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A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter

emancipacionista (ou autonomista) e republicano ocorrido em 1824 no Nordeste do


Brasil. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política
centralizadora do governo de D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de
1824, a primeira Constituição do país.

Índice
[esconder]

 1 Antecedentes
 2 O movimento
 3 Pernambuco
 4 Recife
 5 Dissidências
 6 Thomas Cochrane
 7 Frei Caneca
 8 Referências
 9 Bibliografia
 10 Ligações externas

[editar] Antecedentes
O conflito possui raízes em movimentos anteriores na região: a Guerra dos Mascates
(1710-1711) e a Revolução Pernambucana (1817), esta última de caráter republicano.

Por trás das divergências políticas que culminaram com a proclamação da Confederação
do Equador, encontra-se uma divisão econômica e espacial de Pernambuco. Ao norte,
açucareiro e algodoeiro, com vilas populosas, opunha-se o monolitismo do sul
pernambucano, exclusivamente açucareiro, cujas povoações eram simples anexos dos
engenhos de cana. De acordo com Evaldo Cabral de Mello:

"O contraponto do algodão e do açúcar explica ali mais acentuadamente que


em nenhuma outra região brasileira, que se aprofundou ali o conflito entre a
nova e a velha estrutura comercial - a do algodão, ligada deste a transmigração
da Coroa para o Rio e à abertura dos portos ao mercado britânico, e a do
açúcar, jungida ao entreposto lusitano."

Ambos os itens encontram-se figurados na bandeira da Confederação, onde se vê um


ramo de algodão, à direita, lado a lado com uma cana-de-açúcar.

[editar] O movimento
Junta da Confederação do Equador em Pernambuco.

A dissolução da Assembléia Constituinte por Pedro I do Brasil em fins de 1823 foi bem
recebida em Pernambuco. Os dois maiores líderes liberais na província, Manuel de
Carvalho Paes de Andrade e Frei Caneca), apoiaram-na e consideravam como os
Bonifácios como culpados pelo ato.[1] Ambos, assim como diversos correligionários,
eram republicanos que participaram na revolta de 1817 e haviam sido perdoados.[2]
Aceitaram a monarquia por acreditarem que ao menos teriam autonomia provincial. A
promulgação da Constituição em 1824, com o seu regime altamente centralizado,
frustrou os seus desejos.[3][4] Pernambuco estava dividida entre duas facções políticas,
uma monarquista, liderada por Francisco Paes Barreto e outra liberal e republicana,
liderada por Pais de Andrade.[3] A província era governada por Paes Barreto, que havia
sido nomeado Presidente por D. Pedro I, de acordo com a lei promulgada pela
Assembleia Constituinte em 20 de outubro de 1823 (e que depois seria mantida pela
Constituição).[2][4][5] Em 13 de dezembro de 1823, Paes Barreto renunciou ante a pressão
dos Liberais, que ilegalmente elegeram Paes de Andrade. [2] Pedro I e nem o Gabinete
foram informados da eleição e requisitaram a recondução de Paes Barreto ao cargo, algo
que foi ignorado pelos Liberais.[3][6]

Dois navios de guerra (Niterói e Piranga) foram enviados para Recife para fazer a lei ser
obedecida. O comandante da pequena divisão naval, o britânico John Taylor. Não
alcançou sucesso.[5][7] Os Liberais se recusaram veementemente a reempossar Paes
Barreto e alardearam: "morramos todos, arrase-se Pernambuco, arda à guerra". [3][8] Frei
Caneca, José da Natividade Saldanha e João Soares Lisboa (que havia há pouco
retornado de Buenos Aires) eram os intelectuais da rebelião que buscava preservar os
interesses da aristocracia que representavam.[1][3] Apesar do evidente estado de rebelião
que a cidade de Recife se encontrava, Pedro I tentou evitar um conflito que considerava
desnecessário e nomeou um novo presidente para a província, José Carlos Mayrink da
Silva Ferrão. Mayrink era proveniente da província de Minas Gerais, mas era ligado aos
Liberais e poderia atuar como uma entidade neutra para conciliar as duas facções locais.
Entretanto, os Liberais não aceitaram Mayrink, que retornou ao Rio de Janeiro.[3][5][8] Os
rumores de um grande ataque naval português (o Brasil ainda estava em guerra por sua
independência) obrigaram John Taylor a se retirar de Recife.[3][9]

Em 2 de julho de 1824, apenas um dia após a partida de Taylor, Manuel Carvalho Paes
de Andrade aproveitou a oportunidade e proclamação a independência da província de
Pernambuco. Paes de Andrade enviou convites às demais províncias do norte e nordeste
do Brasil para que se unissem a Pernambuco e formassem a Confederação do Equador.
Em tese, o novo Estado republicano seria formado pelas províncias do Grão-Pará (atuais
Amazonas, Roraima, Rondônia e Pará), Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Contudo, nenhuma delas aderiu à
revolta separatista, com a exceção de algumas vilas do sul do Ceará e da Paraíba.[3][7][9][10]
No Ceará a situação tornou-se séria com a deposição do Presidente Pedro José da Costa
Barros que foi substituído pelo confederado Tristão Gonçalves de Alencar Araripe. As
demais cidades e vilas da província não aceitaram o ato e contra-atacaram. Alencar
Araripe partiu para o interior onde tentou derrotar as tropas legalistas e na sua ausência
a capital da província, Fortaleza, reafirmou a sua lealdade ao Império. [11] Em
Pernambuco, Paes de Andrade pode contar somente com a colaboração de Olinda,
enquanto o restante da província não aderiu à revolta. O líder confederado organizou
suas tropas, inclusive alistando a força crianças e velhos, [12] sabendo que o governo
central não tardaria a enviar soldados para atacar os confederados.[8] Pedro I, ao saber do
levante secessionista, falou: "O que estavam a exigir os insultos de Pernambuco?
Certamente um castigo, e um castigo tal que se sirva de exemplo para o futuro".[10]

Paes Barreto arregimentou tropas para debelar a revolta, mas acabou sendo derrotado e
permaneceu no interior da província a espera de reforço.[9] Em 2 de agosto o Imperador
enviou uma divisão naval comandada por Cochrane, composta por uma nau, um brigue,
uma corveta e dois transportes, além de 1.200 soldados liderados pelo Brigadeiro
Francisco de Lima e Silva.[12][13] As tropas desembarcaram em Maceió, capital da
província de Alagoas, de onde partiram em direção a Pernambuco. As forças legalistas
logo se encontraram com Paes Barreto e 400 homens que se uniram à marcha. Ao longo
do caminho, as tropas foram reforçados por milicianos que aumentaram o contingente
para 3.500 soldados.[14][15] A maior parte da população de Pernambuco, que vivia no
interior, incluindo os partidários de Paes Barreto e mesmo os neutros ou indiferentes a
disputas entre as facções, permaneceu fiel a monarquia.[16]

Enquanto isso, Cochrane, que já se encontrava em Recife bloqueado a cidade, buscou


convencer Paes de Andrade a render-se e assim evitar mortes desnecessárias. Andrade
arrogantemente recusou a oferta, alegando que preferiria morrer lutando "no campo da
glória".[9][12][14] Em 12 de setembro as forças terrestres lideradas pelo Brigadeiro Lima e
Silva e Paes Barreto atacaram Recife.[16] Manuel Carvalho Paes de Andrade, que jurara
lutar até a morte, fugiu escondido sem sequer avisar a seus homens juntamente com
Natividade Saldanha e partiram para num navio britânico. [12][16] Os rebeldes, sem
liderança e desmotivados, foram completamente derrotados cinco dias mais tarde.[17]
Alguns poucos liderados por frei Caneca lograram escapar e foram em direção ao Ceará.
Acreditavam poder unir forças com os revoltosos daquela província. Poucas semanas
mais tarde foram completamente derrotados por tropas legalistas. Alguns morreram,
como João Soares Lisboa,[12] e Alencar Araripe (assassinado por seus próprios homens),
[18]
enquanto outros foram encarcerados, como Caneca. [17] Não tiveram melhor sorte os
rebeldes na Paraíba, que foram aniquiladas rapidamente por tropas da própria província.
[19]
O processo judicial para apurar os culpados iniciou-se em outubro de 1824 e
estendeu-se até abril de 1825. Das centenas de pessoas que participaram da revolta nas
três províncias, somente 15 foram condenadas à morte, dentre elas, frei Caneca.[12][20][21]
Todas as demais foram perdoadas por Pedro I em 7 de março de 1825.[22]

[editar] Pernambuco
Bandeira da Confederação do Equador, com ramo de algodão e cana de açúcar

O centro irradiador e a liderança da revolta couberam à província de Pernambuco, que


já se rebelara em 1817 (ver Revolução Pernambucana de 1817) e enfrentava
dificuldades econômicas. Além da crise, a província se ressentia ao pagar elevadas taxas
para o Império, que as justificava como necessárias para levar adiante as guerras
provinciais pós-independência (algumas províncias resistiam à separação de Portugal).

Pernambuco esperava que a primeira Constituição do Império seria do tipo federalista, e


daria autonomia para as províncias resolverem suas questões.

No entanto, Dom Pedro dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823 e outorgou uma


constituição no ano seguinte, extremamente centralizadora. A semente da revolta se
plantou, e os jornais - notadamente o Typhis Pernambucano, dirigido por Frei Caneca -
criticavam dura e abertamente o governo imperial. Vários antigos revoltosos, anistiados
em 1821, novamente conspiravam. Foi fundada a Sociedade Patriótica Pernambucana,
em 1822, durante o governo de Gervásio Pires, pelo padre Venâncio Henrique de
Resende, reunindo figuras da política local, inclusive Frei Caneca.

Em 15 de setembro de 1823, segundo Evaldo Cabral de Melo, "um movimento


castrense prendeu o governador das armas nomeado pelo Imperador e forçou a
renúncia do presidente da Junta dos Matutos, Afonso de Albuquerque Maranhão,
reduzindo-a ao triunvirato composto de Francisco Pais Barreto, Francisco de Paula
Cavalcanti de Albuquerque, futuro visconde de Suaçuna, e Manuel Inácio Bezerra de
Melo." Cipriano Barata foi intimado, seu jornal atacado, e a Junta o intimou a viajar
para o Rio de Janeiro, assumir na Assembleia Constituinte a cadeira para a qual fora
eleito. Expirado o prazo, Barata seria expulso de Pernambuco, purgando sete anos de
cárcere em Salvador e no Rio. A chefia do movimento autonomista passou assim a
Manuel de Carvalho Pais de Andrade.

Em dezembro a posição do triunvirato era insustentável. Haviam desembarcado no


Recife as tropas pernambucanas que, chefiadas por José de Barros Falcão de Lacerda,
haviam participado da luta na Bahia contra as forças do brigadeiro Inácio Luís Madeira
de Melo. Eram contingentes euforizados pela vitória, politizados na luta contra o
Exército Português. E a 13 de dezembro, regressaram os deputados da província à
Constituinte, que traziam a notícia de sua dissolução pelo imperador no mês anterior. A
Câmara de Goiana rebelou-se, como em 1821, recebendo adesões.
E se soube que o Imperador, pela carta de lei de 20 de outubro de 1823, havia
substituído o sistema das antigas Juntas pelo de Presidentes da Província e de
comandantes das armas de nomeação imperial. Decidiu-se formar uma Junta Provisória,
pare evitar acefalia, e foi eleito chefe Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Ignorava-se
no Recife que D. Pedro I, no que se considera "um erro de proporções máximas", já
havia escolhido Pais Barreto para a presidência de Pernambuco e como comandante das
armas José de Barros Falcão de Lacerda, ligado aos autonomistas.

A Junta Provisória se reuniu em janeiro de 1824, manifestando sua repulsa à escolha de


um indivíduo que "havia sobejamente demonstrado sua incompetência para o exercício
do poder, a que havia renunciado por sua livre e espontânea vontade". Rogava ao
Imperador reconsiderar a escolha e avisava que se manteria no poder. Pais Barreto
insistia em tomar posse, contando preparar nos quartéis uma reação armada. O morgado
do Cabo se retirou com sua gente para o sul, onde contava com a cumplicidade do
governo de Alagoas.

Mas a corte ignorou o apelo de 8 de janeiro e enviou uma flotilha, comandada pelo
inglês Taylor, para garantir a posse de Pais Barreto. Taylor partiu do Rio em março de
1824, e a 1º de abril convidava Manuel de Carvalho a entregar o poder a Pais Barreto,
sob pena de bloqueio a Recife. A Junta decidiu conservá-lo à frente da província,
enviando delegação ao Rio. Taylor ordenou então o bloqueio do porto. Quando a
delegação chegou ao Rio em maio de 1824, o imperador havia recuado e derrogado por
decreto de 24 de abril de 1824 a nomeação de Pais Barreto.

Estava escolhido para a presidência José Carlos Mairink da Silva Ferrão, mineiro de
nascimento, vindo para Pernambuco em 1808, casado com filha de uma das famílias
abastadas do Recife. Era aceitável para as partes porque se mantivera equidistante nas
lutas. A delegação foi informada ainda que D. Pedro I jamais aceitaria Manuel de
Carvalho Pais de Andrade, detestado pelas medidas contra os portugueses e o comércio
lusitano do Recife.

Entretanto, Mairink recusou-se a assumir o poder, provavelmente temeroso da situação


demasiado polarizada! Apesar da promessa imperial de anistia para os carvalhistas,
ninguém acreditava que fosse medida geral… A questão pernambucana voltava à estaca
zero e partir de então o conflito armado passou a se tornar inevitável.

[editar] Recife
Enquanto isso, em Portugal, a Vilafrancada abolira em 1823 o regime constitucional das
Cortes de Lisboa. Os absolutistas desfecharam sem êxito em abril de 1824 o levante
conhecido por Abrilada, para precipitar a abdicação de D. João VI no seu filho D.
Miguel.

Dissolvida a Assembleia Constituinte no Brasil, o rei e seus ministros reencetaram


diálogo com o Rio, desejosos de ressuscitar o Reino Unido com base em fórmula que
concederia ao Brasil a mais ampla autonomia administrativa e jurídica, com Parlamento
e Constituição próprios. A fórmula extemporânea tinha as simpatias de D. Pedro I, por
preservar seus direitos ao trono português, "mas dificilmente seria aceita no Brasil,
onde era encarada emocionalmente como uma tentativa de recolonização", segundo
Evaldo Cabral de Mello. Falava-se muito de uma esquadra portuguesa a caminho… Tal
notícia serviu para conflagrar Pernambuco. Em 11 de junho de 1824, para concentrar
suas forças, D. Pedro I deu ordem a Taylor para levantar o bloqueio do Recife. Ainda a
30 de junho Manuel de Carvalho prometia reforços.

Em 2 de julho de 1824 submetido por pressão incrível de seus partidários, Manuel de


Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador, aproveitando a
oportunidade única da partida de Taylor para realizar o velho sonho autonomista.
Pensam historiadores que esperava forçar o Rio a negociar uma fórmula constitucional
que garantisse a autonomia provincial no âmbito de um Império constitucional, mas é
certo que muitos pensavam na adoção de um regime republicano.

Apoio intelectual lhe vinha de frei Caneca, do poeta Natividade Saldanha. Dirigiu
proclamações aos brasileiros do Norte e enviou emissários para as demais províncias do
Nordeste (então Norte). Conseguiu apoio do Ceará, do Rio Grande do Norte e da
Paraíba. Formou-se assim a Confederação do Equador propriamente dita, que
pretendia organizar um país independente do Brasil — embora essa não fosse a intenção
de muitos dos revoltosos. Desejavam que o Brasil se organizasse de maneira análoga
"às luzes do século", segundo o "sistema americano" e não segundo o exemplo da
"encanecida Europa", com ênfase na federação e não na república - maneira mais
indicada de manter a união dos autonomistas com os republicanos puros.

[editar] Dissidências
Surgiram algumas dissidências internas no movimento, pois ele agregava classes sociais
díspares. A proposta de Pais de Andrade no sentido de libertar os escravos e o exemplo
haitiano (país que recentemente se libertara do domínio francês através de uma revolta
popular) não tranquilizavam as elites, e alguns proprietários de terras passaram a
colaborar com o governo imperial.

[editar] Thomas Cochrane


Dom Pedro I enviou para o Nordeste tropas contratadas no exterior, sob o comando de
Thomas Cochrane. Em setembro, caíram três províncias, só restando o Ceará, que não
suportou além de novembro. Alguns líderes confederados,como Tristão de Alencar
Araripe resistiram no Sertão, até dezembro.

[editar] Frei Caneca


Vários rebeldes foram condenados por um tribunal militar à forca. Um fato interessante
que passou para a história (embora seja discutível) foi a recusa dos carrascos em
executar o Frei Caneca, mentor intelectual da revolta e uma das figuras mais
carismáticas do Recife à época, que se escondeu por alguns dias no município de Abreu
e Lima a época "Vila de Maricota" antes de fugir para o Ceará. O religioso acabou
sendo arcabuzado (um tipo de execução semelhante ao fuzilamento, porém realizada
com bacamartes), ao contrário da sentença inicial que previa o enforcamento.

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