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PROGRAMA

Lincolnshire Posy​ (1937) - Percy A. Grainger

I - ​Lisbon​ (Sailor’s Song)


II - ​Horkstow Grange ​(The Miser and his Man: A local tragedy)
III - ​Rufford Park Poachers
IV - ​The Brisk Young Sailor (​ who returned to wed his True Love)
V - ​Lord Melbourne ​(War Song)
VI - ​The Lost Lady Found ​(Dance Song)

Vind​ (1983) - Ketil Hvoslef

Solista: Cristiana Moreira

Intervalo

Al Fresco​ (1974) - Karel Husa

Primavera, Op. 136​ (2006) - Jorge Salgueiro

Direção musical: Alberto Roque


NOTAS DE PROGRAMA

Lincolnshire Posy​ - ​Percy A. Grainger


Lincolnshire Posy,​ obra original escrita por Percy Grainger em 1937 para a American
Bandmasters Association, é considerada a sua obra-prima para esta formação. Os seus
seis andamentos foram concebidos a partir de canções populares inglesas que o
compositor registou numa viagem à província inglesa de Lincolshire, em 1905-06. Ao
escrever esta obra, Grainger optou por manter o sentido estilístico do canto que gravou,
o que faz de cada andamento um retrato da personalidade de cada cantor, pintado
através do olhar do compositor.

A obra inicia-se com a fresca e dançante canção de marinheiro ​Lisbon​, seguida pelo
brilho de ​Horkstow Grange​, canção que tem a sua voz no trompete. O sinuoso e
misterioso terceiro andamento, ​Rufford Park Poachers,​ escrito a partir de uma canção
de caçadores, é seguido pelo espirituoso Brisk Young Sailor,​ uma imagem da reunião
de dois jovens apaixonados. A canção de guerra ​Lord Melbourne​, serviu de inspiração
para o quinto andamento. O sexto e último andamento, a dança ​The Lost Lady Found
encerra e completa o ramalhete.

Apesar da aparente simplicidade da obra, constituída por melodias populares, a


genialidade do compositor reside na forma como conseguiu conferir a cada repetição
da melodia um pormenor novo e inesperado, levando ao extremo as potencialidades de
sonoras da orquestra de sopros. Grainger dedicou o seu “ramalhete de flores silvestres”
aos ​cantores anciãos que tão docemente me ​[a ele]​ cantaram​.

Vind​ - ​Ketil Hvoslef


Vind​, um concerto para flauta transversal a solo da autoria do compositor Ketil Hvoslef,
foi dedicado à flautista Manuela Wiesler. A sua escrita musical é difícil de categorizar,
uma vez que se trata de uma linguagem, uma vez que Hovslef transmuta o seu estilo
conforme o género para o qual escreve, e quais os instrumentos em questão. Porém,
pode-se afirmar que é uma linguagem muito baseada em texturas sonoras, num estilo
de composição muito pessoal. Quase toda a sua obra é dedicada à música
instrumental.

Ketil Hvoslef, norueguês de nacionalidade, estudou orgão e viola no Conservatório de


Música em Bergen. Graduou-se em 1962. Mais tarde, estudou composição em
Estocolmo e em Londres.
O concerto ​Vind​, em português “vento”, será interpretado pela flautista Cristiana
Moreira.
Al Fresco​ - ​Karel Husa
Talvez um dos compositores com mais impacto no panorama da música
contemporânea para orquestra de sopros seja o checo Karel Husa. Nascido em Praga
em 1921, tudo indicava que Husa fosse desenvolver uma carreira em engenharia.
Contudo, com a ocupação Nazi, viu-se forçado a procurar um cargo no Conservatório
de Praga, em 1941. Mais tarde, em 1946, estudou em Paris com personalidades
influentes na cena musical do século XX: Arthur Honegger, Nadia Boulanger e Darius
Milhaud. A sua carreira enquanto docente viria a desenvolver-se nos Estados Unidos -
na Universidade Cornell e no Ithaca College (até 1992).

Karel Husa dedicou parte da sua obra à escrita para sopros, nomeadamente para as
orquestras nas escolas para as quais trabalhava: ​Al Fresco não é exceção. Sobre esta
obra, Husa não assume ter-se inspirado em qualquer tema programático. Contudo, o
título indica a sua admiração pela pintura, especialmente pela técnica do “fresco” e
pelas imponentes, misteriosas e rudes pinturas murais que retratam a vida primitiva, a
guerra e a ostentação.

Primavera, Op. 136​ - ​Jorge Salgueiro


Ao falarmos de música para orquestra de sopros em Portugal, é impossível não abordar
a obra de Jorge Salgueiro. Nascido em 1969 na cidade de Palmela, parte da sua obra
musical foi pensada para esta formação. Entre 2000 e 2010 foi compositor residente da
Banda da Armada Portuguesa ​e atualmente é membro da direção artística do grupo
Teatro o Bando e compositor residente da Foco Musical.

A Primavera foi concebida para a Festa da Primavera do Centro Cultural de Belém, em


Lisboa, no ano de 2006 (estreada pela Banda da Armada). Apesar de não se tratar de
uma obra programática, a textura orquestral e os motivos musicais concebidos por
Salgueiro fazem desta obra uma autêntica celebração de cor e de vida. A natureza
aparece representada pelo uso não convencional dos instrumentos musicais, imitando
canto de pássaros, de grilos e os passos e voo de animais. Pontualmente uma melodia
infantil faz-se ouvir no meio do festival sonoro - enquanto símbolo das “crianças” - e à
medida que a obra avança o som cresce até alcançar a apoteose final - o “Grande Sol”.
Ok, vou enviar-te. Acho que está um pouco denso...

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