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AULA PRÁTICA
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Na obrigação devemos destacar as prestações como seu objeto. São vários os tipos de
prestações. A prestação surge como elemento estrutural da obrigação, este é o objeto da
obrigação. A prestação é o comportamento devido, exigido ao devedor.
Dentro da prestação coexistem vários tipos. O primeiro tipo a destacar são os que
contrapõe as prestações de facto (esgota-se num comportamento) e as prestações de coisa
(comportamento consiste na entrega de uma coisa). Dentro da prestação de facto distingue-se
factos positivos e negativos; prestação de facto jurídico e material. Nas prestações de coisa
distingue-se as prestações de dare, prestações de entregar (a entrega da coisa tem como efeito
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a transmissão da propriedade) e restituir (ocorrem findo uma relação contratual em que a
fruição da coisa é temporária ou quando termina uma relação contratual por meio da resolução
dando lugar á restituição da coisa).
Podem existir prestações de facto de terceiro, em que o devedor se obriga a obter algo
de terceiro, quer seja um bem, quer seja um comportamento. A pode obrigar-se perante B a
obter o consentimento de C. C não fica vinculado. A pode-se vincular nos termos de obrigação
de meios (enveredar todos os esforços no sentido de obter o resultado) e obrigação de
resultado (obrigação de atingir o resultado). Esta classificação pode-se aplicar a todas as
obrigações.
17/10/18
Caso prático 1
A vendeu a B uma bateria no valor de 10.000 euros a pagar em 10 prestações. B não cumpriu
a sexta prestação. Sabendo que a bateria foi entregue diga se procede pedido de A de resolver
o contrato e de pedir as prestações futuras em falta.
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Há também regimes jurídicos que dizem respeito só ás prestações fracionadas, nomeadamente
o vencimento antecipado das prestações (art.º 781 º CC). Não se aplicará ás prestações
duradouras. Tal tem sentido, pois se se aplicasse este artigo ao contrato de arrendamento até
2020 o senhorio poderia exigir o pagamento até então. O pagamento da renda implica a
usufruição da casa naquele mês.
O contrato do caso prático implicava uma prestação fracionada e por isso aplicar-se-ia artigo
781º CC como regra geral. No entanto, uma regra especial consagrada no artigo 934º CC quanto
ao pagamento ás prestações, que visa proteger quem recorre a este método de pagamento. Os
pressupostos de aplicação do artigo 934º CC são em relação á resolução são: que esteja em falta
apenas uma prestação, se esta não exceder um oitavo parte do preço da coisa, se houver
entrega da coisa, se tiver havido reserva da propriedade. Para que não haja vencimento
antecipado são os mesmos pressupostos menos a reserva de propriedade.
No caso prático aplica-se o artigo 934º CC pois verificam-se todos os pressupostos. Se não
tivesse havido entrega da coisa não se aplicava o artigo 934º CC logo haveria vencimento
antecipado.
Em relação á resolução, esta consiste numa faculdade que te o credor sempre que o devedor
não cumpra. Há que haver indicação da causa pela qual opera a resolução (art.432º CC). O
principal efeito é o retroativo (art. 433º e 434º CC). Basta a declaração para fazer-se a resolução
do contrato (art.436º). Se está a pedir a resolução está a pedir a extinção da resolução contratual
porque há incumprimento culposo. A exceção encontra-se consagrada no artigo 437º.
Quando há incumprimento parcial há lugar á resolução? Sim, nos termos do artigo 802º CC. Só
não pode se o incumprimento seja de pouco importância. Se se tratar de prestações fracionadas
o incumprimento parcial atenta-se ao numero de prestações para a relevância. 1 em 2 o
incumprimento é significativo. 1 em 800 de 400 á pagas já não tanto.
O incumprimento da 6ª prestação não é muito significativo, logo não pode resolver o contrato
por força do artigo 802º /2 CC. O artigo 886º CC consagra um regime especifico para a compra
e venda. O vendedor não pode resolver o contrato se a coisa já foi entrega e já ocorreu a
transmissão da propriedade (art.408ºCC). Se tivesse havido reserva da propriedade podia
resolver-se o contrato.
Caso prático 2
Esta é uma prestação fracionada pois sabemos de antemão o valor da prestação que se mantêm
inalterável. Importa o artigo 781ºCC e o art.934ºCC. de acordo com o primeiro pode haver
vencimento antecipado. De acordo com o artigo 934ºCC, verificam-se os três pressupostos e
não é possível o vencimento antecipado. O comprador só tem que pagar aquela em falta e as
que se sucedem nos meses correspondentes.
No que toca ao problema da resolução, importa o art. 934º CC e o 886ºC. A resolução de acordo
com art.934ºCC opera perante 4 pressupostos. A lei especial derroga a lei geral.
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E se não tivesse havido reserva de propriedade?
Para o vencimento antecipada não é relevante caso se opera ou não a reserva da propriedade.
No que concerne a resolução, aplicando o artigo 934º CC não se verificavam os pressupostos.
Logo podia operar a resolução. A regra geral do artigo 886ºCC da resolução quanto aí não
pagamento do preço, se fi transmitida a propriedade da coisa e se houve entrega da coisa. Houve
entrega da coisa e foi transmitida a propriedade, logo, verificam-se os dois pressupostos logo
não há resolução.
não é possível aplicar o artigo 934º CC logo haveria o vencimento antecipado. O artigo 934ºCC
não se aplica. O artigo 886º também não se aplica. Logo há resolução.
Caso prático 3
A contratou um dj para que este realizasse 4 espetáculos durante o mês de outubro na sua
discoteca. B, DJ, realizou um desses espetáculos, mas foi aliciado por C que lhe oferecia
condições mais vantajosas e ambiente mais requintado na sua casa de espetáculos. A
pretende reagir contra C que considera responsável pela rutura contratual com B.
Contrapor a eficácia absoluta dos direitos reais, erga omnes - pode ver o direito respeitado por
qualquer pessoa-, á eficácia relativa dos direitos obrigacionais, estando aqui em causa a
possibilidade de o credor exigir apenas ao devedor, e este só poder realizar a prestação em
relação aquele sujeito, ao credor. Os direitos reais possuem 2 corolários essenciais: o princípio
da prevalecia/preferência e o principio da sequela. A prevalência significa que um titular de um
direito real pode fazer valer o seu direito em relação a direitos incompatíveis com o seu
posteriormente constituídos. Não existe esta regra nas obrigações (art.604ªCC). a regra da
sequela diz que o titular do direito real pode seguir a coisa onde quer que ela se encontre. Seguir
no sentido de reivindicar o seu direito mesmo que esteja numa outra esfera jurídica.
Excecionalmente o legislador pode criar um regime próximo da sequela, nas obrigações, tal
ocorre no âmbito da locação. Havendo uma aquisição há uma sequela, ou seja, o direito do
arrendatário vai contrapor-se á posição de C (art. 1057º CC). Os contratos obrigacionais têm
eficácia relativa. Em relação á prevalência também há regras especiais (art.407ºCC) no contexto
das obrigações, e nos direitos pessoais de gozo.
Certos autores entendem que os direitos obrigacionais também têm eficácia absoluta pois dizem
que se um terceiro interferir na relação contratual, estará obrigado a indemnizar o credor desde
que conheça a relação obrigacional. São duas as tipologias de ingerência do terceiro: O terceiro
ataca o elemento do substrato do credito (subjetivo- o devedor, objetivo- a coisa) ou ataque
direto ao crédito, quando o 3º crédito contrata o devedor e este desvincula-se da relação
obrigacional.
NOTA:
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2º tipologia da ingerência do terceiro;
3º defender ou contrariar teoria de eficácia externa; a posição do curso é que não há lugar á
eficácia externa no direito português. Tal levaria ao aumento excessivo da responsabilidade civil.
Entravaria o trafego negocial. Torna mais difícil a celebração do contrato. Antes de celebrar
teríamos que conhecer os antecedentes contratuais. Em muitas dessas situações, o próprio
devedor é que assume a obrigação pois agiu com culpa. Imaginemos que B se desvincula porque
obteve uma proposta mais favorável de C e já cobriu a indemnização.
Os defensores desta tese argumentaram com direito positivo, nomeadamente o artigo 483º,
413, 495 /3 CC. O terceiro indemniza porque viola um direito, sendo que o artigo 483º CC se
pode incluir direitos absolutos e direitos relativos uma vez que o legislador não extingue. O curso
diz que só diz respeito á violação de direitos absolutos., por duas razoes, pelo argumento
histórico, o artigo base é o artigo congénere alemão, art.847 do BGB que só fala em direitos
absolutos. Por outro lado, o argumento sistemático, diz que só se encontra a violação de direitos
absolutos porque há um âmbito próprio para a violação de direitos relativos, o art.798º e ss. O
segundo argumento diz que as epigrafes do artigo 413 e 421 demonstram que o próprio
legislador aceita a eficácia externa das obrigações. Se as obrigações tivessem todas eficácia real
não era necessário dize lo para duas situações em particular. Aqui o que se permite é que as
partes atribuam eficácia real, logo esta não existe á partida. Não está aqui consagrada a
possibilidade de pedir ao terceiro uma indemnização, com eficácia real apenas se garante o
recurso a ação de execução especifica no caso do contrato promessa e a ação de preferência no
caso do pacto de preferência. O art.495º /3 fala de um sujeito devedor de alimentos. Terceiro
num acidente mata A , o sujeito. Os credores de alimentos não podem exigir alimentos. Podem
pedir indemnização a terceiro. É uma disposição especial da lei. Aqui realmente temos uma ação
indemnizatória contra o terceiro, e explica-se porque a obrigação de alimentos deve ser tutelada
de forma muito rigorosa (alojamento, educação, vestuário- essenciais para a sobrevivência
condigna). Concede-se que o legislador permite a indemnização do 3º porque a obrigação é
especialmente tutelada, de tal forma que o 3º pode nem conhecer das relações. O curso entende
que em alguns casos pode haver abuso de direito, e pode haver indemnização de terceiro nos
termos do artigo 334º. Nalgumas situações e sobretudo quando há um ataque direto ao crédito
pelo facto de ter contratado com alguém, ao exercer a liberdade contratual de forma prejudicial
a terceiros. A consequência é a obrigação indemnizatória (334 + 483º CC). Não pela violação de
um direito, mas sim violação dos bons costumes.
Não podemos criar outros direitos reias que não os do art.1306º CC. Nas obrigações não releva
o princípio da tipicidade. Por força do princípio da liberdade contratual consagrado no art.405º
CC. Vigora o princípio de tipicidade nos negócios unilaterais (art.457ºCC), a declaração de
vontade gera obrigação, mas apenas se o negocio já estiver previsto na lei. A situação de
responsabilidade objetiva (art.483º /2 CC), sem culpa, só existe se constar na lei.
Enquanto que nos direitos reais temos o poder direto e imediato sobre a coisa, nas obrigações
encontraremos um dever de colaboração.
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31/10/18
Uma cláusula contratual geral é uma clausula inserida em contratos dotadas de três
características:
A pre formulação
o Um dos sujeitos tem o poder económico jurídico e impõe ao outro essas
clausulas. Temos o preponente e o aderente;
A generalidade
o Destinam-se a uma generalidade de sujeitos. Não são formulados para um
contrato singular.
Imodificabilidade no âmbito das negociações
Uma vantagem é a celeridade, produtos mais baratos pois os custos de transação são
inexistentes ou muito baixos e eficazes. Por outro lado, há um tratamento igualitário dos
clientes, o que permite uma harmonia na relação com a empresa. As desvantagens é uma
limitação da liberdade contratual, do ponto de vista factual. Esta fica limitada porque a
negociação está vedada, mas é sempre possível não celebrar contrato. Mas estes sãos serviços
essenciais. A liberdade existe, mas se a pessoa quiser aceder aquele serviço não tem outra
hipótese se não celebrar
Riscos:
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o As cláusulas abusivas- a diretiva dizia que era cláusula abusiva se houvesse um
desequilíbrio contratual nos termos da boa fé. No OJ, no diploma
correspondente, a boa fé é entidade no sentido objetivo, ou seja, as partes têm
que agir de acordo com o princípio da boa-fé sendo que esta consiste, num
comportamento honesto, correto e leal (não prejudicar os interesses da
contraparte). A boa fé vem consagrada no artigo 762/2 C – a boa fé não é só
convocada quando se cumpre uma obrigação, sendo também mobilizável ainda
antes da celebração do contrato e apos a resolução do contrato. O princípio da
boa fé vai exigir comportamentos a ambas as partes, não apenas o devedor. Em
contrapartida, não esta em causa a boa fé em sentido subjetivo, esta é um
desconhecimento de que se está a agir de desacordo com o direito. Muitas
vezes a lei define o que é a boa fé, nomeadamente o art.243ºCC -quem está de
boa fé está de ignorância.
o O legislador teve imediatamente consciência que o critério da boa fé era vago,
densificando o artigo 15º, com o art.16º. a cláusula contraria á boa fé, abusiva
é nula, como se diz nos termos do artigo 12º. O legislador criou listas
exemplificativas de clausulas consideradas abusivas, que se encontram na
primeira secção, em que falamos de relações entre empresários e na segunda,
as relações com o consumidor final. Uma particularidade é que aos
consumidores aplicam-se as duas secções, sendo a proteção mais ampla para
os consumidores. Dentro de cada secção o legislador distinguiu cláusulas
absolutamente proibidas de clausulas relativamente proibidas. Nas primeiras
não há hipótese de valoração pelo juiz, a segunda, o juiz pondera se é válida ou
não.
o O controlo de conteúdo das cláusulas pode ser feito em termos processuais de
dois modos: controlo concreto ou incidental ou de um controlo abstrato. No
primeiro, a validade da clausula é discutida a propósito da execução do
contrato, ou a validade deste que esta em vigor. No controlo abstrato,
independentemente da inserção da clausula do contrato, esta é apreciada pelo
juiz para saber se pode vir a ser inserida, ou continuar a ser inserida em
contratos celebrados. A ação inibitória, que permite o controlo abstrato do
conteúdo, encontra-se prevista no art.25º e ss. A vantagem destas ações é que
a empresa fica proibida de impor essas cláusulas sofrendo consequências como
as sanções compulsórias pecuniárias. A nível pratico estas decisões que
condenam as empresas são condenadas em termos administrativos, ficando
registadas as clausulas abusivas.
Caso prático 4
Este problema insere-se no plano da inserção, ou seja, saber se podemos considerar que esta
cláusula foi objeto conhecimento por parte deste sujeito. A clausula foi considerada não escrita
por falta de esclarecimento. O sujeito tem sempre que informar, mas o esclarecimento só deve
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ser feito se for pedido esclarecimento. Deveria ter havido informação, pois a a seguradora
deveria de se ter apercebido da assimetria informativa. Violação do art.5º e 6º, aplicando-se
assim o art.8º.
A declaração de entendimento do aderente é importante? Não, desde que se prove que não
tinha capacidade de compreensão.
Neste contrato de seguro de responsabilidade civil extracontratual por danos causados pela
atividade de funcionamento de máquina hidráulica de perfuração, a seguradora excluiu os
danos decorrentes das vibrações produzidas pela atividade da máquina. Sabendo que o
principal dano é precisamente o dano decorrente de vibrações, diga o que pode fazer o
segurado.
Num contrato de adesão, há uma clausula, que tem por objeto o fornecimento de serviço
telefónico móvel com cedência de equipamento segundo a qual o cliente em caso de
incumprimento tem que pagar o valor dos equipamentos cedidos bem como as prestações de
consumo mínimo até ao fim do prazo do contrato. Quid iuris quanto ao valor da cláusula?
Esta é uma clausula que fixa o valor da indemnização em caso de incumprimento, ou seja, uma
clausula penal. Esta clausula penal poderá ser desproporcionada e consequentemente abusiva.
Sendo consumidor aplica-se a secção destinada aos consumidores, art,20 e ss, mas na secção
anterior, encontra-se no art.19º al.c), que são proibidas as clausulas contratuais penais
desproporcionais. A cláusula é nula por ser abusiva.
A cláusula que se encontra num contracto com um cliente é uma clausula pela qual qualquer
incumprimento das prestações de pagamento de um computador dá lugar á resolução do
contrato. Quid iuris quanto á validade desta clausula?
O art.934ºCC diz que não se pode resolver o contrato por incumprimento mediante os requisitos
ai apresentados. Quando o predisponente diz que é sempre possível, viola a norma do artigo
934ºCC, sendo esta uma lei imperativa. A clausula viola uma norma imperativa, falamos aqui de
uma clausula nula.
Etapas resolução:
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A e B no contrato com B o tribunal de litigio é Madrid. Será esta clausula possível?
Esta clausula é abusiva porque há um desequilíbrio contratual. É muito custoso para A reagir.
Há que procurar nos elencos das diversas cláusulas. O artigo 19. G) prevê a mesma.
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Noção
Contrato preliminar, convenção pela qual uma das partes ou ambas se obrigam a celebrar um
contrato u um negocio. Esta noção conta do artigo 410ºCC.
A figura das negociações ainda não há vínculos assumidos. No CP existe- a obrigação de celebrar
contrato. O CP distingue-se do pacto de preferência, um pacto preliminar, onde não existe uma
vinculação de contratar como no PE; o vinculado á preferência só assume a obrigação de na
eventualidade de contratar escolher o contraente (tem obrigação de preferir) em igualdade de
condições com o terceiro.
É relevante quanto á forma, á existência de regras especiais dos contratos unilaterais, e em sede
de incumprimento. Quando se exige forma para o CP exige-se a assinatura do promitente ou
promitentes. No CP unilateral só há um promitente (o outro é promissário), só uma assinatura.
Art.410 e 413 nº2 CC. Atenção artigo 220º- vicio de forma.
A regra especial a propósito da promessa unilateral (art.411º CC). Se for fixado um prazo para
que o credor exija o seu direito, findo o prazo o direito prescreve. Se não houver prazo e o
contrato for bilateral as prestações devem ser realizadas simultaneamente. O promitente pode
pedir ao tribunal que fixe um prazo ao credor. Se o credor não exigir, o seu direito caduca. O
credor é o promissário.
Nos termos do artigo 413º CC, tem que ser uma promessa de transmissão ou constituição de
direitos reais sobre bens imoveis ou moveis sujeitos a registo. Art.204º CC- bens imoveis.
Quais os requisitos?
Tem que haver declaração expressa das partes. Importa também o registo tendo este natureza
constitutiva, o que significa que se não houver registo não há eficácia real – art.413º CC.
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Se o CP tiver EO havendo venda a terceiro, o promitente comprador só pode pedir uma
indemnização, não pode exigir que se celebre contrato consigo. Se tiver sido atribuída eficácia
real, o promitente comprador pode exigir que o contrato prometido seja consigo celebrado por
recurso a ação de execução especifica e C perde o bem. Quando C adquire sabe que há um
contrato prévio, mas a sua aquisição não é completamente definida. Ele deveria saber o que
estava a adquirir.
Importa distinguir entre contrato promessa sinalizado e não sinalizado. O facto de haver sinal
significa que as partes quiseram através da entrega de uma coisa fixar o valor da indemnização,
que coincide com o valor da coisa. Vai ter que devolver o sinal em dobro, metade de valor
indemnizatório, e metade do incumprimento contrato (o que já recebeu).
O sinal constitui-se através de declaração das partes. Também haverá sinal por presunção do CP
de compra e venda que consta do artigo 441ºCC.
Pode haver CP sujeito ao regime geral e CP com regime especial (art.410º /3). Por duas ordens
(especial): primeiro há requisitos adicionais quanto á forma, e por outro lado, porque no caso
destes contratos não pode ser afastada a execução especifica.
É um contrato oneroso (sacrifício), o arrendamento é um direito pessoal de gozo não real e por
tal não se aplica o 410º
Caso prático
A prometeu vender a B por 300.000 euros uma moradia de uma tia moribunda, bem esse que
ele pensava vir a herdar. Sabendo que apos a morte da tia, A se recusa a cumprir o contrato
aprecie os seus argumentos.
1) o contrato é nulo por vicio de forma, porque só houve documento particular assinado por A.
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Este contrato é unilateral pois só A se vinculou. Era um CP não sinalizado, com eficácia
obrigacional, sujeito ao regime do artigo 410º /3 CC.
Regime jurídico
o Principio equiparação
o Forma
Não se aplicam as regras da forma. Logo o CP deveria ser um cotrato consensual. O nº2 do
410ºCC exige forma ao CP. É exigido documento para o CP se o prometido for formal. Para o
prometido podem se exigir diferentes tipos de forma. Para o CP basta o documento simples. A
promete arrendar a B uma casa. Para o arrendamento seria necessário escritura publica. Para o
CP seria necessário documento.
A promete vender a B uma bicicleta. Não é preciso forma no prometido por isso também não é
no CP.
A promete vender a B uma vivenda. O artigo 875º CC dita que o contrato de Compra e venda
de imoveis só e valido mediante escritura publica ou escrito particular autenticado. exige-se
documento simples para o contrato promessa.
O art.947º CC diz que a doação só é valida se for celebrada por escritura publica ou escrito
particular autenticado. Exige-se para o CP documento simples.
Resolução:
1) o promitente assinou o contrato logo não padecia de vicio de forma. Apenas este tinha que
assinar porque era um CP unilateral.
Regime jurídico
A forma para atribuir eficácia real é mediante escritura publica ou escrito particular autenticado.
Art.413º CC. Se para o contrato CPO se exigir escritura pública ou documento particular
autenticado o que se exige para o CP é a mesma forma. Se não se exige documento autêntico
nem documento autenticado aqui basta o documento simples mais o reconhecimento de
assinaturas.
A constitui usufruto por contrato de um terreno. Para constituir usufruto é necessária escritora
pública.
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A atribui eficácia real a uma promessa de venda de um automóvel. Não é exigida forma logo
para atribuir eficácia real é necessário um documento com reconhecimento.
Atribuir eficácia real a um contrato de CP de uma bicicleta. Só se atribui eficácia real a bens
imoveis ou bens moveis sujeitos a registo. Não é possível atribuir eficácia real.
o Validade substancial
o Incumprimento
Tipo
Efeitos
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