando no bom humor e no efeito antiestresse proporcionado
pelas balas.
Slogan: Estresse para quê, Desestrécius é para você.
Figura 104. Logomarca da empresa.

2.4 Qualidade e sustentabilidade

2.4.1 Gestão de resíduos

Considerando o crescimento populacional, o aumento de grandes cidades


e consequentemente o aumento da poluição, um dos problemas enfrentados pela
sociedade atual, as questões ambientais direcionadas à geração de resíduos está
tendo um grande enfoque e cobrança principalmente de indústrias que contribuem
para com o aumento desses problemas. Portanto, é necessário que a gestão
desses resíduos tenham um impacto mínimo no ambiente.
Para contribuir com a diminuição dos impactos negativos socioambientais
todo o material reciclável será separado do orgânico, onde os resíduos recicláveis
serão separados através de lixeiras identificadas para cada tipo de material, já os
orgânicos serão reutilizados para produção de gás metano, a partir dos resíduos
orgânicos a decomposição dos mesmos produzirá o gás metano que será
transformado em energia, onde será utilizado posteriormente no aquecimento das
caldeiras. Além dos resíduos recicláveis e orgânicos, os resíduos químicos são
133

encaminhados para uma empresa especializada em tratamento deste tipo de


resíduo.
A água utilizada durante o processo de fabricação dos produtos destinada
a uma área específica de tratamento de água, onde será retirado os resíduos
macroscópicos e a tentativa da eliminação completa de organismos que podem
ser encontrados neste meio. Em seguida está água será reutilizada no
aquecimento das caldeiras e voltando a ser utilizada no processo de fabricação.
Os plásticos utilizados nas embalagens provenientes das balas serão
descartados separadamente dos outros resíduos, sendo destinado à reciclagem
específica, para a retirada de rótulos, logomarcas, entre outros. Após este
processo será encaminhada para o local de reciclagem de plásticos em geral e
será reaproveitado.
Todas estas medidas irão amenizar os impactos socioambientais.

2.4.2 Gestão da qualidade

Segundo a ANVISA (2002), as Boas Práticas de Fabricação (BPF)


abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de
alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos
alimentícios com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal
regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria
de alimentos e específico, voltadas às indústrias que processam determinadas
categorias de alimentos. Pode-se elencar em específico a Resolução nº 275/2002,
que tem como propósito de introduzir o controle contínuo das BPF, como exemplo.
A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle- APPCC, do inglês
"HAZARD ANALYSIS AND CRITICAL CONTROL POINTS - HACCP", é uma
abordagem científica e sistemática para o controle de processo, elaborado para
prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os controles são aplicados
em determinadas etapas no sistema de produção de alimentos, onde possam
ocorrer perigos ou situações críticas. (RODER, 2008)
134

3.Considerações Finais

Após dezoito testes práticos e diversas pesquisas bibliográficas, atingiu-se


o objetivo geral do projeto, chegando a uma bala de goma drageada com efeitos
antiestresse, porém, não foi possível realizar análises específicas para determinar
a concentração dos compostos calmantes. Sendo assim, tem-se a necessidade
de sanar este pormenor.
Quanto aos objetivos específicos, não foi possível determinar (com
exatidão) a shelf life do produto, de modo que este quesito da segurança alimentar
ficou defasado, tendo então que buscar uma nova metodologia a fim de atingir o
objetivo.
O produto final atingiu características físico-químicas dentro dos limites
estabelecidos em revisões bibliográficas, como: umidade a 7,1%; Aw em 0,678;
76º Brix e pH em 3,48. Porém, em comparação a uma bala de goma confeitada
comercial, a bala de goma antiestresse é díspare em diversos atributos,
evidenciados na diferença organoléptica dos produtos. O processamento é crucial
para aproximar aos atributos da bala comercial, tendo que buscar novas maneiras
de aumentar a concentração de sólidos solúveis em conjunto com a redução da
umidade (muito embora o uso da estufa ter sido elementar).
Visualmente, a bala de goma drageada antiestresse é discrepante em
relação às comerciais. O produto final apresentou formatos irregulares, variando
entre ovalados e cilíndricos. Em virtude do formato divergente, o drageamento não
foi suficiente para conferir ao produto o aspecto ideal de uma jujuba, sendo assim,
tem-se uma necessidade vultosa de padronizar o núcleo da bala.
135

Referências Bibliográficas

ABICAB, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,


Amendoim, Balas e Derivados. Balas e Confeitos. Pesquisas e Estatísticas, 30
set. 2016. Disponível em: <http://www.abicab.org.br/wp-
content/uploads/todos_setores_consumo>. Acesso em: 10 mar. 2017.
AGUIAR, C. Clayton et al. Drogas Antidepressivas. 2011. 12 p. Artigo de
Revisão- Universidade Federal do Ceará, 2011. Disponível em:
<http://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/339/1
09>. Acesso em: 26 jul. 2017.
ANGELO, Priscila Milene; JORGE, Neuza. Compostos fenólicos em
alimentos - uma breve revisão. 2007. Disponível em:
<http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-
98552007000100001&lng=pt>. Acesso em: 12 set. 2017.
ANVISA. Federal. Resolução RDC nº 91, de 11 de maio de 2001 . [S.l.:
s.n.], 2001. 2 p. Disponível
em:<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/390501/ALIMENTOS%2BRES
OLU%25C3%2587%25C3%2583O%2B-%2BRDC%2BN%25C2%25BA%2B91%
252C%2BDE%2B11%2BDE%2BMAIO%2BDE%2B2001%2B-%2BCrit%25C3%2
5A9rios%2BGerais.pdf/eee88345-870a-47d3-8767-d84758ee5d29>. Acesso em:
09 jun. 2017.
ARAGÃO, Soraya Rodrigues de. RELAÇÃO ENTRE ESTRESSE E
CORTISOL: ACELERAÇÃO DO ENVELHECIMENTO E EXCESSO DE PESO.
Disponível em:
<http://obviousmag.org/transmutacao_psicologica_do_ser_e_alquimia_da_vida/2
015/06/relacao-entre-estresse-e-cortisol-aceleracao-do-envelhecimento-e-
excesso-de-peso.html>. Acesso em: 29 jul. 2017.
BALDIN; SANTOS; RAFACHO. Bala de batata doce recheada. 2013. 129
f. TCC (Graduação) - Curso de Técnico de Alimento, Senai, Campinas, 2013.
BALLICO, Claudia Rosiane Ferreira da Silva. Demandas ergonômicas em
uma indústria de balas, pirulitos e goma de mascar do RS. 2004. 107 f.
Dissertação (Mestrado em Ergonomia) – Universidade Federal do Rio Grande do
136

Sul, Porto Alegre. 2004. Disponível


em:<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4698/000503405.pdf?sequ
ence=1> . Acesso em: 10 maio 2017.
BENASSI, Vera de Toledo; WATANABE, Edson; Lobo, Alexandre
Rodrigues. Produtos de Panificação com Conteúdo Calórico Reduzido. B.
CEPPA, Curitiba, v. 19, n. 2, p. 225-242, jan./jun. 2001.
BIOGRAS, Grupo. AÇÚCAR REFINADO AMORFO. Disponível em:
<http://grupobiobras.com.br/index.php/acucar-refinado-amorfo>. Acesso em: 01
set. 2017.
BIOGRAS, Grupo. AÇÚCAR REFINADO GRANULADO. Disponível em:
<http://grupobiobras.com.br/index.php/acucar-refinado-granulado>. Acesso em:
01 set. 2017.
BRASIL, ABNT. NBR 13088, 1994. Disponível em:
<https://www.target.com.br/produtos/normas-tecnicas/35340/nbr13088-teste-de-
comparacao-pareada-em-analise-sensorial-dos-alimentos-e-bebidas> Acesso
em: 14 nov. 2017.
BRASIL, Food Ingredients. Dossiê Acidulantes. 2011. 4 f. Revista Food
Ingredients Brasil, Nº 19, 2011. Disponível em: <http://www.revista-
fi.com/materias/196.pdf>. Acesso em: 02 set. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Regulamento Técnico para Balas, Bombons e Gomas de Mascar. RDC nº 265,
de 22 de setembro de 2005.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Regulamento Técnico de Boas Práticas de Produção. RDC nº 275, de 21 de
outubro de 2002.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos
Solúveis. RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados. RDC nº
259, de 20 de setembro de 2002.
137

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos
Embalados. RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003.
BRASIL. Leis, Decretos, etc. Instrução Normativa nº 1, de 7 jan. 2000, do
Ministério da Agricultura. Diário Oficial da União, Brasília, n. 6, 10 jan. 2000.
Seção I, p. 54-58. [Aprova os Regulamentos Técnicos para fixação dos padrões
de identidade e qualidade para polpas e sucos de frutas]
BRASIL. Ministério da Saúde. Qualidade da Água para Consumo
Humano e seu Padrão de Potabilidade. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro
de 2011.
BRASIL. Receita Federal. Portal do Empreendedor. S.d. Disponível em:
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br/>. Acesso em 10 jun 2017.
BREUNING, Loretta Graziano. Habits of a Happy Brain. [S.l.: s.n.], 2015.
237 p.
CALAIS, Sandra Leal et al. Stress na Atualidade: Um Estudo de Caso.
2015. Disponível em: <http://www.estresse.com.br/publicacoes/stress-na-
atualidade-qualidade-de-vida-na-familia-e-no-trabalho/>. Acesso em: 04 ago.
2017.
CAMPOS, M. B. S.; ALVES, S. B. Seleção de iscas celulósicas para o
cupim Heterotermes tenuis (isoptera: rhinotermitidae) em cultura de cana-
de-açúcar. 1998. Disponível em: <http://agris.fao.org/agris-
search/search.do?recordID=DJ2012031995>. Acesso em: 10 jun 2017.
COSTA; SILVA; MARTINS. Empanados de banana com mel e canela.
2014. 111 f. TCC (Graduação) - Curso de Técnico de Alimento, Senai, Campinas,
2014.
Doce Revista: Um Ano Complicado. São Paulo: Definição Ltda. V. 250,
dez. 2015. Mensal. Disponível em: <http://docerevista.com.br/um-ano-
complicado/>. Acesso em: 10 mar. 2017.
FABRIS, Samanta; FREIRE, Maria Teresa de A.; REYES, Felix G. Reyes.
Embalagens plásticas: tipos de materiais,contaminação de alimentos e
aspectos de legislação. Revista Brasileira de Toxicologia, São Paulo, v. 19, n.
138

02, p.59-70, out. 2006. Disponível em:


<http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/20632/3399117_218117.pdf>.
Acesso em: 15 set. 2017.
FERREIRA, Priscila Bueno. Balas e Caramelo. 2008. 32 f. Balas e
Caramelo (Bacharelado em Química de Alimentos)- Universidade Federal de
Pelotas, Pelotas, 2008. Disponível em:
<https://quimicadealimentos.files.wordpress.com/2008/08/balas-e-
caramelos.doc>. Acesso em: 26 jul. 2017.
FLORES, Murilo Pereira; CASTRO, Anita Perpetua Carvalho Rochade;
NASCIMENTO, Jedson dos Santos. Analgésicos Tópicos. Disponível em:
<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0034709412701228#bibl0005
>. Acesso em: 13 set. 2017.

GONÇALVES, Alex Augusto; ROHR, Marcia. Desenvolvimento de balas


mastigáveis adicionadas de inulina. Alim. Nutr., Araraquara, v. 20, n. 3, p.471-
478, 2009. Disponível em: <http://serv-
bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/1150/845>. Acesso
em: 10 maio 2017.
HASMANN, Francislene Andréia et al. Micelas reversas de lecitina de
soja: uma alternativa para purificação de proteínas. Rev. Bras. Cienc. Farm.
[online]. 2007, vol.43, n.3, pp.481-487. ISSN 1516-9332.
<http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322007000300017>.
HOFFMANN, Fernando Leite. Fatores limitantes à proliferação de
microrganismos em alimentos. [S.l.]: Brasil Alimentos, 2001. 9 p. Disponível em:
<http://www.signuseditora.com.br/BA/pdf/09/09%20-%20Higiene.pdf>. Acesso
em: 02 set. 2017.
HOPPE, Camila Dall’Oglio ; MALLMANN, Paula Regina; OLIVEIRA, Eniz
Conceição. Determinação de Umidade em Balas. 2015. 8 p. Destaques
Acadêmicos (Química Industrial)- UNIVATES, [S.l.], 2015. Disponível em:
<http://www.univates.br/revistas/index.php/destaques/article/viewFile/511/503>.
Acesso em: 02 set. 2017.
INFORME AGROPECUARIO, Belo Horizonte, v.21, n.206, set/out.2000.
139

INOVA SAÚDE. Criciúma: Ediunesc, 2015. Disponível em:


<http://periodicos.unesc.net/Inovasaude/article/view/1909/2251>. Acesso em: 18
nov. 2017.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz.
v. 1:Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo:
IMESP, p. 27, 1985.
JOHNSON, R.W.; WHITTON, T.L. Management of herpes zoster
(shingles) and postherpetic neuralgia. Expert Opinion on Pharmacotherapy,
v.5, n.3, p.551-559, Mar. 2004. Disponível em: Acesso em: 13 set.2017

KELLER, Birgit. ESTUDO COMPARATIVO DOS NÍVEIS DE CORTISOL


SALIVAR E ESTRESSE EM ATLETAS DE LUTA OLÍMPICA DE ALTO
RENDIMENTO. 2006. 68 f. Dissertação de Mestrado (Mestre de Educação
Física)- UFPR, Curitiba, 2006. Disponível em:
<http://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/11394/DISSERTA?sequ
ence=1>. Acesso em: 29 jul. 2017.
LAZZAROTTO, Emanoeli et al. Bala de gelatina com fibras:
caracterização e avaliação sensorial. Revista Brasileira de Tecnologia
Agroindustrial, Ponta Grossa, v. 02, n. 01, p. 22-34, 2008. Disponível
em:<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/CD311A452A29A7890325
6EC400681FF>. Acesso em: 13 maio 2017.
LIDIANE et al. . Produção de Geleia de Cenoura com laranja: Utilização
cenoura e laranja na produção de geleia. 2002. 55 f. TCC (Graduação) - Curso de
Técnico de Alimento, Escola Senai Prof.Dr.Euryclides de Jesus Zerbini,
Campinas, 2002. Cap. 13.
LIPP, Dra. Marilda Novaes. Stress na Atualidade: Qualidade de Vida na
Família e no Trabalho. set. 2016. Disponível em:
<http://www.estresse.com.br/publicacoes/stress-na-atualidade-qualidade-de-
vida-na-familia-e-no-trabalho/>. Acesso em: 11 mar. 2017.
MORAES, M.A.C. Métodos para Avaliação Sensorial dos Alimentos.
6.ed. Campinas- SP: UNICAMP,1988. 92p.
140

MORAIS, Everton Cristian et al. Flavonoides e Saponinas em Passiflora


Alata: Purificação e Avaliação da Atividade Ansiolítica. 2006. 20 f. UFRGS,
Porto Alegre, RS. 2006. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/69520>. Acesso em: 28 jul. 2017.
MORGANO, M. A. et al. Determinação quantitativa do teor de sacarose
em açúcar cristal por espectroscopia FT-IR/ ATR e regressão multivariada.
Braz. J. Food Technol. Preprint Serie, n.115, 2003.
MUNDO ESTRANHO, Revista. Quais as diferenças entre açúcar cristal,
refinado, demerara e mascavo. 2015. Disponível em:
<https://kombuchablog.wordpress.com/indice-dos-artigos/>. Acesso em: 26 ago
2017.
OLIVEIRA, Acary de Souza Bulle; GABBAI, Alberto Alain. Abordagem
Terapêutica da Dor Neuropática na Clínica Neurológica. Revista
NeurociÊncias, São Paulo, v. 6, n. 2, p.86-95, maio/ago. 1998. Disponível em:
<http://www.hsp.epm.br/dneuro/neurociencias/Neurociencias 06-
2.pdf#page=34v>. Acesso em: 13 set. 2017.

RAMOS, Bruna Luísa Máximo; FARIAS, Maria Mercês. Avaliação do


Potencial Erosivo de Balas Duras. 2015. 1 f. UNIVALE, [S.l.], 2015. Disponível
em:
<https://siaiap32.univali.br//seer/index.php/aemv/article/viewFile/9345/5199>.
Acesso em: 02 set. 2017.

RODER, Amanda de Castro. ANÁLISE POR PONTOS CRÍTICOS DE


CONTROLE DA ESFIHA DE TILÁPIA. 2008. 4 f. TCC (Graduação) - Curso de
Nutrição, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2008. Disponível em:
<http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/6mostra/4/380.pdf>. Acesso
em: 18 set. 2017.
SCHULZ, V et al. Fitoterapia Racional. Manole, 4.ed., 303 p. 2012.
SEBRAE, SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS. Indústria de balas. Vitória: Sebrae-ES, 2004. (Série Perfil de
Projetos).Disponível
141

em:<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/
bds.nsf/c27823ce158a648ee2ec655a70fc231d/$File/135.pdf> . Acesso em: 14
maio 2017.
SENAI. Industrialização de Alimentos Balas, Chocolates e Confeitos.
3. ed. São Paulo: Senai-sp, 2007.
Shahidi F, Naczk M. Food phenolics: sources, chemistry, effects and
applications. Lancaster: Technomic; 1995. Disponível em:
<https://scholar.google.com.br/scholar?q=%20Food%20phenolics:%20sources,
%20chemistry,%20effects%20and%20applications>. Acesso em: 12 set. 2017.
SILVEIRA, Patrícia Fernandes da; BANDEIRA, Mary Anne Medeiros;
ARRAIS, Paulo Sérgio Dourado. Farmacovigilância e reações adversas às plantas
medicinais e fitoterápicos: uma realidade. Revista Brasileira de Farmacognosia,
Fortaleza, v. 4, n. 18, p.618-626, out./dez. 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v18n4/v18n4a21>. Acesso em: 15 set. 2017.
SPANEMBERG, Flávio Edney Macuglia. Planejamento de experimentos
com mistura no estudo da vida útil de balas duras. 2010. 120 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) - Faculdade de Engenharia, Arquitetura
e Urbanismo, Universidade Metodista de Piracicaba, Santa Bárbara D’oeste.
2010. Disponível em:
<https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/15032011_103652_flavio_spane
mberg.pdf>. Acesso em: 10 maio 2017.
STELLA, A. P. D. et al. Plantas Medicinais com Potencial Ansiolítico. 7
p. UNIANDRADE, Curitiba, 2016. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/profile/Taina_Melo3/publication/314478205_Avali
acao_com_fotometria_de_membros_inferiores_em_criancas_com_paralisia_cer
ebral_que_fazem_tratamento_com_terapia_neuromotora_intensiva/links/58c2ba
2645851538eb805c0e/Avaliacao-com-fotometria-de-membros-inferiores-em-
criancas-com-paralisia-cerebral-que-fazem-tratamento-com-terapia-
neuromotora-intensiva.pdf#page=36>. Acesso em: 28 jul. 2017.
SVS/MS. Federal. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. [S.l.: s.n.],
1997. 2 p. Disponível em:
142

<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/391619/PORTARIA_540_1997.pdf/
3c55fd22-d503-4570-a98b-30e63d85bdad>. Acesso em: 09 jun. 2017.
Swain T, Hillis WE. The phenolics constituents of prumus domestica:
the quantitative analysis of phenolic constituents. J Sci Food Agric 1959; 10
(1): 63-8. Disponível em:
<http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jsfa.2740100110/full> Acesso em: 12
set. 2017.
SZWAIDAK, Janaina; SZWAIDAK, Marlene . Dossiê Técnico: Doces
Industrializados, Balas, Gomas e Pirulitos. 2012. 34 p. Serviço de Perguntas e
Respostas Técnicas Brasileiro (Tecnologia de Alimentos)- Instituto de Tecnologia
do Paraná, 2012. Disponível em:<http://respostatecnica.org.br/dossie-
tecnico/downloadsDT/NjExNw>. Acesso em: 10 maio 2017.
TSOUROFLIS, S.; FLINK, J. M.; KAREL, M. Loss of structure in freeze-
dried carbohydrates solutions: effect of temperature, moisture content and
composition. Journal Science Food Agriculture, v. 27, p. 509-519, 1976.
WALLY, Ana Paula et al. Balas de goma com diferentes agentes
gelificantes. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 15., 2006. Pelotas.
Anais... Pelotas, 2006. Disponível
em:<http://www.ufpel.edu.br/cic/2006/resumo_expandido/CA/CA_01100.pdf>.
Acesso em: 13 maio 2017.
Wilson & Walker. Principles and Techniques of Biochemistry and
Molecular Biology, 7ed. Página 352
143

Apêndice

Apêndice 1: Bala mastigável, de goma e dura (respectivamente, da


esquerda para a direita) do teste prático 1.

Apêndice 2: Resultados físicos das balas de goma, dura (têmpera no


mármore), dura e mastigável, respectivamente (da esquerda para a direita, de
cima para baixo).

Apêndice 3: Bala sabor hortelã aparência física.

Apêndice 4: Bala sabor café aparência física.


144

Apêndice 5: Bala dura de morango

Apêndice 6: Balas duras

Apêndice 7: Bala Mastigável de Paçoquita


145

Apêndice 8: Bala Mastigável de Yogurte

Apêndice 9: Bala Mastigável de Morango

Apêndice 10: Balas Mastigáveis

Apêndice 11: Características das balas duras e da bala mastigável


(respectivamente, da esquerda para a direita) do teste prático 5
146

Apêndice 12: Características físicas das balas de gelatina, gelatina com


colágeno e de goma do teste prático 6.

Apêndice 13: Resultados das balas de goma 1, 1² e 2 respectivamente,


do teste prático 7

Apêndice 14: Bala 2 e bala 3 (respectivamente)


147

Apêndice 15: Ficha Apresentada no Teste Sensorial

Nome:______________________________ Data:____/____/_____

Você está recebendo duas amostras codificadas de bala de goma drageada


antiestresse. Por favor, prove as amostras da esquerda para a direita e
identifique sua preferida.
349 638
Comentários:___________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________

Apêndice 16: Local Modelo do Teste Sensorial


148

Apêndice 17: Layout de produção (piso 1)


149

Apêndice 18: Layout de produção (piso 2)


150

Apêndice 19: Legenda do layout de produção

Legenda

A Recepção

B Entrada dos funcionários

C Banheiro

D Área de higiene

E Área interna de lazer dos funcionários

F Vestiários

G Refeitório

H Área externa de lazer dos funcionários

I Estoque de matéria prima

J Carga

K Área de produção

L Estoque de produtos acabados

M Descarga de produtos acabados

N Área de resíduos para a reciclagem

O Estacionamento

P Diretoria

Q Administração

R Contabil

S SAC- Serviço de Atendimento ao Consumidor

T Compras

U Auditório

V Marketing
151

W P&D, Pesquisa e Desenvolvimento

X Controle de qualidade

Apêndice 20: Resultado da análise sensorial

Bala de Goma Drageada Antiestresse


Número de Codificação: (A): 349 (B): 638
A: amostra sem camada de drageamento porosa
B: amostra com camada de drageamento porosa

Nº Nome do Julgador Ordem de Resposta Comentários


Apresentação

1 Gabriel Souza A B B Gosto melhor

2 Murilo Gomes B A A Desmancha melhor


na boca e textura
firme

3 Ana Luiza da Silva A B B Sabor mais doce

4 Camilla B A B Sabor mais


agradável

5 Aline Vicentin A B B Melhor


mastigabilidade

6 Abner Borges B A B Gosto mais


agradável

7 Sem identificação A B B Sabor mais suave

8 Ayodelle Nayo B A A Gosto açucarado


menos forte

9 Sem identificação A B A Sabor mais


uniforme
152

10 Sem identificação B A B Sabor mais


consistente

11 Sem identificação A B B Sabor mais doce

12 Sem identificação B A B Sabor mais doce

13 Luiza Teixeira A B A Textura mais firme

14 Mateus Gomes B A B Sabor mais doce


Silva

15 Amanda Beatriz F. A B A Textura mais firme

16 Ariane Vitória B A B Melhor


mastigabilidade

17 Fabio Avellar A B B Sabor menos azedo

18 Maria Fernanda C. B A B Sabor mais


Silva consistente

19 Letícia Carolino das A B B Sabor mais doce


Graças

20 Izabela B A B Sabor mais doce

21 Fernanda A B B Sabor mais


Cavalcante Miranda agradável

22 Eduarda Beatriz B A A Textura mais firme

23 Stephany A B B Sabor mais doce

24 Maryanne Molina B A B Sabor mais doce


153

25 André Luis Ferreira A B B Sabor mais


de Lima consistente

26 Wesley da Silva B A B Sabor menos azedo

27 Marlon Aurelio A B A Sabor mais


concentrado

28 Sem identificação B A B Sem comentário

29 Wellington Ricardo A B B Sabor mais doce

30 Giovanna Pisanelli B A A Melhor sabor e


textura

31 Mª Lilia A B B Sabor mais azedo

32 Felipe Masayuki B A A Sabor mais


consistente

33 Gustavo Silveira A B A Textura mais firme

34 Lucas B A B Não gruda nos


dentes

35 Lucas Scavagni A B B Sabor mais doce

36 Edson B A B Sabor mais


agradável

37 Palloma A B B Sabor menos azedo


Albuquerque

38 Matheus Henrique B A A Textura mais firme


de Araújo
154

Total de julgamentos 38, sendo: (A): 11 e (B): 27

Nível de significância (5%) 26 julgamentos necessários

Apêndice 21: Balas 1, 2 e 3, respectivamente

Apêndice 22: Resultado do drageamento

Apêndice 23: Bala de goma drageada Dori

Apêndice 25: Núcleo de bala de goma com goma arábica


155
156
157

6. Anexos

Anexo 1. Padrões microbiológicos para balas

Grupo de Microrganismo Tolerância Tolerância para Amostra


Alimentos para Amostra Representativa
Indicativa

N C m M

Chocolates, balas, produtos para confeitar, gomas de mascar e


similares.

a) balas, Coliformes 10 5 2 1 10
pastilhas, termotolerantes
drageados, C/g
caramelos,
Salmonella Ausente 5 0 Aus.
confeitos e
sp/25g
similares.
(exclusivo para
drageados)

Fonte: RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001 (ANVISA)


158

Anexo 2. Tabela para comparação pareada

S-ar putea să vă placă și