Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Mitsu Ochoa
Desta forma, o texto irá mostrar que os princípios básicos vão além de
potencializar os recursos e uma visão ecológica, entendendo o direito da individualidade
e diferenças de cada um. A diversidade e a relatividade cultural andam juntas nesse
sentido, e é aceitando os princípios da relatividade cultural, que se pode envolver a
compreensão de como as pessoas constroem sua realidade, ou seja, como eles organizam
e interpretam o mundo em que vivem, suas vidas diárias.
Conhecendo todos esses pontos, fica claro que para intervir, o psicólogo
comunitário deverá promover e incentivar os recursos disponíveis. O empoderamento
envolve o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos, organizações e comunidades,
e as capacidades estão relacionadas com a identidade.
Essencialmente, é preciso levar conta o Suporte Social, como algo que leva em
conta três fatores: 1. A quantidade de relações sociais; 2. A sua estrutura formal (por
exemplo: a densidade e a reciprocidade); 3. O conteúdo destas relações no que diz respeito
ao Suporte Social. Assim, levando em conta as funções do Suporte Social, não seriam
envolvidas atividades especificas, mas sim consequências destas e como se dão as
relações.
Ao longo do texto, inúmeros autores e suas definições de Suporte Social são
citados, me fica a impressão de uma certa confusão e multiplicidade de saberes acerca
desse assunto. Porém percebo que o fica é a função do sentimento de pertença, respeito e
envolvimento tem sobre os indivíduos, envolvendo uma interação sobre ele e sua rede de
suporte.
Pensando já nas medidas para o Suporte Social, o autor elenca três categorias,
sendo elas: a dimensão de Redes (integração social do indivíduo num grupo e as
interligações deste no contexto do grupo); a dimensão de Suporte Recebido (suporte que
o indivíduo na realidade recebe ou considera ter recebido); a dimensão do Suporte
Percepcionado (suporte que o indivíduo acredita ter disponível em caso de necessidade).
Esses instrumentos identificam por exemplo, a estrutura da rede, medindo as suas relações
como o tamanho e a densidade e outros, ou também sobre a qualidade de cada uma das
relações em termos da sua duração, frequência de contato e intensidade, outros ainda
exploram as funções de cada membro de rede.
PROVA COMUNITÁRIA
A perspectiva da Saúde Mental Comunitária, segundo Bloom (1973), pode ser descrita em
termos da sua localização (na comunidade), nível de intervenção (numa comunidade global ou
grupo específico, por exemplo, área geográfica ou uma população em risco), o tipo de serviços
(serviços preventivos) e a forma como são prestados (serviços indirectos, através da consultoria
e educação), bem como a sua estratégia (o maior número de indivíduos possível), o tipo de
planeamento (focalização em necessidades prevalentes em populações de alto-risco e
coordenação de serviços), os seus recursos humanos (utilização de profissionais e não-
profissionais como estudantes e pessoas, de alguma forma, ligadas ao grupo-alvo), os processos
de decisão (responsabilidade partilhada) e, finalmente as suas concepções etiológicas (realce
das causas ambientais das perturbações emocionais).
1. Problema contextualizado
2. Interdependência
3. Foco na eficácia
4. Suporte e serviços em consonância com os objetivos e valores do contexto
5. Prestação de suporte
É necessário então compreender o processo pelo qual o estresse gera perturbações emocionais
e considerar como fundamental o conceito de adaptação. Aumento da capacidade de
ajustamento entre o indivíduo e as exigências e pressões do meio.
Intervenção social:
Pode ser operacionalizada através de influencias, orientações ou ações concretas no sentido de
modificar os sistemas sociais e políticos com incidência em áreas como a saúde, educação, bem-
estar físico e emocional, domínios religiosos e judiciais.
Participação comunitária:
PARCERIA COMUNITARIA
Considerando uma parceria como sendo uma organização de organizações que se conjugam
para um propósito comum (Wolf, 2001), podemos identificar como relevantes quatro
estratégias que facilitam o seu bom funcionamento e podem contribuir para o aprofundamento
do trabalho em parceria:
b) Coordenação – para além dos factores contidos na alínea anterior, neste parâmetro
enquadra- -se a alteração concreta de actividades e/ou procedimentos para um propósito
comum e a partilha de recursos e a vontade de aumentar a capacidade dos parceiros para
benefício mútuo e propósito comum. Esta acção requer níveis elevados de tempo e de confiança
e implica a partilha de conteúdos para a acção conjunta.
d) Colaboração – Para além dos domínios descritos anteriormente implica a noção e a prática
da partilha de recursos com vista a aumentar a capacidade dos parceiros para benefício mútuo
e propósito comum, bem como a partilha de conteúdos e dos resultados e/ou impactos da acção
conjunta.
Deste modo, as parcerias que tendem a ser mais eficazes (segundo Butterfoss, Godman &
Wandersman, 1993; Bond & Keys, 1993; Allen, 2005; Wolf, 2006 entre outros), são aquelas onde
se constatam elementos como:
1. A abrangência, isto é, não se constituem em torno de uma só questão ou problema, mas têm
uma perspectiva holística acerca da complexidade dos problemas sociais e dos processos de
mudança social e comunitária;
2. A flexibilidade e orientação para respostas concretas, que implica que a constituição de uma
parceria deve estar adaptada ao contexto concreto e ter em consideração os problemas e as
prioridades dos agentes intervenientes e dos grupos sociais a que se destinam; se tomarmos
como exemplo os jovens, as parcerias que incentivam a sua participação, tendem a ter muito
mais sucesso em termos da redução do crime e da incidência da violência (cf. Zeldin, 2004);