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Vias de intoxicação
As vias de contaminação podem ser a inalação de fumos e poeiras (mais importante do ponto de vista ocupacional) e
a ingestão. Apenas as formas organificadas do metal podem ser absorvidas via cutânea.
A tinta contendo chumbo é a principal fonte de exposição ao metal em crianças
A principal rota de exposição para a população em geral é por meio do alimento e da água
Outras fontes de exposição: prática recreativa de tiro, carregamento manual de munição, solda, fabricação de joias, de
cerâmica, de armas, polimento de vidro, a pintura e a fabricação de vidros coloridos.
Sintomas de encefalopatia pelo chumbo têm início com letargia, vômito, irritabilidade, perda do apetite e tonturas,
progredindo para ataxia e um nível reduzido de consciência, que pode levar ao coma e à morte.
A recuperação é geralmente acompanhada de sequelas, incluindo epilepsia, retardo mental e, em alguns casos,
neuropatia óptica e cegueira.
O chumbo pode agir como um substituto para o cálcio e/ou interromper a homeostase do mineral.
O chumbo afeta todo o sistema neurotransmissor no cérebro, incluindo os sistemas glutamatérgico, dopaminérgico e
colinérgico. Todos esses sistemas têm importância cognitiva (aprendizagem e memória)
A neuropatia periférica é uma manifestação clássica da toxicidade do chumbo em adultos. É caracterizada pela
desmielinização segmental e, possivelmente, degeneração axonal.
Pé e pulso caídos podem ser observados em trabalhadores com exposição ocupacional excessiva ao metal
Efeitos hematológicos
Toxicidade renal
A nefrotoxicidade aguda pelo chumbo consiste em disfunção tubular proximal e pode ser revertida por tratamento com
agentes quelantes
A nefrotoxicidade crônica consiste em fibrose intersticial e perda progressiva dos néfrons, azotemia (presença de ureia
ou de outros compostos nitrogenados no sangue) e falência renal.
A nefrotoxicidade do chumbo afeta a síntese renal das enzimas contendo heme, tais como a hidroxilase contendo heme
envolvida no metabolismo da vitamina D, causando efeitos nos ossos.
É um agente imunossupressor, por isso, diminui as imunoglobulinas, os linfócitos B e outros componentes do S imune.
Afeta osteoblastos, osteoclastos e condrócitos, tendo sido associado com a osteoporose e a demora no reparo de fraturas
Esterelidade e mortes neonatais em humanos
Induz tumores dos sistemas respiratório e digestório
Trabalhadores expostos a esse metal, tem uma relação com o surgimento de câncer de pulmão, cérebro e bexiga
Quadro Clínico
Em praticamente todo tipo de exposição a chumbo, considerando a duração a curto ou longo prazos, em altas ou baixas
concentrações, o órgão crítico alvo é sempre o cérebro, promovendo sinais e sintomas de encefalopatia mais ou menos
acentuada, tais como, cefaléia, perda de memória, perda da concentração e atenção em tarefas corriqueiras, alterações
de humor, com irritabilidade, depressão, insônia (ou sonolência excessiva). Esses sintomas podem progredir ou já de
início manifestar-se de forma mais grave com alterações com distúrbios de comportamento evidentes (paranóia, delírios
e alucinações), alterações da marcha e do equilíbrio (denotando já um comprometimento do cerebelo), agitação
psicomotora e, em situações de exposição a concentrações muito elevadas em curto prazo, alterações de consciência
como obnubilação (ofuscação da vista e obscurecimento do pensamento), estupor (inconsciência) e coma, precedidos,
em alguns casos, de convulsões.
Diagnóstico da intoxicação
O sentido químico do termo está ligado à ação de pinçar, agarrar, de transformar uma substância (o quelante) e um metal
qualquer num complexo químico estável através de uma ligação covalente. Os agentes quelantes são relativamente
inespecíficos, e sua eficácia depende da afinidade química pelo metal causador da intoxicação; das características
toxicocinéticas (coeficiente de partição; passagem por membranas; passagem por barreiras hematoencefálica e placentária, por
exemplo); e da capacidade de excreção do complexo quelado. O quelante ideal deve ter alta hidrossolubilidade (para garantir
máxima excreção urinária do quelato); não sofrer biotransformação significativa; ter boa distribuição através dos tecidos
orgânicos, onde o metal tóxico possa estar depositado ou agindo; ter especificidade de ligação com o metal em questão e pouca
ou nenhuma afinidade com metais essenciais como zinco, ferro,
cobre, magnésio, manganês; ter pouca afinidade com o cálcio,
evitando produzir hipocalcemia clínica; ter capacidade química de
formar um quelato estável no pH dos diversos compartimentos
corpóreos; ter boa taxa de excreção renal (ou eventualmente,
hepatobiliar); e ter baixo índice de efeitos colaterais nas doses
terapêuticas. Os quelantes disponíveis para tratamento da intoxicação
pelo chumbo encontram-se listados na imagem. Por questões de
custos e disponibilidade comercial, a experiência acumulada no Brasil
restringe-se ao uso do dimercaprol, do versenato de cálcio e, menos,
da D-penicilamina. Os quelantes mais eficazes na intoxicação por
chumbo são o EDTACaNa2 por via parenteral e o DMSA por via oral. O BAL (dimercaprol) pode ser utilizado juntamente com o
EDTACaNa2 em casos de adultos com sintomatologia encefalopática ou em crianças mesmo sem sintomas de SNC, pois
diferentemente do EDTACaNa2 ele passa a barreira encefálica quelando chumbo presente no cérebro ou impedindo que chumbo
mobilizado durante o uso do EDTA aja no cérebro da criança. O DMPS e a D-penicilamina seriam os quelantes menos indicados
devido à baixa eficácia e potenciais efeitos colaterais.
03) DESCREVER COMO DEVE SER FEITO O DESCARTE ADEQUADO DE PILHAS E BATERIAS E AS LEIS QUE O
REGULAMENTA
As pilhas e baterias de uso doméstico apresentam um grande perigo quando descartadas incorretamente. Na composição dessas
pilhas são encontrados metais pesados como: cádmio, chumbo, mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde humana.
Dentre os males provocados pela contaminação com metais pesados está o câncer e mutações genéticas. Nos lixões ou nos
aterros sanitários as pilhas e baterias se oxidam em resultado da exposição ao sol e à chuva. Com isso, o invólucro é rompido e
os metais pesados se misturam ao chorume do lixo. A chuva leva esse líquido e os metais pesados penetram no solo, atingem
o lençol freático, riachos e córregos. As plantas e produtos agrícolas são contaminados pelo solo ou pela sua irrigação. Com
isso, os animais e as pessoas podem ingerir alimentos contaminados.
No Brasil o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas são disciplinados pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. RESOLUÇÃO CONAMA n° 401, de 4 de novembro de 2008.
Uma das legislações vigentes impõe a redução dos níveis de materiais tóxicos presentes nas pilhas e baterias. De acordo com
a resolução do Conama, as pilhas que atendem aos limites estabelecidos por lei podem ser jogadas no lixo comum e levadas a
aterros sanitários devidamente licenciados. Além disso, os fabricantes e importadores devem identificar os produtos, com registro
na embalagem e os seguintes ícones que mostram que o produto pode ser descartado no lixo doméstico. Já no caso de pilhas
que não possuem esse tipo de ícone e que possuem um símbolo de cesto de lixo cortado por um X, não devem ser lançadas no
lixo comum, mas sim devolvidas ao vendedor, representante ou fabricante, para o descarte apropriado.
04) DESCREVER QUAIS SÃO OS NÍVEIS ACEITÁVEIS DE CHUMBO PARA OS TRABALHADORES EXPOSTOS E NÃO
EXPOSTOS AO METAL
Até 40 ug/100 ml na população não exposta; Até 60 ug/ 100 ml na população exposta;
Entre 60 e 70 ug/100ml limiar de risco para intoxicação; Maior que 70 ug/ 100 ml significa intoxicação;