Sunteți pe pagina 1din 18

PROPRIEDADE DO:

13 de Setembro de 2017 NOTÍCIA 1

Director: JOÃO MANASSES • Nº 208 • Quarta-feira, 13 de Setembro de 2017 • www.portaldogoverno.gov.mz • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

TIC DEVEM
MELHORAR A VIDA Págs. 11 e 12

ESTA EDIÇÃO CONTÉM SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA - UFSA


2 CONSELHO DE MINISTROS 13 de Setembro de 2017

GOVERNO INCENTIVA ESTABELECIMENTO DE


INFRA-ESTRUTURAS DE BANDA LARGA

O
Conselho de tamento da Terra (DUAT) à que o projecto contempla a de Fevereiro, e à descentra-
Ministros (CM) Sociedade NUANETSI Lda., construção de infra-estru- lização da resposta ao HIV/
aprovou ontem numa área de 7900 hecta- turas sociais como escolas e SIDA até ao nível do distrito,
a Estratégia Na- res, no posto administrativo vias de acesso. o Governo aprovou o Decreto
cional de Banda de Mapulanguene, distrito Igualmente, o Conselho de de reviu o decreto que cria o
Larga 2017-2025, instru- de Magude, província de Ma- Ministros aprovou o decre- Conselho Nacional de Com-
mento que visa incentivar o puto. O espaço destina-se à to que autoriza o Regime de
bate à HIV/SIDA.
desenvolvimento de infra- implantação duma Fazenda Preços de Transferência. Na
Na mesma sessão, o Conse-
-estruturas de banda larga de Bravio para fins turísticos explicação da porta-voz, tra-
e a massificação do uso das e de conservação, no qual ta-se dum instrumento que lho de Ministros aprovou a
tecnologias de informação e serão investidos inicialmente estabelece as regras gerais Resolução que reconhece a
comunicação a nível nacio- cerca de 25 milhões de dóla- que regulam os preços pra- Fundação Armando Emílio
nal, por meio da implantação res norte-americanos. ticados no domínio das re- Guebuza, uma instituição que
de redes de acesso, indepen- Ana Comoana explicou que o lações comerciais especiais, se propõe a intervir nas áreas
dentemente das tecnologias empreendimento será com- sendo que o objectivo geral é social, humanitária, desporti-
em uso.O documento em posto por um lodge e dez vilas estabelecer procedimentos va, de investigação histórico-
causa, segundo a porta-voz turísticas. que permitam a determina- -cultural, entre outras. Tam-
do Governo, Ana Comoana, Em termos de ganhos, a fon- ção dos preços de transfe- bém apreciou o balanço da
falando no final da 32.ª sessão te disse que resultarão deste rência, corrigindo eventuais 53.a Edição da FACIM, que de-
do Conselho de Ministros, foi projecto benefícios de na- práticas ilegais que possam
correu de 28 de Agosto a 3 de
aprovado à luz da Lei das Te- tureza económica, sendo de afectar a determinação da
Setembro deste ano, na qual
lecomunicações e estabelece destacar a geração de 110 matéria tributável.
metas a alcançar durante o empregos numa primeira Visando à adequação da es- participaram 1975 exposito-
período da sua vigência. fase, expansão de serviços de trutura organizacional e res, sendo 1705 nacionais e
Ainda na sessão de ontem, o hotelaria e restauração, gera- funcional aos princípios e 270 estrangeiros, juntando 20
Governo aprovou um decre- ção de receitas, para além da normas do funcionamen- países de África, Europa, Ásia
to que autoriza a concessão melhoria de serviços sociais to da administração pública, e América, tendo sido visitada
do Direito de Uso e Aprovei- para a comunidade, uma vez previstos na Lei 7/2012, de 8 por 92.709 pessoas.
13 de Setembro de 2017 SOCIEDADE 3

Casamentos prematuros

FALTA DE INFORMAÇÃO E POBREZA


ENTRE AS PRINCIPAIS CAUSAS

O
Texto: Líria Samissone

casamento pre-
maturo é a união
marital envolven-
do menores de 18
anos ou menores
e adultos, constituindo uma
violação dos direitos humanos
e causa da pobreza, violência
baseada no género, problemas
de saúde reprodutiva e perda
de oportunidades de empon-
deramento da mulher.
As causas deste mal variam de
comunidade para comunidade
e, na maior parte das vezes, a
sua prática não é consciente-
mente negativa, uma vez pen-
sar-se que é para o bem das
meninas na garantia do lar.
Segundo a directora Nacional
da Criança no Ministério do
Género, Criança e Acção Social,
Angélica José Magaia, os casa-
Os casamentos prematuros retiram a rapariga da escola, comprometendo assim o seu futuro
mentos prematuros têm como
principais causas a falta de
ras e devem cada uma cuidar em casa para produzir e cuidar Ainda este ano, vai iniciar a
informação nas comunidades melhor das crianças”, disse,
de 30 raparigas na sua comu- implementação do programa
rurais e a pobreza. nidade, com a responsabilidade acrescentando que para essas Rapariga Biz em Gaza, com
Para reverter o cenário, há vá- de controlar a sua frequência jovens que não aceitam voltar à vista a reverter a situação dos
rias actividades que estão a escolar, saúde sexual e repro- escola estão a ser desenvolvi-
ser levadas a cabo, com prio- casamentos prematuros nesta
dutiva e outros aspectos refe- dos programas, em coordena- região.
ridade para a disseminação da rentes ao seu dia-a-dia, com ção com parceiros, para o seu
informação para a mudança de “Para as raparigas que ainda
aconselhamentos para sal- emponderamento económico,
comportamento, incutir atitu- não estão nessa situação, a
vaguardar os seus direitos e a por via de formações em cos-
des positivas nas raparigas e primazia é a massificação da
manterem-se na escola. tura, pequenos negócios, entre
abandono de algumas práticas Outra componente importante outras actividades. informação, principalmente
culturais que propiciam este deste programa tem a ver com A fonte disse que a previsão é para que elas sejam activistas
mal nas comunidades. a recuperação das meninas duplicar o número de mento- na luta contra a problemáti-
É neste contexto que em Junho que se casaram ou engravida- ras até Dezembro e aumentar ca dos casamentos prematu-
de 2016 surge o programa Ra- ram e abandonaram a escola. o número raparigas abrangidas ros, assim como a divulgação
pariga Biz, componente da im- Segundo a fonte, em 2016 fo- pelo programa. de mensagens para os líderes
plementação do programa de ram formadas nas províncias Magaia explicou que a provín- comunitários e os pais que re-
combate aos casamentos pre- da Zambézia e Nampula, com cia de Gaza é também propen- sidem nas comunidades onde
maturos, coordenado por qua- elevados índices de casamen- sa a este fenómeno e, para este esse fenómeno ocorre com fre-
tro sectores, nomeadamente tos prematuros, 783 mentoras caso, as próprias meninas é que quência”, disse.
Género, Criança e Acção Social; que estão a trabalhar com 23 se oferecem aos mais velhos, Refira-se que a prevenção dos
Juventude e Desportos; Saúde e 518 meninas, das quais 9183 alegando que buscam melho- casamentos prematuros pas-
Educação, visando impulsionar com idade inferior a 18 anos. res condições de vida para si e
sa por acções multissectoriais
acções concretas nas comu- Deste número, 4963 raparigas suas famílias.
nidades, como a assistência a como a melhoria das condições
já foram reintegradas na escola. E quando elas se juntam a es-
meninas na prevenção de gra- de educação, assistência sani-
“Olhando para o numero global ses homens, maior parte tra-
videzes. e as crianças que conseguimos balhadores das minas na vizi- tária, alternativas de sobrevi-
Este programa forma mentoras reintegrar, o desafio é enorme nha África do Sul, estão sempre vência, sobretudo nas comuni-
(adolescentes e jovens nas co- por existirem ainda cerca de grávidas, chegando por vezes dades, e o combate à pobreza,
munidades), cuja tarefa é olhar cinco mil meninas fora da esco- aos 30 anos com quatro a cinco por forma a oferecer alternati-
para outras meninas. Estas la, muitas porque já têm filhos e filhos, o que aumenta cada vez vas aos problemas de qualquer
mentoras servem de protecto- acham que precisam de estar mais a pobreza. comunidade.
4 FACIM 2017 13 de Setembro de 2017

PRODUTOS DO VALE DO ZAMBEZE


COM MARCA E SELO DE ORIGEM
Texto: Brígida da Cruz Henrique
Foto: Januário Magaia

No âmbito do decurso da
53.ª edição da Feira Inter-
nacional de Maputo (FA-
CIM), que teve lugar há
dias, a Agência do Vale do
Zambeze, instituição pú-
blica sediada na provín-
cia de Tete, lançou o selo
de origem regional “Vale
do Zambeze”, que dora-
vante será a marca de
todos os produtos dos 34
distritos das províncias
do centro do país, no-
meadamente Tete, Ma-
nica, Sofala e Zambézia,
com o slogan “Sabe bem
saber de onde vem”. Momento de entrega do certificado pelo Instituto de Propriedade Industrial

A
região do Vale distintivo próprio, que os Zambeze” visa promover garantir a valorização dos
do Zambeze identifica, já certificado pe- acções de desenvolvimen- produtos.
ocupa uma los institutos de Proprieda- to socioeconómico inclusi- “E pretende conferir valor,
área de 225 mil de Industrial (IPI) e Nacional vo e sustentável da região, visibilidade e garantia de
q u i l ó m e t ro s
de Normação de Qualidade apoiar o desenvolvimento produtos oriundos do Vale
quadrados, com água abun-
(INNOQ). técnico do produtor e da sua do Zambeze no mercado
dante em todas as estações
Numa primeira fase, os- produção, possibilitando- nacional e internacional,
do ano, energia renovável,
tentarão a marca colectiva -lhe a aderir a novas tecno- expandir e modernizar a
boas condições climáticas,
“Vale do Zambeze” o açúcar logias de produção e insu- produção, por forma a au-
solos férteis e ricos em mi-
nerais, propícios para a pro- e o arroz orgânico produzi- mos de qualidade, através mentar os níveis de produ-
dução agrícola, florestal e dos em Chemba, província das “Agri-Hubs”. ção e produtividade agrí-
animal. de Sofala, num projecto fi- As “Agri-Hubs” são um colas”, esclareceu, enfati-
É com vista a valorizar este nanciado pela Agência do modelo de organização e zando que “o selo ‘Vale do
potencial que os gestores da Zambeze em seis milhões prestação de serviços inte- Zambeze’ confere aos pro-
Agência decidiram criar o de euros, para os coopera- grados de grande valor aos dutores maior visibilidade,
selo de origem regional, com tivistas que produzirão a produtores e provedores de acessibilidade aos merca-
o qual a batata-reno, bata- matéria-prima para a fábri- serviços que fortalece a ca- dos competitivos e adição
ta-doce, alho, tomate, cebo- ca em mais de mil hectares. pacidade produtiva dos pe- de valor aos seus produtos
la, soja, frangos, ovos, entre De acordo com Reinaldo quenos agricultores, com- e, aos consumidores, dá ga-
outros bens produzidos ao Mendiante, um dos gesto- binando o uso eficiente da rantia da qualidade de pro-
longo do Vale do Zambeze, res da Agência do Zambeze, água com as boas práticas dutos e protecção da saúde
passam a apresentar um a criação da marca “Vale do da agricultura irrigada, para pública”.
13 de Setembro de 2017 FACIM 2017 5

GARANTIR UM CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO

A abordagem da Agência nização agrícola, enquadra-


do Vale do Zambeze é pro- do na estratégia de meca-
mover o sector privado lo- nização agrícola nacional,
cal, estabelecer alicerces disponibilizou a 44 parques
que estimulem o processo de máquinas agrícolas 173
produtivo, para aumentar tractores com capacidade
a competitividade, eficá- de lavoura de cerca de 20 mil
cia e eficiência, bem como hectares por ano.
os mecanismos de geração Através dos seus quatro
de emprego e riqueza, com Centros de Orientação ao
base no aproveitamento das Empresário (COrE’s) esta-
potencialidades de que o belecidos nos distritos de
território dispõe. Caia, Mocuba, Chiuta e Bá-
Neste contexto, e através do ruè, a Agência do Zambeze
programa FinAgro, a Agên- assegura assistência técni-
cia do Zambeze financiou 34 ca às PME dos 34 distritos
projectos que culminaram que perfazem a área de ac- Reinaldo Mendiante, gestor da Agência do Zambeze
com a alocação de 22 trac- tuação. Em parceria com a
tores e implementos, 4 ca- GAPI formou sete empresas fábrica de processamento nómico no Vale do Zambeze,
miões de três a quatro tone- cooperativas e dá assistên- de arroz de Nicoadala, na a agência desenvolve outras
ladas, uma pequena fábrica cia técnica a 3124 cooperati- província da Zambézia. acções em várias áreas com
de ração, armazém, sistema vistas e organizações finan- Na qualidade de entidade vista a garantir um cresci-
de rega, entre outros. ceiras de base comunitária, catalisadora e promotora do mento sustentável da re-
Com o programa de meca- para além de revitalizar a desenvolvimento socioeco- gião.
6 SOCIEDADE 13 de Setembro de 2017

FORMADORES NACIONAIS EM ESPECIALIZAÇÃO NO BRASIL

Os formadores nacionais seguem ao Brasil no âmbito da cooperação com este país

U
m total de trin- de Educação Profissional
ta formadores (ANEP).
dos institutos Falando na cerimónia de
técnicos profis- despedida dos formadores, o
sionais beneficia ministro Jorge Nhambiu sa-
de especialização de na área lientou que a área na qual se
da Agricultura na República formarão representa priori-
Federativa do Brasil, por um dade para o Estado, Governo
período de quatro meses, de e sociedade. “A agricultura
Setembro a Dezembro do ano está consagrada constitucio-
em curso. nalmente como sendo a base
Constituído por 12 professo- para o desenvolvimento do
res dos institutos agrários e nosso país”, disse o ministro,
18 recém-graduados de insti- que considera que a melho-
tuições de ensino superior, o ria da qualidade da educação
grupo vai ser capacitado em profissional assenta na exis-
conteúdos ligados à mecani- tência de um quadro de for-
zação agrária, solos, sanidade madores com competências
animal, sanidade vegetal, irri- técnicas bem desenvolvidas,
Jorge Nhambiu, ministro da Ciência e Tecnologia, Ensio Superior e T. Profissional
gação, agro-processamento, melhoria das infra-estrutu-
sistemas de produção, ex- ras e provisão de equipamen-
permitir o aprimoramento cação profissional.
tensão agrária, entre outras to e materiais de aprendiza-
das metodologias de ensino “Tenho a certeza de que os
matérias, que posteriormente gem para as instituições, de
e de avaliação, bem como o meus compatriotas saberão
deverão ser disseminadas a modo a adequá-las às exi-
manuseamento eficaz dos recebê-los e partilhar todo
outros quadros moçambica- gências das qualificações a
nos. ministrar. equipamentos e outros meios conhecimento de que dis-
A formação insere-se no âm- “Assim, para a garantia do de ensino instalados nas ins- põem”, disse o embaixador
bito do Programa Nacional sucesso das reformas que tituições de educação profis- no evento.
para a Capacitação de Pro- estamos a empreender como sional”, disse o Nhambiu. Importa referir que em Ju-
fessores das Instituições do Governo, temos promovido Por sua vez, o embaixador lho iniciou o curso de pós-
Ensino Técnico levado a cabo várias acções de formação do Brasil em Moçambique, -graduação de formadores
pelo Ministério da Ciência e contínua dos formadores, Rodrigo Soares, enalteceu os de educação profissional na
Tecnologia, Ensino Superior tanto a nível nacional como esforços empreendidos pelo área da manutenção indus-
e Técnico-Profissional (MC- no estrangeiro, proporcio- Governo na área da formação, trial, um curso que decorre
TESTP), através da Direcção nando-lhes oportunidade a diversos níveis, tendo igual- no país e ministrado por for-
Nacional do Ensino Técni- de actualização e consolida- mente reafirmado o compro- madores do Serviço Nacional
co (DINET), em articulação ção dos seus conhecimentos misso do seu país em apoiar de Aprendizagem Industrial
com a Autoridade Nacional científicos e técnicos, para Moçambique na área da edu- (SENAI) do Brasil.
13 de Setembro de 2017 SOCIEDADE 7

CHAPO QUER ADESÃO DE HOMENS À ALFABETIZAÇÃO

Inhambane celebrou o Dia Internacional de Alfabetização e Educação de Adultos com muitos desafios

I
nhambane é uma das que se assinalou na última lhoramos a nossa alimen- ção e para grupos específi-
províncias do país com sexta-feira. tação e, consequentemente, cos, nomeadamente artesãos,
taxa analfabetismo ele- De acordo com o governante, é combatemos a desnutrição pescadores, associações e
vada, actualmente nos 32 preciso que todos os cidadãos, nas nossas comunidades. Por líderes.
por cento da população. homens ou mulheres, crian- exemplo, uma mulher que “Queremos reafirmar o nos-
Para inverter este cenário, o ças ou adultos, estejam alfa- sabe ler e escrever, quan-
so comprometimento com a
Governo está a levar a cabo betizados para que tenham do vai ao hospital, sabe ver a
campanhas de alfabetiza- capacidadede interpretar os receita médica, assim como causa da alfabetização, envol-
ção, com maior enfoquenos fenómenos do dia-a-dia. saberá dar a medicação à sua vendo todas as forças vivas
adultos. Só que estas inicia- “O que nós queremos como criança”, explicou. da sociedade, e assumimos
tivas encontram um entrave, Governo é que todos os adul- Dados avançados na cerimó- publicamente o compromisso
nomeadamente fraca adesão tos, sejammulheres ou ho- nia indicam que de 2008 a de tudo fazer para que as ta-
dos homens. mens, saibam ler e escrever, 2017foram inscritos mais de xas de analfabetismo sejam
É que, de 2008 a 2017, o sec- porque estudar não tem ida- 540 mil alfabetizandos, sendo reduzidas continuamente”,
tor da Educação e Desen- de. Uma pessoa com 5 até 80 464.136 mulheres, distribuí- destacou a responsável.
volvimento Humano diz ter anos pode estudar”, referiu dos em 9801 centros de alfa-
Os alfabetizandos enaltecem
inscrito mais de 540 mil alfa- Daniel Chapo. betização e educação de adul-
o Governo e apelam a que
betizandos, dos quais apenas Para o dirigente,ninguém tos existentes na província.
75.864 são do sexo masculino pode estar condenado a não A directora da Educação e De- continuea investir no progra-
e o remanescente, 464.136, saber ler nem escrever, por senvolvimento Humano de ma de educação de adultos,
são mulheres. isso, segundo Chapo, a alfa- Inhambane, Josefina Comé, que tem permitido que muita
Para o governador de Inham- betização e educação de adul- disse que em 2017 foram al- gente saiba contar o seu di-
bane, Daniel Chapo,essa dife- tos ajuda as pessoas de maior fabetizadas mais de 291 mil nheiro proveniente da venda
rença não faz sentido e é pre- idade e que não puderam ir à pessoas, das quais 280.145 de produtos agrícolas, mane-
ciso invertera situação o mais escola na devida altura a sa- foram mulheres. jar as caixas bancárias auto-
urgente possível, com apelos berem ler e escrever, fazer Para atingir essa cifra, Comé máticas para levantar dinhei-
e outras formas de atracção contas e vender os seus pro- disse que o sector está a de-
ro, entre outras vantagens.
dos homens aos centros de dutos. senvolver actividades como
formação. “Devemos afluir em massa campanhas de sensibilização O Dia Internacional de Alfabe-
Chapolançou o desafio du- aos centros de alfabetização e mobilização, com o envol- tização e Educação de Adul-
rante as comemorações do e educação de adultos porque vimento das lideranças locais, tos comemorou-se sob lema
Dia Internacional de Alfabeti- muda a nossa vida. Quando criação de centros de AEA “Alfabetização no mundo di-
zação e Educação de Adultos, sabemos ler e escrever, me- próximo de locais de produ- gital”.
8 SOCIEDADE 13 de Setembro de 2017

Medicina tradicional

PROCURA DE REMÉDIOS PROVOCA


EXTINÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS
Texto: Pilatos Pires
Fotos: Mário Bento Vasco

António Tembue, director do Centro de Investigação em Etnobotânica (CIDE) CIDE

O
crescente nú- de 5500 espécies de plantas para diversas aplicações para grandes mercados de
mero de pes- medicinais. medicinais, com destaque plantas medicinais, essen-
soas que recor- O Ministério da Saúde (MI- para o tratamento de cons- cialmente na província de
rem à medicina SAU) indica que, até ao ano tipações, gripes e doenças Maputo, mas também para
tradicional para de 2015, 75 por cento da associadas, bem como reu- o comércio transfronteiriço,
tratamento de doenças está população recorria à medi- matismo, malária, doenças com destaque para a vizi-
a contribuir para a extin- cina tradicional para tratar venéreas, dores de cabeça, nha África do Sul e Suazi-
ção de algumas plantas ou diversas patologias, o que dores de dentes, hemorrói- lândia.
espécies florestais no país, consequentemente resulta des, entre outras. Estima-se que só no mer-
devido ao abate excessivo e numa elevada procura de Outra planta muito procu- cado do Xipamanine exis-
sem a devida reposição. plantas medicinais, a exem- rada é a “hypoxis”, comum- tam cerca de 200 vendedo-
A preocupação é manifes- plo de “warburgia saluta- mente chamada de batata res destas e mais espécies
tada pelo Centro de Inves- res”, vulgarmente conhe- africana, usada por médicos de plantas medicinais, que
tigação em Etnobotânica cida por “xibaha” no sul do tradicionais no tratamen- as adquirem junto às comu-
(CIDE), que já está a tomar país. to do cancro e de doenças nidades, que fazem o abate
algumas medidas com vista É uma planta que pertence oportunistas associadas ao sem ter em consideração a
a reverter o cenário, preser- à família “Canellaceae”, ge- HIV/SIDA. sua reposição.
vando e multiplicando mas- ralmente com cinco a dez Estas duas espécies, de O director do CIDE, Antó-
sivamente as plantas em metros de altura, podendo acordo com o CIDE, estão nio Tembue, explica que ao
risco de desaparecimento. atingir ocasionalmente 20 no topo da lista das plan- distrito da Namaacha, na
Dados deste Centro apon- metros, cuja casca inter- tas medicinais mais pro- província de Maputo, onde
tam que o país possui cerca na é apimentada e usada curadas, sendo colhidas está sediada a instituição,
13 de Setembro de 2017 SOCIEDADE 9

“Warburgia salutares”, vulgarmente conhecida por “xibaha” O aloe vera é muito utilizado tanto na medicina tradicional como na moderna

afluem diariamente mui- car as espécies florestais de


tos praticantes da medici- forma a salvaguardar a sua
na tradicional à procura de existência, por entender
plantas medicinais exis- que estas são de vital im-
tentes na zona, mas sem portância no alívio de pro-
sucesso porque, no caso da blemas que afligem a socie-
bata africana, já não existe dade moçambicana.
no mato. O facto deve-se à O CIDE trabalha igualmente
“elevada procura deste tu- na área da investigação para
bérculo dentro e fora do país identificar e transformar as
para resolver problemas
potencialidades das plantas
estomacais, queimaduras,
medicinais em fármacos e
feridas, entre outras enfer-
agregar valor no conheci-
midades”, esclarece.
Entretanto, num espaço de mento tradicional, através
cerca de dois hectares, o da disseminação dos resul-
CIDE tem replicado e pre- tados obtidos nas investiga-
servado em quantidades ções.
consideráveis a existência Das espécies existentes e
O “beijo da mulata” também tem propriedades medicinais
desta e mais plantas na- em preservação, encon-
cionais em extinção, assim tram-se plantas quer para
do pelo Governo de Moçam- Ensino Superior e Técnico-
como promove o seu uso fins medicinais, nutricio-
eficaz. bique, através do Ministé- -Profissional (MCTESTP), nais, aromáticos, quer deco-
Refira-se que o CIDE é cria- rio da Ciência e Tecnologia, tendo como objectivo repli- rativas.

FICHA TÉCNICA:
Registo N.º 1/GABINFO - DEC/2013
Periodicidade: Semanal
PROPRIEDADE DE:
Director: João Manasses
GABINETE DE INFORMAÇÃO Coordenador Editorial: Mendes José +258 84 34 54 000
Maputo, Av. Francisco Orlando Magumbwe,
Redacção: Brígida Herinque, Líria Samissone, Leonildo Balango,
N.º 780, 1.º andar Pilatos Pires e Ananias Langa
email: jornalmocambique@gmail.com Revisão: Mário Bento Vasco
Maquetização: Januário Magaia
10 ECONOMIA 13 de Setembro de 2017

INAE QUER SERIEDADE NA VISTORIA


DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS Texto: Líria Samissone

A INAE encerrou mangueiras em postos de abastecimento de combustível em Nampula por irregularidades

A
Inspecção Na- nem paredes laváveis, assim económicas. terem sido efectuadas 415
cional das Ac- como equipamentos de fácil Consequentemente, mui- fiscalizações em todo o país,
tividades Eco- lavagem. Também falta cir- tos agentes económicos têm com maior ênfase na área
nómicas (INAE) culação de ar nas zonas de visto suas actividades sus- hoteleira na Feira Internacio-
defende que produção, o que provoca ra- pensas ou obrigados a pagar nal de Moçambique (FACIM).
uma das grandes falhas que pidamente problemas higié- avultadas multas, para além Segundo a fonte, já há cinco
concorrem para a prática de nicos no exercício das activi- de investimentos não previs- anos que a INAE tem vindo a
actividades económicas em dades. tos. realizar fiscalizações na FA-
locais sem as devidas condi- “O maior problema está na Maior parte dos casos de CIM e este ano, em particular,
ções e contribuem para a de- fase da vistoria, que deixa doenças de origem alimentar o foco foi para a área da hote-
ficiente higiene nos estabele- passar situações básicas e decorre do descuido higiéni- laria, em que estiveram ins-
cimentos é a falha na vistoria rapidamente há degrada- co sanitário de agentes eco-
taladas 18 barracas, das quais
no início das actividades, por ções no funcionamento dos nómicos, das técnicas inade-
quatro são estabelecimentos
parte das autoridades licen- estabelecimentos. Por isso é quadas de processamento e
fixos.
ciadoras. necessário que se cumpram da deficiente higiene da es-
“Registam-se melhorias nas
De acordo com a directo- todos os requisitos em qual- trutura física, de utensílios e
ra nacional das Operações actividades de restauração”,
quer actividade para evitar equipamentos.
de Comércio, Transporte e transtornos futuros”, disse A INAE entende que é impor- constatou.
Turismo na INAE, Virgínia Muianga. tante que o agente econó- Durante a quinzena foram
Muianga, a primeira falha Nas suas operações, a INAE mico cumpra as condições encerrados em todo o país
surge na obtenção do alvará, tem detectado nos estabe- básicas de higiene e garanta 12 estabelecimentos. Para as
em que a vistoria não faz de- lecimentos aspectos que pe- qualidade em seus produtos, estatísticas, este número é
vidamente o seu trabalho de rigam a vida do ser humano, para evitar encerramentos e bastante elevado, o que preo-
modo a evitar degradações e provocados muitas vezes por doenças. cupa bastante o sector.
encerramento dos estabele- falhas, negligência ou fal- Falando esta segunda-feira Foram também fiscalizadas
cimentos comerciais. ta de realização de vistoria sobre o balanço dos últimos duas bombas em Nampula, o
Maior parte dos estabele- por parte das autoridades li- 15 dias da actividade inspec- que culminou com o encer-
cimentos não possui chão cenciadoras das actividades tiva, Virgínia Muianga disse ramento de oito mangueiras.
13 de Setembro de 2017 CIÊNCIA 11

TIC DEVEM MELHORAR CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO


- recomenda Carlos Agostinho do Rosário, no 57.º Fórum da Commonwealth, em Maputo

funcionam em ambientes
virtuais, produzindo,
vendendo e entregando
bens ou serviços através
de comércio electrónico,
reduzindo assim as
despesas.
Shola Taylor, secretário-
geral das Telecomunicações
na Commonwealth,
enfatizou, por seu
turno, ser urgente a
conectividade entre as
nações, organizações e
mesmo entre cidadãos.
Reportou a experiência de
alguns países que já estão
avançados no uso das TIC,
como o Reino Unido, cujos
cidadãos têm direito a 10
megabites por segundo
Participantes no 57.º Fórum das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) da Commonwealth para acesso à internet, e ao
facto de todos os cidadãos
Nacional das Comunicações daquele país estarem
de Moçambique (INCM), conectados.
autoridade reguladora “Nos nossos países já
deste sector, disse que a usamos as TIC, mas
abordagem das TIC leva a ainda há lacunas como as
que a convergência entre
dificuldades de acesso a
as diferentes áreas das
internet nas instituições,
telecomunicações exija
novas abordagens políticas e incluindo hotéis. Mas é um
a regulação de instrumentos desafio. Todos temos de
éticos e legais. estar conectados para o
Disse também que a futuro, e o futuro é já hoje”,
parceria entre Moçambique declarou o responsável.
e a organização das Como anotou Carlos
Telecomunicações da Mesquita, ministro
Commonweath (CTO) incide
dos Transportes e
na formação de quadros no
Comunicações, hoje, com
Carlos Agostinho do Rosário apontou desafios no contexto das TIC sector das telecomunicações,

O
como a segurança cibernética, as redes para comunicação,
57.º Fórum das protecção de privacidade das promoção do acesso à internet não só se consegue falar,
Tecnologias de organizações e dos cidadãos, de banda larga, permitindo como também se enviam
Comunicação o surgimento de ambientes assim melhorar a qualidade dados e se presta uma série
e Informação virtuais e suas implicações, o de vida das populações e de serviços, como pagar
(TIC) da superar obstáculos no acesso reduzir a exclusão digital. energia eléctrica, água,
Commonwealth, que à banda larga universal, Realçou ainda a importância manipulação de aeronaves,
decorreu sob o lema “Nações desafios e possibilidades da economia digital para o
entre outras possibilidades.
digitais, riqueza digital”, emergentes no contexto das desenvolvimento sustentável,
“À medida que as
discutiu assuntos ligados às TIC e a economia digital, da sobretudo a necessidade de se
telecomunicações, desde qual se adquirem produtos e invisitir e encorajar os jovens tecnologias evoluem, cresce
a segurança de dados e serviços a preços baixos. a produzir e a vender os seus também a necessidade de
das infra-estruturas, o Falando na sessão de abertura, produtos usando as TIC, como aperfeiçoar a segurança
cumprimento das regras de Ema Chicoco, do Instituto ocorre com as empresas que cibernética”, disse.
12 CIÊNCIA 13 de Setembro de 2017

GOVERNO INVESTE NO ALARGA-


MENTO DAS INFRA-ESTRUTURAS
No seu discurso de abertura,
o primeiro-ministro, Carlos
Agostinho do Rosário,
apontou a importância das
telecomunicações no contexto
das respostas aos desafios
actuais impostos pelas TIC,
como o acesso aos serviços,
o descongestionamento
das redes e a qualidade do
sistema.
“Estamos numa era em que
o mundo é uma aldeia global, usa a banda larga desde poupando tempo, dinheiro economias e acelecar o
onde as TIC desempenham 2006, que permite aos com os transportes e desenvolvimento sustentável
papel importante na subscritores da rede fixa aumentando a produtividade, e, desse modo, garantir-
organização e interacção acederem à internet 24 horas e reforçando a transparência
social, nas acções da se a melhoria contínua
por dia, com um custo fixo e nos actos governativos”. das condições de vida dos
governação, na promoção independente do tempo de E para se garantir que as TIC
de investimentos, realização cidadãos.
utilização. Também possibilita melhorem as condições de
de transacções financeiras O 57.º Forum das Tecnologias
a transferência digital de vida da população, é urgente,
e comerciais, factores dados em alta velocidade, por para o PM, alargar o número de Comunicação e Informação
importantes para impulsionar meio da linha telefónica fixa dos beneficiários destas da Commonwealth realizou-
o desenvolvimento comum, sem necessidade plataformas de comunicação, se numa altura em que
sustentável dos nossos de instalação de um modem através da promoção de Moçambique aprovou as
países”, explicou. específico. programas de literacia digital, leis das Telecomunicações
Entretanto, para maximizar Neste contexto, no dizer do promoção da competitividade em 2016 e das Transacções
os benefícios das TIC, deve- PM, Carlos Agostinho do do sector privado através das Electrónicas em 2017,
se apostar na expansão da Rosário, “continuaremos a TIC, alargar o seu acesso às para além de lançamento,
banda larga, nos serviços que desenvolver infra-estruturas comunidades rurais e reforçar
há dias, de mais antenas
exploram a economia digital, e serviços das TIC para e incrementar a cooperação
na segurança cibernética, por de telecomunicações, na
garantir maior dispobilidade na área da segurança
constituírem os principais e abrangência dos serviços cibernética. perspectiva da banda
alicerces para um futuro online, que permitirão que A implementação das acções larga, pois a velocidade
digital na apelidada aldeia o cidadão tenha acesso a acima apontadas contribuirá, de comunicação deve ser
digital. diversos serviços sem se de acordo com o PM, para excelente e sustentável para
Recorde-se que Moçambique deslocar às instituições, reforçar a integração das os grandes desafios do país.
13 de Setembro de 2017 NOTÍCIA 13

13 de Setembro de 2017 UFSA SUPLEMENTO

SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA


Suplemento do Jo r nal Mo çamb i q u e d e 1 3 d e Se t e m b ro d e 2 0 1 7 – N. º 2 0 8
PAR CERI A GA BI NETE DE I NFORM A ÇÃ O – U NI DA DE F U NCI O NA L DE SU P E RVI SÃ O
DA S A Q U I SI ÇÕES

Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições


Lista de Empreiteiros de Obras Públicas, Fornecedores de Bens e Prestadores de
Serviços Inscritos no Cadastro Único, ao abrigo do Regulamento aprovado pelo
Decreto nº 5/2016, de 8 de Março
Março de 2017

Artigo 184 das actividades.


(Objecto de Aprovação) 5. Caso a Contratada não apresente o plano
actualizado nos termos referidos no número
1. O plano de trabalhos visa o controlo efectivo anterior, a Fiscalização pode sancioná-la
da obra devendo indicar, nomeadamente: na multa diária não superior a zero virgula
a) A sequência e duração das diversas zero um por cento (0,01%) do valor de
actividades e tipos de trabalhos; Adjudicação, de acordo com o estabelecido
b) Os recursos humanos empregues em no Contrato.
cada actividade da obra; 6. O plano de trabalhos da obra actualizado
c) Os equipamentos a usar em cada deve reflectir o efeito das alterações
actividade da obra; e havidas, indicar o desenvolvimento futuro
d) O plano de pagamentos da empreitada. das actividades e os eventos passíveis
2. A Contratada submete à aprovação da de compensação e não deve alterar as
Fiscalização o plano de trabalhos da obra obrigações da Contratada.
nos termos estabelecidos no Contrato.
3. A Fiscalização deve pronunciar-se sobre o Artigo 185
plano de trabalhos nos termos estabelecidos (Modificações do Plano de Trabalhos)
no Contrato. 1. A Entidade Contratante pode alterar o
4. A Contratada deve, actualizar o plano de plano de trabalhos durante a execução do
trabalhos da obra nos intervalos de tempo Contrato, devendo a Contratada, em tal caso,
estabelecidos no Contrato, por forma a ser indemnizada por eventuais prejuízos
mostrar o efectivo progresso verificado que tal alteração acarretar.
em cada actividade, o seu percentual e as 2. A Contratada pode propor, por sua
alterações eventualmente autorizadas, iniciativa e conveniência, modificações e/
incluindo quaisquer mudanças na sequência ou substituição do plano de trabalho, desde
14
2 NOTÍCIA SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA
SUPLEMENTO 13 de Setembro de 2017

que não resultem prejuízos para a obra ou resolve o diferendo.


atrasos da sua execução.
3. A Contratada pode ainda apresentar Artigo 187
propostas de alteração do plano de trabalhos, (Prazo de Execução da Obra)
por factos que não lhe são imputáveis, 1. O prazo de execução da obra deve constar
fundamentando a alteração. do Contrato e é contado da data do início da
4. A Entidade Contratante deve, no prazo obra.
estabelecido no Contrato, pronunciar-se 2. Se a Contratada atrasar a execução da
sobre as alterações do plano de trabalhos obra, pondo em risco o cumprimento do
apresentadas pela Contratada. plano de trabalhos, pode esta ser notificada
5. Decorrido o prazo do número anterior sem pela Fiscalização para, no prazo de dez (10)
que a Entidade Contratante se pronuncie, dias, apresentar um plano de trabalhos
a alteração proposta pela Contratada é actualizado e que, através de aceleração de
considerada aprovada. actividades, assegure o cumprimento do
prazo.
Artigo 186 3. Nos casos de ocorrência de eventos
(Data de Início da Obra) passíveis de compensação, a Contratada
1. O Contrato deve estabelecer a data de deve tomar as medidas necessárias para
início da obra, após a sua consignação e que minimizar os seus efeitos e informar
pode ser revista no plano de trabalhos da atempadamente com detalhe a Entidade
obra. Contratante dos seus efeitos, propondo nova
2. Caso a Contratada não inicie os trabalhos data de conclusão da obra.
de acordo com o plano de trabalhos revisto, 4. Caso a Contratada tenha sido negligente
a Entidade Contratante pode optar pela nas medidas para minimizar os efeitos de
aplicação de uma multa contratual diária, um evento passível de compensação, a
variando entre zero vírgula cinco por cento Entidade Contratante pode não considerar o
(0,5%) e um por cento (1%) do valor da pedido de extensão do prazo da obra.
adjudicação, a ser indicada no Contrato. 5. Caso a Contratada não tenha previamente
3. A Entidade Contratante pode rescindir o informado com detalhe e por escrito
Contrato caso a Contratada atrase o inicio a Entidade Contratante das alterações
da obra por período superior a cento e vinte introduzidas no plano de trabalhos e/
(120) dias. ou a ocorrência de eventos passíveis de
4. Se se realizarem consignações parciais da compensação, a Entidade Contratante tem
obra, a data de início da obra é entre trinta o direito de não atender eventual pedido de
(30) a sessenta (60) dias, após a primeira extensão do prazo, nos termos do número
consignação, desde que a falta da realização anterior.
das restantes consignações não cause 6. Ocorrendo caso de força maior e sob
interrupção da obra e nem prejudique o seu proposta da Contratada aprovada pela
normal desenvolvimento. Fiscalização, a Entidade Contratante pode
5. Se no caso do número anterior ocorrer um decidir a extensão do prazo de execução da
diferendo por falta de entrega de terrenos obra.
ou de elementos técnicos que possa causar 7. Caso a Entidade Contratante pretenda que
interrupção da obra ou prejuízo do seu a Contratada conclua a obra antes do prazo
normal desenvolvimento, a data de início é contratual, a Fiscalização deve convidar
a data que for estabelecida na decisão que a Contratada, dentro de certo prazo, a
13 de Setembro de 2017 NOTÍCIA
SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 15
3

apresentar a sua proposta de preços para a


aceleração pretendida que, a ser aprovada Artigo 190
pela Entidade Contratante, é incorporada no (Trabalhos Adicionais)
Contrato por meio de adenda ou apostila. 1. A Contratada pode determinar a execução
de trabalhos adicionais de espécie não
Artigo 188 prevista ou incluída no Contrato desde
(Atraso da Conclusão da Obra) que, em razão das circunstâncias, sejam
1. Sem prejuízo de eventual prorrogação, se imprescindíveis à obra.
a Contratada atrasar a conclusão da obra, 2. O Contrato deve prever um prazo nunca
a Entidade Contratante pode aplicar multa superior a quinze (15) dias, durante o qual a
diária de entre zero vírgula cinco por cento Contratada, em caso de trabalhos adicionais,
(0,5%) e um por cento (1%) do valor da deve apresentar a Entidade Contratante a
adjudicação até final do Contrato ou até à respectiva proposta de preço.
sua rescisão. 3. A execução de trabalhos adicionais fica
2. Se a Contratada atrasar a obra para sujeita a uma apostila ao Contrato.
além de cento e vinte (120) dias a Entidade
Contratante pode rescindir o Contrato, nos Artigo 191
termos dos artigos 126 e 127. (Elementos Técnicos para a Execução e
Medição dos Trabalhos)
1. Nenhuma parte da obra é iniciada sem que
SECÇÃO VIII a Fiscalização tenha entregue à Contratada
todos os elementos técnicos desenhados
Execução dos Trabalhos e escritos do projecto necessários para a
Artigo 189 correcta identificação e execução dessa
(Pessoal) parte da obra e para a exacta medição dos
1. A Contratada deve empregar na obra o respectivos trabalhos.
pessoal chave indicado na sua proposta 2. A Fiscalização instruirá a Contratada para
para executar as tarefas nela referidas. demolir, à sua custa, todas as partes da obra
2. A Entidade Contratante só aprova que tenham sido executadas infringindo
qualquer proposta de substituição do o disposto no número anterior ou que
pessoal chave se as habilitações e aptidões não estejam de acordo com os elementos
do substituto forem substancialmente fornecidos.
iguais ou superiores às do substituído. 3. Em caso de demora na entrega dos
3. A Entidade Contratante pode, indicando elementos técnicos referidos no n.º 1 deste
as razões, ordenar a substituição de artigo que implique a interrupção ou
qualquer pessoa que faz parte da equipa da suspensão dos trabalhos, aplicar-se-á o
Contratada, devendo esta assegurar que tal disposto para a suspensão dos trabalhos.
pessoa deixe a obra no prazo de sete (7) dias.

Para mais informação consulte:


www.ufsa.gov.mz
UFSA
Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições
“Por uma Contratação pública Transparente”
Rua da Imprensa – Prédio 33 Andares, 7º Andar, nº 701, 702 e 704
Maputo - Moçambique
16
4 NOTÍCIA SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA
SUPLEMENTO 13 de Setembro de 2017

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS
DIRECÇÃO NACIONAL DO PATRIMÓNIO DO ESTADO
UNIDADE FUNCIONAL DE SUPERVISÃO DAS AQUISIÇÕES

Lista de Empreiteiros de Obras Públicas, Fornecedores de Bens e Prestadores de


Serviços Inscritos no Cadastro Único, ao abrigo do Regulamento aprovado pelo
Decreto nº 5/2016, de 8 de Março
Abril 2017

Nº Certificado Nome da Empresa Endereço Data de


Inscriçao
3621/PE/EOP Wesley Construҫões Av. Guerra Popular n° 2616, 26/4/2017
Maputo
3490/PE/EOP Madeira Construҫões, Lda Rua Baltazar Aragão n° 1541, Beira 26/4/2017
3596/PE/EOP IMA Construҫoes Bairro Herois Moҫambicano, 26/4/2017
Chimoio
3593/ME/FB Hidral Rajnikant Patel Distrito de Guro, Chimoio 26/4/2017
3570/PE/EOP Deep Drill, E.I Bairro Maquino, Beira 26/4/2017
3571/PE/EOP JM Empreendimentos, Lda Av. Eduardo Mondlane n° 114, R/C, 26/4/2017
Maputo
3573/PE/EOP Majó Construҫoes Bairro Central, Predio Damudar 26/4/2017
Anaji, R/C, Casa n° 62, Dondo
3576/ME/EOP Gaspar Consultor Rua do Aeroporto, Casa n° 12, 26/4/2017
Bairro Manga, Beira
3604/ME/EOP Flescha Consultores & Lda Bairro Ferroviário, Q. 31, Casa n° 26/4/2017
459, Maputo
3578/PE/EOP Nova Construҫão, Lda Rua Ferreira, Esturo, Beira 26/4/2017
3580/PE/EOP Vajra Drill Exploraҫões, Lda Rua Jaime Ferreira, Baixa, Beira 26/4/2017
3624/PE/EOP Jiangsu Geology,& Av. Cardeal Alexandre dos Santos 26/4/2017
Engineering CO, Lda n°770, Maputo
3628/PE/EOP NWS Construҫões, Lda Av. 25 de Setembro n°1509, 2° 26/4/2017
piso, flat n°22, Maputo
3406/PE/EOP Qing Na Construction Av. Ahmed Sekou Touré nº 2085, 04/05/2017
International, Lda Maputo
3345/PE/EOP Mocuba Investimentos, Lda Av. Samora Machel nº 279, 04/05/2017
Quelimane
3337/PE/EOP Engetec, Lda Av. 25 de Junho, Quelimane 04/05/2017
3340/PE/EOP Arqservices, Lda Rua Mouzinho de Albuquerque, 04/05/2017
Beira
3344/PE/EOP EMTCCAP - Sociedade Av. Agostinho Neto, 1º Bairro 04/05/2017
Unipessoal, Lda Saguas A, Quelimane
3355/PE/EOP Balamuca Construções, Lda Av. Francisco Manyanga nº 102, 04/05/2017
Nampula

3352/PE/EOP Moçambique Construções Av. Do Trabalho nº 3261, Nampula 04/05/2017


13 de Setembro de 2017 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 5

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS
DIRECÇÃO NACIONAL DO PATRIMÓNIO DO ESTADO
UNIDADE FUNCIONAL DE SUPERVISÃO DAS AQUISIÇÕES
Lista de Empreiteiros de Obras Públicas, Fornecedores de Bens e Prestadores de
Serviços Inscritos no Cadastro Único, ao abrigo do Regulamento aprovado pelo
Decreto nº 5/2016, de 8 de Março
Abril 2017

Nº Certificado Nome da Empresa Endereço Data de


Inscriçao
3317/PE/EOP Sumban´s Construções, Lda Av. Lucas Luali nº 520, Bairro do 04/05/2017
Alto Maé, Maputo
2292/ME/EOP SS Construções Av. De Moçambique, Km 13, 20, 04/05/2017
Moçambique, Lda Parcela 7190/A, Tel. , Fax: Maputo
3366/PE/EOP Raimar Construções Bairro Ntite, Q. nº 9, Pemba 04/05/2017
3365/PE/EOP Itafil Construções Av. Julius Nyerere, Montepuez 04/05/2017
3364/PE/EOP Fongeforme Construções, Rua 002, Bairro Eduardo Mondlane, 04/05/2017
Lda Expansão 2, Pemba
3363/PE/EOP Ara Empreiteiros Av. Julius Nyerere, Montepuez 04/05/2017

3367/PE/EOP Isabel Construções Bairro Sanjala, Lichinga 04/05/2017


3368/PE/EOP Joagma Construções Bairro Cafezeiro, Vila de Marrupa 04/05/2017
3369/PE/EOP Cazembe Construções Av. Do Trabalho, Lichinga 04/05/2017
3370/PE/EOP COP - Construções Pirâmide Bairro Popular 23 A, Lichinga 04/05/2017
3373/PE/EOP Zein Construções Av. Julius Nyerere, Lichinga 04/05/2017
3379/PE/EOP Belobras Construções Bairro de Muahivire Expansão, 04/05/2017
Nampula
3390/PE/EOP Itafil Construções Av. Julius Nyerere, Montepuez 04/05/2017
3383/PE/EOP Cherimba - Binze Distrito de Caia, Beira 04/05/2017
Construções, Sociedade
Unipessoal, Lda
3375/PE/EOP Monteobras, Lda Bairro Muahivire Expansão, 04/05/2017
Nampula
3382/PE/EOP Webcad, Lda Bairro 25 de Junho, Rua 7, Casa nº 04/05/2017
303, R/C, Maputo
3380/PE/EOP SADC Construções Bairro 5 Fepom, Chimoio 04/05/2017
3361/PE/EOP SMS Construções, Lda Bairro Muhala Expansão, Nampula 04/05/2017

2134/PE/EOP M. Moçambique Bairro Chali, Parcela nº 748, Lda, 04/05/2017


Construções, Katembe
6 SUPLEMENTO SOBRE CONTRATAÇÃO PÚBLICA 13 de Setembro de 2017

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS
DIRECÇÃO NACIONAL DO PATRIMÓNIO DO ESTADO
UNIDADE FUNCIONAL DE SUPERVISÃO DAS AQUISIÇÕES
Lista de Empreiteiros de Obras Públicas, Fornecedores de Bens e Prestadores de
Serviços Inscritos no Cadastro Único, ao abrigo do Regulamento aprovado pelo
Decreto nº 5/2016, de 8 de Março
Abril 2017

Nº Certificado Nome da Empresa Endereço Data de


Inscriçao
3405/PE/EOP Builtec, Lda Av. Romão Fernandes Farinha, nº 04/05/2017
376, 1º andar, Maputo
3396/PE/EOP Manjate Construções, Lda Bairro Chinonanquila, Talhão 135, 04/05/2017
Bairro Matola Rio, Matola
3316/PE/EOP Vista Construções, Lda Rua Pedro Langa, nº 68, Bairro do 04/05/2017
Alto-Maé, Maputo
3315/PE/EOP Global Expresso Mercantil e Rua Fernando Ganhão, nº 110, 04/05/2017
Empreendimentos, Bairro Shomershield, Sofala
Sociedade Unipessoal, Lda
3314/PE/EOP Melo Construções Av. 25 de Setembro, Prédio Selema, 04/05/2017
1º andar, Flat 3, Chimoio
3409/PE/EOP João Jonas & Filhos, Lda Bairro 7 de Setembro, Inhmbane 04/05/2017
3416/PE/EOP DCO Construções, E.I Bairro Patrice Lumumba, Unidade 04/12/2017
6, Xai -Xai
3414/PE/EOP Stec Construções Av. Samora Machel, Xai - Xai 04/12/2017
3413/PE/EOP Valex Construções Rua da Travessia do Zambeze, Xai - 04/12/2017
Xai
3446/PE/EOP CJM - Construtora José Bairro nº 2, Rua 16 de Junho, 04/12/2017
Moniz & Serviços, Lda Chimoio
3445/PE/EOP Construtora JJ, Lda Bairro nº 4, Rua da Shoprite, 04/12/2017
Chimoio
3444/MIE/EOP Sibinde Construções Bairro 5º Fepom, Chimoio 04/12/2017
3443/PE/EOP SNV Construções Bairro 4º Congresso, Chimoio 04/12/2017
3440/PE/EOP Construtora JSM & Filhos, Bairro 3, Chimoio 04/12/2017
Lda
3439/PE/EOP Máximo Construções, Lda Bairro 4 Congresso, Chimoio 04/12/2017
3457/PE/EOP Cecil - Consutoria & Rua Afonso Paiva nº 187, 1º Andar 04/12/2017
Empreitadas de Construção Esquerdo, Ponta - Gêa, Beira
Civil
3455/PE/EOP Soges Sociedade Geral de Av. Filipe Samuel Magaia nº 815, 04/12/2017
Serviços, Lda Beira
3448/PE/EOP B & F Engenharia Rua Luís Inácio, Beira 04/12/2017
Construção Civil, Lda
3419/PE/EOP Made Maria Construções Av. Principal, Vila Monapo, 04/12/2017
Nampula

S-ar putea să vă placă și