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º 6/2017
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como devem ser resolvidos eventuais conflitos que surjam sobre a interpretação ou
execução do contrato.
Este contrato deve servir como base aos contratos de gestação de substituição, mas as
pessoas envolvidas podem acrescentar cláusulas.
A Ordem pode decidir emitir o parecer ou não. O CNPMA tem de apresentar uma
decisão no prazo de 60 dias a contar da entrega do parecer ou do fim do prazo
previsto para essa entrega. Mas não é obrigado a decidir de acordo com aquilo que a
Ordem defender no parecer.
Protege-se a ligação da mãe genética com a criança durante a gestação
Durante a celebração e execução do contrato, deve ser assegurada a ligação entre a
mãe genética e a criança.
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A relação da gestante de substituição com a criança nascida deve ser reduzida ao
mínimo indispensável, para minimizar riscos psicológicos e afetivos, exceto se esta for
uma familiar próxima.
Procriação Medicamente Assistida: filhos vão poder saber quem foram os dadores
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o fim do sigilo que, desde a Lei da Procriação Medicamente Assistida (LPMA), aprovada
em 2006, protegia os dadores anónimos de esperma, ovócitos ou embriões e que, a
manter-se, se aplicaria também à gestação de substituição.
Portugal fica assim com um regime semelhante ao que passou a prevalecer nos últimos
15 anos no Reino Unido e Holanda e ao que sempre existiu em países nórdicos como,
por exemplo, a Suécia. “A solução do TC não é para transformar estas pessoas [dadores
ou gestantes de substituição] em mães e pais do ponto de visto jurídico”, esclarece. “É
apenas para os filhos terem hipótese de as conhecerem.” O jurista prevê que uma nova
regulamentação da lei venha estabelecer a idade a partir da qual uma pessoa está
“habilitada a solicitar informação” sobre “quem é o dador do material biológico a partir
do qual foi gerado”.
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A Lei da Procriação Medicamente Assistida (LPMA) abrange que técnicas?
Qualquer situação “em que a mulher se disponha a suportar uma gravidez por conta de
outrem e a entregar a criança após o parto, renunciando aos poderes e deveres
próprios da maternidade”.
De acordo com o relatório do Conselho Nacional de PMA, em 2015 (último para o qual
há dados) nasceram em Portugal 2504 crianças como resultado do uso das várias
técnicas (2,9% do total de nascimentos nesse ano).