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MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO IV
1. Extração de DNA
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A maioria dos protocolos de extração de DNA envolve em geral cinco etapas
básicas. Na primeira etapa, algum tipo de maceração mecânica é utilizado para
romper as paredes e membranas celulares das células microbianas, crescidas em
meio líquido e separadas desse por filtração ou centrifugação, normalmente feita na
presença de nitrogênio líquido. Na segunda etapa, as células maceradas são
ressuspendidas em um tampão de extração, contendo algum detergente (SDS no
caso da extração que utiliza fenol), antioxidantes, EDTA e agente tamponante,
visando à solubilização de membranas lipoproteicas e desnaturação de proteínas
enquanto o DNA é protegido da ação de enzimas de degradação. Esta suspensão é
submetida a uma temperatura entre 50 e 65 ºC durante 15 a 60 minutos para facilitar
a solubilização e homogeneização da suspensão. Na terceira etapa, esta suspensão
é submetida a uma extração com um solvente orgânico, clorofórmio-álcool
isoamílico. As fases, orgânica e aquosa são separadas por intermédio de
centrifugação. Nesta extração, lipídios, proteínas e a maioria dos polissacarídeos
são retidas na fase orgânica inferior, enquanto que o DNA, RNA e alguns
polissacarídeos são retidos na fase superior (aquosa). Na quarta etapa, um álcool
(isopropanol ou etanol) e sal (NaCl) são adicionados à fase aquosa. O DNA na
presença de sal e álcool forma um precipitado frequentemente visível que pode ser
peletizado1 por centrifugação. Após lavagens do precipitado com álcool, na quinta e
última etapa, este precipitado de DNA/RNA é ressuspendido em um tampão Tris-
EDTA contendo RNAse para degradar o RNA, restando apenas o DNA genômico
desejado.
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à massa total de DNA da amostra colocada no poço da eletroforese. Para quantificá-
la, faz-se a foto (Figura 1) em câmara polaroide (ou também câmera digital) e
compara-se a fluorescência da amostra àquela de um padrão conhecido.
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entenda-se pela medida em cm, a distância entre os eletrodos da cuba de
eletroforese), direção do campo elétrico e composição do tampão.
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polimerase altamente resistente à desnaturação em temperaturas elevadas. Estes
primers são sintetizados artificialmente de maneira que suas sequências de
nucleotídeos sejam complementares às sequências específicas que flanqueiam a
região alvo. Assim, os iniciadores anelam-se às fitas opostas da sequência-alvo e
são orientados de tal forma que a síntese de DNA ocorra por meio da região
compreendida entre estes. Tem-se, então, a duplicação desse segmento de DNA a
cada ciclo de reação, e a cada ciclo sucessivo dobra a quantidade de DNA
sintetizada no ciclo anterior. O resultado é o acúmulo exponencial do fragmento
específico de DNA aproximadamente a 2n, onde n é igual ao número de ciclos
realizados.
No início, o principal problema técnico foi à enzima DNA polimerase, que
perdia a atividade enzimática rapidamente a elevadas temperaturas, necessárias no
processo de desnaturação do DNA. O isolamento de enzimas termoestáveis, a partir
de organismos termofílicos, como bactérias nativas de fontes termais ou de
chaminés vulcânicas do fundo do mar, trouxe a solução para esse problema técnico.
O grande impacto dessa técnica foi à utilização da DNA polimerase
termoestável, a partir da purificação da Thermus aquaticus, a Taq DNA polimerase,
em substituição ao fragmento Klenow da DNA polimerase I de E. coli, tornando a
técnica, uma das maiores realizações da Biologia Molecular. A grande estabilidade e
eficiência dessas DNAs polimerases, aumentou a especificidade e sensibilidade da
reação, assegurando que os iniciadores estarão anelados estavelmente somente às
suas sequências perfeitamente homólogas. Além disso, houve um ganho quanto à
eficiência da reação, obtendo-se um maior rendimento do produto amplificado e
também a possibilidade de amplificação de fragmentos de DNA de maior tamanho. A
maioria das enzimas DNA polimerase usadas em PCR é obtida a partir da clonagem
e do melhoramento de seus genes, o que envolve procedimentos da tecnologia do
DNA recombinante.
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Figura 2. Representação esquemática da amplificação do DNA utilizando a técnica do PCR.
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Teste de paternidade;
Mutagênese, sítio dirigida, de modo a obter alterações de uma ou mais
bases no DNA amplificado.
4. Parâmetros da amplificação
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rapidamente reduzida para 35 a 60 C, dependendo essencialmente do tamanho e
sequência do primer utilizado, permitindo a hibridização DNA-DNA de cada primer
com as sequências complementares que flanqueiam a região alvo. Em seguida, a
temperatura é elevada para 72 C para que a enzima DNA polimerase realize a
extensão a partir de cada terminal 3’ dos primers. Esta extensão envolve a adição de
nucleotídeos utilizando como molde a sequência alvo, de maneira que uma cópia
desta sequência é feita no processo. Este ciclo é repetido por cerca de 25 a 40
vezes. Uma vez que a quantidade de DNA da sequência alvo dobra a cada ciclo, a
amplificação segue uma progressão geométrica de maneira que, depois de apenas
20 ciclos, são produzidos mais de um milhão de vezes a quantidade inicial de
sequência alvo. Na extensão final, a temperatura usada na etapa de extensão é
repetida por cerca de 5 a 10 minutos. Esta etapa de incubação prolongada visa
assegurar que toda população de DNA amplificada encontre-se como uma fita dupla
e de tamanho completo. Por fim, uma incubação a 4 ºC por tempo indefinido.
Esta escala de amplificação permite, portanto, iniciar com quantidades
mínimas de DNA (da ordem de alguns picogramas ou nanogramas) e terminar a
reação com grandes quantidades de DNA de uma sequência específica de
interesse.
O DNA em grande quantidade pode ser facilmente detectado a olho nu
diretamente em gel de eletroforese por meio de corantes específicos para DNA
(brometo de etídeo). Entretanto, a técnica de PCR ainda apresentava uma limitação
significativa na obtenção de marcadores moleculares anônimos distribuídos pelo
genoma. A construção de primers para amplificação via PCR dependia
essencialmente do conhecimento prévio das sequências de nucleotídeos que
flanqueiam a sequência de DNA de interesse. Para se conhecer estas sequências é
necessária a clonagem e sequenciamento da região. Em vista disso, com exceção
de alguns genes de sequência conhecida, a PCR apresentou, de início, um uso
limitado como técnica para a obtenção de marcadores moleculares.
A facilidade, rapidez, versatilidade e sensibilidade da PCR, a torna
particularmente poderosa para estudos genético-moleculares, envolvendo grande
número de indivíduos de qualquer organismo vivo.
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5. Cuidados importantes na utilização da técnica
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poros da matriz formada é diretamente proporcional à concentração do polímero
utilizada.
Em razão da presença de grupamentos fosfato, a molécula de DNA possui
carga negativa em pH neutro ou alcalino. Consequentemente, quando aplicada a um
gel e submetida a um campo elétrico, essa macromolécula migrará em direção ao
anodo, ou seja, pólo positivo (Figura 3).
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Colocar o pente de modo que não forme bolhas. Aguardar o gel endurecer e
retirar o pente;
Colocar o conjunto na cuba de eletroforese, cobrindo com o tampão;
Colocar nos poços o DNA (diluído) e misturado com solução azul de
bromofenol.
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Ajustar a voltagem e o tempo;
Visualizar as bandas obtidas com auxílio de luz ultravioleta.
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Conformação do DNA – O DNA apresenta três formas distintas que migram
em velocidades diferentes no gel de agarose (Figura 4). As formas são: circular
superenovelada (forma 1), circular relaxada (forma 2) e linear (forma 3). A motilidade
das diferentes formas pode variar de acordo com o tamanho da molécula de DNA e
também depende do diâmetro dos poros do gel, voltagem e força iônica do tampão
de corrida. A forma 1 migra mais rapidamente que a forma 3, e a forma 2 é a mais
lenta. A forma 1 é a mais rápida, em razão do seu menor diâmetro.
UV -
Circular relaxada
Superenovelada
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de 15% e é mais pronunciado no DNA relaxado, pois nesse tipo de conformação a
presença de brometo de etídeo induz à formação de superenovelamento positivo,
que acarreta aumento na motilidade eletroforética.
8.
Figura 5. Estrutura química do brometo de etídeo.
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Essa técnica exige o uso de materiais perigosos e mutagênicos (luz UV e
brometo de etídeo), portanto são necessários cuidados importantes na sua
manipulação e desenvolvimento, como:
- Usar luvas para manipular géis ou soluções contendo brometo de etídeo,
que é um potente agente mutagênico;
- Usar óculos e outros equipamentos de proteção ao trabalhar com a luz UV,
já que a mesma é mutagênica;
- A agarose fundida pode eventualmente borbulhar, por isso não se deve
agitar o erlenmeyer logo após a fusão, para evitar queimaduras.
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eletrodos, do pólo negativo em direção ao pólo positivo. A combinação do sistema
descontínuo do tampão com a grande porosidade do gel concentrador promove o
efeito de empacotamento da amostra, o qual é crucial para a alta resolução desse
sistema de separação.
Após a separação, as proteínas ou DNAs podem ser visualizadas segundo
diversas metodologias de coloração, detecção imunológica ou radioativa. Cada um
desses sistemas de detecção apresenta o requerimento de um protocolo específico
para sua execução. As duas principais metodologias de coloração utilizam o corante
azul brilhante de Coomassie ou sais de prata (soluções amoniacais de prata ou
nitrato de prata). A coloração de prata é cerca de cem a mil vezes, mais sensível que
a coloração de Coomassie, podendo detectar moléculas em quantidade de 0,1 a 1,0
ng em uma única banda.
Assim, pode-se definir um parâmetro padrão envolvendo as seguintes
etapas:
Montagem da cuba de eletroforese e confecção do gel de poliacrilamida. Ao
contrário da eletroforese em gel de agarose, que utiliza uma cuba horizontal para
corrida do gel, a eletroforese em gel de poliacrilamida utiliza uma cuba vertical;
Verter o gel de corrida, e assim que esse polimerizar, verter sobre ele o gel
de empacotamento e introduzir imediatamente o pente para formação dos poços;
i.
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Conectar os eletrodos à fonte de corrente e ligá-la. A corrente sempre irá do
pólo negativo ao pólo positivo;
Após o término da corrida, realizar a coloração para visualização do gel.
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O pesquisador Ed Southern propôs a transferência e a imobilização dos
fragmentos de DNA resultantes da digestão enzimática em um suporte sólido (Figura
6). Assim, após a digestão e a eletroforese do DNA, as moléculas presentes no gel
são transferidas para membranas, geralmente de nitrocelulose ou náilon, sendo
então hibridizado com a sonda de interesse, esse procedimento é chamado de
Southern Blot (Figura 7). Essa técnica caracteriza-se por ser menos trabalhosa, uma
vez que todos os fragmentos de DNA podem ser sondados de uma só vez.
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Figura 7. Passo a passo da técnica de southern blot. No primeiro passo, os ácidos nucleicos
são separados em gel de agarose; em seguida (passo 2) o gel é transferido para membrana de
nitrocelulose; no terceiro passo, depois de transferidos para membrana, os ácidos nucleicos são
hibridizados; então, no passo 4, ocorre a revelação; seguida, no último passo (5), da detecção das
bandas.
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intramolecular de bases, promovendo um dobramento da molécula ou pareamento
de bases presentes em moléculas distintas, levando à formação de regiões de
híbridos de RNA-RNA. Assim, a migração do RNA em géis de agarose depende do
seu tamanho e do seu estado conformacional.
A realização dessa técnica implica, obrigatoriamente, a utilização de géis de
agarose adicionados de agentes desnaturantes. Geralmente, emprega-se o
formaldeído para tal finalidade, uma vez que este reage covalentemente com os
grupamentos amina de adenina, guanina e citosina, evitando a formação de
pareamento envolvendo essas bases. Como esse fenômeno pode também ocorrer
em relação à sonda no momento da hibridação, tal atividade deve ser revertida
antes da etapa de hibridação com a sonda, pela desnaturação térmica seguida de
resfriamento.
RNAses são enzimas, presentes nas células, nos tecidos, alguns fluídos
biológicos, e degradam as moléculas de RNA. A técnica em questão, deve ocorrer
em condições RNAse free, ou seja, livre de RNAses, até a transferência para as
membranas, quando então tal precaução não é mais necessária.
Para obtenção das condições RNAse free é necessário alguns cuidados
como:
Uso de luvas novas, sem talco;
Reagentes e materiais plásticos, como ponteiras e tubos tipo Eppendorf,
devem ser novos;
A vidraria e os instrumentos metálicos devem ser limpos, envolvidos em
papel alumínio e submetidos a 180 ºC por dezesseis a dezoito horas;
Os equipamentos, como cubas de eletroforese e pentes, devem ser tratados
com 0,1% de dietil pirocarbonato (DEOC), um potente inibidor de RNAse;
A água deve ser bidestilada ou Milli-Q.
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Manusear o formaldeído sempre em capela de exaustão, evitando aspirar
seus vapores, que são tóxicos;
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Proteínas com alta massa molecular e hidrofobicidade tornam a
transferência mais lenta;
Géis fixados não podem ser transferidos, por isso não se deve corar o gel
antes da transferência;
Bolhas entre o gel e membrana causam problemas na transferência;
Manipular as membranas sempre com luva e pinça, já que as impressões
digitais podem interferir na adsorção de proteínas;
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A reação de síntese se processa em condições iônicas e de pH apropriadas,
na presença da enzima DNA polimerase e de uma mistura dos 4 nucleotídeos sob a
forma de dNTPs (3’-desoxinucleotídeos trifosfatos): dATP, dCTP, dGTP e dTTP
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sendo um deles marcado radioativamente com ³²P ou S; um dos mais utilizados é
o dATP ³²P (Figura 9.2a). Como a enzima utilizada catalisa somente o alongamento
da cadeia nascente é necessário também, a presença na reação, de um pequeno
fragmento de DNA sintético (XXX) complementar a uma região conhecida (YYY) na
extremidade 3’ do DNA molde; estas características permitirão sua hibridização no
local mencionado, e fornecerão um ponto de partida para a replicação do DNA. O
fragmento XXX, denominado iniciador ou primer, quando marcado, poderá ser
utilizado para rastrear o fragmento de DNA recém-sintetizado no lugar do dNTP. O
processo é executado em quatro reações separadas; cada uma delas, contendo
adicionalmente pequena quantidade de um, e apenas de um, dos quatro tipos de
cada dNTP sob a forma análoga de ddNTPs (2’, 3’-didesoxinucleotídeo trifosfatos)
(Figura 9.2b).
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As formas análogas (ddNTPs) são conhecidas como terminadores, e ao
serem incorporados à cadeia nascente bloqueiam todo processo, por não
apresentarem 3’OH que permita formar ligação com o próximo dNTP a ser
adicionado. Com todos os nucleotídeos normais (dNTPs) presentes, o alongamento
da cadeia prosseguirá até que a enzima DNA-polimerase insira um análogo
(ddNTP). Consequentemente e imediatamente, a reação de síntese irá parar no
ponto em que seu alongamento foi interrompido: na extremidade e, a molécula
estará marcada com ³²P. Os fragmentos assim obtidos, cada qual contendo um
resíduo final conhecido, pois se sabe em que tubo de reação o análogo foi
adicionado, são separados por tamanho em gel de poliacrilamida individualmente,
ou seja, um canal de análise para cada reação. Então, o gel é transferido para um
suporte de nitrocelulose (filtro).
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Figura 10. Representação da sequência de nucleotídeos do DNA sequenciado de 3’ para 5’.
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Figura 11.4. Representação do sequenciamento automatizado. Na figura 4a é possível
observar os dNTPs marcados por fluorescência; em seguida, em 4b, eletroforese realizada em um
único canal do gel de sequenciamento; e por fim, em 4c, a luz emitida é detectada por escaneamento
do gel e a sequência deduzida por computador (eletroforegrama).
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do Polimorfismo Humano). Este centro coleta amostras de sangue e tecidos de
famílias extensas e tornou-se o principal fornecedor de material para a elaboração
dos mapas de ligação realizados pelo Genéthon.
O mapeamento do genoma humano sempre causou expectativas. Alguns
cientistas acreditavam ser impossível, enquanto outros achavam que seria um
projeto muito trabalhoso e em vão, já que as informações obtidas seriam
desencontradas; e os cientistas que reconheciam o projeto como a grande “sacada”
da biologia, transformando a biologia numa grande ciência (big science), com direito
a financiamentos gigantescos e divulgação ampla.
O Projeto Genoma Humano é um empreendimento internacional, iniciado
formalmente em 1990 e projetado para durar 15 anos, com os objetivos de identificar
e fazer o mapeamento do DNA do corpo humano, determinar as sequências dos três
bilhões de bases químicas que compõem o DNA humano, e armazenar essa
informação em bancos de dados, desenvolverem ferramentas eficientes para
analisar esses dados e torná-los acessíveis para novas pesquisas biológicas.
O PGH começou como uma iniciativa do setor público, tendo a liderança do
cientista Francis Collins, e posteriormente, a busca para decifrar o código genético
humano, também passou a ser desenvolvido pela companhia privada Celera,
liderada pelo cientista Craig Venter.
O PGH é sem dúvida o mais audacioso projeto da biologia, com a pretensão
de ter toda a sequência de genes da espécie humana, descobrir sua localização e
determinar as suas funções. O anúncio do rascunho de 98% do genoma humano
ocorreu no dia 26/07/2000, com a participação do presidente americano Bill Clinton e
do 1° ministro britânico Tony Blair. O anúncio também mostrou que a aparente
corrida não declarada entre os setores estatal e privado, envolvidos com o projeto
terminou em empate, visto que o anúncio foi conjunto. Os resultados foram
publicados em duas revistas diferentes. A revista inglesa Nature publicou o trabalho
dos pesquisadores do PGH, liderados por Francis Collins, e a norte-americana
Science, o dos pesquisadores da Celera, liderados pelo empresário-cientista Craig
Venter (Figura 12).
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Figura 12. Capa das revistas nature e science. Foram nessas edições, que as revistas
publicaram o anúncio dos cientistas sobre o rascunho de 98% do sequenciamento do genoma
humano.
Francis Collins, diretor do projeto genoma estatal, apertou a mão de seu ex-
colega e presidente da companhia privada Celera, Craig Venter ao lado do
presidente Bill Clinton. A trégua não significa uma conciliação de pontos de vista
bem divergentes. Collins, apoiado por Clinton e Blair, quer que as informações nele
contidas sejam de domínio público. No entanto, Venter quer o direito de patentear
sequências desse código. Ele pretende lucrar com a venda de informações
determinantes para empresas farmacêuticas.
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O Projeto Genoma poderá trazer muitos benefícios para a humanidade
como:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEWIN, Genes VII. Oxford University Press, Inc., New York, 2000.
OLBY, R. The path to the Double Helix: the discovery of DNA. New York: Dover
Publications, 1994.
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WEAVER, W. Molecular biology: origins of the term. Science, Washington, v. 170,
p. 581-582, 1970.
ZAHA, A.; et al. Biologia Molecular Básica. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003.
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