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LEÔNIDAS GONÇALVES
CONTRATO DE SEGURO
SOUSA-PB
FEVEREIRO/2018
CONCEITO
Negócio jurídico por meio do qual, mediante o pagamento de um prêmio, o segurado, visando
a tutelar o interesse legítimo, assegura o direito de ser indenizado pelo segurador em caso de
consumação dos riscos pré-determinados.
Conceito de contrato de seguro aludido no Código Civil está disciplinado no artigo 757 com a
seguinte redação: “Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do
prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa contra riscos
pré-determinados.”
Segundo Maria Helena Diniz: “O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes
(segurador) se obriga para com a outra (segurado) a garantir-lhe interesse legítimo relativo a
pessoa ou a coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros previstos no
contrato”.
BENEFICIÁRIO: é uma figura que exsurge nos contratos de seguro de vida e no obrigatório de
acidentes pessoais em que ocorre morte por acidente e que consiste na pessoa a quem é pago
o valor do seguro, a “indenização”. Nos casos em que o beneficiário é um terceiro, ou seja, um
estranho a relação contratual estaremos diante de um caso de estipulação em favor de
terceiro. Não é qualquer pessoa que pode figurar como beneficiário, deve-se observar os
arts.793 e 1814, CC.
O contrato de seguro tem por objetos o interesse segurável, de acordo com Silvio Venosa, e o
risco, conforme o restante da doutrina.
- Interesse:
O interesse segurável abrange tudo aquilo que puder ser passível de apreciação
econômica, como também o que não pode ser, tal como a vida. Praticamente todos os
interesses são passíveis de cobertura, com exceção dos excluídos pela lei,tais como os relativos
a atos dolosos (art. 762, cc) ou ilícitos (art. 104, II, cc) e os de valor superior ao do bem (art.
781, cc).
- Risco:
a) Comerciais. Regidos pelo Código Comercial, que trata dos seguros marítimos de transporte e
de caso.
b) Civis. Regidos pelo Código Civil artigos 778 a 802. Esses artigos tratam dos seguros de dano e
aos de pessoa.
a) Terrestres
b) Marítimos
c) Aéreos
a) A prêmio. Se se referirem aos que obrigam o contratante a pagar uma parcela fixa
convencional.
b) Mútuos. Quando as obrigações são recolhidas em função dos riscos verificados, repartindo-
se as consequências entre os associados mutualistas.
c) Mistos. Se determinarem uma paga fixa e outra de repique, em função de sinistro, a ser
dividida entre os mutualistas.
a) Dos ramos elementares. Abrange seguros para garantir perdas e danos ou responsabilidades
oriundas dos riscos de fogo, de transporte e outros acontecimentos danosos, sendo que a
obrigação do segurador consiste numa indenização, se o sinistro se verificar. Pode abranger
ainda o seguro de responsabilidade civil.
b) De pessoas ou de vida. Se garantirem o segurado contra riscos a que estão expostas sua
existência, sua integridade física e sua saúde, não havendo uma reparação de dano ou
indenização propriamente dita. Dentre esses, os mais importantes são os seguros de vida
stricto sensu e os seguros contra acidentes.
EXTINÇÃO
O contrato de seguro irá se extinguir por encerramento do prazo estipulado, pelo distrato se as
duas partes contratantes concordarem em dissolver os vínculos que o sujeitavam (Dec. Lei nº
73-66, art. 13); pela resolução por inadimplemento da obrigação legal ou de cláusula
contratual que, por efeito ex nunc não afetará as situações consumadas e os riscos
provenientes; pela superveniência do risco, porque o contrato deixará de ter objeto e a
seguradora pagará o valor assegurado, mas se a indenização for parcial, o contrato terá
vigência apenas pelo saldo da indenização; pela cessação do risco em seguro de vida se o
contrato se configurar sob a forma de seguro de sobrevivência; pela nulidade, que não é causa
que extingue contrato, mas apenas torna eficaz por força de lei, presente nos artigos 762, 766
e 768 do Código Civil e nos artigos 777 e 778 do Código Comercial.