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Cobra Verde

Um percurso entre imagens e memórias

Adriano Machado

“Eu sonhei com uma cobra. Uma cobra verde; um verde lindo, uma cor
assim, que eu não sei explicar. Nesse dia eu fui trabalhar na feira e
pensei: meu Deus, eu tenho que comprar uma casa. E aí apareceu essa
pessoa que me disse que eu tinha que olhar essas casa. Eu fui e fiz o
acordo. Depois desse dia eu consegui ir melhorando, graças a Deus! Fui
pagando…sonhar com verde é sempre coisa boa”.

Cobra Verde intitula a presente instalação, composta por fotografias e video para compor um
percurso poético sobre a minha história de vida familiar, Conceição Machado. Na obra, os
temas relacionados à memória e formação de identidade são apresentados através da
abstração e da recriação de vivências e lendas. Como retalhos de memória, esses fragmentos
do passado e do presente se misturam, para permitir uma experiência única ao observador de
uma busca pessoal por identidade.

A série instalativa é composta por tres momentos: “Trabalhos”, 
”Fé e Mistério” e
”Dores,
Amores e Resiliência”. Cada um destes momentos é constituído por elementos e fragmentos
de memória de familares relacionados a cada temática, correspondendo ao desenho
genealógico traçado a partir dos percursos percorridos por eles.

Em “Trabalhos”, o aspecto laboral é apresentado como definidor do modo de viver dessas


pessoas; em “Fé e Mistério”, o sentimento de força se alicerça na fé que vai além de religiões,
e em mistérios, histórias místicas e sonhos que levaram a ações e sentimentos que foram
vitais para a resistência da família, ou que marcaram sua ruptura e migração. As dores e as
dificuldades sociais se revelam por trás das cortinas de falsos sentimentos em “Dor, Amor e
Resiliências”, percurso que também expõe o lado da superação e da caridade.
É possível encontrar uma identidade pessoal nessa busca familiar e encontrar uma identidade
artística nesse processo? Como produzir um trabalho pessoal e comunitário? Como
transformar o particular em coletivo? Busco então tornar as historias em não documentais
através de releituras e sintetizações de símbolos, momentos e conteúdos destas histórias:
misturo realidade e ficção e me aproprio de fragmentos dessas memórias. Mas deixo lacunas
para que o público as preencha, tornando assim o particular em coletivo.

O trabalho fala da importância de contar sobre essas pessoas que geraram identidades,
estabeleceram regiões, sustentaram economias. Fala de nós, no íntimo e no geral.

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