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ESTADO DA PARAÍBA

PODER JUDICIÁRIO
BONITO DE SANTA FÉ

Proc. nº. 042.2012.000.345-6


Ação penal Pública
Autor: Ministério Público
Réu: Laelson Ferreira Gomes

SENTENÇA
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO EM
MATERIALIDADE COMPROVADA;
AUTO DE APREENSÃO E
APRESENTAÇÃO. LAUDO. AUTORIA
CERTA. TESTEMUNHAS. CONFISSÃO.
PROCEDÊNCIA DA DENÚNCIA.
CONDENAÇÃO.

- Uma vez comprovada a autoria e mate-


rialidade do crime de porte ilegal de arma
de fogo não registrada é de se condenar o
réu nos termos do art. 14 da Lei Federal
nº 10.826/2003.
.

Vi st o s , e t c.

RELATÓRIO:

O representante do Ministério Público Estadual


ofereceu denúncia contra Laelson Ferreira Gomes, já qualificado
nos autos, imputando-lhe a prática dos delitos capitulados no art. 14,
da Lei 10.826/2003, narrando, em síntese, que na data de 22/01/2012,
o denunciado no interior do Culb Asa Branca nesta cidade, portava
arma de fogo de uso permitido sem licença ou autorização da
autoridade competente.

Laudo de exame de eficiência de disparo de arma


de fogo acostado às fls. 38/41.

A denúncia teve por base o Inquérito Policial


instaurado autoridade policial, fls. 05/20.
A denúncia foi recebida em 27/01/2012.

Citação efetuada, certidão de fls, 35, v e resposta


à acusação apresentada às fls. 28/29.

Testemunha ministerial e de defesa ouvidas às


fls. 51/52.

Interrogatório do réu às fls. 53/54.

Em sede de alegações finais o Parquet requereu a


condenação do acoimado nos termos da denúncia (fls.56/57).

A defesa pugnou pela aplicação de pena


subtitutiva de privativa de liberdade, fls. 58/59.

Vieram os autos conclusos.

Em Síntese é o que cumpre relatar. Passo a


Decidir.

FUNDAMENTAÇÃO:

Destaco que o feito foi instruído sem vícios ou


nulidades, não havendo falhas a sanar. Os princípios constitucionais
foram observados e a pretensão estatal continua em pleno vigor,
inocorrendo prescrição.

Assim, está o processo pronto para a análise de


mérito.

Aflora do exame do conjunto probatório carreado


aos autos dever prosperar a pretensão punitiva estatal com relação ao
denunciado, no que se refere ao delito de porte de arma - art. 14 da
Lei nº. 10.826/03. A prova produzida é conclusiva acerca da
materialidade delitiva, assim como, em compasso retilíneo, da autoria
do imputado.

O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso


permitido é definido no art. 14 da Lei no. 10.826, de 22 de dezembro
de 2003, da seguinte forma:

“Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer,


receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização eme desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Pena: reclusão, de 2(dois) a 4(quatro) anos, e
multa.
Parágrafo único: O crime previsto neste artigo
é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.”
O elemento do tipo, portar, é amplamente
comprovado pela prova testemunhal carreada aos autos e confissão
do réu e Independe da arma está em seu corpo ou em local outro,
desde que a arma seja sua e local do porte tenha sido por ele
escolhido para esconder a arma.

Portanto, é incontroverso. A autoria, em compasso


retilíneo, é presente, em vista de se encontrar comprovado nos autos
que o autor do fato encontrava-se portando a arma de fogo, sem que
para isso tenha licença ou permissão(porte de arma).

A materialidade do delito é presente, eis que a


arma foi apreendida (fls. 13) e restou demostrado que é apta a
disparar, conforme laudo de aferição de aptidão para disparo, fls.
38/41.

Nos autos, como dito, encontra-se a comprovação


dos fatos descritos na denúncia, assim como a prova da materialidade
delitiva, constante do auto de apreensão da arma de fogo.

Não restam dúvidas acerca da autoria do delito


perpetrado, e sua materialidade também se encontram registrada nos
autos.

Senão vejamos o que se dessume do nosso


direito sobre o fato concreto.

O denunciado, como visto, portava a referida


arma, e como dito em seu interrogatório e apurado nos autos, não
tinha porte de arma de fogo.

Entendendo, estar presente aos autos, a prova da


materialidade e da autoria do delito descrito na denúncia. Passo a
análise da circunstância judiciais descritas no art. 59 do CP,
sopesadas para efeito de fixação da pena base.

A culpabilidade do agente - o réu agiu com dolo


direito.

Os antecedentes criminais - o autor não possui


antecedentes criminais.

Conduta social - noticiam os autos que a conduta


do acusado é boa.

A personalidade do increpado não não há como


1
ser analisada , pois não existem elementos suficientes para tanto e
por absoluta impossibilidade técnica para proceder tal averiguação.
1
“Trata-se de conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa, parte herdada,
parte adquirida. (...) Na configuração da personalidade congregam-se elementos
hereditários e sócio-ambientais, o que vale dizer que as experiências da vida
contribuem para a sua evolução. (...) São fatores negativos: maldade, agressividade
Ademais, tal circunstância judicial, por evidente consagração ao direito
penal do autor, fere o pensamento penalístico atual que se ampara
constitucionalmente no direito penal do autor.

A motivação seria a proteção pessoal do


acusado.

As circunstâncias não podem concorrer contra a


sua pessoa do denunciado.

As conseqüências do delito não foram danosas


para a sociedade, pois a arma foi apreendida e o denunciado preso
sem que conseguisse mal maior.

O réu é pessoa de poucos recurso financeiros.

Atendendo à analise das circunstâncias acima


expostas, fixo a pena base para o crime de porte de arma em 02
(dois) anos de reclusão e multa de 20 dias-multas, no valor de
1/30 do salário mínimo.

Existe em favor do réu atenuante da confissão, no


entanto, como a pena base fora fixado no mínimo legal, não há como
diminuí-la além do mínimo, nos termos da súmula 231 do STJ.

Por outro lado, inexistem agravantes, causa de


diminuição da pena, assim como não há em seu desfavor causas de
aumento de pena, pelo que torno definitiva a pena de 02 (dois) anos
de reclusão e multa no valor de 20 dias-multas, no valor de 1/30
do salário mínimo

A pena de reclusão deverá ser cumprida


inicialmente em regime aberto(CP, art. 33, § 1 o. inc. c do CP).
Designando como local de cumprimento a Cadeia Pública local.

A pena privativa de liberdade aplicada é


compatível com as substituições por pena restritiva de direito(art. 43,
CP - com as alterações da Lei nº. 9.714/98).

Sendo aplicada pena inferior a quatro anos, não


sendo o réu reincidente, e entendendo que as circunstâncias, indicam
para a substituição da pena, e, tendo em vista ainda os princípios
norteadores dos crimes de menor potencial ofensivo, especialmente o
da despenalização, substituo a pena privativa de liberdade aplicada,
por duas restritivas de direitos(art. 44, § 2 º do CP, com as alterações
da Lei nº. 9.714/98), sendo:

(hostil ou destrutiva), impaciência, rispidez, hostilidade, imaturidade,


irresponsabilidade, mau-humor, covardia, frieza, insensibilidade, intolerância
(racismo, homofobia, xenofobia), desonestidade, soberba, inveja, cobiça egoísmo.
(...)” (NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 6ª ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2006, p. 59).
(I) uma de prestação de serviço à comunidade, pelo
mesmo período, devendo ser cumprida à razão de uma hora de
tarefas por dia de condenação, ou oito horas semanais, em entidade
indicada pelo Juízo das Execuções Penais e;

(II) outra consistente em pena pecuniária(art. 45, § 1 º do


CP) no valor de 01(um) salário mínimo, vigente ao tempo do fato, em
prol da Cadeia Pública desta cidade, a ser pago no prazo de 10(dez)
dias contados da data do trânsito em julgado da sentença, podendo
ser paga em até seis parcelas, sem prejuízo da pena de multa
aplicada, em atendimento a parte final do disposto no § 2 o. do inc. III
do art. 43 do Código penal, a pena de multa aplicada.

DISPOSITIVO

ANTE AO EXPOSTO, e atento a tudo mais que dos


autos consta, JULGO PROCEDENTE, a denúncia para a
CONDENAR, Laelson Ferreira Gomes, a pena de 02 (dois) anos
de reclusão e multa de 20 dias-multas, no valor de 1/30 do salário
mínimo, por se encontrar incurso nas penas do art. 14 da Lei no.
10.826/03, Substituindo sua pena privativa de liberdade por duas
penas restritiva de direito, qual sejam:

(I) uma de prestação de serviço à comunidade, pelo


mesmo período, devendo ser cumprida à razão de uma hora de
tarefas por dia de condenação, ou oito horas semanais, em entidade
indicada pelo Juízo das Execuções Penais e;

(II) outra consistente em pena pecuniária(art. 45, § 1 º do


CP) no valor de 01(um) salário mínimo, vigente ao tempo do fato, em
prol da Cadeia Pública desta cidade, a ser pago no prazo de 10(dez)
dias contados da data do trânsito em julgado da sentença, podendo
ser pago em até seis parcelas, sem prejuízo da pena de multa
aplicada, em atendimento a parte final do disposto no § 2 o. do inc. III
do art. 43 do Código penal, a pena de multa aplicada.

Concedo ao réu o direito de apelar em liberdade, por não


estarem presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva,
assim como ter o réu respondido ao processo em liberdade.

Transitado em julgado:

 Lance-lhe o nome no Rol dos


Culpados;

 Expeça-se a Guia de cumprimento


de pena restritiva de direito que, juntamente com a documentação
pertinente (cópia desta decisão, da certidão do trânsito em julgado e
da denúncia), deverá ser encaminhada ao Juízo das Execuções
Penais, para cumprimento das reprimendas ora impostas;
 Suspendam-se os direitos políticos
do réu, enquanto durarem os efeitos da sentença (art. 15, III, da
Constituição Federal), oficiando-se ao Juízo Eleitoral competente, com
cópia da sentença e da certidão de transito em julgado;

 Certifique-se nos autos o tempo de


prisão do réu para efeitos de detração (art. 42, do CP);

Feito isto, arquivem-se os autos com as cautelas


de praxe.

Bonito de Santa Fé/PB, 23 de novembro de 2012

Vanessa Moura Pereira


Juíza de Direito Substituta

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