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Anarcocapitalismo como uma anti-ideologia (Refutando

rapidamente Ayn Rand e Thomas Hobbes)


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Escrito por Diversos Autores September 18, 2017

É interessante notar que os melhores argumentos a favor do estado usados pelos


estatistas em geral constituem, na verdade, quando bem analisados, excelentes
argumentos contra o estado. Dois exemplos básicos nos vem em mente de imediato:

1) Ayn Rand argumenta que uma sociedade anarquista não poderia proporcionar uma
divisão de trabalho na produção da lei, porque a aplicação da lei, normalmente, requer o
uso de força física, e se apenas alguns membros da sociedade estão se especializando no
uso de força física, então todos os outros na sociedade ficarão à mercê. Mas se esta é
uma objeção à anarquia, por que não é uma objeção ainda mais forte para o estado, já que
o estado, ao contrário de uma agência de segurança sob a anarquia, está desprovido de
quaisquer rivais, logo, está numa posição ainda melhor para abusar do seu poder? Como
Molinari ressaltou, as leis econômicas são universais, não dando brechas para exceções.
Rand prossegue vislumbrando uma utopia minarquista em que as ações estatais estão
“rigidamente definidas, delimitadas e circunscritas,” enquanto o próprio governo é “como
um robô impessoal”, operando livre de qualquer “toque de arbitrariedade e capricho”. Isso
pode parecer razoável à primeira vista, mas, afinal, o estado é uma instituição de natureza
definitiva, e as ações esperadas disso são determinadas pela sua natureza e não pelos
nossos desejos e fantasias. Então a verdadeira questão é se é realista esperar este tipo de
operação automática e imparcial de um monopólio centralizado. E de fato, não é. O poder
corrompe, porque atrai o corruptível. E o sistema de incentivos de um monopólio estatal é
verdadeiramente perverso. A história está aí para mostrar que como tendência geral, a
liberdade humana é cada vez mais sufocada pela ameaça estatista.

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2) O do Hobbes diz que em estado natural as pessoas iriam reivindicar cada vez mais
direitos, ao invés de menos, levando a conflitos incessantes e cada vez maiores. Urge
então a necessidade de um arbitrador soberano, acima e exterior à sociedade civil. A ideia
jurídica por trás disso é clara: acordos requerem um fiscal externo que os torne
vinculantes. O estado não pode portanto seguir daí, pois quem iria tornar esse mesmo
acordo vinculante, se não há árbitros fora do estado? De duas, uma: ou será necessária a
instauração de outro estado (caindo em regressão infinita) ou o próprio estado hobbesiano
está, por si só, em estado de anarquia dentro de si mesmo. Na prática, nos encontramos
no segundo caso, onde o estado não está vinculado a nenhum fiscal externo. Não há
contratos fora do estado de modo que todos conflitos envolvendo-o (seja dele com
cidadãos privados, seja entre ele e seus parasitas) será sempre resolvido dentro de seus
próprios mecanismos jurídicos, com suas próprias autoimpostas regras, i.e, com as
restrições que ele mesmo, e apenas ele, se impõe a si. Em relação a si próprio, o estado
ainda está no estado natural de anarquia caracterizada pela autofiscalização e pelo
autocontrole, da mesma forma que a sociedade em “estado natural”. Só que pior: dado que
o homem é como ele é, e dado que o estado é formado por homens, ele tem uma
tendência natural a mediar seus conflitos em seu próprio benefício, em detrimento dos
cidadãos privados. O totalitarismo é seu destino inevitável.

O importante de se notar nesses pontos é que o argumento geral do anarcocapitalismo é


na verdade um contra-argumento. Como uma genuína filosofia pró-liberdade, o
anarcocapitalismo não nos diz o que é certo, o que deve ser feito para atingirmos
determinados fins desejáveis, mas apenas diz, através da lógica e argumentos a priori, o
que certamente sabemos que é errado. E o estatismo definitivamente figura nessa lista.

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