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oe ‘So Paulo, SP Autora: Rose Mae Carvin INTRODUCAO A hisibria de Sumueltto, 0 merino do ‘México, fol preparada para ser conta, capt- tulo por capitulo, em qualquer trabalho com oriangas. E iustrada com atraentes gravuras, © caminho da salvagdo € apresentado dura maneira simples e clara, fecende parte de istéria em vez de flear como umm "ser ‘mdozinko" no fim. Nenhuma orianga, ow vindo a histéria, pode deixar de saber a manera pela qual ela, também, pode ser salva; @ gerabmente, as criangas sentem tum desejo ardente ile conhecer © mesmo Sabsador que Sumuelito conheceu Contemos esta historia as nossascriangas, tendo sempre em mente que 0 abvo é lever ‘cada uma a receber a Jesus como Salvador ¢ derthe uma visto misiondria. Porém, @ ‘istéria nfo deve substiair a tigdo biblica do dia. Fol preparade para serir de material ‘ubsdidrio, Poderd ser sada na abertura ou no encerraniento do trabatho. E' nossa oragdo que o lvro tenha grande inagago entre os peaueninos, ¢ qe seja uutilizado nas maos de Deus para evar mui 1034 sabvaplo. Os miomeros que aparecem entre pari- s7afes, indica o ponto onute deve ser mos ‘ada ova gravure, CAPITULO | O MENINO ENGRAXATE 1 Samvelito (que é a maneira de dizer Samuel inho em castelhano) estava sentado sobre ‘08 seus calcanhares, no empoeirado cami- rho, em frente a um pequeno restaurante. Estava esperando 0 Onibus. Seus olhios es ‘euros brilhavam, Seu cabslo preto estava ‘escondido debaixo da aba large do sou chapéu mexicano, Olhava atentamente pars 0 homem cego aque estava ao sev lado. De vez em quando ava uma olhada para a estreita estrada poeirenta, Ele sabia que o homem cego he: vetia de perceber antes dele a chegida do Onibus. Eu acho que ele »é com os owsidos, pensou Samnuelito. Dali 2 pouco, 0 cego se endireitou na ca: deira, afinow as coreas do violfo.e preparour se para cantar, Estreitando os olhos para protegé-los do sol, Samuelito continuou 2 esperar. Logo mais, 2 estrada parecia uma grande nuvem de poeira: © Onibus esteve chegando. 2 Empurrando o chapéu para tris, Samueli- to segurou forte a sua caixa de engraxate € Uma Historia do México Tradutora: Yolanda Vieira aproximou-se da beira da estrada, no ponto conde deveria parar 0 Onibus. O Onibus bre- cou ruidosamente, e 0 cego, certificando-se de que a sua caixinha de esmolas estava no lugar eerto, comecou a cantar suas pitorescas ccangdes acompanhando-as 20 violf. ‘Sammuelito sortia cordialmente para todo passageiro que descia. A todos perguntava: —Engraxate, senor? Mas foi uma senbora que retsibuiu v ‘seu sortie Ihe respondeu: Buenos dias Semuelito pereedeu, pelo sortiso, que aguela senliora era bondosa. Observou cue cla se dicigia para o lado onde estavam det cartegando a bagagern, Ela vai ficar em nossa vila, pois esté ts rando as suas malas, pensou. Onde serd que cela vai morar? Um pouco depois, os pasageiros, sain do do restaurante, retomavam 20s seus Iu- fares no Onibus. Samuelito olhava orgulho- 50 para aqueles que subiam com os sapatos limpos e lustcosos. Tinka feito um bom servigo ¢ tinhs recebido wm peso e sessensa «cinco centavos (ras ou menos NC2$ 20,00 fem nosso ervzado brasileiro). (Professor, riodifique a quantia de dinkeiro, de acor do com ayuilo que € razodvel na moeda brasileira.) . ‘Acho que consegui mais neste ponto de Onibus do que teria conseguido no centro da cidade, pensavs, 2 medida que 0 veiculo fa se afastando, Pelo menos néo precisaxa ‘empurrar outros meninos ¢ brigar cont eles. AA ele era-o unico engraxate. Pela segunda ve2, contou o dinheiro e, muito setisfeito, sguardou-o euidadosamente no bolso de sas ealgas. 3 Arrumando cuidadosamente a camisa so- bre as calgas, estava pronto para ir embora, pereebeu a simpétiea senhora a0 — Voct no € nada preguicoso — ela isse, — sid guardando 0 dinheiro para comprar alguma coisa? Qual € seu nome? ~ perguntou. Eu me chamo Samuelito e quero, lum dia, i¢ a cidade grande para estudar © aprender muita coisa, Muito bem ~ disse a mulher. ~ Mas, seri que voc’ sabe que existe uma coise que voot pode aprender agora, se quiser? E 2 coi sa mals importante do smundo para todos, nos. E é de graga. Quer que eu fale dela? Samuclito estava desconfiado, Serd que fsa senhora estava querendo 0 seu diniei- ro? Ser que ela pretendia vender lhe aque- Je livrinho que carregava na mo, ou o gran- de que ela trazia debaixo do brago? Bem, ela que falasse, mas ele nifo iria comprar nada, UM MILAGRE PARA SAMUELITO PublicagZo da Alianga Pré Evangelizagio das Criancas Artista: Frances Hertzler ‘Segbrando 0 livro grande, ela perguntou: = Voct conect a Biblia, Samuelito? E 0 Lio de Deus ¢ mostramos 0 eaminho para o fu = Sil Sil ~ ele respondeu. ~ Mas a Bi blia go € para mim, Vou aprender a ler ‘outros livros, mas a Biblia no, = Entio, vou Ihe ensinar a ler neste ou- tuo livzo que ndo tem nem palavzas, nem ‘guras, Oli, s6 tem piginas de diversas cores. Mas ele nos conta a mesma histéria que a Biblia coma com palavras. Voc® gostaria de dar uma olhada nele? = Si— sespondev o menino. ~ Mas, nfo ‘emtendo como & que ele pode contar uma histéria, se no tem nem palavra, nem figi- — Voce vai ver — a mulher respondeu. ~ Ji contei essa historia a muitos meninos © meninas, e eles aprenderam 0 camino para 0 cfu, 4 Abtindo 0 livtinho, a mulher mostrou uma pégina dourada, ~ Esia cor faznos pensar sobre 0 ofu, pols 2 Bfblis conta qu: as ruas do ofu sfo Ue puro ouro, A mulher segurava 2 Biblia enquanto fa- lava, = Sabemos que 0 eéu ¢ um lugar macs- villtoxo, onde ninguém fice doente, nem morte. Abaixando a vor ¢ olhando para 0 ceg0, cla acrescentou: ~ E ninguém fica cego, Samuelito Os olhos de Samuelito encheramse de Ligrimas, pois ele tinha pena do homem ccego. Que bom seria para 0 cog ir, depois de morte, para um lugar onde pudeste ve, ‘Mas a mulher eontinuava falande: — A Biblia diz que Deus quer que todos cheguem a6 céu para viver com Ele um dia. 5 ‘Samyclito estava interesiado, tendo os ne- sgrot has fixes no rosto da mulher que, Imostrando a pagina preta do livrinho, con. ‘inwou: ~ Esta pégina fuznos pensar no pecado. Pecado ¢ fazer cosas erradas, como mentit roubar, — Mas todo mundo faz esas coisas — ret ponideu 0 menino, sorrindo. ‘Mas € pecado, Samuelito. Deus nfo ‘quer peeado no eéu, Ninguém que tenha pe- ‘eado ein seu corasto poderd entrar no céu, ‘Sumnuelito abaixou os olhos. 6 — Mas, como eu the disse, Deus quer que todos entiem no céu ~ ela continuou falan- do, — E esta pigina seguinte conta-nos do ‘meio que Ele providenciou para nés poder- ‘mos entrar no du, depois da morte, se ‘erermos e confiarmos nEle. A Biblia fala de tudo isso — concluiu, mostrando a Biblia novameate. ‘= Esta pégins & vermelha, sigificando ‘que 0 Senhor Jesus Cristo, o Fho de Deus, ‘morreu sobre a cruz por nossos pecados. ‘Quando nés eremos ¢ conflamos nEle, Ele ‘ransformanos fem Seus filhos para sempre, Depo, sendo Ble, ¢ claro que iremos para o Seu lar ‘quando morresmos, Samuelito estava muito admirado, olhan- do 0 livre e a mulher, Serf que tudo isso cra verdade? 7 Mostrando a. pégina’ branca, a mulher disse: = Esta pégina nfo nos faz pensar em ccorapses sujos pelo pecado, como a outra faa, Ela nos lembra os coragbes limpos ¢ purificados pelo sangue de Jesus, que foi Gerramado por nds. Serd que voob seria ‘capaz, agora, de virar as péginas do livrinho © contarme o que ¢ que ele diz das coisas que a Bfbliacontém? Samuelito ia pegar no livinho, quando © ego interrompeu: '— Samueito, nfo pegue nesse lito ~ dis se, — Isso ¢ um truque. O que irfo dizer os seus pepacitos? Estive ouvindo o tempo todo, © sei que 0 seu papaclto vai ficar muito zangado se ele descobrir que yooe steve ouvindo essa mulher, Ela é ums evan- pelsta! ‘Amedrontado, Samuelito pegou a sua cai- xa de engraxate © apressouse em sentar 420 lado do cego. Ele amava a seus pais e ‘flo queria entristecélos. Mas ele tina cer- teza de que aquela senhora n4o era mé. 8 Fo ent que Samuelito vis um automé- vel apronimarse © parar em frente 0 res taunt "Sentics muito por estamos ates dos = dste um homer. Ele ema outs ferhora detctram do eat e wieram em: Primentar a misondla que hava conver Eto com Samuel “Paper, qué vou cleear a suazala 20 cauro ej eaaremor camino. Suunto or reconbeceu, Ba um cal de misionivion A espos vnks, multas vers, 1S colina onde Samueto moravs, Seu pal tunca debra que ela os ti, ‘A enhora sora ¢ sco com % mo pat Samuelito, quando o cao pati ‘Bar ¢ evangelist pensou Samus. Er do, els tanbem & masionira,Precia (quecerae de tudo agulo que ela tinh eon Mido, has que mal fila peasr nag um pouguinho? Nao iria véla nunca mais. Os autoréveis nd andavam pelos estreitos ca- ‘minhos que conduziam 2 sua casa. E essa se- rnhora nfo iria caminhar até Jé, disso ele nha certera, Mas, no seu coragéo, desejava 0 contri. CAPITULO II © VASO DA ESCOLA Samuelito apressou-se a caminho de casa, Ta pensando na pequenina senhora de cihos castanhos,¢ no livrinho sem palavras sein figuras, Alguma coisa em seu corago The dizia que a ligfo que as cores contavam. era verdadeira, Desejava agora, mais do que ‘nunca, saber ler, para poder ler a Biblia € fear sabendo se’aquelas coisas eram verda- deiras ou ndo. Que bom seria ter a cetteza de que a gente vai para o cfu depois da mor- te, Mas, talvez tudo fosse mentira, O cego disse que era, Desviando-se da estrada principal, Samue- Lito subiu pelo ingreme e estreito caminho {que conduzia a sua casa. Logo avistou 2 ca- ‘bana feita de barro, com cobertura de palha. 0 ol descia por tris das montanhas. O me: znlno apressou-se, Queria estar em casa quan- do escurecess, 9 © pai de Samuelto jf estava em eas ~ ‘Esperei para jantar com o meu grande ‘muchacha (ienind) ~ die, ~ Os homens plecsam comer juntos, nfo & ~ Si ~respondeu Samuelit , tendo bel: jado sua mde e acarciado a cabesa de sua femézinha, Carmencita, sentouse 4 mesa, 0 lado de seu pal. ="B quanto 0 nosso grande muchacho cconseguiu hoje? — perguntou sua me, ee chendo 0s pesados pratos com fifo. Samuelito trou um pouco de fijso com uma tortilla. A pangueca feita de fubs se. via de colher, Estalando 0s tbs, Samuelito respondes =" aamacita senhora vai ficarcontente Esper s6 para ver. ‘Quando © menino e seu pai teminaram a efeisfo, a mie de Samvdlito apresiouse em limpar a mesa e observou ansiosamente 6 filho. que estava esvaziando os bolsos. Os entavos cafam na mesa de wadeira e a Car mencita aparavi-os_ para. que ndo caissem. Quando o pai terminou de contar, le e a rae bateram palmas, ~ "Um peio e sessenta cinco centavos = disse 0 pai — Muito bem, meu muchacho. Se voce Sua innf conseguiem out tanto, math, com os legates, nfo. demorar, muito para tenor o diaheto para mandae- sos voe®& escola ‘Amie de Samudlito guardou 0 dk sheito num grande vaso de batro, NZo 0 sscondeu. da Carmencita, pois todos eles nfo estavam sjudando 2 aumentar os fundos para a escola de Samueito? Claro que nto fram roubar dele! Serd que roubsriam de teme de for? Isto sim. Como uavia dito & ‘nisionéra, odos roubavan, 2 10 Depois que a casa estava novamente em fordem @ limps, quando a irmfzinha j6 dor- mia em um canto da cabana, Samuelito © ‘seus pais sentaram-se & porta por algum tem- po. Falaram de tudo o que thes tinha aconte- cido durante o dia, mas principalmente s0- bre o dia em que Samuelito podera ir Aescola. — Vocé jd esté com nove anos, Samueli- to — disse © pal, — Se voo# no puder it Jogo, fcara velho demas para ir Se, amanhf, eu conseguir um bom luero na venda dos meus poreos, teremos mais dinheiro para 0 ‘vaso, Eu trabalho duro, Voc trabalha duro. ‘Sua im ajuda, vendendo os lagartos. Logo teremos o suficiente, nfo 6? = Si — respondeu Samuelito, com o ‘coragio cheio de amor por seu pai, Queria contar a seus pais a respeito da misionsria fe do que ela the havia dito, mas ndo teve ‘coragem. Ainds nio, Por enquanto, queria pensar Sozinho sobre 0 assunto, Talvez mais tarde cle pudesse cont ‘= Amani precisamos levantar muito ce- 0 — disse a mie, quando 0 fogo do pequeno fopiorinho de lenha se apagou — Vamos dormir. Cada um se dirigit para o seu lugar, para ‘entolar.se no seu cobertor. ‘Logo que o pai de Samuclito deitouse comegou a ressonar, € © menino sabia que |hestava dormindo, A respiraglo de sua mBe era menos ruidosa, mas, sendo regular pro funda, era sinal de que também elas dormia, W Enrolando-se bem num sarape (chile), Semuelito foi novamente sentarse & porta. Posse a observar as brilhantes estrelas no cu eseuro. ‘Ld extd 0 cét, pensava, Serd que ele € 08 seus papacitos iiam para ld um dia? E 0 ho- ‘mem cepo? Ser§ que ele também ira, pars poder ver? Samuclito desejava muito poder fer a Biblia para verificar essas coisas, ‘Amani, ele e sua iemzinha iriam as snontanhas 8 procura de lagartos. Se encon- trassem alguns, haveriam de lagélos. Talvez ‘cada um achasse dois. Levislosiam & estra- dda principal e os levantariam bem alto pa- ra que 0$ motoristas vissem. Aos sibados, sempre passavam muitos carros pela estra da, Se tudo desse certo ele teria doze pesos pia 0 vaso da escola, © os viajantes teriam lum bom lagarto para o jantar. ‘Mas Samuelito nfo ficou pensar muito tempo nos lagartos. Seu pensamento voltou Aquelas coisas que ele tinha ouvido, pela primeira ver na sua vida, naquele dis. Néo sabia que o Espirito Santo estava trabathan- do no seu corepio e pondo nele um dessjo de encontrarse com o Senhor Jesus ¢ acci- 110 como Salvador. ‘Voltando 20 seu lugar de dormir, Samue- lito enrolouse bern no cobestor, Adorme- eeu pensando na mulher que © cego hae via chamado de “evangelsta”, Para onde {era ido? Seré que isla vé-la'novamente? Sonhou com a mulher que tinha os olhos feastanhos um sorriso tio simpitico. Samuelito acordou na manhd seguinte, sontindo 0 cheiro de café forte e fgrullas assadas. O cheiro, entrando pela porta, ioun- dava a cabana, Desenrolando-se do seu co- bertor, Ievantouse e esticou os bragos eck ma da eabega, = Verha se lavar, antes de comet ~ cha: mou sun mie, do lado de fora, — Sou pal iA saiu para vender 08 porcos. ‘Samuelito jogou agua fria sobre a sua pe- le morena, esftegouse com uma toalha gran- de e, depois, penteouse com o pente da mia, Depois vestiu calgas brancas © a ca mise que sua mae tinhe lavado no riacho, onde toda a vila lvava 8 roupa, 12 Sentado em silencio ao lado de sua mie, bebeu ruidosamente 0 caf e comeu as de- liciosas zorrfas fatas de fubé. Lembrou-se da ocasifo, quendo tinh ido com seu pal vender poreos. Como tinha rido quando as coréas que eram amarradas nas pornas tre zeiras dox porcos tinham se embaracado volta dos mesmos e nas pernas de seu pai Que barulho fizeram os animals até que seu pai conseguia desembaragflos, Empurren- do.os de ur lado para o outro com a sua pesada bota, consepuira desembaragédlos, pa a que logo depois, estivessem novamente na mesma situagdo, Quando © comprador viera ver os por: cos, seu pal empurrava os animmais, que gr tavam e gruchiam, um por um, alé caftem da plataforma, NJo parecia a Semuelito que seu pai fosse cruel, Porcos s6 valiam 0 die ahelzo pelo qual eram vendidos; nfo impor. tava que sofressem um pouco. Samuelito gostaria de, neste dia também, ter ido com o pai. Mas precisava trabalhar € ganhar dinheiro, para que o vaso se enchesse Togo com os pasos para a escola, 13 Nossa mand, Samuotito o sua iemfzinha conseguiram pegar dois lagartos cada um. Pararam 4 beira da estrada, sogurando os animais peréurados numa cords, para que ‘0s matoritss os vissom, De repente Samust! to avistou 0 earro dos missiondrios, que se aproximays. Quando chegou perto, 0 ‘menino vil duas mulheres dentro dele, © ‘uma delas era a mulher que tinha converse ‘do.com ele no ponta de énibus. ‘A mulher, vendo Samuelito, acenowlhe com a mio.” Virandose para a sua compar heira, distethe alguma coisa, © carro en- costou a0 lado da estrada e ela desceu. A Carmencita correu 20 seu encontro, pens do ter conseguido uma frequesa. Sermuelito nfo se mexeu, até que a mulher ihe fer snal para que se aproximasse dela 4 Fof assim que Samuelito euviu novamen- te toda a historia do Evengelho, viv a Biblia © 0 livtinho sem palavras © sem figuras, Des- ta vea, repetiu a histéria para que a missio. niria ouvisse, pois no havia ninguém por perto pare interrompélo, Nao percebiam que quado interessante formavam, debaixo do sol quente, as bocas e olhos abertos. Estavam tealmente maravilhados com a men sagera do Evangelho, = Pieciso contar tudo aos meus papaci- {08 esta noite ~ 0 menino pensou — Pois essa pequena nif nfo vai calar a sua boca, CAPITULO IIL SAMUELITO NASCE NA FAMILIA DE DEUS ‘Semuelito e Carmencita conseguiram vene der os seus Isgartos por um bom prego. Tendo o dinheiro bem guardado no fundo 0 bolso, Samuelito apressou a menina 1.0 caminho de casa. Tinka pouco tempo para pensar a respeito das coisas que a muissioné- tia lhes tinha contado, Estava com muita pressa, pois precisava chegar ao ponte do ‘Srubus antes que © mesmo chegasse, 15 ‘A inde das eriangas guardou o dinheiro 1 vaso, Deu 20 flho um gole de café preto ontregouthe ura Janche ensolado em uma folha de banana. Samuelito saiu, earregando o lanche nu- ‘ma mio e, na outa, sua caixa de engraxat2. Caminhava contente, Cada vez que ganhava mais um peso, sentia que a escola aproxima- vase dele. Samuelito estava muito eansado quando no fm do dis, sentouse para comer. Mas ‘Go era apenas 0 cansago que tomava Sa rmuelito silencioso, Observou que sua irmazi- ‘nha fugia dele ea mamfe olhave-o aborrecida. 16 Finalmente, quando Carmencita jé dor mia, a mle de Samuelito dissedhe: = Agora, meu nif, contenic 9 que aconteceu, ‘Sua irmdzinha tem estado, 0 tempo todo, a falar de uma senhota que hes mostrou um livrinho. Ela me contou que voce j8 conversou com aquela senhera no ponto do énibus, Voce precisa me con- tar quem ela &€ 0 que ela Ihe contou, Samuelito sentouse perto de sua mie © respondeu! ~ Mamacita, eu quis coatardhe © 20 ‘papal também, ontem 2 noite, mas vo% mandou-nes dormir cedo, Mas, hoje ia ccontache, mamacita Enquatio sua ride ouviasilenciosamente, ‘Samuelito contowlhe todas as coisas que aptendera. Contoushe que o Senhor Jesus, ‘9 Filho de Deus, havia dito que todos aque. les que nEle eressem seriam feitos fhos de Deuse Lhe pertenceriam. = Isso quer dizer, mamaciia, que se con- flormos nile, iremos 30 oéu pars vivermos com Ele para sempre, depois que morrer mos, Mamcctta, cu gostaria, 3 7 SamGelito nfo pOde temminar, Sua mie se levantou ¢ comegou 2 falacihe, muito ‘angada, agitendo 03 bragos. = Nilo, por que voc’ foi escutar essas colsas? Essa evangelista é uma mulher muito ‘ma, Vooé nao deve ouvir o quo ela diz. Sua inmazinha vai esqueeer 0 que ouviu, mes ‘voot, Samuelito, nfo vai esquecer mais. Samuelito abragou sua mamfe que es- tava chorando. ~ Mamacita. — dissehe, ~ Bu acho que ela nfo é md, Ela é boa. Eu sei que ela 6 ‘boa, mamacina A mde de Samvelito estava muito zanga- dda, Comegou a chorar mais ¢ a gritar com © = Fspere s6 até 0 seu pal voltar. Ele vai castigilo, Talver ele ‘nfo deixe mais ‘yood ir A escola. Talver ele até tice o dinhel- 19 do vaso de barro, Vocé vai ver, Semue- Lito, © que o seu pai vai fazer. 18 Sentado no cho, com a caboga entre o8 joolhos, Samucito. esperava, "sletciost- ‘monte, que sua ge so scakmasse. A Carmen- ita acordow ¢ comegou a chore. ~ Fique quieta ¢ durma! — dise a mee, depois, j4 mais calms, acrescentou melga. mente: ~ Samuclit, nfo vamos contar nada 20 seu pai. Mas voce tera qe prometer que no vai mais conversar com essas evangelists. Samuelito néo prometcu, © sua mie fer de conta que nfo percebeu. "Agora vamos dormir ~ ds ele, cal- rmamente, empurrando Samuelito em éite- fo a soa coberta mum dos cantos do ot mode, No dia seguinte, Samuclito acordou ce- do, Observou' come 0 sol aia por tris da montenba, avisando 3 wlzisha de que jf era dia. Quando a metade da bola de fogo apareceu, ele ouviu que sua mie estava pre- parando 0 café, Mas continuov sentado, uletiaho © peasativo, Pensave nas coisas maravilhosis que tithe ouvido nos étimes dias. Sua mange podia proibflo de falar 2 evanglisa, mas tla nfo podia ver os seus pensamentos, Quem podetia proibilo de pensar? Sua me aproximouse, setandose ao la- do do fo: ~ Seu pai nfo dernora, Semuelito ~ dis- se. — Lembrese de que combinamos nzo the contar nada sobre as colsas erradas que voce fez, 8 no ser que voe# torne a faz ls Fspereram mais um pouco. O sol jf ex tave alto e, como seu pal ndo tvesse ainda chegado, foram tomar 0 café 19 ‘Ao meiodia, 0 sol brilhava bém no alto do céu, A mie de Samuelito disse,

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