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N.

o 33 — 15 de Fevereiro de 2006 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 1217

Artigo 67.o Artigo 72.o


Atribuição transitória da qualidade Operação logística de mudança de comercializador de gás natural
de comercializador de último recurso
O regime de exercício da actividade de operação logís-
Sem prejuízo do disposto no artigo 41.o, é atribuída tica de mudança de comercializador de gás natural é
às entidades concessionárias ou detentoras de licenças estabelecido em legislação complementar.
de distribuição a qualidade de comercializador de último
recurso dentro das respectivas áreas de concessão ou
licença, nos termos da legislação complementar. Artigo 73.o
Norma revogatória

CAPÍTULO IX São revogados os Decretos-Leis n.os 14/2001, de 27


de Janeiro, e 374/89, na redacção que lhe foi dada pelo
Disposições finais Decreto-Lei n.o 8/2000, de 8 de Fevereiro, que manterão
a sua vigência nas matérias que não forem incompatíveis
Artigo 68.o com o presente decreto-lei até à entrada em vigor da
legislação complementar.
Arbitragem

1 — Os conflitos entre o Estado e as respectivas enti- Artigo 74.o


dades concessionárias emergentes dos respectivos con-
Entrada em vigor
tratos podem ser resolvidos por recurso a arbitragem.
2 — Os conflitos entre as entidades concessionárias O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte
e os demais intervenientes no SNGN, no âmbito das ao da sua publicação.
respectivas actividades, podem ser igualmente resolvidos
por recurso a arbitragem. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22 de
3 — Das decisões dos tribunais arbitrais cabe recurso Dezembro de 2005. — José Sócrates Carvalho Pinto de
para os tribunais judiciais, nos termos da lei geral. Sousa — João Titterington Gomes Cravinho — Manuel
4 — Compete ao Estado, através da ERSE, promover António Gomes de Almeida de Pinho.
a arbitragem, tendo em vista a resolução de conflitos
entre os agentes e os clientes. Promulgado em 2 de Fevereiro de 2006.
Publique-se.
Artigo 69.o O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Garantias
Referendado em 3 de Fevereiro de 2006.
Para garantir o cumprimento das suas obrigações, os O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de
operadores e os comercializadores devem constituir e Sousa.
manter em vigor um seguro de responsabilidade civil,
proporcional ao potencial risco inerente às actividades,
de montante a definir nos termos da legislação com- Decreto-Lei n.o 31/2006
plementar. de 15 de Fevereiro
Artigo 70.o Com a adesão de Portugal à então Comunidade Eco-
Regime sancionatório nómica Europeia, o regime jurídico do sector petro-
lífero, basicamente unificado na Lei n.o 1947, de 12 de
O regime sancionatório aplicável às disposições do Fevereiro de 1937, viria a ser objecto de sucessivas refor-
presente decreto-lei e da legislação complementar é mas, meramente parcelares, cobrindo actividades como
estabelecido em decreto-lei específico. a refinação de petróleo bruto e o tratamento de produtos
de petróleo, o armazenamento, o transporte, a distri-
buição e a comercialização, as quais passaram a reger-se
Artigo 71.o
por diplomas próprios. Paralelamente, foi publicada
Regulamentação outra regulamentação maioritariamente de fonte comu-
nitária, regulando matérias como a constituição, manu-
1 — Os regimes jurídicos das actividades previstas no
tenção e gestão de reservas estratégicas e de segurança
presente decreto-lei, incluindo as respectivas bases de
e, bem assim, numerosa outra regulamentação técnica
concessão e procedimentos para atribuição das conces-
dirigida à normalização e ao acompanhamento da evo-
sões e licenças, são estabelecidos por decreto-lei.
lução das especificações técnicas de produtos de petró-
2 — Para efeitos da aplicação do presente decreto-lei,
leo.
são previstos os seguintes regulamentos:
Assim, vigora um quadro regulador do sector petro-
a) O Regulamento do Acesso às Redes, às Infra- lífero marcadamente fragmentado, disperso e, em alguns
-Estruturas e às Interligações; casos, desactualizado, carecendo de um tratamento nor-
b) O Regulamento Tarifário; mativo de conjunto que cubra, no quadro de um regime
c) O Regulamento de Relações Comerciais; geral, de forma estruturada, sistematizada e coordenada,
d) O Regulamento da Qualidade de Serviço; o conjunto de princípios, organizações, agentes e ins-
e) O Regulamento da Rede de Transporte; talações integrantes do sector petrolífero.
f) O Regulamento da Rede de Distribuição; A Resolução do Conselho de Ministros n.o 169/2005,
g) O Regulamento de Operação das Infra-Estru- de 24 de Outubro, que aprovou a Nova Estratégia para
turas. a Energia, estabelece como principal linha de estratégia
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a liberalização e a promoção da concorrência nos mer- Nacional (SPN), bem como as disposições gerais apli-
cados energéticos, através da alteração dos respectivos cáveis ao exercício das actividades de armazenamento,
enquadramentos estruturais. transporte, distribuição, refinação e comercialização e
O presente decreto-lei, concretizando no plano nor- à organização dos mercados de petróleo bruto e de pro-
mativo a linha estratégica da Resolução do Conselho dutos de petróleo.
de Ministros n.o 169/2005, de 24 de Outubro, define
para o sector petrolífero um quadro legislativo coerente Artigo 2.o
e articulado com a legislação comunitária, com as obri- Âmbito de aplicação
gações decorrentes da Agência Internacional de Energia
e com os princípios e objectivos estratégicos aprovados 1 — O presente decreto-lei aplica-se a todo o ter-
na referida resolução. ritório nacional.
Nestes termos, o presente decreto-lei define os prin- 2 — Salvo menção expressa no presente decreto-lei,
cípios fundamentais orientadores das actividades e agen- as referências à organização, ao funcionamento e ao
tes, prevendo o livre acesso de terceiros às grandes ins- regime das actividades que integram o SPN reportam-se
talações petrolíferas e às redes de distribuição locais, ao continente.
a não discriminação e transparência das metodologias 3 — O disposto no número anterior não prejudica,
e dos critérios de aplicação tarifária quando for o caso, a nível nacional, a unidade e a integração do SPN.
sem esquecer os direitos dos consumidores e a possi-
bilidade do estabelecimento de obrigações de serviço
público. Artigo 3.o
Por outro lado, consagra, no âmbito dos compromis- Definições
sos internacionalmente assumidos, as disposições apli-
cáveis, nomeadamente, em termos de segurança do abas- Para efeitos do presente decreto-lei, entende-se por:
tecimento e de partilha dos recursos disponíveis em caso a) «Armazenamento» a manutenção de petróleo
de crise. bruto e de produtos de petróleo, em reserva-
Estabelece o regime geral para o acesso ao exercício tórios situados em instalações devidamente
das várias actividades — tratamento e refinação, arma- autorizadas, incluindo cavernas, para fins logís-
zenamento, transporte por conduta, distribuição e
comercialização — mantendo o princípio da sujeição a ticos, de consumo ou de constituição de reservas
licenciamento das instalações petrolíferas a partir das de segurança, para uso próprio ou de terceiros,
quais aquelas são exercidas, mas prevendo para a comer- incluindo instalações de venda a retalho e com
cialização um licenciamento próprio, considerando as exclusão da manutenção de produtos em vias
realidades e a multiplicidade de situações específicas de fabrico nas refinarias ou noutras instalações
inerentes à comercialização de produtos petrolíferos. petrolíferas industriais;
Ao Estado cabe o papel supletivo de garantir a segu- b) «Centros de operação logística» as grandes ins-
rança do abastecimento de combustíveis, através da talações de armazenamento ligadas a terminais
monitorização do mercado pela Direcção-Geral de Geo- marítimos ou a refinarias, através de sistemas
logia e Energia e pela definição da obrigação de cons- de transporte de produtos de petróleo por
tituição de reservas pelos intervenientes. Por outro lado, conduta;
para reduzir a dependência do exterior do nosso país c) «Cliente» o cliente grossista ou retalhista e o
dos produtos petrolíferos, integra-se a política do sector cliente final de produtos de petróleo;
petrolífero no quadro da política energética nacional, d) «Cliente doméstico» o cliente final que compra
promovendo-se a diversificação do aprovisionamento, produtos de petróleo para consumo doméstico,
da utilização de fontes de energia renováveis e da efi- excluindo actividades comerciais ou profissio-
cácia e da eficiência energética. nais;
Considerando a importância da protecção do e) «Cliente final» o cliente que compra produtos
ambiente e dos compromissos internacionalmente assu- de petróleo para consumo próprio;
midos, designadamente em matéria de emissões, con- f) «Comercializador grossista» a pessoa singular
diciona-se o exercício das actividades ao respeito da polí-
tica ambiental, promovendo-se simultaneamente a uti- ou colectiva que introduza no território nacional
lização racional de energia. petróleo bruto para refinação ou produtos de
Finalmente, o presente decreto-lei remete para legis- petróleo para comercialização, não incluindo a
lação complementar a formulação de soluções técnicas venda a clientes finais;
ou procedimentais. g) «Comercializador retalhista» a pessoa singular
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das ou colectiva que comercializa produtos de petró-
Regiões Autónomas e a Associação Nacional de Muni- leo em instalações de venda a retalho, desig-
cípios Portugueses. nadamente de venda automática, com ou sem
Assim: entrega ao domicílio dos clientes;
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da h) «Distribuição» a veiculação de produtos de
Constituição, o Governo decreta o seguinte: petróleo através de equipamentos móveis (rodo-
viários, ferroviários e embarcações) ou fixos
(redes e ramais de condutas) tendo em vista
CAPÍTULO I o abastecimento de clientes finais, ou de ins-
Disposições gerais talações de armazenamento destinado ao abas-
tecimento directo de clientes finais;
Artigo 1.o i) «GPL» os gases de petróleo liquefeitos;
j) «Grandes instalações de armazenamento» as
Objecto
instalações de armazenamento de produtos de
O presente decreto-lei estabelece as bases gerais da petróleo que pela sua capacidade e localização
organização e funcionamento do Sistema Petrolífero sejam definidos como de interesse estratégico,
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segundo os critérios que vierem a ser estabe- Artigo 4.o


lecidos em legislação complementar; Objectivo e princípios gerais
l) «Grandes instalações petrolíferas» as refinarias,
as grandes instalações de armazenamento e os 1 — O exercício das actividades abrangidas pelo pre-
sistemas de transporte de produtos de petróleo sente decreto-lei tem como objectivo fundamental con-
por conduta, integrados ou não em centros de tribuir para o desenvolvimento e para a coesão eco-
operação logística; nómica e social, assegurando, nomeadamente, a oferta
m) «Instalação petrolífera» a infra-estrutura indus- de produtos de petróleo em termos adequados às neces-
trial ou logística destinada ao exercício de qual- sidades dos consumidores, quer qualitativa quer quan-
quer actividade prevista pelo presente decre- titativamente.
to-lei; 2 — O exercício das actividades abrangidas pelo pre-
sente decreto-lei deve obedecer a princípios de raciona-
n) «ISP» o imposto sobre os produtos de petróleo;
lidade e eficiência dos meios a utilizar, desde a recepção
o) «Mercado petrolífero» o conjunto das opera- ou importação até ao consumo, de forma a contribuir
ções comerciais e financeiras relativas ao petró- para a progressiva melhoria da competitividade e eficiên-
leo bruto e aos produtos de petróleo transac- cia do SPN, no quadro da realização do mercado interno,
cionados no território nacional, bem como as desenvolvendo-se tendo em conta a utilização racional
importações e exportações; dos recursos, a sua preservação e a manutenção do equi-
p) «Operador de instalações petrolíferas» a pessoa líbrio ambiental.
singular ou colectiva responsável pela gestão e 3 — O exercício das actividades previstas no presente
exploração de uma instalação petrolífera; decreto-lei processa-se com observância dos princípios
q) «Outras actividades petrolíferas industriais, ou da concorrência, sem prejuízo do cumprimento das obri-
tratamento» as actividades de manipulação, gações de serviço público.
designadamente, trasfegas ou enchimentos e as 4 — Nos termos do presente decreto-lei, são assegu-
operações físicas simples, nomeadamente de rados a todos os interessados os seguintes direitos:
rectificação e de mistura, podendo também a) Liberdade de acesso ou de candidatura ao exer-
incluir as operações químicas de purificação ou cício das actividades;
acabamento, efectuadas sobre produtos de b) Não discriminação;
petróleo; c) Igualdade de tratamento e de oportunidades;
r) «Petróleo bruto» o óleo mineral, tal como d) Imparcialidade nas decisões;
extraído das respectivas jazidas, formado essen- e) Transparência e objectividade das regras e
cialmente por hidrocarbonetos; decisões;
s) «Produtos de petróleo» os produtos obtidos por f) Acesso à informação e salvaguarda da confi-
destilação do petróleo bruto e tratamentos sub- dencialidade da informação considerada sen-
sequentes, designadamente GPL, gasolinas para sível;
automóveis e de aviação, nafta petroquímica, g) Liberdade de escolha do comercializador de
petróleos de iluminação e de motores, carbor- produtos de petróleo.
reactores, gasóleo, fuelóleos, lubrificantes,
asfalto, solventes, parafinas, coque do petróleo Artigo 5.o
e outros derivados do petróleo bruto destinados
Obrigações de serviço público
ao consumo;
t) «Refinação» a actividade que procede à trans- 1 — Sem prejuízo do exercício das actividades em
formação de petróleo bruto, de outros hidrocar- regime livre e concorrencial, são estabelecidas obriga-
bonetos líquidos naturais e de produtos semi-fa- ções de serviço público nos termos previstos no presente
bricados, para fabrico de produtos de petróleo; decreto-lei.
u) «Reservas de segurança» as quantidades de pro- 2 — As obrigações de serviço público são da respon-
dutos de petróleo armazenadas com o fim de sabilidade dos intervenientes no SPN, nos termos pre-
serem introduzidas no mercado quando expres- vistos no presente decreto-lei e na legislação com-
samente determinado pelo Governo, para fazer plementar.
face a situações de perturbação do abasteci- 3 — São obrigações de serviço público, nomeada-
mento; mente:
v) «Reservas estratégicas» a parte das reservas de a) A segurança, a regularidade e a qualidade do
segurança constituídas e mantidas com fins abastecimento;
estratégicos pela entidade pública empresarial b) A protecção dos consumidores;
constituída para o efeito; c) A satisfação de necessidades de consumidores
x) «Sistema Petrolífero Nacional (SPN)» o con- prioritários, nomeadamente nos sectores da
junto de princípios, organizações, agentes e ins- saúde, protecção civil, Forças Armadas e assis-
talações relacionados com as actividades abran- tência social;
gidas pelo presente decreto-lei, no território d) Promoção da eficiência energética e da utili-
nacional; zação racional dos meios e dos produtos de
z) «Transporte» a veiculação de petróleo bruto ou petróleo e protecção do ambiente.
de produtos de petróleo através de equipamentos
móveis (rodoviários e ferroviários e embarcações) Artigo 6.o
ou fixos (oleodutos), excluindo o abastecimento Protecção dos consumidores
directo a clientes finais, ou de instalações de
armazenamento destinadas ao abastecimento 1 — Para efeitos do presente decreto-lei, entende-se
directo de clientes finais. por consumidor o cliente final de produtos de petróleo.
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2 — No exercício das actividades objecto do presente 2 — Compete, ainda, ao Governo garantir a segu-
decreto-lei, é assegurada a protecção dos consumidores, rança de abastecimento, designadamente através da:
nomeadamente quanto à prestação do serviço, ao exer-
a) Definição das obrigações de constituição e
cício do direito de informação, à qualidade da prestação
manutenção de reservas e das condições da sua
do serviço, à repressão de cláusulas abusivas e à reso-
mobilização em situações de crise energética;
lução de litígios, em particular aos consumidores abran-
b) Promoção da adequada diversificação das fontes
gidos pela prestação de serviços públicos considerados
de aprovisionamento, em articulação com a uti-
essenciais, nos termos da Lei n.o 23/96, de 26 de Julho.
lização de outras formas alternativas de energia;
3 — A distribuição, incluindo o armazenamento que
c) Promoção da eficiência energética e da utili-
lhe está directamente associado, e a comercialização de
zação racional dos meios e dos produtos de
GPL canalizado integram o conceito de serviço público
petróleo;
essencial nos termos da Lei n.o 23/96, de 26 de Julho. d) Constituição de um cadastro centralizado e
actualizado das instalações petrolíferas locali-
Artigo 7.o zadas em território nacional;
e) Declaração de crise energética nos termos da
Protecção do ambiente legislação aplicável e adopção das medidas res-
tritivas nela previstas, de forma a minorar os
1 — No exercício das actividades abrangidas pelo pre- seus efeitos e garantir o abastecimento de com-
sente decreto-lei, os intervenientes no SPN devem adoptar bustíveis às entidades consideradas prioritárias.
as providências adequadas à minimização dos impactes
ambientais, observando as disposições legais aplicáveis.
2 — O Estado deve promover políticas de utilização Artigo 10.o
racional de energia, tendo em vista a eficiência ener- Regime de preços
gética e a protecção da qualidade do ambiente.
Sem prejuízo das regras de concorrência e das obri-
gações de serviço público, os preços a praticar inte-
Artigo 8.o gram-se no regime de preços livres.
Medidas de salvaguarda CAPÍTULO II
1 — Em caso de crise energética como tal definida Organização, regime de actividades e funcionamento
em legislação específica, nomeadamente de crise súbita
no mercado ou de ameaça à segurança de pessoas e
bens, enquadrada na definição do regime jurídico apli- SECÇÃO I
cável às crises energéticas, o Governo pode adoptar Composição do SPN
medidas excepcionais de salvaguarda, comunicando
essas medidas de imediato à Comissão Europeia, sempre Artigo 11.o
que sejam susceptíveis de provocar distorções de con-
Sistema Petrolífero Nacional
corrência e de afectarem negativamente o funciona-
mento dos mercados. Para efeitos do presente decreto-lei, entende-se por
2 — As medidas de salvaguarda, tomadas nos termos SPN o conjunto de princípios, organizações, agentes,
do número anterior, devem ser limitadas no tempo, res- actividades e instalações abrangidos pelo presente decre-
tringidas ao necessário para solucionar a crise ou ameaça to-lei, no território nacional.
que as justificou, minorando as perturbações no fun-
cionamento do mercado petrolífero. Artigo 12.o
Actividades do SPN
Artigo 9.o
1 — O SPN integra o exercício das seguintes acti-
Competências do Governo vidades:
1 — O Governo define a política do SPN, a sua orga- a) Refinação de petróleo bruto e tratamento de
nização e funcionamento, com vista à realização de um produtos de petróleo;
mercado competitivo, eficiente, seguro e ambiental- b) Armazenamento de petróleo bruto e de pro-
mente sustentável, de acordo com o presente decreto-lei, dutos de petróleo;
competindo-lhe, neste âmbito: c) Transporte de petróleo bruto e de produtos de
petróleo;
a) Promover a legislação complementar relativa ao d) Distribuição de produtos de petróleo;
exercício das actividades abrangidas pelo pre- e) Comercialização de petróleo bruto e de pro-
sente decreto-lei; dutos de petróleo.
b) Promover a legislação complementar relativa às
condições aplicáveis à construção, alteração e 2 — O exercício das actividades referidas no número
exploração das instalações de refinação, trata- anterior é acumulável, desde que os intervenientes cum-
mento e armazenamento de petróleo bruto e pram as condições para cada uma das actividades e não
de produtos de petróleo, bem como do trans- infrinjam a lei da concorrência.
porte, da distribuição e da comercialização de 3 — Os intervenientes no SPN devem obedecer a
produtos de petróleo; princípios de separação contabilística ou jurídica entre
c) Especificar as características dos produtos de actividades, nos termos a definir em legislação com-
petróleo e regulamenta a sua utilização. plementar.
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Artigo 13.o tinadas ao abastecimento directo de clientes finais,


Intervenientes no SPN
nomeadamente de postos de abastecimento a veículos
rodoviários, embarcações e aeronaves, de armazena-
São intervenientes no SPN: mento de produtos de petróleo em taras e de instalações
de venda a granel.
a) Os operadores de refinação de petróleo bruto
e de tratamento de produtos de petróleo;
b) Os operadores de armazenamento de petróleo SECÇÃO IV
bruto e de produtos de petróleo;
Transporte
c) Os operadores de transporte de petróleo bruto
e de produtos de petróleo;
d) Os operadores de distribuição de produtos de Artigo 17.o
petróleo;
Transporte
e) Os comercializadores de petróleo bruto e de
produtos de petróleo; 1 — O exercício da actividade de transporte pode
f) Os consumidores de produtos de petróleo. processar-se:
a) Por via marítima, fluvial, rodoviária e ferro-
SECÇÃO II
viária;
Refinação de petróleo bruto e tratamento de produtos de petróleo b) Através de condutas.

Artigo 14.o 2 — As condições a que deve obedecer o acesso, o


Refinação licenciamento e o exercício da actividade de transporte
pelos meios referidos na alínea a) do número anterior
O exercício da actividade de refinação de petróleo são estabelecidas no âmbito da legislação do sector dos
bruto não carece de licenciamento autónomo, mas transportes e demais legislação específica aplicável.
depende do licenciamento das instalações a conceder 3 — O exercício da actividade de transporte por con-
pelo Ministro da Economia e da Inovação, tendo em duta não carece de licenciamento autónomo, mas
conta a idoneidade e capacidade técnica, económica e depende do licenciamento das instalações a conceder
financeira do requerente, a conformidade do respectivo pelo Ministro da Economia e da Inovação, tendo em
projecto com a política energética nacional, os planos conta a idoneidade e capacidade técnica, económica e
de ordenamento do território e os objectivos de política financeira do requerente, a conformidade do respectivo
ambiental, nos termos a definir em legislação com- projecto com a política energética nacional, o plano de
plementar. ordenamento do território e os objectivos de política
Artigo 15.o ambiental, nos termos a definir em legislação comple-
mentar.
Tratamento de produtos de petróleo

O exercício da actividade de tratamento de produtos SECÇÃO V


de petróleo não carece de licenciamento autónomo, mas Distribuição de produtos de petróleo
depende do licenciamento das instalações, nos termos
a definir em legislação complementar.
Artigo 18.o
SECÇÃO III Distribuição

Armazenamento 1 — A distribuição de produtos de petróleo pode


processar-se:
Artigo 16.o
a) Por via marítima, fluvial, rodoviária e ferro-
Armazenamento
viária;
1 — O exercício da actividade de armazenamento não b) Através de condutas, designadamente redes e
carece de licenciamento autónomo, mas depende do ramais de gasodutos.
licenciamento das instalações.
2 — A atribuição da licença para as grandes insta- 2 — As condições a que deve obedecer o acesso, o
lações de armazenamento é concedida pelo Ministro licenciamento e o exercício da actividade de distribuição
da Economia e da Inovação. de produtos de petróleo, pelos meios referidos na alí-
3 — A atribuição da licença para as demais instala- nea a) do número anterior, são estabelecidas no âmbito
ções de armazenamento cabe às entidades competentes da legislação do sector dos transportes e demais legis-
para o licenciamento, nos termos do artigo 33.o lação específica aplicável.
4 — Na atribuição da licença deve atender-se à ido- 3 — O exercício da actividade de distribuição de pro-
neidade e capacidade técnica, económica e financeira dutos de petróleo por conduta não carece de licencia-
do requerente, à conformidade do projecto das insta- mento autónomo, mas depende do licenciamento das
lações com a política energética nacional, com os planos instalações, tendo em conta a idoneidade e capacidade
de ordenamento do território e com os objectivos de técnica, económica e financeira do requerente, e a con-
política ambiental e demais condições nos termos defi- formidade do respectivo projecto com a política ener-
nidos em legislação complementar. gética nacional, com os planos de ordenamento do ter-
5 — O exercício da actividade de armazenamento ritório e com os objectivos de política ambiental, nos
inclui a operação de instalações de armazenamento des- termos definidos em legislação complementar.
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SECÇÃO VI d) Acesso à informação sobre os seus direitos,


designadamente no que se refere a serviços con-
Comercialização
siderados essenciais;
e) Qualidade e segurança dos produtos e serviços
Artigo 19.o prestados;
Regime do exercício f) Disponibilização de procedimentos transparen-
tes, simples e a baixo custo para o tratamento
1 — O exercício da actividade de comercialização de das suas queixas e reclamações relacionadas
petróleo bruto e de produtos de petróleo é livre, ficando com o abastecimento de GPL canalizado, per-
sujeito a licença, nos termos da regulamentação do pre- mitindo que os litígios sejam resolvidos de modo
sente decreto-lei, bem como às disposições legais em justo e rápido, prevendo um sistema de com-
matéria fiscal e aduaneira. pensação.
2 — O exercício da actividade referida no número
anterior consiste na compra e venda de petróleo bruto Artigo 23.o
ou de produtos de petróleo para comercialização a clien-
tes finais, ou outros intervenientes no SPN. Deveres

Constituem deveres dos consumidores:


Artigo 20.o
a) Prestar as garantias a que estiverem obrigados
Comercializadores
por lei;
1 — São comercializadores de petróleo bruto e de b) Proceder aos pagamentos a que estiverem obri-
produtos de petróleo: gados;
c) Contribuir para a melhoria da protecção do
a) Os comercializadores grossistas; ambiente;
b) Os comercializadores retalhistas. d) Contribuir para a melhoria da eficiência ener-
gética e da utilização racional dos meios e dos
2 — As condições do exercício da actividade de produtos de petróleo;
comercialização são estabelecidas em legislação com- e) Manter em condições de segurança as suas ins-
plementar, que determina os requisitos aplicáveis ao talações e equipamentos, nos termos das dis-
exercício da actividade, bem como as obrigações a que posições legais aplicáveis;
ficam sujeitos, nomeadamente, quanto: f) Facultar todas as informações estritamente neces-
a) À obrigação e regularidade do fornecimento; sárias ao fornecimento de produtos de petróleo.
b) À publicitação dos preços praticados;
c) À prestação de informação às entidades admi- CAPÍTULO IV
nistrativas competentes.
Acesso de terceiros e regulação
Artigo 21.o
Artigo 24.o
Recepção, expedição, importação e exportação
Acesso de terceiros às grandes instalações de armazenamento,
A recepção e expedição de e para o espaço da União de transporte e de distribuição
Europeia, bem como a importação e exportação de
petróleo bruto e de produtos de petróleo são livres, 1 — Os titulares de grandes instalações de armaze-
ficando sujeitas ao cumprimento das disposições esta- namento, de transporte e distribuição por conduta, que
belecidas no artigo 19.o, designadamente ao cumpri- tenham obtido a declaração de utilidade pública, ficam
mento das condições estabelecidas na legislação fiscal obrigados a ceder a capacidade disponível dessas ins-
e aduaneira, bem como dos requisitos estabelecidos no talações a terceiros, de modo não discriminatório e
n.o 2 do artigo 20.o transparente.
2 — O disposto no número anterior é igualmente apli-
cável às instalações de armazenamento e distribuição
CAPÍTULO III de GPL canalizado para efeitos da comercialização ao
cliente final, nos termos a definir em legislação com-
Consumidores
plementar.
3 — Os critérios para a definição de capacidade dis-
Artigo 22.o
ponível são estabelecidos em legislação complementar.
Direitos 4 — O acesso de terceiros às instalações previstas no
n.o 1 é objecto de regulação, segundo critérios objectivos,
1 — Todos os consumidores têm o direito de escolher
transparentes e publicitados.
o seu comercializador de produtos de petróleo.
5 — O disposto nos números anteriores não prejudica
2 — São também direitos dos consumidores:
que, em base voluntária, os operadores das demais ins-
a) Acesso às instalações nos termos previstos nos talações não previstas no n.o 1 e que queiram ceder
artigos 24.o e 25.o; o acesso a terceiros a essas instalações o façam, desde
b) Acesso à informação, nomeadamente, sobre que sejam respeitadas as condições de segurança e de
preços e tarifas aplicáveis e condições normais exploração, de modo não discriminatório e transparente.
de acesso aos produtos e aos serviços, de forma 6 — As condições do acesso às instalações referidas
transparente e não discriminatória; no número anterior são livremente estabelecidas entre
c) Ausência de pagamento por mudança de comer- os interessados, não podendo ser discriminatórias rela-
cializador; tivamente a outros utilizadores.
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Artigo 25.o 2 — Para efeitos do número anterior, o Governo pode


Regulação
impor obrigações de serviço público, nos termos a definir
em legislação complementar.
1 — O acesso de terceiros às instalações previstas nos
n.os 1 e 2 do artigo 24.o é objecto de regulação, segundo Artigo 29.o
critérios objectivos, transparentes e publicitados.
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 19.o, o arma- Reservas de segurança de produtos de petróleo
zenamento, a distribuição, incluindo o armazenamento 1 — Para assegurar o abastecimento do mercado
que lhe está directamente associado, e a comercialização devem ser constituídas reservas de segurança.
de GPL canalizado são, também, objecto de regulação 2 — As entidades obrigadas a constituir reservas de
que abrange: segurança e o regime da sua constituição são objecto
a) As condições de relacionamento comercial entre de legislação complementar.
os agentes e os clientes; 3 — A constituição de reservas deve respeitar os com-
b) As condições de qualidade de serviço; promissos internacionais assumidos por Portugal, desig-
c) As condições e tarifas de acesso. nadamente, no âmbito da União Europeia e da Agência
Internacional de Energia.
Artigo 26.o
Artigo 30.o
Âmbito e competências de regulação
Reservas estratégicas
1 — O âmbito de regulação das actividades referidas
no artigo 24.o é objecto de legislação complementar. 1 — O Governo deve assegurar que parte das reservas
2 — As competências previstas no presente capítulo de segurança seja mantida como reserva estratégica.
são repartidas entre a ERSE e a DGGE, em função 2 — Compete à EGREP assegurar a constituição,
das suas atribuições e em termos a definir em legislação manutenção e gestão das reservas estratégicas.
complementar.
Artigo 31.o
CAPÍTULO V
Utilização das reservas
Segurança do abastecimento
1 — As reservas devem, em caso de perturbação grave
ou de crise energética, ser mobilizadas para assegurar
Artigo 27.o o abastecimento a entidades consideradas prioritárias.
Monitorização da segurança do abastecimento 2 — As condições de utilização das reservas são esta-
belecidas em legislação complementar.
1 — Compete ao Governo, através da DGGE e com
a colaboração da EGREP, a monitorização da segurança
do abastecimento do SPN, nos termos dos números Artigo 32.o
seguintes e da legislação complementar. Centros de operação logística
2 — Para efeitos do número anterior, a DGGE deve,
nomeadamente: 1 — O Governo deve fomentar a criação, em locais
estratégicos do território nacional, de centros de ope-
a) Acompanhar as condições de aprovisionamento ração logística, conjugando grandes instalações de arma-
do País em petróleo bruto e produtos de petró- zenamento e instalações de transporte por conduta, de
leo, em função das necessidades futuras do molde a constituírem um sistema integrado de abas-
consumo; tecimento do País em produtos de petróleo.
b) Acompanhar o desenvolvimento e a utilização 2 — A EGREP pode participar na sociedade ou socie-
das capacidades de refinação, armazenamento, dades proprietárias dos centros referidos no número
transporte, distribuição e comercialização de anterior, em conjunto com outros operadores e comer-
produtos de petróleo. cializadores e com quaisquer outras entidades ainda que
estranhas ao SPN.
3 — A DGGE apresenta ao Ministro da Economia 3 — A operação destes centros deve garantir o acesso
e da Inovação, em data estabelecida em legislação com- de terceiros, em condições não discriminatórias e trans-
plementar, uma proposta de relatório de monitorização, parentes, a definir em legislação complementar
indicando, também, as medidas adoptadas e a adoptar
tendo em vista reforçar a segurança de abastecimento
do SPN. CAPÍTULO VI
4 — O Governo faz publicar o relatório sobre a moni-
torização da segurança de abastecimento e dele dá Licenciamento das instalações
conhecimento à Assembleia da República.
Artigo 33.o
Licenciamento das instalações
Artigo 28.o
Garantia de abastecimento
O estabelecimento, a alteração e a exploração das
instalações de petróleo bruto e de produtos de petróleo,
1 — Compete ao Governo, sem prejuízo dos meca- bem como a sua transmissão, encerramento e desman-
nismos de mercado, promover as condições destinadas telamento, estão sujeitos a licenciamento pelas entida-
a garantir o abastecimento de produtos de petróleo em des administrativas competentes, nos termos da legis-
todo o território. lação complementar.
1224 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 33 — 15 de Fevereiro de 2006

Artigo 34.o tendo em vista a resolução de conflitos entre os ope-


Utilidade pública
radores, os comercializadores e os clientes.

1 — O Governo, através do Ministro da Economia


e da Inovação, pode declarar a utilidade pública das Artigo 39.o
instalações petrolíferas. Garantias
2 — A declaração de utilidade pública pressupõe o
reconhecimento do interesse da instalação para a eco- 1 — Os operadores e os comercializadores devem
nomia nacional e o seu carácter estruturante para a constituir e manter em vigor um seguro de responsa-
segurança ou para a autonomia do abastecimento, tendo bilidade civil, proporcional ao potencial risco inerente
por efeito a expropriação de bens imóveis, nos termos às actividades, de montante a definir nos termos da legis-
do Código das Expropriações, e a constituição de ser- lação complementar.
vidões e a utilização dos bens do domínio público, nas 2 — Cumulativamente, aos operadores e aos comer-
condições definidas pela legislação aplicável. cializadores pode ser exigida a prestação de caução a
definir em legislação complementar, destinando-se,
nomeadamente:
CAPÍTULO VI
Disposições finais e transitórias a) A facilitar a reposição do equilíbrio ambiental;
b) A fazer face a situações de emergência rela-
Artigo 35.o cionadas com a salvaguarda de pessoas e bens.
Continuação de actividade e pedidos pendentes
Artigo 40.o
1 — As licenças ou autorizações concedidas à data
da publicação do presente decreto-lei mantêm-se váli- Regime sancionatório
das, sem prejuízo do estabelecido no número seguinte.
2 — O exercício das actividades correspondentes às O regime sancionatório aplicável às disposições do
licenças ou autorizações referidas no número anterior presente decreto-lei e da legislação complementar é
passa a processar-se nos termos do presente decreto-lei estabelecido em decreto-lei específico.
e da legislação complementar.
Artigo 41.o
Artigo 36.o
Instalações petrolíferas para uso das Forças Armadas Regime transitório

O licenciamento, a inspecção e a fiscalização das ins- Enquanto não for publicada a legislação referida no
talações petrolíferas para uso das Forças Armadas que presente decreto-lei, mantêm-se em vigor os diplomas
se situem em zonas ou instalações de interesse para legais e regulamentares respeitantes ao sector do petró-
a defesa nacional são realizados pelos órgãos compe- leo no que não forem incompatíveis com as disposições
tentes de cada um dos ramos das Forças Armadas. estabelecidas no presente decreto-lei.

Artigo 37.o Artigo 42.o


Características e utilização dos produtos de petróleo
Norma revogatória
1 — Os produtos de petróleo colocados no mercado
devem possuir a qualidade adequada à sua utilização É revogada a Lei n.o 1947, de 12 de Fevereiro de 1937.
e obedecer às características e às especificações técnicas
estabelecidas em legislação complementar.
2 — Não é permitida a comercialização a clientes Artigo 43.o
finais, nem a utilização, por estes clientes, de produtos Entrada em vigor
de petróleo que não cumpram as especificações legais.
3 — A utilização de produtos de petróleo pode ser O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte
restringida ou condicionada por razões relacionadas com ao da sua publicação.
a protecção da saúde, do meio ambiente e do património
arquitectónico e paisagístico. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22 de
Dezembro de 2005. — José Sócrates Carvalho Pinto de
Sousa — João Titterington Gomes Cravinho — Manuel
Artigo 38.o António Gomes de Almeida de Pinho.
Arbitragem

1 — Os conflitos entre os operadores e os comer- Promulgado em 2 de Fevereiro de 2006.


cializadores e os clientes, no âmbito da prestação de Publique-se.
serviços integrados na definição de serviços públicos
essenciais, podem ser resolvidos por recurso a arbi- O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
tragem.
2 — Das decisões dos tribunais arbitrais cabe recurso Referendado em 3 de Fevereiro de 2006.
para os tribunais judiciais nos termos da lei geral.
3 — Compete ao Governo, através da ERSE e no O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de
âmbito dos serviços essenciais, promover a arbitragem, Sousa.

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