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Revisão Geral Literatura:

CANTIGA DE AMOR

Mulheres neste mundo de meu Deus


Tenho visto muitas — grandes, pequenas,
Ruivas, castanhas, brancas e morenas.
E amei-as, por mal dos pecados meus!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Andei por São Paulo e pelo Ceará


(Não falo em Pernambuco, onde nasci)
Bahia, Minas, Belém do Pará...
De muito olhar de mulher já sofri!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Atravessei o mar e, no estrangeiro,


Em Paris, Basiléia e nos Grisões,
Lugano, Gênova por derradeiro,
Vi mulheres de todas as nações.
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!

Mulher bonita não falta, ai de mim!


Nenhuma porém, tão bonita assim!
Manuel Bandeira

O poema acima não é do Trovadorismo, mas estabelece com o estilo uma relação. Qual relação é essa?

Texto 1
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.

Tam comprida de todo bem,


per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!

Profª Luciene Fernandes Loures


Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Ca lho nego pola veer,


pero nona posso veer!
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
Sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.

Texto 2
Ondas do mar de Vigo
Se vires meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Ondas do mar revolto,


Se vires o meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Se vires meu namorado,


Aquele por quem eu suspiro!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Se vires meu namorado


Por quem tenho grande temor!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Os textos acima pertencem a que estilo de época? Quais as características do estilo presentes nos textos? Há alguma
motivação histórica para algo contido nos poemas? Você consegue estabelecer uma relação dos textos com outro
estilo literário?

Texto 3
Amor, que o gesto humano na alma escreve

Amor, que o gesto humano na alma escreve,


Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,


Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Profª Luciene Fernandes Loures


Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento


De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.

Luís de Camões

Texto 4
Onde acharei lugar tão apartado
E tão isento em tudo da ventura,
Que, não digo eu de humana criatura,
Mas nem de feras seja frequentado?

Algum bosque medonho e carregado,


Ou selva solitária, triste e escura,
Sem fonte clara ou plácida verdura,
Enfim, lugar conforme a meu cuidado?

Porque ali, nas entranhas dos penedos,


Em vida morto, sepultado em vida,
Me queixe copiosa e livremente;

Que, pois a minha pena é sem medida,


Ali triste serei em dias ledos
E dias tristes me farão contente.

Luís de Camões

Texto 5

As armas e os barões assinalados


Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas


Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Profª Luciene Fernandes Loures


A qual estilo literário pertencem os textos acima? Quais as características do estilo estão presentes? Alguma
características dos textos não se enquadra no estilo? A distância do estilo antecipa algum estilo ou retoma algum
anterior? O autor utiliza alguma figura de linguagem? Qual? Para que finalidade ele utiliza? Qual é a forma dos
poemas? Há alguma motivação histórica? Qual o tema desenvolvido em cada poema? Como esse tema é tratado?

Texto 6:

À sua mulher antes de casar


Discreta, e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:

Enquanto com gentil descortesia


O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:

Goza, goza da flor da mocidade,


Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.

Oh, não aguardes, que a madura idade


Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sobra, em nada.
( Gregório de Matos )

Texto 7:
Buscando o Cristo crucificado um pecador com verdadeiro arrependimento
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.

A vós, divinos olhos, eclipsados


De tanto sangue e lágrimas cobertos,

Profª Luciene Fernandes Loures


Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.

A vós, pregados pés, por não deixar-me,


A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me.

A vós, lado patente, quero unir-me,


A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
( Gregório de Matos )

Texto 8:
Define a sua cidade
De dois ff se compõe
esta cidade a meu ver:
um furtar, outro foder.
Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou
com dous ff o explicou
por estar feito, e bem feito:
por bem digesto, e colheito
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer que esta terra
de dous ff se compõe.
Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia,
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta
e quero um tostão perder,
que isso a há de perverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem
esta cidade ao meu ver.

Os textos acima pertencem ao mesmo autor? A qual estilo de época filia-se? Quais as características dos estilos de
época presentes nos textos? Alguma característica difere-se do estilo? Há alguma motivação histórica? O autor
utiliza figuras de linguagem? Qual motivo dessa utilização? Qual a forma dos poemas? Qual o motivo pela escolha
dessa forma? ? Qual o tema desenvolvido em cada poema? Como esse tema é tratado?

Profª Luciene Fernandes Loures


Interprete o trecho do sermão de Pe Antônio Vieira e identifique a principal característica Barroca presente no texto:
Ecce exiit qui seminat, seminare. Diz Cristo que "saiu o pregador evangélico a semear" a palavra
divina. Bem parece este texto dos livros de Deus ão só faz menção do semear, mas também faz
caso do sair: Exiit, porque no dia da messe hão-nos de medir a semeadura e hão-nos de contar os
passos. (...) Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que
semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os
que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. Todos terão sua razão,
mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão
buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Ah Dia
do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit
seminare. (...) Ora, suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes
três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender a falta? Por
parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus? (...)

Texto 11:
Soneto

Estes os olhos são da minha amada,


Que belos, que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
Os doces frutos da estação dourada.

Por eles a alegria derramada


Tornam-se os campos de, prazer gostosos.
Em zéfiros suaves e mimosos
Toda esta região se vê banhada.

Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo


Do rosto do meu bem as prendas belas,
Dai alívio ao mal que estou gemendo.

Mas ah! delírio meu que me atropelas!


Os olhos que eu cuidei que estava vendo,
Eram (quem crera tal!) duas estrelas.

(Claudio Manuel da Costa)

Profª Luciene Fernandes Loures


Texto s 12 e 13 (Ambos Claudio Manuel da Costa)
XIV

Quem deixa o trato pastoril, amado,


Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.

Que bem é ver nos campos, trasladado


No gênio do Pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!

Ali respira Amor sinceridade;


Aqui sempre a traição seu rosto encobre;
Um só trata a mentira, outro a verdade.

Ali não há fortuna que soçobre;


Aqui quanto se observa é variedade:
Oh! ventura do rico! oh! bem do pobre!

LXXII

Já rompe, Nise, a matutina Aurora


O negro manto, com que a noite escura,
Sufocando do Sol a face pura,
Tinha escondido a face brilhadora.

Que alegre, que suave, que sonora


Aquela fontezinha aqui murmura!
E nestes campos cheios de verdura
Que avultado o prazer tanto melhora!

Só minha alma em fatal melancolia,


Por te não poder ver, Nise adorada,
Não sabe inda que coisa é alegria;

Texto 14:

"Enfim serás cantada, Vila Rica,


Teu nome impresso nas memórias fica.
Terás a glória de ter dado o berço
A quem te faz girar pelo universo."
(Canto X, v.199-202)

Textos 15 e 16:

Lira XV

Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,


Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Vestia finas lãs, e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.

Profª Luciene Fernandes Loures


Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

Texto 16:
Lira IV
Marília, teus olhos
São réus, e culpados,
Que sofra, e que beije
Os ferros pesados
De injusto Senhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Mal vi o teu rosto,
O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se
Das faces a cor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
A vista furtiva,
O riso imperfeito,
Fizeram a chaga,
Que abriste no peito,
Mais funda, e maior.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Dispus-me a servir-te;
Levava o teu gado
À fonte mais clara,
À vargem, e prado
De relva melhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Se vinha da herdade,
Trazia dos ninhos
As aves nascidas,
Abrindo os biquinhos
De fome ou temor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Se alguém te louvava,
De gosto me enchia;
Mas sempre o ciúme
No rosto acendia
Um vivo calor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Se estavas alegre,
Dirceu se alegrava;
Se estavas sentida,
Dirceu suspirava
À força da dor.

Profª Luciene Fernandes Loures


Os textos acima pertencem ao mesmo autor? A qual estilo de época filia-se? Quais as características dos estilos de
época presentes nos textos? Alguma característica difere-se do estilo? Há alguma motivação histórica? O autor
utiliza figuras de linguagem? Qual motivo dessa utilização? Qual a forma dos poemas? Qual o motivo pela escolha
dessa forma? ? Qual o tema desenvolvido em cada poema? Como esse tema é tratado?

Profª Luciene Fernandes Loures

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