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O QUE SABE QUEM ERRA?

Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar

ESTEBAN. Maria Teresa. O que sabe quem erra?Reflexões sobre avaliação e


fracasso escolar. 4. ed.- Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
O livro “O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar”
(DP&A, 2006, 198 páginas), da escritora Maria Teresa Esteban aponta a
avaliação da aprendizagem como um dos fatores que contribuem para o
fracasso escolar, quando utilizado precipitadamente.
Maria Teresa Esteban apresenta o processo de avaliação como um forte
mecanismo de exclusão social, visto que, apesar de ser um fenômeno muito
investigado, ainda apresenta uma série de deficiências no cotidiano da maioria
das escolas. A autora propõe ainda uma prática inclusiva de avaliação
mediadora, tornando possível o desenvolvimento pleno do educando, sem que
haja crise ou traumas durante as avaliações escolares.
Nos três grandes capítulos que integra a obra Esteban (2006) trata-se da
questão da avaliação e fracasso escolar, defendendo a tese de que há um
aprendizado a se fazer com relação ao que é que sabe quem erra. Ao focalizar
a que sabe quem erra, a autora nos aponta que o saber cotidiano no erro é um
caminho necessário para as possibilidades de separação do erro, sem negar o
saber ali apontado.
Esteban (2006) defende a tese de que a escola não é simplesmente um
espaço de reprodução do contexto social, uma vez que nela soa geradas
práticas específicas através das quais adesigualdade se constrói. Fazendo
essa afirmação, a autora sugere que é preciso se aproximar das práticas que
são geradas nas escolas, uma vês que, essas práticas conhecidas em suas
especificidades e singularidades superam essas desigualdades produzidas
inicialmente.
O livro discuti a avaliação como um tema relevante, onde essa discussão fala
sobre o fracasso escolar e dos mecanismos que possibilitam a reversão desse
quadro para a construção do sucesso escolar. Para a autora a reflexão sobre
avaliação é um dos elementos fundamentais de todo processo educativo, é um
dos eixos centrais da educação, porque através dela é que se pode ir
equilibrando esse processo.
Esteban (2006) fala em seu livro que a avaliação não é responsável nem pelo
fracasso escolar e nem pela exclusão social e que, portanto não é apenas
mudando os procedimentos de avaliar que se vai produzir sucesso escolar e
inclusão social, devem-se utilizar outras modalidades de avaliação, onde tenha
como ponto de partida a certeza de que todos apreendam.
A avaliação é um procedimento muito importante por conta da sua dimensão
reflexiva, pela sua possibilidade de projetar reflexões, a avaliação não resolve
tudo, mas, sem dúvidas é necessário que sejam construídos procedimentos
mais democráticos de avaliação. Em um trecho de seu livro Esteban (2006) diz:
Não acreditamos que a escola possa transformar a sociedade.tampouco
acreditamos que uma sociedade excludente como
a nossa possa deixar de produzir fracasso escolar. No entanto
acreditamos, e nossa pesquisa demonstra, que é possível
instaurar práticas que atuem no sentido da transformação da
escola como parte do processo de transformação social.
(ESTEBAN, 2006, p. 187).
O livro também nos remete a pensar o porquê de avaliar, Esteban nos mostra
que a técnica de avaliação vem sendo bastante criticada, porque
tradicionalmente o que se tem em torno da discussão da avaliação são os
instrumentos e procedimentos, nesse sentido, parece que fundamental
recupera-se a idéia de que avaliar vem de atribuir valor, portanto, é preciso
uma reflexão não só sobre os procedimentos utilizados, sobre os instrumentos
que estão sendo trabalhados, mas, sobretudo, que valores estão orientando a
proposição desse processo pedagógico, que vai se nos relacionar diversos
contextos educacionais.

A avaliação como prática de interrogação revela um instrumento importante


para a prática dos professores e professoras que, comprometidos com
essaescola democrática, se encontram freqüentemente frente a dilemas para
os quais nem sempre têm a resposta certa. Professores e professoras que
necessitam se capacitar, cada dia mais, como pesquisadores de sua prática
para que consigam encontrar respostas possíveis e resposta adequadas.
(ESTEBAN, 2006, p. 168).

Embora este livro com apenas três grandes capítulos seja um pouco repetitivo,
ele exprime muito bem o processo de avaliação ele tem o mérito de reunir e
refletir constantemente novas indagações, novos pensamentos, que
possibilitem compreensões diversas sobre avaliação e o fracasso escolar.
Este livro faz um questionamento às abordagens sociais da avaliação e a
contribuição dessa abordagem para a produção do fracasso escolar,
exercitando uma investigação que busca e consegue demonstrar os aspectos
ou valores da avaliação, e, portanto, este livro nos dar pistas interessantes para
descobrir “o que sabe quem erra” e o quanto estes saberes são importantes
para a transformação da escola e da sociedade, teremos a concepção de que
avaliar é ir além da simples competência e habilidade de elaborar um
instrumento de avaliação como afirma Libâneo:

A avaliação é um processo significativo para a reflexão sobre a prática social, a


prática escolar e a interação entre estes âmbitos. A avaliação como ato de
reconstrução se constitui em um processo formativo para as professoras,
articulando dialeticamente reflexão e ação; teoria e prática; contexto escolare
contexto social; ensino e aprendizagem; processo e produto; singularidade e
multiplicidade; saber e não saber; dilemas e perspectivas. (LIBÂNEO, 1994,
p.128)

Recomendo este livro principalmente aos acadêmicos, pois este apresenta


uma linguagem bem acessível, e traz algumas informações de grande
relevância, sendo assim auxilia o acadêmico na produção de resenha, nos
trabalhos de pesquisa, entre outros.
O livro também aborda questões que estão presentes no cotidiano escolar e
também na formação do docente, é uma obra para quem se interessa pelas
ações e praticas no processo de ensino/aprendizagem escolar.
MARIA TERESA ESTEBAN é doutora em filosofia e ciências da educação, pela
Universidade de Santiago de Compostela, Espanha. Atualmente é professora
da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense e
pesquisadora do Grupo Alfabetização dos Alunos e Alunas das Classes
Populares, no Programa de Pós-Graduação em Educação da mesma
universidade. Publicou: O que sabe quem erra? (Rio de Janeiro, DP&A,
2001); Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos (Rio de Janeiro,
DP&A, 2001, 3ª ed., org.); "Avaliar: ato tecido pelas imprecisões do cotidiano"
(In: GARCIA, R.L., org., Novos olhares sobre a alfabetização, São Paulo,
Cortez, 2001); "Avaliação: face escolar da exclusão social?" (Proposta, Rio de
Janeiro, FASE, 1999). E-mail: mtesteban@uol.com.br.

REFERÊNCIA
LIBÂNEO. José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

(2014, 03). o que sabe quem erra. TrabalhosFeitos.com. Retirado 03, 2014, de
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/o-Que-Sabe-Quem-Erra/49105287.html

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