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INTRODUÇÃO
MEDIÇÕES
Medição é a comparação entre uma grandeza sujeita a medição e um certo valor adotado
como unidade de referência. O resultado da medição é um número concreto, consistindo de uma
unidade de medida e de um número que mostra quantas vezes esta unidade é contida na
grandeza medida.
A unidade de medida deve ser reprodutível de uma forma real de modo a ter um alto nível
de precisão e perfeição como um padrão absoluto.
Medição direta é aquela cujo resultado é obtido diretamente dos dados experimentais. O
valor da grandeza procurado é obtido comparando diretamente com padrões ou através de
instrumentos de medida graduados segundo as unidades respectivas. (Ex: Medida do
comprimento com uma régua, temperatura através de um termômetro, pressão através de um
manômetro).
Medição indireta é aquela cujo resultado é obtido através de medições diretas de outras
grandezas, ligadas por uma dependência conhecida com a grandeza procurada. São utilizadas
quando é difícil medir diretamente a grandeza procurada, ou quando a medição indireta produz
resultados mais precisos. (Ex: Medida de vazão através da queda de pressão em uma placa de
orifícios).
Eles podem ser analógicos (quando as indicações são uma função contínua da grandeza
medida) ou digitais (quando as indicações são sinais discretos e numéricos da grandeza medida).
ERROS DE MEDIÇÃO
Erro de medição é a divergência entre o valor medido e o valor real da grandeza medida.
Por maior que seja o esmêro na medição sempre existirá um erro de medição. Este erro pode ser
devido à utilização de métodos e equipamentos impróprios ou defeituosos, à variações nas
condições de medição, entre outras causas. O valor real da grandeza medida é sempre uma
incógnita, e por isto só podemos obter uma avaliação aproximada do erro de medição. Muitos
autores preferem o termo "incerteza" ao erro neste caso.
Erro absoluto é a diferença entre o valor obtido durante a medição e o valor real da
grandeza medida. Erro relativo é a razão da diferença obtida e o valor real da medida.
Erro aleatório é aquele que varia casualmente ao se repetir várias vezes uma mesma
medida. Este tipo de erro é provocado por fatores não determinados e sobre os quais é
impossível um controle rígido. Os erros aleatórios são inconstantes tanto em valor como em sinal.
Eles não podem ser determinados separadamente e provocam um imprecisão no resultado da
medição.
Erro sistemático é aquele que permanece constante ou varia de uma maneira previsível
ao se repetir várias vezes uma mesma medida. Estes erros podem ser corrigidos. São seguintes
os erros sistemáticos:
Erros instrumentais são aqueles que dependem dos aparelhos de medidas empregados.
Todos os aparelhos devem ser submetidos a um controle sistemático periódico, a fim de
se determinar as variações possíveis dos erros instrumentais, devido à desregulagem dos
aparelhos, do desgaste ou de outras causas.
Erro do método de medição é aquele decorrente do método de medição. Este tipo de erro
surge com freqüência ao serem empregados novos métodos, bem como ao serem
aplicadas equações aproximadas da dependência real entre as grandezas.
Ao efetuar uma medição é necessário ter em mente que os erros sistemáticos podem
alterar consideravelmente os resultados da mesma. Por isto, antes de começar uma medição
tem-se que verificar todas as fontes de erros sistemáticos e tomar precauções a fim de elimina-los
ou determina-los.
Erro grave é aquele que supera em muito o erro estimado para determinadas condições.
Deve ser descartado imediatamente.
Erro dinâmico é aquele que surge durante uma medição cujos valores variam com o
tempo, além dos erros acima mencionados.
2) O próprio usuário adquirir equipamentos de comprovada eficácia, para que ele mesmo realize
os procedimentos de calibração.
Limite de sensibilidade (least count) ou tempo morto (dead band) é a menor variação no
valor da grandeza medida que pode ser detectada pelo instrumento. É expresso em valor
absoluto.
Fundo de escala é o valor máximo que pode ser medido pelo aparelho.
Classe de precisão de um aparelho é um número que mostra o seu limite superior de erro
instrumental relativo (%), sob condições normais de operação. Todos os instrumentos de medida
estão em uma das seguintes classes de precisão: 0.2, 0.5, 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 4.0. Os
instrumentos das classes 0.5 a 2.0 são os mais utilizados. Os instrumentos das classes 2.5 a 4.0
praticamente não são mais fabricados atualmente, devido à sua baixa precisão.
Faixa de medida (range) é a faixa de valores que podem ser medidos pelo aparelho.
Alcance (span) é o intervalo entre os valores máximo e mínimo que o sistema é capaz de
medir. É expresso em valor absoluto.
Supressão do zero é o valor inicial da faixa do instrumento que supera o valor zero da
grandeza medida.
Constante de tempo de qualquer sensor é definido como o tempo necessário para que o
sensor atinja a 63,2% de seu sinal de saída total (diferença entre o valor inicial e o regime
permanente), quando submetido a uma variação instantânea da grandeza medida (variação
degrau). A variação degrau pode ser tanto um aumento ou diminuição da grandeza medida.
Cinco constantes de tempo são necessárias para que o sensor atinja 99% de sua variação total.
ANÁLISE DE INCERTEZA
Exceto em casos triviais, não se conhece a princípio o valor exato de uma medição.
Assim, uma medição é um valor numérico aproximado de uma grandeza física, obtido por
comparação com uma escala adotada. A convenção de algarismos significativos não é
satisfatória para a representação dos erros de medição, uma vês que o erro na medição pode ser
maior ou menor que a significância do último dígito.
x ± u(x)
A incerteza é um número que excede o valor do erro na maioria das vezes. Assim, "u(x)" é
a magnitude do erro no ponto de vista estatístico:
u(x) = k σ
onde "k" é uma constante e "σ" o desvio padrão do erro. Normalmente utiliza-se k = 2, o que torna
a consistência da incerteza igual a 95% no intervalo de confidência.
y = x1* ÷ x 2 * ÷...* ÷ x n
Assim;
1/2
u( x1 ) 2 u( x 2 ) 2 u( x n )
2
u(y) = y + + ...+
x1 x 2 x n
u(f) = ∑ u( xi )
i=1 ∂ xi
Exemplos:
(42,63±0,21)-(1,0±0,05)+(14,0±0,3)
= 42,63-1,0+14,0 ± (0,212 + 0,052 + 0,32)1/2
= (55,63 ± 0,37)
2 π (10,623±0,500)÷ 129±15
0,500 2 15 2
1/2
2(3,141593)(10,623)
1 + _ +
129 10,623 129
= (0,5174 ± 0,0649)
É necessário realizar uma análise preliminar das incertezas experimentais para efetuar a
seleção de instrumentos apropriados a fim de atingir aos objetivos do experimento. Estimar a
incerteza ajuda no planejamento do experimento, e evitando experimentos desnecessários.
BIBLIOGRAFIA
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