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1. Estilo Colonial
No Brasil, a Arquitetura colonial é definida como a arquitetura realizada no atual
território brasileiro desde o ano de 1500, ano do descobrimento do Brasil pelos seus
colonizadores portugueses, até a independência do Brasil, no final do XVIII.
A princípio temos dois modelos representativos nos quais pode-se dividir a
moradia colonial: as casas térreas e os sobrados. Ambos os modelos são caracterizados
pelas construções erguidas sobre o alinhamento das vias públicas e sobre os limites
laterais dos terrenos.
Os sobrados começaram a ser construídos pelas famílias mais abastadas. Estes
tinham o pavimento térreo ocupado pelo comércio e o pavimento superior destinava-
se a moradia da família – a planta baixa do pavimento superior do sobrado continua a
mesma da casa térrea, sem modificações significativas. O pavimento superior
corresponde ao inferior – sem reentrâncias ou balanços. É importante ressaltar que
apenas famílias que possuíam escravos habitavam os sobrados, pois eram os escravos
que faziam todo o transporte de alimentos e demais produtos para a residência.
As diferenças sociais das famílias eram percebidas fortemente na arquitetura
através da eira e da beira: detalhes presentes nos beirais e que eram uma forma bem
clara de mostrar o poderio das famílias.
A fachada básica da casa colonial era composta por uma porta, sempre frontal e
duas janelas. Quanto às fachadas dos sobrados, continuam mantendo a métrica das
casas térreas: as janelas dos pavimentos inferiores correspondem com as do pavimento
superior. As casas e sobrados, com exceção dos casarões dos senhores, eram
construídos lado a lado, por isso a ventilação ocorria somente em um sentido. Já no final
do período começaram a ser utilizados revestimentos cerâmicos nas fachadas: a grande
maioria dos azulejos era em tons de azul e amarelo devido aos pigmentos existentes na
época.
Inicialmente, a arquitetura colonial utilizou as técnicas da taipa-de-pilão e pau-
a-pique, de rápida construção e que utilizava materiais abundantes na colônia: barro e
madeira. Logo se adotaram também a alvenaria de pedra ou tijolos de adobe para
levantar paredes, que permitiam a construção de estruturas maiores e a inclusão de
madeiramento para pisos e tetos. Nas casas mais importantes era utilizado materiais
como a pedra e o barro, tijolos ou pedra e cal. As coberturas eram em telhados de duas
águas, com telhas cerâmicas, onde a água da chuva era escoada para a rua e para os
fundos do terreno, ou com o aparecimento de águas furtadas ou camarinhas, porém
eram colocados de forma a evitar a necessidade de calhas ou rufos.
Resumidamente, tem-se as características:
Dados da residência: Projetada por Eusébio Stevaux para Augusto de Sousa Queirós
(1844-1900), construção localizada num canto da chácara do Barão de Sousa Queírós
(1806-1891), pai de Augusto, no ponto onde se encontra atualmente o Edifício Ester, na
esquina da Rua Sete de Abril com a Praça da República (o endereço original era Rua Sete
de Abril, n.º 79, segundo o almanaque de 1890) – casa apalacetada já existente em 1881.
3. Modernismo
Mais uma vez sentindo a necessidade de uma renovação definitiva no panorama
arquitetônico nacional temos em meados da década de 1920, segundo Mauro Claro
(2008) os primeiros passos em direção ao que conheceríamos como a arquitetura
moderna brasileira. Os primeiros passos foram dados por um russo, Gregory
Warchavchik, em São Paulo.
A fachada inteiramente “lavada”, sem proteções contra sol ou chuva. Da mesma
forma os terraços, descobertos, inadequados ao excessivo índice pluviométrico de São
Paulo ou para regiões de forte sol. O modernismo trouxe avanços radicais à estética e à
técnica de construção, mas muitas vezes ousadas, e o concreto armado, o aço e o vidro
assumem papel de destaque. Os projetos modernistas eram marcados pelo
racionalismo e funcionalismo, além de características como formas geométricas simples
e puras definidas, falta de ornamentação – a própria obra é considerada um ornamento
na paisagem; separação entre estrutura e vedação, uso de pilotis a fim de liberar o
espaço sob o edifício, panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas
tradicionais; integração da arquitetura com o paisagismo, e com as outras artes plásticas
através do emprego de painéis de azulejo decorados, murais e esculturas.
Planta livre sem paredes fixas o que permite maior mobilidade, as divisórias são de
madeiras sem chegar ao teto o que permite ventilação cruzada.