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1 - O Estado corresponde ao governo de um povo em determinado território, sendo que este governo pode ser
democrático ou autocrático (desde os regimes totalitários até a visão marxista de que o Estado é um escritório
da burguesia). Contudo, antes de avançar no conceito, talvez seja mais pedagógico apresentar uma noção
geral acerca da história do Estado, para em seguida verificar a filosofia e o objetivo jurídico do aparato estatal.
Para resumir, traremos apenas alguns tipos ideais: 1) Estado Moderno; 2) Estado liberal clássico; 3) Estado de
Direito; 4) Estado Democrático.
Estado Moderno: antes da configuração clássica assentada na Paz de Westfália (1648), Hobbes já retratava
de forma imperiosa o que seria reservado à soberania como reserva de forças do Estado centralizado. A Razão
de Estado já fora anunciada por Nicolau Maquiavel (de certo modo ligado ao Estado-Nação), mas em Thomas
Hobbes a soberania é avocada como essencial, indissolúvel, ilimitada[1]. Em Hobbes, trata-se de um Estado
Policial, voltado à necessidade de se assegurar a vida a cada cidadão. No entanto, o Estado é uma construção
política que visa assegurar a segurança elementar à organização civil (desde o século XV[2]). E é nisto que se
dá uma reta razão, como esforço de combinação do pensamento (racionalidade) com a política (necessidade
de ter no Estado o suporte do espaço comum de convivência). Nasceria a Razão de Estado.
Estado liberal clássico, Estado Gendarme ou Guarda-Noturmo: reserva a prestação da Segurança Pública
e outros serviços essenciais ao Estado e descarta os demais serviços (sociais) aos recursos individuais
disponíveis, aos interesses de mercado ou à sorte de cada um. No pensamento inaugural do liberalismo
de John Locke (séculos XVI-XVII), o Estado Gendarme é responsável pela segurança e pela civilização que daí
decorre; como Guarda Noturno, o Estado é o vigilante que assegura a passagem da guerra ao convívio
organizado. Enfim, para Locke, o estado de guerra é oposto ao estado de natureza[3]:
Estado de Direito: após a centralização do Poder Político (apontada desde Maquiavel e Hobbes),
a separação dos poderes e a atenção à vontade geral (Montesquieu e Rousseau) viriam assegurar que o poder
seria melhor controlado, evitando-se todo possível regresso ao autoritarismo. O período revolucionário
(Revolução Americana e Francesa, no século XVIII) inauguraria um debate acerca da soberania popular, como
forma de regular/legitimar o poder e limitar o próprio sentido de soberania como poder absoluto. A formatação
do Poder Judiciário, com toda a série de garantias à administração da Justiça, ainda traria o resguardo
necessário do Estado-Juiz. O controle jurídico que se fez exercer sobre o poder confirmou o chamado Estado
de Direito (na Alemanha do século XIX).
Estado Democrático: no pós-guerra, que se iniciara na Primeira Grande Guerra e se confirmara na Segunda
Guerra Mundial, verificou-se a urgência de se construir outras salvaguardas à soberania popular. Primeiro,
salvaguardas que contivessem a infusão de guerras injustas ou o cometimento de crimes contra a humanidade,
como fora o nazi-fascismo; depois, para que se construíssem bases efetivamente democráticas e que
aprofundassem as formas de participação na construção da cidadania. Para tanto, a Constituição de Bonn, na
Alemanha de 1949, foi seminal. O século XX construiu a democracia de massas, o século XXI deverá
apresentar muitas transformações em seus institutos políticos e jurídicos.
DIREITO provém da palavra latina directum, que significa reto, no sentido retidão, o certo, o correto, o mais
adequado. A definição nominal etimológica de Direito é “qualidade daquilo que é regra”. Da antiguidade chega
a famosa e sintética definição de Celso: “Direito é a arte do bom e do eqüitativo”. Na Idade Média se tem a
definição concebida por Dante Alighieri: “Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem que,
conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destrói”. Numa perspectiva de Kant: ”Direito é o conjunto
de condições, segundo as quais, o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com
uma lei geral de liberdade”.Nessa linha de compreensão, o direito seria conceitualmente o que é mais
adequado para o indivíduo tendo presente que, vivendo em sociedade, tal direito deve compreender
fundamentalmente o interesse da coletividade. Daí surge a grande discussão que se trava ao longo dos
tempos, o que obriga que os conceitos do certo ou errado, do direito e do não direito se adaptem às novas
realidades geográficas, religiosas, humanísticas e históricas, para descrever apenas algumas questões que
interferem na evolução e adequação do direito a ser aplicado.Na verdade, o direito, na sua essência é um
conceito em constante mutação, até porque enraizado e conseqüente da própria condição humana, que
necessita de ajuste e adequação diuturnamente, seja com relação a seu habitat, aos critérios e normas de
convivência, bem como às novas realidades construídas pelos grupamentos humanos e a própria evolução do
conhecimento cientifico e tecnológico.Desde a formação dos primeiros grupos gregários surgiu a necessidade
dos regramentos de convivência, mesmo que de forma esparsa e sem muitas formalidades. Até na
comunicação primária entre dois seres humanos não se deve prescindir de uma informal padronização,
objetivando uma convivência em moldes relativamente civilizados e sem maiores embates. E aqui não se fala
do que é certo ou errado em sentido absoluto, porque conforme dito anteriormente, tais conceitos são mutantes
de acordo com os grupos humanos que se associam em comunidades.Na medida em que o contingente
populacional de determinados grupos sociais cresceu em número de habitantes, aglutinações de grupos
ocorreram e, por conseqüência, maior a necessidade de uma sistematização do direito, com o objetivo de que
houvesse compreensão coletiva daquilo que o grupo desejava para si, mesmo que fosse por imposição de uma
vontade individual, mas que aceita pelo coletivo.
2-TEORIA MONÍSTICA
Também chamada do estatismo jurídico, segundo a qual o Estado e o Direito confundem-se em uma só
realidade.
Para os monistas só existe o direito estatal, pois não admitem eles a idéia de qualquer regra jurídica fora do
estado. O Estado é a fonte única do direito, porque quem dá vida ao Direito é o Estado através da “força
coativa” de que só ele dispõe. Logo, como só existe o Direito emanado do Estado, ambos se confundem em
uma só realidade.
Foram precursores do monismo jurídico: Hegel, Thomas Hobbes e Jean Bodin. Desenvolvida por Rudolf von
Ihering e John Austin, alcançou esta teoria a sua máxima expressão com a escola técnico-jurídica liderada por
Jellinek e com a escola vienense de Hans Kelsen.
TEORIA DUALÍSTICA
Também chamada pluralística, que sustenta serem o Estado e o Direito duas realidades distintas,
independentes e inconfundíveis.
Para os dualistas o Estado não é a fonte única do Direito nem com este se confunde. O que provém do Estado
é apenas uma categoria especial do Direito: o direito positivo. Mas existem também os princípios de direito
natural, as normas de direito costumeiro e as regras que se firmam na consciência coletiva, que tendem a
adquirir positividade e que, nos casos omissos, o Estado deve acolher para lhes dar jurisdicidade.
Afirma esta corrente que o Direito é criação social, não estatal. O Direito, assim, é um fato social em contínua
transformação. A função do Estado é positivar o Direito, isto é, traduzir em normas escritas os princípios que
se firmam na consciência social.
O dualismo (ou pluralismo), partindo de Gierke e Gurvitch, ganhou terreno com a doutrina de Léon Duguit o
qual condenou formalmente a concepção monista, admitiu a pluralidade das fontes do Direito positivo e
demonstrou que as normas jurídicas têm sua origem no corpo social.
TEORIA DO PARALELISMO
Segundo a qual o Estado e o Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes.
Esta terceira corrente, procurando solucionar a antítese monismo-pluralismo, adotou a concepção racional da
graduação da positividade jurídica, defendida com raro brilhantismo pelo eminente mestre de Filosofia do
Direito na Itália, Giorgio Del Vecchio.
Reconhece na teoria do pluralismo a existência do direito não-estatal, sustentando que vários centros de
determinação jurídica surgem e se desenvolvem fora do Estado, obedecendo a uma graduação de
positividade. Sobre todos estes centros particulares do ordenamento jurídico, prepondera o Estado
como centro de irradiação da positividade.
A teoria do paralelismo completa a teoria pluralista, e ambas se contrapõem com vantagem à teoria
monista. Efetivamente, Estado e Direito são duas realidades distintas que se completam na interdependência.
Como demonstra o Prof. Miguel Reale, a teoria do sábio mestre da Universidade de Roma coloca em termos
racionais e objetivos o problema das relações entre o Estado e o Direito, que se apresenta como um dos
pontos de partida para o desenvolvimento atual do Culturalismo.
Na equação dos termos Estado-Direito é necessário ter sempre em vista esses três troncos doutrinários, dos
quais emana toda a ramificação de teorias justificativas do Estado e do Direito.
4- Direito Positivo, que tem sua origem e fundamento no Direito Natural, é o conjunto concreto de normas
jurídicas que apresentam formulação, estrutura e natureza culturalmente construídas, isto é, as leis que
temos que nos submeter. É criado por meio de decisões voluntárias e depende da manifestação de vontade,
por exemplo, de uma autoridade ou da sociedade.
O Direito Natural pode ser entendido como o direito que adquirimos ao nascer, e ninguém pode modificar
“não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado” como afirma Paulo Nader. Não
depende de lei alguma, é válido universalmente, é imutável e não é afetado pelo tempo. É abstrato, não
podemos tocá-lo, apesar de saber que ele existe. O Direito Natural ensina aos homens através da
experiência e da razão.
6- O povo é caracterizado pelo conjunto de pessoas que se unem com intuito organizacional e fiscalizador.O
povo é o elemento humano na formação do Estado, posto que não há Estado sem população, sem pessoas.
O segundo elemento constitutivo do Estado é o território que é a delimitação territorial ou espacial que dará
limite à soberania do Estado. A especificação territorial do Estado, como elemento constitutivo de seu
reconhecimento destaca o critério espacial (aonde) ocorrerá à incidência de normas jurídicas.
A soberania do Estado encontra-se intrinsecamente no segundo elemento constitutivo e será exercida em seu
território e essa transporta a idéia de ordem interna, com poder de impor determinações e condições, isto é:
regulamentar a ordem social interna.A soberania, em outras palavras, é a capacidade jurídica e territorial de
autodeterminação, fixando competências dentro do território estatal e limitando a invasão de outro Estado.
7- Jusnaturalismo é o Direito Natural, ou seja, todos os princípios, normas e direitos que se têm como ideia
universal e imutável de justiça e independente da vontade humana.
9-Em relação ao contratualismo para Rousseau,acredita que todo poder se forma a partir do povo e deve ser
governado por ele. Assim, o povo deve escolher seus representantes para governar, pessoas que devem
exercer o poder em nome dos interesses gerais da população.
Neste contexto, os cidadãos livres renunciam à vontade própria em prol da vontade comum (vontade geral).
10-. No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se
de todos os meios para atingi-las.
11-Conforme TOMAS HOBBES , os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio
homem),pois possuem um poder de violência ilimitado.O homem só se impõe a outro homem pela força; a
posse de algum objeto não pode ser dividida ou compartilhada. Num primeiro momento, quando se dá a
disputa, a competição e a obtenção de algum bem, a força é usada para conquistar. Não sendo suficiente, já
que nada lhe garante assegurar o bom usufruto do bem, o conquistador utiliza-se da força para manter este
bem (recorre à violência em prol da segurança desse bem).
12- Para Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o
caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer
maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões.
13- A defesa de propriedade para o filósofo inglês John Locke (1632-1704) surge com a ideia de Estado
Natural. Esse Estado Natural consiste na ideia de que a propriedade comum é presente divino, isto é, a terra é
um presente de Deus para que os homens desenvolvessem e tirassem o seu sustento dela. Ou seja, para
Locke, a propriedade é um presente divino e comum entre todos os homens. Isso representa uma ideia inata
de que a propriedade é direito natural de todo homem por ser filho de Deus, de uma linha divina.
14- Locke, assim como Hobbes, acredita no ser humano no seu estado de natureza. No entanto, o
pensamento lockiano acredita que o homem é anterior a sociedade e o Estado, ou seja, o estado de natureza é
algo real e que a maioria do seres humanos passou por ela. Essa idéia é, segundo o autor, é comprovada na
existência das tribos americanas.Ao contrário de Hobbes; em que o estado de natureza é um estado de
guerra, insegurança e violência; o estado de natureza lockiano é um estado de paz e harmonia com homens
dotados de razão e consumidores da liberdade e dos direitos naturais.
15- Hobbes acredita que a propriedade só existe no estado civil, e que é uma criação do Estado-Leviatã,
logo, podemos dizer que no estado de natureza a questão da propriedade é inexistente. Por ser fruto do
Estado, a propriedade pode ser suprimida por este.Seguindo uma lógica contrária temos o pensamento de
Locke que acredita na propriedade sendo, assim como o estado de natureza, anterior a sociedade. Assim,
podemos dizer que a propriedade é um direito natural e inviolável.
16-Para Rousseau, se formos radicais, veremos que de fato nunca existiu uma democracia ateniense: na
verdade, Atenas não era uma Democracia, mas sim uma aristocracia bastante tirânica, governada por oradores
e eruditos, pois as questões a serem votadas eram apresentadas ao público e discutidas por aqueles que
tinham mais facilidades no trato com as palavras. Era natural então que os melhores oradores convencessem a
maioria dos votantes a dar seu consentimento a favor dos interesses deles. E os interesses desses oradores e
eruditos nem sempre estava de acordo com a vontade geral, que deveria ditar os passos do “poder executivo”.
17- Em uma democracia representativa ou indireta, os cidadãos elegem representantes, que deverão
compor um conjunto de instituições políticas (Poder Executivo e Poder Legislativo) encarregadas de gerir a
coisa pública, estabelecer leis e/ou executá-las, representantes que devem visar os interesses daqueles que os
elegem: a população.
A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os
cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma
democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.A palavra
Democracia vem do grego e significa "poder do povo", ou seja, governo feito pelo povo .Isso quer dizer que,
quando num país existe democracia, o povo e soberano para decidir seu próprio destino.
- FORMAS DE GOVERNO
Conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre
a sociedade, bem como as relações entre os detentores do poder e demais membros da sociedade.
2.1 - Monarquia
O cargo de chefe é vitalício, hereditário e sem responsabilidade. Assim, todo o poder político está concentrada
nas mãos de uma só pessoa, que o exerce através de si ou de delegações. Ou seja, é um Estado dirigido,
comandado, administrado por uma só pessoa conforme sua arbitrariedade, independendo da vontade da
população de querê-lo ou não como monarca.
2.2 - República
Nesta forma de governo, o povo tem o direito (as vezes o dever), de escolher seus governantes, participando
da administração de forma direta ou indireta, dependendo do sistema de governo. Os governantes, escolhidos
pelo povo administram o Estado visando o bem comum.
SISTEMAS DE GOVERNO
3.1
3.1 - Presidencialismo
Regime democrático pode ser entendido como aquele em que o poder é e emanado do povo, um regime que
proporciona voz e ação à população através
atraves na criação de leis, fiscalização (remédios constitucionais), escolha
dos representantes, direta ou indiretamente e etc.
4.2 - Autocrático
Trata-se de um governo autoritário,
autorita'rio, de poder absoluto, que governa conforme sua arbitrariedade todos os
níveis governamentais. Neste sistema, antagônico em relação à Democracia, a gestão é e exercida através
atraves do
soberano ou de delegações arbitrárias
arbitrarias feitas pelo mesmo.
19-
19- Federação / União: Capacidade políticas Administrativas e Legislativa, são distribuídas para a
competência de entes regionais, possuindo então autonomia. Dessa forma, a Federação faz-se através
atraves da
união de diversos Estados que, embora percam sua soberania em relação ao Estado Federativo, mantêm sua
autonomia.
Confederação: É uma espécie
especie de tratado em que os Estados unem-se visando um empreendimento comum e
benéfico a ambos que, neste aspecto, confunde-se com a Federação. No entanto, é disponível a cada um,
tanto sua autonomia quanto sua soberania, além de prever a possibilidade de secessão (separação do
Estados), sendo estes últimos as características diferenciadoras entre Confederação e Federação.
20-
TEORIA PATRIARCAL: Sustenta a teoria que o Estado deriva
de um nucleo familiar, cuja autoridade suprema pertenceria ao
ascendente varão mais velho (patriarca). O Estado seria,
assim, uma ampliação da familia patriarcal. Grécia e Roma
tiveram essa origem, segundo a tradição. O Estado de Israel
(exemplo tipico) originou-se da familia de Jacob, conforme
relato bíblico.