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Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 1

Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental: escorço para o estudo e a


revisão de noções fundamentais1

Hidemberg Alves da Frota

http://tematicasjuridicas.wordpress.com

1 PRINCÍPIO DO DIREITO HUMANO

Sinônimos: princípio do direito ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado


como direito fundamental (ANA MARIA MOREIRA MARCHESAN, ANNELISE MONTEIRO
STEIGLEDER E SÍLVIA CAPPELLI 2 ); princípio do direito humano fundamental (TERENCE
DORNELLES TRENNEPOHL3); princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito
fundamental da pessoa humana (ÉDIS MILARÉ4).

Trata-se do direito fundamental a meio ambiente saudável, desdobramento do


direito à vida, do direito à saúde, do direito à existência digna5 e do princípio da dignidade da
pessoa humana.

Embora direito fundamental da humanidade, o meio ambiente deve ser mantido


saudável em benefício não apenas dos seres humanos como também das demais ―formas de
vida‖6 (em vez da visão antropocêntrica, hoje prevalece a visão biocêntrica7).

2 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1
Trata-se de meras anotações feitas para o estudo e a revisão das noções fundamentais relativas à Principiologia
do Direito Ambiental, sem a pretensão de constituir ensaio doutrinário ou artigo científico, porquanto apenas
sumarizam as ensinanças doutrinárias colhidas de livros-textos da disciplina. Caso estes apontamentos sirvam à
introdução e à recapitulação en passant da matéria, cumpriu-se o seu desiderato. Data da última revisão: 14 de
outubro de 2010.
2
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Direito
ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p. 27.
3
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Fundamentos de direito ambiental: incluindo lições de Direito Ambiental
(Lei nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade). 2. ed. Salvador: Jus Podium, 2007, p. 38.
4
MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco; doutrina, jurisprudência, glossário. 5. ed. São
Paulo: 2007, p. 762.
5
Ibid., p. 761.
6
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 55.
7
Ibid., loc. cit.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 2

De acordo com o princípio do desenvolvimento sustentável, as medidas a


promoverem o desenvolvimento humano (sob os mais diversos aspectos) impendem
considerar as necessidades hodiernas (das gerações atuais) e vindouras (das gerações
futuras)8.

Concilia a proteção do meio ambiente com ―as dimensões humana, física, econômica,
política, cultural e social‖9.

Para que o desenvolvimento seja considerado sustentável, a utilização de bens


ambientais não renováveis 10 deve ser (i) racional (corrente doutrinária de LUÍS PAULO
SIRVINKAS) ou (ii) vedada (corrente doutrinária de MARCELO ABELHA RODRIGUES) —
segundo essa segunda linha de pensamento dogmático, cumpre adstringir a humanidade a
utilizar tão só a parcela renovável em ―prazo razoável‖11.

Apregoa o equilíbrio e integração entre o tripé (i) ―bem-estar social‖ 12 , (ii)


―prosperidade econômica‖13 e (iii) ―proteção em benefício das gerações atual e futura‖14.

No tocante às atividade econômica e de consumo, incentiva estas condutas:

(1) Evitar ―a produção de bens supérfluos e agressivos ao meio ambiente‖15.

(2) Convencer ―o consumidor da necessidade de evitar o consumo de bens ‗inimigos‘


do meio ambiente‖16.

(3) Estimular ―o uso de ‗tecnologias limpas‘ no exercício da atividade econômica‖17.

8
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., p. 47.
9
Ibid., loc. cit. (Grifo nosso.)
10
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 55.
11
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Elementos de direito ambiental: parte geral. 2. ed. São Paulo: RT, 2005, p.
172.
12
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Op. cit., loc. cit.
13
Ibid., loc. cit.
14
Ibid., loc. cit.
15
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Op. cit., loc. cit.
16
Ibid., loc. cit.
17
Ibid., loc. cit.
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Preconiza o exercício de ―atividade impactante‖ 18 , acompanhado de ―medidas


compensatórias‖19, a mitigarem o ―dano imediato ou mediato‖ a ser ―produzido ao meio
ambiente‖20.

Almeja o desenvolvimento feito ―sem sacrificar o meio ambiente‖21.

O desenvolvimento sustentável implica a indispensável renovabilidade em prazo


razoável do bem ambiental, consideradas as peculiaridades do caso concreto (a exemplo do
―local onde se encontra‖22 e das particularidades daquela região e da função lá exercida por
aquele bem ambiental).

3 PRINCÍPIO DA UBIQUIDADE

O princípio da ubiquidade concerne à (i) horizontalidade do bem ambiental e (ii) à


sua onipresença23.

O bem ambiental não se limita à determinada moldura espaço-temporal24.

4 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

Sinônimos: princípio da participação (MARCELO ABELHA RODRIGUES 25 ); princípio


democrático (LUÍS PAULO SIRVINSKAS26).

O princípio da participação comunitária se direciona à promoção da participação de


todos os seres humanos na tomada de decisões e políticas públicas 27 a afetarem o meio
ambiente. Incide sobre as esferas ―legislativa, administrativa e processual‖ 28 e alude à

18
Ibid., loc. cit.
19
Ibid., loc. cit. (Grifo nosso.)
20
Ibid., loc. cit.
21
Ibid., loc. cit.
22
Ibid., p. 172.
23
Ibid., p. 201.
24
Ibid., p. 168.
25
Ibid., p. 173.
26
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Op. cit., p. 56.
27
Ibid., loc. cit.
28
Ibid., loc. cit. (Grifo nosso.)
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 4

cooperação entre o Estado e os segmentos sociais ―na formulação e na execução da política


ambiental‖29.

Há diversos instrumentos (a exemplo de ações judiciais e audiências públicas),


órgãos (tais quais o Ministério Público e as Pastas do Poder Executivo do Meio Ambiente, de
âmbito federal, estaduais, municipais e distrital) e entidades estatais e não estatais (v.g.,
entidades da Administração Indireta, associações civis, OSCIPs, partidos políticos e
instituições universitárias) a promoverem a participação comunitária na ―tomada de
decisões afetas ao meio ambiente‖ 30 e a sensibilização social (informação e educação
ambiental31) quanto à necessidade de assim fazê-lo.

5 PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR E DO USUÁRIO-PAGADOR

Sinônimos: princípio do poluidor e do usuário-pagador (MARCELO ABELHA


RODRIGUES32); princípios do poluidor-pagador e do usuário-pagador (ÉDIS MILARÉ33).

O (sub)princípio do poluidor-pagador almeja prevenir a poluição ambiental, ao


sancionar os agentes econômicos com a inclusão no ―custos de produção‖ 34 dos custos
sociais dos danos ambientais realizados pelo respectivo poluidor.

Já o (sub)princípio do usuário-pagador visa ao estabelecimento de tributos e


tarifas (preços públicos), a fim de tornar oneroso o uso dos recursos naturais e ampliar as
fontes de custeio dos ―serviços destinados a garantir a qualidade ambiental e o equilíbrio
ecológico‖35.

O princípio do poluidor-pagador e do usuário-pagador se compõe do tripé


prevenção-precaução-responsabilização ambiental.

29
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 776.
30
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Op. cit., p. 175.
31
Ibid., p. 176-189.
32
Ibid., p. 189.
33
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 770 e 772.
34
Ibid., p. 770-771.
35
Ibid., p. 773. (Grifo nosso.)
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 5

Sujeita ao poluidor os custos da implementação de medidas de (i) prevenção de danos


ambientais, (ii) precaução de riscos ambientais e (iii) controle da poluição.

Triparte-se nos princípios da prevenção, precaução e responsabilidade ambiental.

6 OS PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO E DA PRECAUÇÃO

Prevenir a certeza (dano ambiental). Precaver a incerteza (risco ambiental)36.

O princípio da prevenção diz respeito à correção e à evitação de danos ambientais


(ofensas ao meio ambiental previsíveis).

O princípio da precaução concerne à evitação do risco ambiental (ofensas ao meio


ambiental imprevisíveis).

7 O PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Sinônimo: princípio da responsabilidade (TERENCE DORNELLES TRENNEPOHL37).

O princípio da responsabilidade ambiental se bifuca nos misteres da recuperação


imediata do bem ambiental maltratado e na sanção ao responsável pela ofensa ao bem
ambiental, o que implica, ―se possível‖38, na educação ambiental do infrator.

A responsabilidade ambiental possui repercussão nas esferas administrativa, civil e


39
penal .

O dever de indenizar decorrente de dano ambiental ocorre nas hipóteses de (i)


periodicidade, (ii) anormalidade e (iii) gravidade do prejuízo40.

Periodicidade: ―lapso temporal suficiente para que ocorra um dano ambiental‖41.

36
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Op. cit., p. 205-207.
37
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., p. 44.
38
Ibid., p. 248.
39
Ibid., p. 245.
40
Ibid., p. 45.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 6

Anormalidade: ―modificação das propriedades físicas e químicas dos elementos


naturais‖42, de modo que ―percam, parcial ou totalmente, sua propriedade de uso‖43.

Gravidade do prejuízo: ―transposição‖44 do ―limite máximo de absorção de agressões


que possuem os seres humanos e os elementos naturais‖45.

Para sua comprovação, necessário conjunto probatório de cunho extremamente


técnico e, por conseguinte, a custo muito elevado, o que evidencia a frequente demasiada
―desigualdade econômica entre o agressor e o agredido‖46.

Como subprincípio, mencione-se o princípio da reparação.

8 PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO

Trata-se da reparação do dano ambiental47.

Fundamento constitucional: art. 225, § 3º, in fine, da Constituição Federal de 1988, in


verbis:

Art. 225 [...]


[...]
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (grifo nosso)

Trata-se de responsabilidade civil extracontratual e objetiva. Fundamento legal geral:


art. 4º, inciso VII, c/c art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, a Lei da Política
Nacional do Meio Ambiente.

41
Ibid., loc. cit.
42
Ibid., loc. cit.
43
Ibid., loc. cit.
44
Ibid., loc. cit.
45
Ibid., loc. cit.
46
Ibid., loc. cit.
47
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Op. cit., p. 84.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 7

Entre os objetivos da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente figura o de impor


―ao poluidor e ao predador‖ 48 a ―obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados‖49 ao meio ambiente (art. 4º, inciso VII, da Lei nº 6.938/81)50.

Sem prejuízo das sanções previstas nas legislações federal, estadual, municipal e
distrital (art. 14, caput, da Lei nº 6.938/81 — interpretação extensiva, a incluir a legislação do
Distrito Federal), inclusive das punições previstas nos incisos I a IV do art. 14 da da Lei nº
6.938/81 e mesmo que devidamente executadas as garantias ―exigidas do poluidor‖51 (art. 14,
§ 5º, da Lei nº 6.938/81), ―é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa,
a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua
atividade‖52 (art. 14, § 1º, 1ª parte, da Lei nº 6.938/81).

9 PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE INTERGERENCIAL

Sinônimos: princípio da equidade (ANA MARIA MOREIRA MARCHESAN, ANNELISE


MONTEIRO STEIGLEDER E SÍLVIA CAPPELLI53); princípio da equidade intergerencial (idem).

A preservação ambiental calha beneficiar, em condições de igualdade, tanto as


gerações atuais (solidariedade sincrônica — vínculos cooperativos ―com as gerações
presentes‖ 54 ), quanto as gerações futuras da humanidade 55 (solidariedade diacrônica —
vínculos cooperativos relativos às gerações futuras56).

Trata-se de solidariedade intergerencial (vínculos cooperativos entre as gerações


presentes e vindouras57).

10 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS

48
Grifo nosso.
49
Grifo nosso.
50
Ibid., p. 334-335.
51
Grifo nosso.
52
Grifo nosso.
53
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Op. cit., p. 36.
54
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 763.
55
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Op. cit., p. 37.
56
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 763.
57
Ibid., loc. cit.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 8

Sinônimo: princípio da cooperação internacional (ANA MARIA MOREIRA


MARCHESAN, ANNELISE MONTEIRO STEIGLEDER E SÍLVIA CAPPELLI58).

Diz respeito à necessidade de cooperação entre os povos e nações, em razão do


recorrente caráter transnacional da degradação e da poluição ambientais59.

11 PRINCÍPIO DA CONSIDERAÇÃO DA VARIÁVEL AMBIENTAL NO


PROCESSO DECISÓRIO DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO

Preceitua seja considerada a variável ambiental nas decisões e atividades dos


setores público e privado que tenham o potencial de impacto ambiental negativo, além de
preconizar o incremento das atividades (públicas e privadas) de impacto ambiental
positivo60.

12 PRINCÍPIO DO DIREITO À INFORMAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL

Sinônimo: princípio da informação (ANA MARIA MOREIRA MARCHESAN, ANNELISE


MONTEIRO STEIGLEDER E SÍLVIA CAPPELLI61).

Como desdobramento do princípio do direito à informação pública (art. 5o, inciso


XXXIII, da CF/88) — dele decorrente, o direito a certidão (art. 5o, inciso XXXIV, alínea b,
da CF/88) — o princípio do direito à informação ambiental se encontra regulamentado
pela Lei no 10.650, de 16 de abril de 200362, a disciplinar ―o acesso público aos dados e
informações ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do
Meio Ambiente — Sisnama‖.

13 PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO

58
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Op. cit., p. 36.
59
Ibid., loc. cit.
60
ÉDIS, Milaré. Op. cit., p. 769.
61
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Op. cit., p. 37.
62
Ibid., p. 38.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 9

Cumpre sopesar as consequências positivas e negativas de determinada intervenção


ambiental, a fim de aferir se o saldo será positivo do ponto de vista da preservação
ambiental, isto é, da ―manutenção das diversas ordens que compõem um ecossistema‖63.

14 PRINCÍPIO DO LIMITE

Sinônimo: princípio do controle do poluidor pelo Poder Público (ÉDIS MILARÉ64).

O princípio do limite redunda no poder de polícia administrativo-ambiental 65 ,


condiciona todas as ―emissões de poluentes‖66 e traduz as medidas estatais de ―manutenção,
preservação e restauração de recursos ambientais, com vistas à sua utilização racional e
disponibilidade permanente‖67.

Como emanação da função estatal administrativa, o poder de polícia ambiental possui


os atributos da discricionariedade, da auto-executoriedade e da coercibilidade68.

Em caso de emprego de recursos ambientais por atividades poluidoras (de modo


efetivo ou potencial) ou causadoras de degradação ambiental, o exercício da livre iniciativa
econômica cumpre ser antecedido pelo licenciamento ambiental69.

Fundamento legal: art. 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, a Lei da Política


Nacional do Meio Ambiente, na redação insculpida pelo art. 1º, inciso VII, da Lei nº 7.804,
de 18 de julho de 1989.

15 PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE

Sinônimo: princípio da função social da propriedade (ANA MARIA MOREIRA


MARCHESAN, ANNELISE MONTEIRO STEIGLEDER E SÍLVIA CAPPELLI70).

63
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., p. 42. (Grifo nosso.)
64
ÉDIS, Milaré. Op. cit., p. 770.
65
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., p. 49. (Grifo nosso.)
66
Ibid., loc. cit.
67
ÉDIS, Milaré. Op. cit., p. 770. (Grifo nosso.)
68
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., loc. cit.
69
MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de direito ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 40.
70
MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia. Direito
ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p. 28.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 10

O direito de propriedade (rural ou urbana) deve ser exercido em benefício das


necessidades não apenas individuais como também sociais, incluive a ―de proteção
ambiental‖71.

Enseja a compensação financeira proporcional (―contraprestação destinada ao


equilíbrio patrimonial‖72) a restrição estatal ao direito de propriedada voltada à proteção
ambiental, quando produz efetivo prejuízo patrimonial (a exemplo da desapropriação).

16 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL CORPORATIVA

Sinônimo: princípio da responsabilidade social (LUÍS PAULO SIRVINSKAS73)74.

Trata-se de ―política ecologicamente correta‖ 75 , no âmbito dos setores público e


privado, a repercutir na seara científica, tecnológica e acadêmica, bem como na esfera de
atuação do Poder Público, das sociedades empresárias, das instituições financeiras (emoldura,
inclusive, a ―concessão de financiamento de projetos‖76) e de profissões diversas.

17 PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO ESTATAL OBRIGATÓRIA NA DEFESA DO


MEIO AMBIENTE

Sinônimo: princípio da natureza pública da proteção ambiental (ÉDIS MILARÉ77).

O meio ambiente ecologicamente equilibrado constitui direito fundamental


relacionado à ―fruição em comum e solidária do mesmo ambiente com todos os seus
bens‖78 e dever fundamental do Estado de ―prover as necessidades vitais‖79 do corpo social,
ao proteger bens ambientais na qualidade de bens de ―uso comum do povo‖80.

71
Ibid., loc. cit.
72
MORAES, Luís Carlos Silva de. Op. cit., p. 36.
73
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Op. cit., p. 60.
74
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 764.
75
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Op. cit., p. 60. (Grifo nosso.)
76
Ibid., loc. cit.
77
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 764.
78
Ibid., loc. cit. (Grifo nosso.)
79
Ibid., p. 765. (Grifo nosso.)
80
Ibid., loc. cit. (Grifo nosso.)
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 11

Corolário dos princípios da supremacia e indisponibilidade do interesse público,


preconiza a primazia, em caso de dúvida, do interesse público de preservar o meio
ambiente sobre outros interesses em jogo no caso concreto (in dubio pro natura81 ou in dubio
pro ambiete82), mormente os interesses estatais secundários e os interesses privados83.

18 PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO


CONTRADITÓRIO NOS PROCESSOS JUDICIAS E ADMINISTRATIVOS
AMBIENTAIS

À luz do art. 5o, incisos LIV e LV, da CF/88, mostra-se exigível a observância das
cláusulas do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório em processos
estatais (judiciais e administrativos)84 relacionados (a depender das circunstâncias do caso
concreto) à possível prática de crime ambiental, infração administrativa ao meio ambiente
ou ilícito civil relativo a dano ambiental.

19 PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA RESERVA LEGAL NA ATIVIDADE


ADMINISTRATIVO-AMBIENTAL

De acordo com o magistério de Luís Carlos da Silva Moraes, nas matérias dos incisos
III, IV e VII do § 1º, bem como dos §§ 2º, 4º e 6º, todos do art. 225 da CF/88), incide o
princípio da reserva legal (atuação da Administração Pública condicionada à prévia e
expressa chancela em lei formal).

Já nas matérias dos arts. 22 e 24, ambos também da CF/88, aplica-se o princípio
geral da legalidade (possível, mediante ―certa delegação de competência legislativa ao Poder
85 86
Executivo‖ , ―adaptar a legislação genérica às circunstâncias do momento‖ —
discricionariedade).

81
TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Op. cit., p. 29.
82
MILARÉ, Édis. Op. cit., p. 765.
83
Ibid., loc. cit.
84
MORAES, Luís Carlos Silva de. Op. cit., p. 41.
85
Ibid., p. 23.
86
Ibid., p. 22.
Apontamentos sobre a Principiologia do Direito Ambiental (de autoria de Hidemberg Alves da Frota) 12

REFERÊNCIAS

MARCHESAN, Ana Maria Moreira; STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Sílvia.


Direito ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco; doutrina, jurisprudência,


glossário. 5. ed. São Paulo: 2007.

MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de direito ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

RODRIGUES, Marcelo Abelha. Elementos de direito ambiental: parte geral. 2. ed. São Paulo:
RT, 2005.

SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

TRENNEPOHL, Terence Dornelles. Fundamentos de direito ambiental: incluindo lições de


Direito Ambiental (Lei nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade). 2. ed. Salvador: Jus Podium, 2007.

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