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Cartografia Geotécnica para a cidade de Palmas/TO: Determinação das cotas de Impenetrável e Nível Freático por meio de Sondagem SPT View project
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Palmas
2017
Andressa Faquineli Garcia
Palmas
2017
Andressa Faquineli Garcia
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profº. MSc. Bruno Carrilho de Castro
Universidade Federal do Tocantins
____________________________________________________
Profª. Roberta Oliveira
Universidade Federal do Tocantins
____________________________________________________
Profª. Marcos Coêlho Milhomem
Instituto Federal do Tocantins
Palmas
2017
Aos meus pais, Alan e Fabiana, e ao
meu irmão Paulo Henrique.
“A vida é um ato de rebeldia e
determinação.”
Arnaldo R. Barbalho Jr.
GARCIA, Andressa Faquineli. Cartografia Geotécnica para a Cidade de
Palmas/TO: Determinação das Cotas de Impenetrável e Nível Freático por meio de
Sondagem SPT. p. 81. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia
Civil) – Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2017.
RESUMO
ABSTRACT
The complete geotechnical knowledge of a study area is in many cases unfeasible by the
financial costs. The possibility of processing and statistical analysis of georeferenced
data in a Geographic Information System (GIS) supplies the lack of information in
unknown points of a region, providing the planning in diverse scopes. The parameters
obtained by Standard Penetration Test (SPT) allow to support the foundations,
excavations and drainage systems projects and their executions, besides the anticipated
costs and implications in the construction methods used. Thus, the present work
gathered and classified survey reports carried out in the Palmas/TO city Municipal
Director Plan aiming to interpolate the points tested and generate a continuous surface
that represents the geotechnical attributes analyzed. Among the results produced,
obtained due to geoprocessing software ArcGIS®, are the Digital Terrain Model of the
Municipal Director Plan, Depth Chart of the Impenetrable layer and the Groundwater
level, as well as the Charts of its altimetric heights. For the development of the study,
1470 points of SPT were used, structured with the aid of Excel® program and
interpolated in a GIS platform through ordinary kriging method. The products have
proven to be useful not only for emphasizing the possibility of manipulating and
processing information in GIS software, but also to collaborate and assist in the civil
works planning process in the city of Palmas.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................... 15
2 REFERENCIAL TÉORICO .................................................................................... 15
2.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................ 16
2.2 CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA ....................................................................... 18
2.2.1 Métodos de Mapeamento Geotécnico ......................................................... 19
2.2.2 Definição da Escala de Cartas Geotécnicas ............................................... 21
2.3 ESTUDOS GEOTÉCNICOS PRÉ-EXISTENTES NA ÁREA DE ESTUDO .... 23
2.4 ESTUDOS SEMELHANTES............................................................................... 24
2.5 SONDAGEM À PERCUSSÃO SPT .................................................................... 27
2.5.1 Energia no Ensaio SPT ................................................................................ 31
2.5.2 Qualidade do Serviço de Sondagem ........................................................... 32
2.6 ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS GEOTÉCNICOS .......................................... 33
2.6.1 Estatística Descritiva .................................................................................... 35
2.6.2 Métodos de Interpolação e a Geoestatística ............................................... 37
2.6.3 Krigagem ....................................................................................................... 38
2.6.4 Semivariograma ........................................................................................... 39
2.7 VALIDAÇÃO CRUZADA .................................................................................. 44
3 METODOLOGIA...................................................................................................... 45
3.1 SISTEMATIZAÇÃO DOS LAUDOS DE SONDAGEM.................................... 45
3.1.1 Aquisição e Transcrição dos Dados ............................................................ 46
3.1.2 Georreferenciamento dos Ensaios de Sondagem ...................................... 47
3.1.3 Estrutura do Banco de Dados ..................................................................... 48
3.2 ELABORAÇÃO DAS CARTAS GEOTÉCNICAS............................................. 50
3.2.1 Base de Dados ............................................................................................... 51
3.2.2 Análise e Operações com o Banco de Dados .............................................. 53
3.2.3 Espacialização dos Dados ............................................................................ 54
3.2.4 Tratamento Estatístico................................................................................. 55
3.2.5 Intervalo de Classes e Escala das Cartas ................................................... 57
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 59
4.1 LOCALIZAÇÃO E ANÁLISE DOS ENSAIOS DE SONDAGEM .................... 59
4.2 MODELO DIGITAL DE TERRENO DO PLANO DIRETOR ........................... 64
4.3 ESCALA DAS CARTAS ..................................................................................... 66
4.4 CARTA DE PROFUNDIDADE DO IMPENETRÁVEL .................................... 67
4.4.1 Análise Estatística da Profundidade Impenetrável ................................... 70
4.5 CARTA DA COTA ALTIMÉTRICA DO IMPENETRÁVEL ............................ 72
4.5.1 Análise Estatística da Cota da Profundidade Impenetrável .................... 74
4.6 CARTA DA PROFUNDIDADE DO NÍVEL DA ÁGUA ................................... 75
4.6.1 Análise Estatística da Profundidade do Nível da Água ............................ 78
4.7 CARTA DA COTA ALTIMÉTRICA DO NÍVEL DA ÁGUA ........................... 79
4.7.1 Análise Estatística da Cota do Nível da Água ........................................... 81
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ......................... 82
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 85
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TÉORICO
Como apontado por Castro et al. (2016a), ensaios de provas de cargas realizados
em fundações de edifícios de Palmas estão ocasionalmente identificando problemas,
assim como em atividades de escavações, onde há ocorrências de acidentes. Esses
transtornos são devidos principalmente à falta de conhecimento e investigação do solo
em que se edifica.
Mapeamentos geotécnicos importantes já foram realizados na cidade de Palmas,
como o de Santos (2000) que coletou, elaborou e disponibilizou mapa da cobertura e
uso da terra do ano de 1998, carta de declividade, carta da espessura, escavabilidade,
erodibilidade potencial e qualidade de materiais inconsolidados, carta das condições
geotécnicas e carta de áreas potenciais para a disposição de resíduos.
Já Castro et al. (2016a, 2016b) através de suas pesquisas, traçou perfis
geotécnicos de pontos da cidade por intermédio da combinação de ensaios geofísicos de
eletrorresistividade e sondagem SPT, e com as amostras do ensaio SPT conseguiu
relacionar a resistividade elétrica e as características geotécnicas dos solos de Palmas.
Martins (2014) fazendo uso de boletins de sondagem e carta das condições
geotécnicas de Santos (2000) caracterizou as principais zonas geotécnicas do Plano
Diretor da capital e apresentou soluções de fundações para edificações típicas da cidade.
O Sistema de Informações Geográficas de Palmas (GEOPALMAS), apesar de
não ser um estudo geotécnico, traz em site1 a possibilidade de acesso a informações
especializadas sobre o município como mapas temáticos diversos, tais como áreas de
preservação, índices pluviométricos, equipamentos urbanos, macro e microzoneamento,
1
www. http://geo.palmas.to.gov.br/
24
√ (1)
necessário, as paredes do furo dever ser contidas por meio de tubos de revestimento
(Figura 4h), os mesmos não devem se apoiar na base do furo para não interferir nos
resultados do ensaio. Estes equipamentos são representados na figura 4.
Figuras 4a, 4b, 4c, 4d, 4e, 4f, 4g e 4h – Equipamentos para o ensaio SPT
A amostragem do solo é feita por meio do amostrador tipo raymond (Figura 5c).
O direcionamento da energia se dá pela roldana instalada no topo do tripé (Figura 5d) e
a aplicação dos golpes se dá por meio da corda, no caso, de aço (Figura 5e). A eficiência
energética aplicada ao amostrador depende em grande parte desse sistema. De acordo
com o material empregado devem ser feitas as considerações pertinentes na análise dos
resultados obtidos.
Fazem-se necessários ainda, uma fonte de água para o sistema moto-bomba,
pranchetas de anotação e marcadores para os intervalos de medição a serem escritos na
haste guia. Assim, de posse de todas as ferramentas citadas, esquematizadas conforme a
figura 6 inicia-se o ensaio.
(2)
Para compor a estrutura acima há algumas informações que balizam sua criação.
Primeiramente cada tabela corresponde a um objeto principal de estudo, no caso acima,
sondagens, suas colunas representam atributos (como identificação da sondagem,
identificação do perfil, tipo de furação, etc.), e por fim, suas linhas referem-se aos
valores daquele objeto principal (DATE, 2003).
Além desses requisitos há aqueles que definem a estrutura como um todo, como
por exemplo: cada estrutura deve possuir um identificador único; cada objeto de estudo
deve ter sua tabela, e as informações dentro dela devem se relacionar àquela finalidade;
os dados contidos nas tabelas devem ser organizados de forma independente e acessível,
e por último, as estruturas não devem ser redundantes.
Por meio de um banco de dados estruturado e fazendo uso das ferramentas de
um SIG é possível correlacionar às informações da melhor forma que convém ao
usuário, mas para isso é necessário tratar inicialmente as informações utilizando
ferramentas da estatística descritiva e espacial, e a partir delas aplicar a metodologia
correta para interpolação dos dados.
: média aritmética;
∑ (3) n: número de eventos;
x: valores da variável em estudo
Já a mediana é o valor central da amostra que pode ser obtido, por exemplo,
ordenando os dados em ordem crescente, sendo a mediana o valor que apresentar um
número igual de dados antes e depois.
: Variância
∑ (4) : Valores assumidos pela variável
: Número de componentes da amostra
37
2.6.3 Krigagem
Camargo (1998 apud SILVA, 2008) aponta que ao trabalhar com fenômenos
naturais que dependam substancialmente da posição geográfica, a estatística clássica
não retrata ou modela de forma fiel as transições espaciais existentes. Anteriormente a
Camargo, Daniel Krige, por volta de 1950, havia notado a carência por uma
metodologia que associasse a variabilidade espacial com o tamanho das amostras, no
entanto apenas na década de 60, Georges Matheron generalizou e desenvolveu a teoria
de Krige que ficou conhecida como krigagem.
Essa teoria fundamenta-se na verificação e na modelagem da variabilidade
espacial do atributo com base em amostras pontuais desse atributo. A krigagem prevê,
ainda “a hipótese de estacionariedade de segunda ordem para a propriedade que está
39
2.6.4 Semivariograma
∑ (5)
Onde:
γ (h): Valor calculado da função variograma;
h : Distância entre pares amostrais;
e : Valores da variável em estudo em dois pontos distintos, separados por
uma distância preestabelecida e constante em uma direção.
n : número de pares de pontos distanciados de h .
̂
̅ ∑( ) (6)
{ } {̂ ̂ } {̂ } { } (7)
̃ ̃ ̃ Cuja solução é:
{ } { }
(12)
̃ ̃ ̃
[ ][ ] [ ]
Onde:
C: matriz valores de covariância dos pontos amostrais com eles mesmos;
D: vetor de valores de covariância entre os pontos amostrais e os estimados;
pesos de krigagem, e
multiplicador de Lagrange.
3 METODOLOGIA
páginas iniciais são apresentadas ao cliente as normas e diretrizes que regem a execução
da sondagem, bem como equipamentos utilizados, tempo de armazenamento de
amostras, método de definição do referencial de nível, recomendações de projeto e
croqui de locação dos furos. Logo depois seguem os laudos de sondagem contendo as
informações aferidas em campo.
No laudo acima, as coordenadas e cota do ponto de ensaio foram extraídas por
um equipamento de GPS (Global Positioning System). No entanto, como frisado nas
páginas de apresentação do relatório de sondagem, pode-se usar como definição do
ponto de execução do ensaio, referenciais no terreno para se extrair a localização.
Devido a esse método de definição, a forma de georreferenciamento será distinta para os
laudos que se apresentem dessa forma e a metodologia empregada será discutida no
tópico a seguir.
ensaios que não alcançaram o impenetrável por motivos técnicos ou a pedido do cliente,
atribui-se em suas linhas a nomenclatura “NE”, iniciais das palavras “não encontrado” e
foram anotados apenas as informações de georreferenciamento e nível da água, caso o
ensaio houvesse atingido o lençol freático. Caso contrário, os laudos que não
apresentaram profundidade do impenetrável e nível da água foram descartados nessa
etapa do trabalho.
Por fim, o atributo “NA”, localizado na última coluna, traz em suas linhas os
registros, em metros, de profundidade do nível da água extraídos dos laudos. Do mesmo
modo que na profundidade do impenetrável, para os ensaios que não atingiram o lençol
freático, atribui-se as iniciais “NE”.
A designação “NE” nos dois atributos supracitados serviu para diferenciar, no
processamento estatístico do programa ArcGIS®, aquelas que não possuíssem dados
significativos para o projeto. Por meio da opção classificação de campos, seja em ordem
crescente ou decrescente, as linhas que não apresentaram valores numéricos ficaram
localizadas no extremo da tabela por não seguirem a mesma classe que as demais,
permitindo dessa maneira, selecionar apenas as informações corretas a serem
interpoladas para concepção das cartas.
Com essa estrutura, o arquivo do banco de dados de sondagem foi concluído e
salvo em extensão tipo CSV (separado por vírgulas) (*.csv), o qual é aceito pelo
ArcGIS®. O próximo passo, após a inserção da planilha no programa, é a espacialização
das informações para concepção das cartas geotécnicas, a qual foi realizada totalmente
em ambiente SIG e será descrita no próximo capítulo.
2
https://www.usgs.gov/
53
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Vale ressaltar que os estudos utilizados como apoio a escolha da escala preveem
uniformidade de distribuição dos pontos em toda a área, bem como sua equidistância,
fato que não ocorre nos laudos adquiridos conforme exibido anteriormente nos mapas
21 e 22.
Portanto, apesar da densidade furos/km² se apresentar alta, como no caso do
impenetrável, este valor não condiz para todas as quadras a realidade de concentração,
não podendo dessa maneira, eleger a escala de trabalho baseada unicamente em uma
referência isolada. Essa averiguação adicional da representatividade espacial demonstra-
se válida, uma vez que essa variação de quantidade de dados de região para região não
aparece de maneira análoga em outros trabalhos analisados nesse estudo.
que as demais. O mesmo fato se repete nas quadras 306 e 308 sul, próximas ao Parque
Cesamar, 107 e 108 norte.
As quadras próximas a Praça dos Girassóis, 102 e 104 norte e 104 sul, a da
região do Terminal Rodoviário de Palmas 1212 sul e a quadra 606 sul são caracterizadas
por indicarem, segundo os pontos de sondagem adquiridos, profundidades de
impenetrável mais rasas, entre 3 e 6 metros. Nesses locais, além de receberem
fundações indiretas com comprimento menor que as demais, também apresentam um
solo difícil de se executar escavação. Essa resistência a perfuração no solo a poucos
metros abaixo da cota do terreno, implica em utilização de maior tempo e recurso para
efetivar essa etapa da obra.
As maiores profundidades do impenetrável, entre 15 e 18 metros, apresentaram
poucos dados e concentrados em apenas na quadra 803 sul. Já as menores
profundidades, entre 0 e 3 metros, apesar de designadas na legenda com a cor vermelha,
não apresentaram quantidade de informações significativas para formarem regiões
notáveis na carta.
Há três regiões na carta de profundidade do impenetrável, e nas demais cartas
subsequentes, que não apresentaram dados, a saber: 602 e 604 norte, na parte
setentrional do Plano Diretor, porção sudeste ao sul da latitude 8864000 e porção
sudoeste entre a coordenadas longitudinais 788000 e 792000 e ao sul da latitude
8868000. Por essa razão, esses trechos não foram interpolados devido a informação
errônea que apresentariam caso o processo fosse executado com o valor vizinho as áreas
citadas.
69
Visto que os dados de cota altimétrica foram extraídos de um MDE, ou seja, são
valores de qualidade satisfatória e com pouca discrepância entre si, a divergência entre
os valores inseridos e os preditos foram ínfimas a ponto de gerar uma reta de predição
que se sobrepôs à reta dos valores inseridos, como é possível notar no gráfico abaixo e
na sua função de regressão.
O valor do R², apesar de apresentar valor inferior ao obtido na análise dos dados
do impenetrável, ainda é considerado satisfatório visto que o grau de ajustamento do
modelo escolhido é de 87,47%. Verifica-se aqui que a não consideração da sazonalidade
pluviométrica tornou as informações do NA mais complexas de serem ajustadas ao
modelo exponencial de krigagem ordinária escolhido, porém, de todo modo, constata-se
sua adequabilidade a esse estudo.
O gráfico de Predição abaixo evidencia que os dados preditos gerados a partir da
interpolação estão muito mais próximos dos valores reais, em comparação com o
mesmo gráfico da carta de profundidade do impenetrável. Essa convergência de
resultados ressalta que a correlação entre dados inseridos e preditos, para a carta de NA,
foi maior devido ao baixo afastamento entre retas.
em áreas sem construções e logo, sem dados. À vista disso, optou-se pela não análise
dessa porção, em virtude da sua densidade, 1,62 furos/km², não representar uma
distribuição homogênea de dados e tal fato impactaria pontualmente na redução da
qualidade das cartas em comparação a região ao norte que exibiu 17,42 furos/km².
As outras duas regiões que não apresentaram viabilidade de análise nesse estudo
são as localizadas a sudoeste e sudeste do Plano Diretor, próximas do Ribeirão
Taquaruçu Grande. A porção sudoeste localizada entre as coordenadas longitudinais
788000 e 792000 e abaixo da latitude 8868000 até seu encontro com o Ribeirão, não
apresentou dados, e consequentemente, não se realizou a interpolação. Essa
circunstância advém da pouca ou nenhuma ocupação demográfica e também devido a
área não ser um loteamento aprovado para Plano Diretor da cidade (SEMDUS –
DIVISÃO DE GEORREFERENCIAMENTO, 2015).
A porção sudeste, assim como a sudoeste, não possui resultados nas cartas
elaboradas por não apresentar informações de sondagem. Contudo, a região localizada
entre as longitudes 788000 e 796000 e abaixo da latitude 886800, está classificada no
planejamento ocupacional da cidade como uma UC (SEMDUS – DIVISÃO DE
GEORREFERENCIAMENTO, 2015), justificando, portanto, a inexistência de dados e
sua exclusão nesse estudo.
A concentração de dados nessas regiões advém do modo de ocupação
demográfica ao longo da existência da cidade, a qual abrangeu primeiramente as regiões
centrais próximas a Av. Juscelino Kubitschek, e posteriormente as demais em torno da
Avenida. À vista disso, orienta-se a estudos futuros investigar as características
geotécnicas de ambas regiões proporcionando deste modo um completo conhecimento
sobre os parâmetros de impenetrável a sondagem à percussão e nível da água.
Nas demais áreas investigadas obteve-se um bom desempenho do interpolador
tanto nas cartas de profundidade e cota do impenetrável quanto nas de NA, devido a
quantidade de dados disponibilizados. Por meio desse procedimento algumas
informações puderam ser extraídas:
A carta de profundidade do impenetrável utilizou 1470 pontos de sondagem e
predominantemente notou-se a variação entre 6 e 12 metros;
Para a carta de profundidade do nível da água manipulou-se dados de 334
ensaios, sem distinção de sazonalidade da precipitação pluviométrica, e obteve-
se como profundidade majoritária valores entre 6 a 10 metros;
84
6 REFERÊNCIAS
ABREU, Ana Elisa Silva de. Mapeamento Geotécnico para Gestão Municipal –
Abordagem combinando três métodos distintos e sua aplicação em Analândia (SP).
2007. 217 f. Tese (Mestrado em Geotecnia) – Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos. 2007.
BITAR, Omar Yazbek; FREITAS, Carlos Geraldo Luz de; MACEDO, Eduardo Soares
de. Guia cartas geotécnicas: orientações básicas aos municípios. São Paulo: IPT -
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 2015.
CASTRO, Bruno Carrilho de. et al. Perfis geotécnicos da cidade de Palmas - TO por
meio de sondagens SPT e ensaios geofísicos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA GEOTÉCNICA, 18., 2016, Belo
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DAL’ASTA, Ana Paula; PIRES, Carlos Alberto da Fonseca; PINHEIRO, Rinaldo José
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de Ciências Agrárias e Ambientais, Guarupava, v. 9, n. 3, p. 545 – 562, set./dez. 2013.
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