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CURSO DE DIREITO
ARAGUAINA/TO

Estágio Orientado IV – 2018.2


Cálculos Trabalhistas

Professora: Maria José Rodrigues de Andrade Palacios


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1. APRESENTAÇÃO

O presente resumo visa oferecer através de uma linguagem simples, algumas fórmulas
para realização de cálculos trabalhistas, devidamente atualizados com a REFORMA
TRABALHISTA - Lei 13.467 de 11/11/2017.

Antes de iniciar os cálculos, faz-se necessário identificar se na situação problema existe


uma relação de emprego ou uma relação de trabalho.

Na relação de emprego fica caracterizada quando preenchidos os requisitos do Art. 3º da


CLT, quais sejam: Subordinação, Habitualidade, Onerosidade e Pessoalidade, para melhor
memorizar, lembre-se da sigla: SHOP. Se identificado o vínculo empregatício, o contrato
vai gerar direitos trabalhistas e indenização ao final do contrato (Art. 7º da CF).

Na relação de trabalho como o próprio nome já diz, embora tenha contratação laboral, se
estão ausentes um ou mais dos requisitos do Art. 3º da CLT, trata-se de um contrato civil,
onde além das partes envolvidas, identificam-se o objeto do contrato, o valor, a forma de
pagamento, o prazo pactuado entre as partes, as obrigações de cada um dos envolvidos,
multas, foro competente, etc., podendo esse contrato ser expresso ou tácito. Nesse caso
não resulta em direitos trabalhistas.

Tentaremos identificar cada uma das verbas trabalhistas e como chegar aos respecyivos
valores.

2. DADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS CÁLCULOS TRABALHISTAS

2.1. Quando caracterizado o vínculo empregatício, para a realização dos cálculos faz-se
necessário alguns dados importantes, como delimitação do tempo, as condições do
contrato, a jornada laboral, salário, etc., por isso o primeiro passo é obter as resposta das
perguntas abaixo relacionadas:

 1. Data de Admissão
 2. Data de Demissão
 3. Função Exercida
 4. Se exercia atividade de risco e se recebeu regularmente os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI,s)
 4. Horário de Trabalho
 5. Quantos dias trabalhava na semana
 5. Condições do Contrato: Se houve registro na CTPS, e se esse registro está correto
 6. Remuneração recebida pelo trabalhador (fixa e variável)
 7. O que recebeu durante o contrato
 8. Motivo da Demissão
 9. Se recebeu as verbas rescisórias (valores e discriminação)

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3. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO TRABALHADOR

3.1 São Direitos do Empregado – Art. 7º CF1

I relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III fundo de garantia do tempo de serviço;
IV salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
V piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;
XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento
à do normal;
XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento
e vinte dias;
XIX licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XXI aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XXIV aposentadoria;

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Em destaque amarelo, o que mudou na legislação com relação ao empregado doméstico através da
Emenda Constitucional 72/2013, regulamentada pela Lei 150 de 01/06/2015;
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XXV assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos
de idade em creches e pré-escolas;
XXVI reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;
XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e
o trabalhador avulso

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos


previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III,
IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)

4. DIREITOS DO EMPREGADO DOMÉSTICO

 I Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa


causa, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
 II Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
 III FGTS;
 IV Salário Mínimo;
 VI Irredutibilidade de Salário;
 VII Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
 VIII 13º salário;
 X Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
 IX Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 XII Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
 XIII Jornada de trabalho de 44 horas semanais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada;
 XV Repouso Semanal Remunerado;
 XVI Horas Extras com no mínimo 50% da hora normal;
 XVII Férias acrescidas de um terço;

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 XVIII Licença Maternidade (120 dias);


 XIX Licença Paternidade(5 dias);
 XXI Aviso Prévio;
 XXII Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança; (*)
 XXVIII Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;
 XIV Aposentadoria;
 XXV Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas(*);
 XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
 XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência;
 XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;

4.1 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA LEI QUANTO AO EMPREGADO


DOMÉSTICO
Lei 150 de 01/06/2015

É proibida a contratação de menor de 18 anos.


Jornada: 08:00h/dia, 44:00h/semanais, 220:00 h/mensais
Em caso de jornada parcial, só será considerada se for devidamente anotada na
CTPS e no início do contrato de trabalho.
A hora extras deverá ser paga com um acréscimo de no mínimo 50% da hora
normal.
As partes poderão pactuar regime de compensação de horas, através de acordo
escrito, se o excesso de um dia for compensado em folga de outro dia.
As primeiras 40 horas do regime de compensação deverão ser compensadas
mediante redução do horário normal ou em dia útil não trabalhado, no mesmo mês.
O saldo excedente das 40 primeiras horas, deverá ser compensado em no
máximo um ano, e em caso de rescisão durante esse período o saldo das horas não
compensadas deverá ser pago como hora extra (50%).
Quando a empregada morar no serviço, e por opção não quiser se ausentar, não
serão computados como horário de trabalho, os intervalos previstos em lei, o tempo de
repouso, as horas não trabalhadas, os feriados e domingos livres.

Os domingos e feriados trabalhados, sem compensação, deverão ser pagos em


dobro (remuneração/30 x 2), sem prejuízo da remuneração relativa ao RSR (repouso
semanal remunerado).

Poderá haver contratação de tempo parcial, quando a jornada semanal não


exceder 25:00h, e nesse caso o salário será proporcional a sua jornada, em relação ao
empregado que cumpre as mesmas funções em tempo integral.

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Essa modalidade de contratação deverá ficar clara no início do contrato, “tempo


parcial de .... horas” mediante registro na CTPS, e em caso de horas extras, o número não
poderá exceder a 01 (uma) hora, com o limite máximo de 06 (seis) horas diárias.

No contrato por tempo parcial, após 12(doze) meses, o empregado terá direito
as férias acrescidas de 1/3, da seguinte forma:

Horas de Trabalho Semanal Período de Férias


+ de 22:00h até 25:00h 18 dias
+ de 20:00h até 22:00h 16 dias
+ de 15:00h até 20:00h 14 dias
+ de 10:00h até 15:00h 12 dias
+ de 05:00h até 10:00h 10 dias
Menos de 05:00h 08 dias

É previsto a contratação do empregado doméstico por tempo determinado em


duas situações:
1. Experiência – pode ser prorrogado uma vez desde que não ultrapasse no máximo 90
dias, e
2. Para atender as necessidades familiares de natureza transitória e para substituição
temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso –
no máximo 2 anos.
Ao final do período do contrato por tempo determinado, não será devido aviso prévio.
Nas duas situações, caso e empregador rescindir o contrato antes do final do prazo
pactuado, pagará ao empregado a metade da remuneração contratada até o prazo final do
contrato, da mesma forma se o desligamento sem justa causa for dado pelo empregado,
ele ficará obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato resultarem, mas
a obrigação não poderá exceder aquela que terá direito o empregado em idênticas
condições.
A Carteira de Trabalho deverá ser anotada no prazo de 48:00h, contendo a data
de admissão, a remuneração (de tempo integral ou parcial) e se for o caso de contrato por
tempo determinado.
As partes podem no início do contrato, estabelecerem o horário de trabalho de
12:00 x 36:00h, desde que observem o horário de descanso/alimentação (01 hora quando
a jornada for superior a 6:00h2), e quando não respeitados devem ser pagos como hora
extra3 (50%), a remuneração mensal nesse caso, abrange os pagamentos devidos pelo
descanso semanal remunerado e feriados e se o trabalho for realizado no horário noturno
(22:00h/05:00h), também deve ser acrescido do adicional correspondente (20%) 4
Quando o empregador necessitar que o empregado o acompanhe em viagens,
deverá pactuas no início do contrato (por escrito) e a remuneração da hora realizada em
viagem será acrescida de no mínimo 25%, todavia só serão consideradas as horas
efetivamente trabalhadas no período, podendo haver compensação das horas
extraordinárias em outro dia (conversão em banco de horas), a critério do empregado.
O registro do horário de trabalho do empregado doméstico, é obrigatório, por
qualquer meio (manual, eletrônico ou mecânico), desde que idôneo.
Com relação ao repouso/alimentação deverá ser de no mínimo 01(uma) hora e
no máximo 02 (duas) horas, admitindo-se prévio acordo escrito entre o empregador e o

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Art. 71, § 4º da CLT;
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Art. 10 da Lei 150/2015;
4
Art. 73 da CLT;
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empregado a sua redução para 30 (trinta) minutos, e se o empregado residir no local de


trabalho, o período de poderá ser desmembrado em dois períodos, desde que cada um
deles tenha 01 (uma) horas, até o limite de 04(quatro) horas no dia, sendo também obrigada
essa anotação no registro diário.
Em caso de contração de empregado exclusivamente para desempenhar trabalho
noturno, será acrescido 20% calculado sobre o salário anotado na CTPS, e nos
horários mistos esse acréscimo será aplicado nas horas trabalhadas no horário noturno.
Entre duas jornadas deverá ter um período de pelo menos 11:00h de descanso,
é devido o Repouso Semanal Remunerado (24:00h), preferencialmente aos domingos,
além dos feriados.
Férias: Integrais, a cada 12 meses trabalhados (tempo integral) – 30 dias e acrescidas de
1/3, e esse período poderá ser fracionado pelo empregador em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um)
deles de, no mínimo, 14 (quatorze) dias corridos.
Proporcionais, quando o empregado for demitido sem justa causa, na proporção de
1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
O empregado pode (caso queira) converter um terço do período de férias que tiver
direito em abono pecuniário, e receber a remuneração correspondente devida (= vender
até 10 dias do período das férias), desde que requeira ao patrão em até 30 (trinta) dias,
ates do término do período aquisitivo.
Quando o empregado morar no local de trabalho, poderá nele permanecer no
período de férias.
O patrão deverá conceder as férias nos 12 (doze) meses subsequentes à data em
que o empregado tiver adquirido o direito.
Descontos: Além dos descontos legais5, mediante acordo escrito, o empregador
pode descontar do salário do empregado doméstico, plano de saúde, odontológico,
previdência privada, desde que a dedução não ultrapasse 20% (vinte por cento) do salário.
Essas despesas não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para
quaisquer efeitos.
O empregador não poderá descontar do salário do empregado doméstico pelo
fornecimento de: alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas
com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em
viagem.
O empregador só poderá descontar despesas com moradia, quando essa se referir
a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa
possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes.
O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em
morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou
de propriedade sobre a referida moradia.
O Vale Transporte, a critério do empregador, poderá ser substituído por espécie,
mediante recibo, correspondente ao valor das passagens ou despesas decorrentes do
deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
Aviso Prévio – Quem tiver interesse em rescindir o contrato deverá informar a outra
parte da sua intenção, e o prazo será de 30 dias, para os contratos com até 12 meses
incompletos, e após esse prazo, serão acrescidos 03 dias por ano de serviço prestado para
o mesmo empregador, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90
(noventa) dias.
A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período ao seu
tempo de serviço, e se for por parte do empregado, dá ao empregador o direito de descontar

5
Previdência, vale transporte (6%) e adiantamento salarial;
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os salários correspondentes ao prazo respectivo. O valor das horas extraordinárias


habituais integra o aviso prévio indenizado.
Em caso de demissão sem justa causa por parte do empregador, e ele quiser que o
empregado cumpra o aviso prévio trabalhado, o empregado terá direito a redução de 2
(duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral, ou alternativamente excluir 07 (sete)
dias corridos.
Licença Maternidade – 120 dias, sem prejuízo do emprego e nem do salário, com
estabilidade desde a concepção até 05 (cinco) meses posterior ao parto6, essa estabilidade
será garantida ainda que a confirmação da gravidez ocorra no período do aviso prévio
(trabalhado ou indenizado), ou em caso de contrato por tempo determinado.
Seguro Desemprego, em caso de demissão sem justa causa, por período máximo
de 03 (três) parcelas, de forma continuada ou alternada, e no valor de um salário mínimo,
nos termos do regulamento do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(Codefat), e será cancelado sem prejuízo das demais sanções cíveis e penais cabíveis,
pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com
sua qualificação, por morte do empregado, ou ainda em caso de fraude ou recebimento
indevido.
O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados
da data de dispensa.
Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico deverá
apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego: I - Carteira de
Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho
doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como
empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e
quatro) meses; II - termo de rescisão do contrato de trabalho; III - declaração de que não
está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-
acidente e pensão por morte; e IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer
natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.
Motivos de demissão por Justa Causa do empregado (Art. 482 CLT): I - submissão
a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado
direto ou indireto do empregado; II - prática de ato de improbidade; III - incontinência de
conduta ou mau procedimento; IV - condenação criminal do empregado transitada em
julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; V - desídia no
desempenho das respectivas funções; VI - embriaguez habitual ou em serviço; VII - ato de
indisciplina ou de insubordinação; VIII - abandono de emprego, assim considerada a
ausência injustificada ao serviço por, pelo menos, 30 (trinta) dias corridos; IX - ato lesivo à
honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas em serviço contra qualquer pessoa,
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; X - ato lesivo à honra ou à boa
fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador doméstico ou sua família, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; XI - prática constante de jogos de azar.
Motivos de demissão por Justa Causa do empregador (Art. 483 CLT, Rescisão
Indireta): I - o empregador exigir serviços superiores às forças do empregado doméstico,
defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato; II - o empregado
doméstico for tratado pelo empregador ou por sua família com rigor excessivo ou de forma
degradante; III - o empregado doméstico correr perigo manifesto de mal considerável; IV -
o empregador não cumprir as obrigações do contrato; V - o empregador ou sua família
praticar, contra o empregado doméstico ou pessoas de sua família, ato lesivo à honra e à
boa fama; VI - o empregador ou sua família ofender o empregado doméstico ou sua família,
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; VII - o empregador praticar

6
Art. 10, II, “b” ADCT;
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qualquer das formas de violência doméstica ou familiar contra mulheres de que trata o Art.
5o da Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006.
O FGTS passou a ser obrigatório, e além do valor do FGTS, o empregador doméstico
depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração
devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização
compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador. Porém quando
a rescisão for por justa causa do empregado, pedido de demissão do empregado, aposentadoria
ou morte do trabalhador, esse valor será devolvido para o empregador.

5. REGRAS GERAIS DO CONTRATO DE TRABALHO COM VÍNCULO


EMPREGATÍCIO E QUADRO COMPATIVO DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS
REALIZADAS PELA REFORMA TRABALHISTA

A Lei 13.467/2017 de 14/07/2017, que entrou em em vigor 11.11.2017 e alterou


muitos pontos nas relações patrão/empregado, gerando mudanças na prática, abrangiu
ainda relações sindicais, e também trata de outros assuntos como a judicialização
decorrente de reclamatórias trabalhistas.
Os contratos já existentes anterior a alteração, permanecem valendo pelas regras
antigas, mas caso seja do interesse do empregador ou empregado que o contrato de
trabalho atual seja regido pelas alterações impostas pela reforma trabalhista, será
necessário repactuar um novo contrato de trabalho (aditivo contratual), após a entrada
em vigor da nova lei.

5.1 REGISTRO DO EMPREGADO – ANOTAÇÃO CTPS


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
O empregador tem o prazo de 48h, para anotar na CTPS ME e EPP – Multa de R$ 800,00 por empregado não
do empregado, o contrato de Trabalho. registrado;
Multa de ½ salário mínimo por empregado; Demais empresas – Multa de R$ 3 mil por empregado não
Base legal: Art. 29, Art.41, § único e Art. 47, § único da registrado e de R$ 6 mil em caso de reincidência;
CLT; Multa de R$600,00 por empregado, quando não forem
informados os dados necessários para o seu registro;
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será Art. 29 - Não Houve Alteração
obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo
trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o
prazo de quarenta e oito horas para nela anotar,
especificamente, a data de admissão, a remuneração e as
condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção
de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem
especificar o salário, qualquer que seja sua forma de
pagamento, seja êle em dinheiro ou em utilidades, bem
como a estimativa da gorjeta.
§ 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência
Social serão feitas:
a) na data-base;
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
c) no caso de rescisão contratual; ou
d) necessidade de comprovação perante a Previdência
Social.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto
neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração,
pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar
a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de
instaurar o processo de anotação.
§ 4o É vedado ao empregador efetuar anotações
desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social.

9
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§ 5o O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo


submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista
no art. 52 deste Capítulo.
Art. 41. Em todas as atividades será obrigatório para o Art. 41 - Não Houve Alteração
empregador o registro dos respectivos trabalhadores,
podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do
Trabalho.
Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional
de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os
dados relativos à sua admissão no emprego, duração e
efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais
circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
Art. 47 - A emprêsa que mantiver empregado não Art. 47. O empregador que mantiver empregado não
registrado nos têrmos do art. 41 e seu parágrafo único, registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação
incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil
regional, por empregado não registrado, acrescido de reais) por empregado não registrado, acrescido de igual
igual valor em cada reincidência. valor em cada reincidência.
Parágrafo único. As demais infrações referentes ao § 1o Especificamente quanto à infração a que se refere
registro de empregados sujeitarão a emprêsa à multa de o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada
valor igual à metade do salário-mínimo regional, dobrada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado
na reincidência. (ALTERADO) não registrado, quando se tratar de microempresa ou
empresa de pequeno porte.
§ 2o A infração de que trata o caput deste artigo
constitui exceção ao critério da dupla visita.
Art. 47-A. INEXISTIA Art. 47-A. Na hipótese de não serem informados os
dados a que se refere o parágrafo único do art. 41 desta
Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de R$
600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado.

5.2 EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO


I. PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o
prazo estipulado para a terminação do respectivo empregador deverá proceder à anotação na Carteira de
contrato, e quando não haja ele dado motivo para Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos
cessação das relações de trabalho, o direto de haver do órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas
empregador uma indenização, paga na base da maior rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste
remuneração que tenha percebido na mesma empresa. artigo.
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de §1º REVOGADO
rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado
com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando
feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante
a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, §2º Não houve alteração
qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do
contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela
paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo
válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas
parcelas.
§3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos §3º REVOGADO
previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo
Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo
Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo
Juiz de Paz.
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será § 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será
efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato efetuado:
de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado,
acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, conforme acordem as partes; ou
quando o pagamento somente poderá ser feito em II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado
dinheiro. for analfabeto.
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata §5º Não houve alteração
o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a
um mês de remuneração do empregado.

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§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do § 6º A entrega ao empregado de documentos que


instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser comprovem a comunicação da extinção contratual aos
efetuado nos seguintes prazos: órgãos competentes bem como o pagamento dos valores
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
ou quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da partir do término do contrato.
demissão, quando da ausência do aviso prévio, Alínea “a” REVOGADA
indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. Alínea “b” REVOGADA
§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e § 7º REVOGADO
2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador.
§ 8º - A inobservância do disposto no §6º deste artigo § 8º Não houve alteração
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado,
em valor equivalente ao seu salário, devidamente
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,
comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
§ 9º (VETADO) § 9º (VETADO)
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de
Trabalho e Previdência Social é documento hábil para
requerer o benefício do seguro-desemprego e a
movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a
comunicação prevista no caput deste artigo tenha sido
realizada.

II. DISPENSAS COLETIVAS


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
INEXISTIA Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas
ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não
havendo necessidade de autorização prévia de entidade
sindical ou de celebração de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.

III. ACORDO ENTRE AS PARTES – DISTRATO


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
NA DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA, com relação ao O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum
Aviso prévio: A empresa deve conceder um aviso prévio acordo;
de, no mínimo, 30 dias de antecedência ou ou indenizá-lo A empresa deve conceder um aviso prévio de, no
pelo período correspondente. mínimo, 15 dias;
Nesse caso, o empregado tem direito ao pagamento da O pagamento da multa de 40% será pela metade, ou
multa de 40% do saldo do FGTS e ao saque de 100% do seja, 20% do saldo do FGTS;
FGTS depositado; O empregado só poderá sacar 80% do FGTS
Recebe também, o Seguro Desemprego caso tenha depositado;
tempo suficiente para fazer jus. O empregado não recebe o seguro desemprego;
Se o empregado PEDIR DEMISSÃO, ou se a DEMISSÃO
FOR POR JUSTA CAUSA, não tem direito a sacar o
FGTS, nem será devida a multa de 40% correspondente;
Base legal: §1º art. 18 da Lei 8.036/90; art. 487 da CLT;
art. 7º, XXI da CF; Inciso I da Lei 7.998/90;
Art. 484-A. Não Existia Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por
acordo entre empregado e empregador, caso em que
serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no
8.036, de 11 de maio de 1990;
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo
permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de
maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor
dos depósitos.
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput
deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de
Seguro-Desemprego.

11
12

IV. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA OU INCENTIVADA


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
INEXISTIA Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada,
para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja
quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes
da relação empregatícia, salvo disposição em
contrário estipulada entre as partes.

6. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
AÇÃO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Não há custo para o empregado que entra com a Se o empregado assinar a rescisão, não poderá
reclamatória; Art. 790 CLT questioná-la judicialmente (Art. 477B – Já citado);
Não há pagamento de honorários advocatícios e de A parte que perder terá que arcar com as custas da
sucumbência se o empregado perder a reclamatória; ação;
Base legal: Art.791 da CLT; Comprovado a má-fé da parte, é prevista a punição de
1% a 10% sobre o valor da causa, além de pagar
Súmula 219 e 329 do TST indenização para a parte contrária;
Se comprovada a incapacidade de arcar com as custas, a
obrigação fica suspensa por até dois anos a contar da
condenação;
6.1 CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS PERICIAIS
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Art. 790 da CLT (...) § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer
presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o
instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou
e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo
inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as dos benefícios do Regime Geral de Previdência
penas da lei, que não estão em condições de pagar as Social.
custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou
de sua família.
§ 4o - INEXISTIA § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte
que comprovar insuficiência de recursos para o
pagamento das custas do processo.
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos
honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça
gratuita.
§§ 1º ao 4º - INEXISTIA § 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo
deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo
Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários
periciais.
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores
para realização de perícias.
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça
gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de
suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro
processo, a União responderá pelo encargo.

6.2 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Art. 791-A – INEXISTIA Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa
própria, serão devidos honorários de sucumbência,
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra
a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver
assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
12
13

I - o grau de zelo do profissional;


II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará
honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que
não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo,
créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito
em julgado da decisão que as certificou, o credor
demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais
obrigações do beneficiário.
5o São devidos honorários de sucumbência na
reconvenção.

6.3 LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Art. 793-A – INEXISTIA Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que
litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou
interveniente.
Art. 793-B – INEXISTIA Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de
lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do
processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente
ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente
protelatório.
Art. 793-C – INEXISTIA Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo
condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá
ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez
por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a
parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar
com os honorários advocatícios e com todas as
despesas que efetuou.
§ 1o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o
juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo
interesse na causa ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável,
a multa poderá ser fixada em até duas vezes o limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso
não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento
ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

FALSO TESTEMUNHO
Art. 793- D – INEXISTIA Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C
desta Consolidação à testemunha que intencionalmente
alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao
julgamento da causa.
Parágrafo único. A execução da multa prevista neste
artigo dar-se-á nos mesmos autos.

13
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7. COMO IDENTIFICAR AS VERBAS RESCISÓRIAS E CALCULÁ-LAS

IDENTIFIQUE A MATÉRIA DE DIREITO E A MATÉRIA DE FATO

O QUE É MATÉRIA DE DIREITO?

É aquela que se provando o vínculo empregatício, é concedida como conseqüência.

 Salário Mínimo;
 Aviso Prévio;
 Salário Família;
 Licença Maternidade;
 Licença Paternidade;
 13º Salário;
 Férias + 1/3;
 FGTS + Multa de 40%;
 Seguro Desemprego;

O QUE É MATÉRIA DE FATO:

É aquela que depende de comprovação para a sua concessão.


 Horas Extras e Reflexos;
 Adicional Noturno;
 Adicional de Insalubridade (10%, 20% e 40%) NR 15;
 Adicional de Periculosidade (30%) NR 16;
 Adiconal de Penosidade;
 DSR;
 Dano Moral;
 Dano Material (Ex.descontos indevidos);
Descontos Legais
 INSS, também sobre 13º salário;
 Vale transporte (6% do salário);
 Vale Refeição;
 Adiantamento de salário;
 Outros descontos autorizados pelo empregado.

DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA DO EMPREGADO:

 Aviso Prévio (que pode ser trabalhado ou indenizado quando a dispensa é imediata);
 Saldo de Salário dos dias trabalhados;
 13º Salário, proporcional aos meses trabalhados;
 Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço;
 FGTS + Multa de 40%;
 Seguro Desemprego;
 Matéria de Fato (Quando comprovada: comissões, DSR, horas extras, prêmios,
gratificações, adicional noturno, etc. );

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DEMISSÃO COM JUSTA CAUSA DO EMPREGADO: Art. 482, CLT

DEMISSÃO COM JUSTA CAUSA DO EMPRAGADO. Art. 482 CLT


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
As alíneas do Art. 482 são de “a” a “l” m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos
em lei para o exercício da profissão, em decorrência de
conduta dolosa do empregado.
Parágrafo único (...) Parágrafo único - Sem alteração

 Saldo de Salário dos dias trabalhados;


 Férias vencidas acrescidas de um terço (se houver);
 Matéria de Fato (Quando comprovada);

DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR


PEDIDO DE DEMISSÃO DO EMPREGADO:
 Saldo de Salário dos dias trabalhados;
 13º Salário, proporcional aos meses trabalhados;
 Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço;
 Matéria de Fato (Quando comprovada: Comissões, horas extras, DSR, prêmios,
gratificações, adicional noturno, etc.);

DEMISSÃO COM JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR: RESCISÃO


INDIRETA – Art. 483 CLT;
 Aviso Prévio;
 Saldo de Salário dos dias trabalhados;
 13º Salário, proporcional aos meses trabalhados;
 Férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço;
 FGTS + Multa de 40%;
 Seguro Desemprego;
 Matéria de Fato (Quando comprovada);

CONCEITOS DAS PRINCIPAIS VERBAS TRABALHISTAS


SALÁRIO / REMUNERAÇÃO Legislação: artigos 457/458 da CLT.

SALÁRIO
É utilizado na maioria dos casos, como base de cálculo para as demais verbas.
Pode ser pago por: Tempo (hora, dias, semanas, quinzena ou mês), Produção, tarefa e
“in natura” ou utilidade. Neste último caso, atentar aos prazos e percentuais estipulados em
sentença.
Natureza Salarial - conceito - É aquela, como próprio nome sugere, está diretamente
ligada ao conceito de salário, ou seja, o seu pagamento pelo empregador decorre da
contraprestação de um serviço especifico e determinado.
Ex: Salário base / gorjetas / comissões / adicionais (Horas extras, insalubridade,
periculosidade etc) / abonos / além das gratificações legais, etc.

REMUNERAÇÃO
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
A remuneração por produtividade não pode ser inferior à O pagamento do piso ou salário mínimo não será
diária correspondente ao piso da categoria ou salário obrigatório na remuneração por produção. Além disso,
mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas trabalhadores e empresas poderão negociar todas as
e prêmios integram os salários. formas de remuneração, que não precisam fazer parte do
salário
15
16

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do Art. 457 – Não houve alteração no caput
empregado, para todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as
estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações legais e as comissões pagas pelo
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos empregador.
pagos pelo empregador.
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a
assim como as diárias para viagem que não excedam de título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo seu pagamento emdinheiro, diárias para viagem,
empregado. prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância § 3º Sem alteração.
espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente,
como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada
a distribuição aos empregados.
§ 4o A gorjeta mencionada no § 3o não constitui receita § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades
própria dos empregadores, destina-se aos trabalhadores concedidas pelo empregador em forma de bens,
e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo
definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. de empregados, em razão de desempenho superior ao
ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades.
§ 5º ao § 11 Foram incluídos pela Lei 13.419/2017 § 5º ao § 11 Foram revogados pela Lei 13.467/2017

COMO CALCULAR:
Em uma demissão simples sem justa causa, teríamos como matéria de direito:
 1. Aviso Prévio;
 2. Saldo de Salário;
 3. 13º Salário;
 4. Férias + 1/3;
 5. FGTS + 40%
 6. Seguro Desemprego;
 7. Licença Maternidade;
 8. Licença Paternidade;
 9. Matéria de Fato;

A Base de Cálculo deverá ser da Remuneração de 30 dias Trabalhados


Remuneração = Salário Fixo + Variável (Art.457 da CLT)
Salário Fixo = Parte combinada com o patrão, geralmente aquele que está na CTPS
Variável = gorjetas, comissões, gratificações legais;

OBS. PARA EFEITO DE CÁLCULOS DE: FGTS, 13º SALÁRIO, FÉRIAS 1/3 E AVISO
PRÉVIO, segue-se a presente regra:
O mês será considerado integral para base de cálculo quando tiver mais de 15 dias
trabalhados;
O mês não será considerado para base de cálculo quando tiver até de 15 dias
trabalhados;

1. AVISO PRÉVIO: (Art. 7º, XXI da CF e Art. 487 da CLT)

16
17

AVISO PRÉVIO – DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
DEMISSÃO: A empresa deve conceder um aviso prévio ACORDO ENTRE AS PARTES - A empresa deve
de, no mínimo, 30 dias de antecedência ou ou indenizá-lo conceder um aviso prévio de, no mínimo, 15 dias; Art.
pelo período correspondente. 484-A (já citado acima)
Base legal: Art. 487 da CLT; Art. 7º, XXI da CF;

1.1 EMPREGADOS COM ATÉ UM ANO DE SERVIÇO NA MESMA EMPRESA


Será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contém
até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa = Remuneração de 30 dias
Exemplos:
a) Se o empregado recebe o Salário Mínimo - Aviso Prévio = R$ 954,00
b) Se o empregado recebe remuneração de mil reais - Aviso Prévio = R$
1000,00

O período do Aviso Prévio incide em todas as verbas, mesmo quando for


indenizado;

1.2 EMPREGADOS COM MAIS DE UM ANO DE SERVIÇO NA MESMA


EMPRESA

A Lei 12.506, de 11/10/11, publicada em 13/10/11, alterou a concessão do


aviso prévio para os empregados com mais de um ano de serviço na mesma
empresa, conforme dispõe o seu Art. 1º.

“Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação


das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5452, de 1º de maio
de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que
contém até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3
(três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo
de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

Através de Nota Técnica 184/2012 o Ministério do Trabalho se posicionou no sentido


de que a contagem se dá a partir do primeiro ano trabalhado
Ao período mínimo de 30 (trinta) dias deverá ser acrescido nos termos da nova Lei,
03 (três) dias a cada ano trabalhado, limitado ao máximo de 90 (noventa) dias, ou
seja, 03 (três) meses de aviso prévio trabalhado ou indenizado, para aquele
trabalhador que permanecer trabalhando por no mínimo 20 (vinte) anos para a
mesma empresa.

Portanto:
Menos de 1 ano = 30 dias 7 anos = 30 dias + 21 = 51 14 anos = 30 dias + 42 = 72
1 ano = 30 dias + 3 = 33 8 anos = 30 dias + 24 = 54 15 anos = 30 dias + 45 = 75
2 anos = 30 dias + 6 = 36 9 anos = 30 dias + 27 = 57 16 anos = 30 dias + 48 = 78
3 anos = 30 dias + 9 = 39 10 anos = 30 dias + 30 = 60 17 anos = 30 dias + 52 = 82
4 anos = 30 dias + 12 = 42 11 anos = 30 dias + 33 = 63 18 anos = 30 dias + 55 = 85
5 anos = 30 dias + 15 = 45 12 anos = 30 dias + 36 = 66 19 anos = 30 dias + 58 = 88
6 anos = 30 dias + 18 = 48 13 anos = 30 dias + 39 = 69 20 anos = 90 dias

Exemplos:

17
18

a) Se o empregado recebe o Salário Mínimo e tem três anos de serviço na mesma


empresa
Aviso Prévio = (remuneração mensal/30) x n° de dias do Aviso Prévio
Portanto: ((1000/30) x 39) = (33,33 x 39) = 1.299,99
Lembrando que o aviso prévio, mesmo que indenizado, integra o período do
contrato de trabalho.

2. SALDO DE SALÁRIO: Corresponde ao número de dias trabalhados no mês e que


não foram pagos na data da demissão
= (Remuneração/30) x Nº de dias trabalhados
Ex. Remuneração = 1000,00 - Data da demissão: 09/02/2018,
(1000/30) x 9 = 33,33 X 9 = R$ 299,97 - Saldo de Salário = R$ 299,97

3. 13º SALÁRIO: (Art. 7º, VIII da CF e Lei 4.090/62) - Corresponde a remuneração de


30 dias trabalhados, ao final de cada ano trabalhado;
Em caso de dispensa imotivada incide o Av. Prévio
Pode ser INTEGRAL ou PROPORCIONAL:

3.1. INTEGRAL – Quando o período aquisitivo corresponde a 12 meses trabalhados,


de janeiro a dezembro;
= 100% da Remuneração
Ex. salário R$ 1.000,00

3.2. PROPORCIONAL – Quando o período aquisitivo corresponde a menos 12


meses trabalhados.
= (Remun./12 meses) x N° de meses trabalhados
O mês será considerado integral para base de cálculo quando tiver mais de 15 dias;
Ex. 13° Salário Proporcional (demissão em 18/09/2018)
18/09/2015 = (9/12) + (1/12 do Av. Prév.) = 10/12
= (1000/12) x (9 + 1) = (83,33) x (10) = 833,30
Ex. Proporcional com demissão em 15/09/2018
O mês não será considerado para base de cálculo quando tiver até de 15 dias
trabalhados
= (Remun./12 meses) x N° de meses trabalhados
15/09/2015 = (8/12) + (1/12 – Av. Prévio) = 9/12
= (1000/12) x (8 + 1) = (83,33) x (9) = 749,99

4. FÉRIAS + 1/3: (Art. 7º, XVII da CF/Arts. 129 a 145 da CLT) - Corresponde a
remuneração de 30 dias trabalhados, ao final de 12 meses trabalhados (Art. 130
CLT), acrescida de 1/3;

FÉRIAS
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
As férias podem ser divididas em no máximo, 2 períodos; As férias podem ser divididas em até 3 períodos, não
1/3 do período de férias pode ser vendido. podendo ser inferior a 5 dias corridos e um deles deve ser
Base legal: § 1º do Art. 134 da CLT e Art. 143 da CLT. de, no mínimo, 14 dias corridos
Art. 134 (...) Art. 134 (...)
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias § 1o Desde que haja concordância do empregado, as
concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não férias poderão ser usufruídas em até três períodos,
poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores
a cinco dias corridos, cada um.
18
19

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de § 2º REVOGADO


50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre
concedidas de uma só vez.
§ 3o INEXISTIA § 3o É vedado o início das férias no período de dois dias
que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.

4.1 PERÍODOS:
AQUISITIVO - relativo a 12 meses de trabalho. A partir do momento em que é
admitido na empresa, começa a correr o período aquisitivo, e somente após 12
meses de vigência do contrato de trabalho do empregado é que haverá o direito às
férias (CLT, art. 1307).

CONCESSIVO - Completado o período aquisitivo, que é de 12 meses, o empregador


terá de conceder as férias nos 12 meses subseqüentes, período a que se dá o nome
de período concessivo. A concessão das férias é ato exclusivo do empregador,
independendo de pedido ou concordância do empregado (CLT. Art. 1368). É o
empregador que irá determinar a data da concessão das férias do empregado, da
forma que melhor atenda aos interesses da empresa. Mas se as férias não forem
concedidas dentro do prazo previsto em lei, o empregador pagará uma multa de
100% sobre o valor já devido (CLT. Art. 1379)

DURAÇÃO E GOZO DAS FÉRIAS - As férias dos empregados em geral são


gozadas em dias corridos, úteis e não úteis, sendo que a sua duração depende da
assiduidade do empregado, sofrendo diminuição na proporção das suas faltas
injustificadas, Portanto podem ser de 30 dias ou menos (CLT. Art. 130). Durante o
período de férias o empregado não poderá prestar serviço a outro empregador (CLT,
Art. 13810).
ABONO DE FÉRIAS - A lei permite a transformação de 1/3 das férias em pagamento
em dinheiro. Haverá a redução do número de dias de férias e o proporcional aumento
no ganho do empregado. O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes
do término do período aquisitivo (CLT, art. 143, § 1º).
Nas férias coletivas, a conversão do abono de férias deverá ser objeto de negociação
coletiva entre o empregador e o sindicato representativo dos trabalhadores,
independendo de requerimento individual sua concessão.

4.2 TIPO

77
CLT. Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado
terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço
mais de 5 (cinco) vezes; Il - 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver tido 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias
corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
8
CLT. Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
§ 1º Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º O
empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias
escolares.
9
CLT. Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador
pagará em dobro a respectiva remuneração. § 1º Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de
gozo das mesmas. § 2º A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário-mínimo da região,
devida ao empregado até que seja cumprida. § 3º Cópia da decisão judicial transitada em julgado será
remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
10
CLT. Art. 138. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviço, a outro empregador, salvo se
estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
19
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VENCIDAS SIMPLES - direitos adquiridos e não gozados.


VENCIDAS EM DOBRO - Quando o empregador não concede dentro do período
concessivo.O valor da remuneração equivale ao valor devido à época da reclamação
ou da extinção do contrato (CLT. Art. 137).
PROPORCIONAIS - Quando a rescisão do contrato ocorre antes de ser completado
o período aquisitivo.

4.3 COMO CALCULAR: REMUNERAÇÃO + 1/3


a) INTEGRAL – Quando o período aquisitivo corresponde a 12 meses trabalhados;

b) PROPORCIONAL – Quando o período aquisitivo corresponde a menos 12 meses


trabalhados;
O mês será considerado integral para base de cálculo quando tiver mais de 15 dias
trabalhados;
Ex. de 02/01/2018 a 18/09/2018 = (9/12) + (1/12 + Av. Prév.) = 10/12

 FÉRIAS INTEGRAIS = Remuneração + 1/3


Ex. Remuneração R$ 1.000,00: R$ 1000 + (1000/3) = 1.333,33
 FÉRIAS PROPORCIONAIS = ((Rem.+1/3)/12) x Nº de Meses Trab.)
ou ((Rem./12) x Nº de Meses Trab.) + 1/3 do valor obtido
Em caso de dispensa imotivada incide o Av. Prévio;
Ex. Férias Proporcionais: Admissão em 02/01 e demissão em 18/09
O mês de setembro será considerado integral para base de cálculo porque foram
mais de 15 dias trabalhados (18 – 2 = 16)
= (((1000/3) + 1000)/12) x 9) = (1333,33/12) x 9 = 1.000,00
= ((1000/12) x (9 + 1)) + 1/3 = (83,33 x 10) + 277,77 = 1.111,11

 OUTRO EXEMPLO DE FÉRIAS PROPORCIONAIS


Nesse caso com: Admissão em 02/01 e demissão em 15/09 (15 – 2 = 13);
O mês não será considerado para base de cálculo quando tiver até de 15 dias
trabalhados;
= (((1000/3) + 1000)/12) x 8) = (1333,33/12) x 8 = 888,88
= ((1000/12) x 8)+1/3 = (83,33 x 8) + 1/3 = 666,66 + 222,22 = R$ 888,88

5. FGTS + 40%: (Art. 7º, III da CF / Lei 5.107/66, Alterada pela Lei 8.036 de 11/05/1990)
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS foi criado em 1967 pelo Governo
Federal para proteger o trabalhador demitido sem justa causa. É constituído de
contas vinculadas, abertas em nome de cada trabalhador, quando o
empregador efetua o primeiro depósito. O saldo da conta vinculada é formado pelos
depósitos mensais efetivados pelo empregador, equivalentes a 8,0% da
remuneração paga ao empregado, acrescido de atualização monetária e juros.
No caso de demissão sem justa causa, o empregador paga uma multa de 40% sobre
o saldo existente e o empregado resgata o valor total (depósitos efetuados + 40%
da rescisão);

FGTS DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
O empregado tem direito ao pagamento da multa de 40% Não houve alteração
do saldo do FGTS e ao saque de 100% do FGTS
depositado;

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Se o empregado PEDIR DEMISSÃO, ou se a DEMISSÃO


FOR POR JUSTA CAUSA, não tem direito a sacar o
FGTS, nem será devida a multa de 40% correspondente;
Base legal: §1º art. 18 da Lei 8.036/90;
ACORDO ENTRE AS PARTES - CLT
INEXISTIA O pagamento da multa de 40% será pela metade, ou seja,
20% do saldo do FGTS;
O empregado só poderá sacar 80% do FGTS depositado;
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por
acordo entre empregado e empregador, caso em que
serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade: (...)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no
8.036, de 11 de maio de 1990;
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo
permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no
8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta
por cento) do valor dos depósitos. (...)

 5. FGTS + 40%: (Art. 7º, III da CF)


= (Remuneração X 8%) x N° de Meses trabalhados
Em caso de dispensa imotivada incide o Av. Prévio e é acrescido da Multa de 40%
do Saldo do período;
Ex. Admissão: 01/08, Demissão: 08/09
De janeiro a Agosto de 2018 = 08 meses
Setembro = 08 dias (não considera)
Como incide pelo menos + 30 dias do aviso prévio = + 1 mês
Portanto = 9 meses
= ((10000 x 8%) x 9) + 40% do resultado obtido = (80 x 9 = 720) + 288,00 = 1.008,00

6. SEGURO DESEMPREGO: (Art. 7º, II da CF)

É o pagamento da assistência financeira temporária, não inferior a 1 salário mínimo,


concedida ao trabalhador desempregado previamente habilitado. TEM DIREITO O
TRABALHADOR COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO POR MAIS DE 18 (dezoito)
MESES;

Obs. Quando o empregado deixa de receber o Seguro desemprego por culpa do


empregador, a obrigação converte-se em indenização e é paga pelo patrão;

Obs. Em caso de empregada doméstica a regra aplicada está prevista na lei


específica (3 parcelas de 01 salário mínimo, independente do período trabalhado e
do salário recebido).
SEGURO DESEMPREGO - DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
O empregado recebe, o Seguro Desemprego caso tenha Não houve alteração
tempo suficiente para fazer jus a referida verba.
Base legal: Art. 7º, II da CF;

SEGURO DESEMPREGO - ACORDO ENTRE AS PARTES – CLT


INEXISTIA O empregado não terá direito ao Seguro Desemprego;

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Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por


acordo entre empregado e empregador, caso em que
serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (...) , II (...)
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput
deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de
Seguro-Desemprego.

Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se na
tabela abaixo:

Faixas de Salário Médio Valor da Parcela


Salário Mínimo – R$ 954,00 100% do Salário Mínimo
Até R$ 1.480,25 Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
De R$ 1.480,26 a R$ 2.467,33 O que exceder a R$ 1.480,25 multiplica-se
por 0.5 (50%) e soma-se a R$ 1.184,20.
Acima de R$ 2.467,33 O valor da parcela será de R$ 1.677,74
invariavelmente.

Observação: O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo.
Atualização: A partir de 11 de Janeiro 2018 – Salário Mínimo R$ 954,00. (fonte:
http://portal.mte.gov.br)

QUANTIDADE DE PARCELAS
SOLICITAÇÃO EXIGÊNCIA NÚMERO DE PARCELAS
1ª De 18 a 23 meses 4
1ª 24 meses ou mais 5
2ª De 09 a 11 meses 3
2ª De 12 a 23 meses 4
2ª 24 meses ou mais 5
3ª De 06 a 11 meses 3
3ª De 12 a 23 meses 4
3ª 24 meses ou mais 5

7. LICENÇA MATERNIDADE: 120 dias (Art. 7º, XVIII da CF e Arts. 391 e segts. CLT)
Podendo também ser de 180 Dias (Lei 11.770 de 09/09/2008)
O Salário-maternidade é o benefício a que tem direito as seguradas empregada,
empregada doméstica, contribuinte individual e facultativa, por ocasião do parto, da adoção
ou da guarda judicial para fins de adoção, sem prejuízo do emprego e do salário.

7.1 CARÊNCIA
TRABALHADORAS EMPREGADAS, EMPREGADAS DOMÉSTICAS E
TRABALHADORAS AVULSAS - A Previdência Social não exige carência para conceder
esse benefício, nos casos de trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e
trabalhadoras avulsas, desde que comprovem filiação nesta condição na data do
afastamento para fins de salário maternidade ou na data do parto.

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, A SEGURADA FACULTATIVA E A SEGURADA


ESPECIAL (que optou por contribuir) – No mínimo 10 (dez) contribuições para receber o
benefício.

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A SEGURADA ESPECIAL que não paga contribuições receberá o salário-


maternidade se comprovar no mínimo dez meses de trabalho rural imediatamente
anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua.

7.2 CONSIDERAÇÕES:
a) a segurada que exerce atividades concomitantes tem direito a um salário-
maternidade para cada emprego;
b) no caso de parto antecipado, o período de carência para as seguradas contribuinte
individual e facultativa, será reduzido em número de contribuições equivalentes ao
número de meses em que o parto foi antecipado;
c) nos casos em que a criança venha a falecer durante a licença-maternidade, o salário
maternidade não será interrompido;
d) em caso natimorto, o benefício será devido nas mesmas condições e prazos;
e) no caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico, é devido salário-
maternidade correspondente a duas sema nas, devendo ser requerido na Agência
da Previdência Social;

7.2 QUANDO É DEVIDO?


a) a partir do 8º mês de gestação, comprovado através de atestado médico (28 dias
antes do parto);
b) a partir da data do parto, com apresentação da Certidão de Nascimento;
c) a partir da data do deferimento da medida liminar nos autos de adoção ou da data
da lavratura da Certidão de Nascimento do adotado.

Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana (6° mês) de


gestação, inclusive em caso de natimorto.

7.3 EM CASO DE ADOÇÃO

120 dias, Art. 71-A da Lei 8213/91 (Plano de Custeio da Previdência Social), e Art.
392-A, Art. 392-B E 392-C da CLT.

7.3 QUEM PAGA?


a) A Empresa, para a segurada empregada, exceto nos casos de adoção ou guarda
judicial para fins de adoção, com a dedução do valor pago na Guia da Previdência
Social, conforme a Lei nº 10.710 de 05/08/2003.
b) A Previdência Social, através da rede bancária, para a segurada empregada, nos
casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
c) A Previdência Social, através da rede bancária, em qualquer hipótese nos pedidos
da empregada doméstica, contribuinte individual e facultativa.
d) Mediante convênio com a Empresa, Sindicato ou Entidade de aposentados
devidamente legalizados, nos casos de adoção ou guarda judicial para fins de
adoção
e) Em qualquer caso, será descontado mensalmente do salário-maternidade o valor da
contribuição previdênciária devida pela segurada.

Em casos excepcionais, os períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto


poderão ser aumentados por mais duas semanas, mediante atestado médico específico.

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SALÁRIO MATERNIDADE – RESUMO


Evento Gerador Tipo de trabalhador Onde Pedir Quando Pedir Como Comprovar
Empegada só de Na Empresa A partir de 28 dias * Atestado médico
empresa antes do parto (caso se afaste 28
Parto Art. 71 da lei 8213/91 e dias antes do
Art. 392 da CLT parto)
* Certidão de
Nascimento ou
Natimorto
Parto Desempregada No INSS A partir do Parto Certidão de
Art. 71 da lei 8213/91 Nascimento
Parto Demais Seguradas No INSS A partir de 28 dias * Atestado médico
Art. 71 da lei 8213/91 antes do parto (caso se afaste 28
dias antes do
parto)
* Certidão de
Nascimento ou
Natimorto
Adoção Todos os adotantes No INSS A partir da adoção Termo de Guarda
Art. 392-A e Art.392-C ou guarda para fins ou Certidão Nova
CLT de adoção
Aborto não Empegada só de Na Empresa A partir da Atestado Médico
Criminoso empresa ocorrência do comprovando a
Art. 395 CLT aborto situação
Art. 60, §3º da lei 8213/91
Aborto não Demais Trabalhadoras No INSS A partir da Atestado Médico
Criminoso ocorrência do comprovando a
aborto situação

PRINCIPAIS REQUISITOS
CARÊNCIA
10 meses: para o isento: para segurados Para as Caso tenha perdido a
trabalhador Contribuinte Empregado, Empregado desempregados: é qualidade de segurado,
Individual, Facultativo e Doméstico e Trabalhador necessário comprovar a deverá cumprir metade da
Segurado Especial; Avulso (que estejam em qualidade de segurado carência de 10 meses antes
atividade na data do do INSS e, conforme o do parto/evento gerador do
afastamento, caso, cumprir carência de benefício (Lei nº
parto,adoção ou guarda 10 meses trabalhados; 13.457/2017).
com a mesma finalidade);
DURAÇÃO DO BENEFÍCIO
120 dias no caso de parto; 120 dias no caso de 120 dias, no caso de 14 dias, no caso de aborto
adoção ou guarda judicial natimorto; espontâneo ou previstos em
para fins de adoção, lei (estupro ou risco de vida
independentemente da para a mãe), a critério
idade do adotado que médico.
deverá ter no máximo 12
anos de idade;
DOCUMENTOS ORIGINAIS NECESSÁRIOS
Para ser atendido nas agências do INSS, deve apresentar um documento de identificação com
foto e o número do CPF. O trabalhador também deve apresentar suas carteiras de trabalho,
carnês e outros comprovantes de contribuição.
O trabalhador dessempre O trabalhador que se Em caso de guarda, Em caso de adoção, deverá
gado deve,obrigatoriamente, afasta 28 dias antes do deve apresentar o Termo apresentar a nova certidão
apresentar a certidão de parto deve apresentar de Guarda com a de nascimento expedida
nascimento ou de natimorto atestado médico indicação de que a após a decisão judicial.
do dependente; original, específico para guarda destina-se à
gestante. adoção;

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OUTRAS INFORMAÇÕES

Em situação de adoção ou parto de mais de uma criança, o segurado terá direito somente ao pagamento de um
salário-maternidade;
No caso de empregos concomitantes ou de atividade simultânea na condição de segurado empregado, como
Contribuinte Individual ou Doméstico, o cidadão fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego ou atividade;
O salário-maternidade não pode ser acumulado com Benefícios por Incapacidade: por exemplo, auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez;
O salário-maternidade será devido ao adotante do sexo masculino, para adoção ou guarda para fins de adoção,
ocorrida a partir de 25/10/2013 (Lei nº 12.873/2013);
A partir de 23/1/2013, é garantido, no caso de falecimento do segurado, que tinha direito ao recebimento de salário-
maternidade, o pagamento do benefício ao cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que este também possua as
condições necessárias à concessão do benefício em razão de suas próprias contribuições. Para o reconhecimento
desse direito, é necessário que o sobrevivente solicite o benefício até o último dia do prazo previsto para o
término do salário-maternidade originário (120 dias). Esse benefício, em qualquer hipótese, é pago pelo INSS (Art.
392-B da CLT e Art. 71-B da Lei nº 8.213/1991).
Caso não possa comparecer ao INSS, o cidadão tem a opção de nomear um procurador para fazer o requerimento em
seu lugar;

ESTABILIDADE TRANSFERIDA = LEI 146 DE 25/06/2014


7.4 PRORROGAÇÃO PARA 180 DIAS
A Lei 11.770 de 09/09/2008, regulamentada pelo Decreto N° 7.052 de 23/12/2009,
produzindo efeitos a partir de 01/01/2010, aplicada às empresas privadas e prevê incentivo
fiscal para essas empresas, que aderirem à prorrogação da licença maternidade de 120
dias para 180 dias.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que a amamentação regular,
por seis meses, reduz 17 vezes as chances de a criança contrair pneumonia, 5,4 vezes a
possibilidade de anemia e 2,5 vezes a ameaça de crises de diarréia.
Conforme estabelece a nova lei, as empregadas das empresas privadas que
aderirem ao Programa - inclusive as mães adotivas (de forma proporcional) - terão o direito
de requerer a ampliação do benefício, devendo fazê-lo até o final do primeiro mês após o
parto.
Já para o empregador que aderir voluntariamente ao Programa de Empresa Cidadã,
mediante requerimento dirigido à Secretaria da Receita Federal do Brasil, este benefício
será estendido automaticamente à todas as empregadas da empresa. Neste caso, não há
necessidade de a empregada fazer o requerimento.
A lei prevê que durante a prorrogação da licença-maternidade a empregada terá
direito à remuneração integral. Os dois meses adicionais de licença serão concedidos
imediatamente após o período de 120 dias previsto na Constituição.
No período de prorrogação da licença a empregada não poderá exercer qualquer
atividade remunerada e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização
similar, já que tais situações estariam contra o objetivo do programa.
Pela lei os quatro primeiros meses de licença-maternidade continuarão sendo pagos
pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
Os salários dos dois meses a mais serão pagos pelo empregador, se aquele tiver
aderido ao programa.

7.5 COMO CALCULAR?


VALOR - REMUNERAÇÃO INTEGRAL (independente do teto da previdência social
a partir de 22/01/2018 – R$ 5.645,80), no mês de seu afastamento ou em caso de
salário variável, igual à média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho;
= Remuneração Integral x 4 ou
= Remuneração Integral x 6 (em caso que se aplique a Lei 11770/09)
Salário R$ 6.500,00 = 6.500 x 4 = 26.000,00
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GRAVIDEZ / INSALUBRIDADE
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
A empregada gestante não pode trabalhar em condições Insalubridade em grau máximo – Afastamento obrigatório
insalubres; Insalubridade em grau baixo ou médio – Afastamento
(regra).
Exceção – mediante atestado medico de confiança da
empregada, permitindo a prestação dos serviços
Em caso de afastamento das atividades insalubridade,
exclui-se o pagamento do adicional correspondente
CLT. Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta
grávida é facultado romper o compromisso resultante de incluído o valor do adicional de insalubridade, a
qualquer contrato de trabalho, desde que este seja empregada deverá ser afastada de:
prejudicial à gestação. I – atividades consideradas insalubres em grau
máximo, enquanto durar a gestação;
II – atividades consideradas insalubres em grau médio
ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde,
emitido por médico de confiança da mulher, que
recomende o afastamento durante a gestação;
III – atividades consideradas insalubres em qualquer
grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido
por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento durante a lactação.
§ 1º ............................................................. ..
§ 2º Cabe à empresa pagar o adicional de
insalubridade à gestante ou à lactante, efetivando-se
a compensação, observado o disposto no art. 248 da
Constituição Federal, por ocasião do recolhimento
das contribuições incidentes sobre a folha de salários
e demais rendimentos pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
§ 3º Quando não for possível que a gestante ou a
lactante afastada nos termos do caput deste artigo
exerça suas atividades em local salubre na empresa,
a hipótese será considerada como gravidez de risco e
ensejará a percepção de salário- maternidade, nos
termos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, durante
todo o período de afastamento.” (NR) .

INTERVALO PARA AMAMENTAÇÃO


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Dois descansos de meia hora cada um durante a jornada Os dois períodos de descanso previsto no art. 396 da
de trabalho; Base legal: art. 396 da CLT; CLT deverão ser definidos em acordo individual entre a
mulher e o empregador;
CLT. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que CLT. Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se
este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses
direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de
descansos especiais, de meia hora cada um. trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o cada um.
período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério § 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
da autoridade competente. meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade
competente.
§ 2o Os horários dos descansos previstos no caput deste
artigo deverão ser definidos em acordo individual
entre a mulher e o empregador.

8. LICENÇA PATERNIDADE: 5 Dias (Art. 7º, XIX, CF e Art. 473, III da CLT e Art. 10,
§ 1º do ADCT)
= (Remuneração Integral do Pai / 30) x 5
Em caso de Salário R$ 1.000,00 = (1000/30) x 5 = 33,33 x 5 = R$ 166,66

8.1 CASOS DE PRORROGAÇÃO DA LICENÇA PATERNIDADE POR MAIS 15 DIAS

26
27

A LEI Nº 13.257, de 08/03/2016, que dispõe sobre as políticas públicas para a


primeira infância, prevê a possiblidade de prorrogação da Licença paternidade de 05
para 20 dias, para as empresas que aderirem ao programa EMPRESA CIDADÃ11 e
o DECRETO Nº 8.737, de 03/03/2016 também instituiu o Programa de prorrogação
da Licença Paternidade, para os servidores regidos pela Lei 8.112 de 11/12/199012,
desde que requeira o benefício no prazo de dois dias úteis após o nascimento ou a
adoção13.

9. SALÁRIO FAMÍLIA (Art. 7º, XII, CF)


É o benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos
trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 1.319,18, para auxiliar no
sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.
(Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência
econômica de ambos ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo
de contribuição.
Para que o trabalhador tenha direito à cota do salário-família por dependente, o valor
da cota obedecerá a faixa de remuneração mensal correspondente;

Considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário


de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários de contribuição
correspondentes a atividades simultâneas;
Caso o valor da remuneração mensal ultrapasse a faixa máxima, o trabalhador não
terá direito ao salário-família.

11
Art. 38. Os arts. 1o, 3o, 4o e 5o da Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, passam a vigorar com as
seguintes alterações: “Art. 1o É instituído o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar: I - por 60
(sessenta) dias a duração da licença-maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição
Federal; II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5 (cinco)
dias estabelecidos no § 1o do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. § 1o A prorrogação
de que trata este artigo: I - será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde
que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e será concedida imediatamente após
a fruição da licença-maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal; II -
será garantida ao empregado da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que o empregado a requeira
no prazo de 2 (dois) dias úteis após o parto e comprove participação em programa ou atividade de orientação
sobre paternidade responsável. § 2o A prorrogação será garantida, na mesma proporção, à empregada e ao
empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.” (NR) “Art. 3o Durante o
período de prorrogação da licença-maternidade e da licença-paternidade: I - a empregada terá direito à
remuneração integral, nos mesmos moldes devidos no período de percepção do salário-maternidade pago
pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS); II - o empregado terá direito à remuneração integral.” (NR)
“Art. 4o No período de prorrogação da licença-maternidade e da licença-paternidade de que trata esta Lei, a
empregada e o empregado não poderão exercer nenhuma atividade remunerada, e a criança deverá ser
mantida sob seus cuidados.Parágrafo único. Em caso de descumprimento do disposto no caput deste
artigo, a empregada e o empregado perderão o direito à prorrogação.” (NR) “Art. 5o A pessoa jurídica
tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da
remuneração integral da empregada e do empregado pago nos dias de prorrogação de sua licença-
maternidade e de sua licença-paternidade, vedada a dedução como despesa operacional.”
12
Art. 1º Fica instituído o Programa de Prorrogação da Licença Paternidade para os servidores regidos pela
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
13
Art. 2º A prorrogação da licença-paternidade será concedida ao servidor público que requeira o benefício
no prazo de dois dias úteis após o nascimento ou a adoção e terá duração de quinze dias, além dos cinco
dias concedidos pelo art. 208 da Lei nº 8.112, de 1990.
27
28

O valor corresponde a tabela especificada por Portaria do Ministério da Previdência


Social, de acordo com o Salário Mínimo vigente. Última Portaria: Portaria
Interministerial nº 15, de 16 de janeiro de 20128.

9.1 COMO CALCULAR O SALÁRIO FAMÍLIA14


FAIXA DE SALÁRIO VALOR DA PARCELA
Quem ganha até R$ 877,67 R$ 45,00
De R$ 877,67 até R$ 1.319,18 R$ 31,71
Acima de R$ 1.319,18 Não tem direito ao Salário Familia

10. MATÉRIA DE FATO: Toda matéria que precisa de prova, para sua concessão.

10.1. HORAS EXTRAS (Art. 7°, XVI, CF, Art. 59 CLT) - Tempo de trabalho excedente à
jornada legal;
O total de horas mensais contratadas é denominado de “divisor”. O número do divisor
é obtido pela multiplicação da jornada semanal por 5 (cinco) semanas. De modo que,
para o empregado que trabalha em jornada de trabalho padrão de 44 horas
semanais, o total de horas mensais contratadas será de 220 (44 horas semanais x 5
semanas = 220 horas trabalhadas no mês);
Para efeitos de cálculos, o mês comercial tem 05 semanas (220/44);
Portanto o que exceder a 220 horas na jornada de 8:00h, é considerado hora extra;
Deverá ser pago com um acréscimo de no mínimo 50% da hora normal;
Do mesmo modo, para o empregado que trabalha em jornada de 36 horas semanais,
o total de horas mensais contratadas será de 180 (36 horas semanais x 5 = 180
horas trabalhadas no mês).
Desse modo, o valor do salário-hora do empregado é o resultado obtido na divisão
do salário mensal pelo número de horas mensais contratadas (divisor), encontrando-
se, assim, o valor da hora salarial, que servirá de base de cálculo para o adicional
de hora extra.
Em caso de Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva do Trabalho, especificar valor
da Hora Extra, superior ao da C. F., será considerado o valor do AC ou da CCT;

Em 21/11/2016, o TST publicou um Acórdão (Processo: IRR849.83.2013.5.03.0138), onde


decidiu que no caso de bancário o mês comercial tem 4,2857 semanas, considerando o
número de dias úteis trabalhados, resultante da divisão de 30 (dias do mês) por 7 (dias da
semana), não sendo válida, para efeito de definição do divisor, a multiplicação da duração
semanal por 5 (decidido por maioria).

HORAS EXTRAS
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Dois descansos de meia hora cada um durante a jornada Os dois períodos de descanso previsto no art. 396 da
de trabalho; Base legal: art. 396 da CLT; CLT deverão ser definidos em acordo individual entre a
mulher e o empregador;
CLT. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que CLT. Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se
este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses
direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de
descansos especiais, de meia hora cada um. trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o cada um.
período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério § 1o Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis)
da autoridade competente. meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade
competente.

14
Fonte: http://www.previdencia.gov.br (01/2018)
28
29

§ 2o Os horários dos descansos previstos no caput deste


artigo deverão ser definidos em acordo individual
entre a mulher e o empregador.

COMO CALCULAR HORAS EXTRAS e REFLEXOS:

a) HORAS EXTRAS;

1° Calcula o Valor da Hora Normal: H. N. = Remuner.mensal / jornada legal 220h


Ex. HN = (1000/220) = 4,54

Obs. Em funções cuja jornadas forem de 6:00h/dia, a jormada mensal será de


150:00h ou 180:00h, sendo 150:00h se a jornada semanal for de 5 dias
(Ex.bancário), e 180:00h se a jornada semanal for de 6 dias (Ex.telefonista);

2° HORA EXTRA DE 50% -


Adicione 50% ao valor encontrado e resulta o Valor da Hora Extra:
H. E. = Valor da hora normal + 50%

Ex. HE. = 4,54 + 2,27 = 6,81


Simplificando: (Remuneração/220) x 1,5
Ex. HE = 4,54 x 1,5 = 6,81

3° HORA EXTRA DE 100% -


Adicione 100% ao valor encontrado e resulta o Valor da Hora Extra:
H. E. = Valor da hora normal + 100%
Ex. HE. = 4,54 + 4,54 = 9,08
Simplificando: (Remuneração/220) x 2
Ex. HE = 4,54 x 2 = 9,08
No caso de Advogado a hora extra é de 100%, sobre o salário do profissional, na
forma prevista no Estatuto da OAB.

a.1) MÉDIA MENSAL HORAS EXTRAS;


 1° Encontre a jornada diária = Hor. de Saída – (Hor. de Entrada + Intervalo)
Ex. Segunda à sábado, das 8:00/20:00 com intervalo de 2:00h = 20 – (8 + 2) = 10
 2° Encontre a Jornada Semanal = Jornada Diária x N° de dias trab. Ex. 10 x 6 = 60
 3° Encontre a Jornada Mensal e diminua a jornada legal = (Jornada Semanal x 5
semanas) - 220.
Ex. (60 x 5) - 220 = 300 – 220 = 80 HE

Obs. O horário de intervalo só será considerado a partir de 1 hora (ver as mudanças da


Reforma Trabalhista – Jornada de Trabalho a partir de 11/11/2017);

a.1.1) VALOR DA MÉDIA MENSAL DE H. EXTRAS: V.MM.HE.


= Média Mensal das HE x valor da HE
= 80 (HE) x R$ 9,08 = R$ 726,40

a.1.2) TOTAL DE HORAS EXTRAS TRABALHADAS NO PERÍODO:


29
30

T. HE. = V.MM.HE. x nº de Meses trab. - Ex. 8 meses – Rem. R$ 1.000,00 = R$ 726,40 x 8


= R$ 5.811,20

10.2. REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS


As horas extras quando são habituais, integram ao salário e têm reflexos no Aviso
Prévio, 13° Salário, Férias + 1/3, FGTS + 40% e R. S. R.. Encontrando-se o Valor
da Média Mensal das Horas Extras, usa-se como base de cálculo para os reflexos
em todas as outras verbas.

a) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS no AVISO PRÉVIO


= (100% do V. MM. HE / 30 dias) x N° de Dias do Aviso Prévio

b) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS no SALDO DE SALÁRIO


= (Valor da Média Mensal das H. Extras/30) x N° de dias trabalhados

c) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS no 13° SALÁRIO


C.1) INTEGRAL = 100% do V. MM. HE
C.2) PROPORCIONAL = (100% V. MM. HE./12) x Nº de meses trab.

d) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS nas FÉRIAS ACRESCIDAS DE 1/3


D.1) INTEGRAIS = (100% V. MM. HE.) + (100%V. MM. HE./3)
D.2) PROPORCIONAIS = (((V. MM. HE.) + (V. MM. HE./3))/12) x Nº de meses trab.

e) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS no FGTS + 40%


E.1) FGTS = (V. MM. HE. X 8%) x Nº de meses trab.
E.2) MULTA DE 40% DO FGTS = (V. dos Reflexos das HE. FGTS) x 40%

10.3 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO (RSR)


Corresponde aos domingos e feriados, que o trabalhador deverá ter folga e quando
trabalhado deve ser pago em dobro.
Considerando a regra de que o mês comercial tem 220:00h mês e 44:00h semanais,
conclui-se que equivale a 5 (cinco) semanas (220 / 44 = 5).

Os Tribunais aplicam a Súmula 351 do TST


Por analogia aplica-se a regra da Súmula 351 do TST, que reconhece para função
de professor, a cada 30 (trinta) dias trabalhados, 06 (seis) são RSR, ou seja, 05
(cinco) domingos e pelo menos 1 (um) feriado em média.
Número de RSR = (N° de meses trabalhados x 6)
Considerando que quando o trabalhador tiver laborado nos RSR, o pagamento é em
dobro.
Portanto o valor de cada RSR: (Salário/30) x 2
Consequentemente o Total dos RSR = (N° dos RSR) x (Valor do RSR)

f) REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS no RSR ou DRS


Considerando a regra de que o mês comercial tem 220:00h mês e 44:00h semanais,
conclui-se que equivale a 5 (cinco) semanas (220 / 44 = 5).
Os Tribunais aplicam a Súmula 351 do TST

30
31

Por analogia aplica-se a regra da Súmula 351 do TST, que reconhece para função
de professor, a cada 30 (trinta) dias trabalhados, 06 (seis) são RSR, ou seja, 05
(cinco) domingos e pelo menos 1 (um) feriado em média.
= Total das Horas Extras trabalhadas / 5

11. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - (Art. 7°, XXIII, CF e Arts. 18915, 19216 da CLT)
É devido ao empregado que trabalha em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. Corresponde ao percentual
sobre o salário mínimo, de 10%, 20% e 40%, segundo a classificação de mínimo,
médio e máximo. É classificado pelas Normas regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego e Ministério da Saúde (NR 15).

COMO CALCULAR ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (NR 15:10%, 20% e 40%)


Mínimo = (Salário Mínimo x 10%) x Nº de meses trabalhados;
Médio = (Salário Mínimo x 20%) x Nº de meses trabalhados;
Máximo = (Salário Mínimo x 40%) x Nº de meses trabalhados;
Ex. Salário Mínimo: R$ 937,00, Grau médio de insalubridade, 8 meses;
= (937 x 20%) x 8 = 187,40 x 8 = R$ 1.499,20

12. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (Art. 7°, XXIII, CF e Art. 193 17 da CLT)


É devido ao empregado que trabalha em condições perigosas, na forma de
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que por sua natureza
impliquem em contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de
risco acentuado. É classificado pelas Normas regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego e Ministério da Saúde (NR 16)
Corresponde ao percentual de 30% do salário base do trabalhador;

COMO CALCULAR ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (30%)

= (Salário Base x 30%) x Nº de meses trabalhados;


Ex. Salário Base de R$ 900,00, período de 8 meses;
= (900 x 30%) x 8 = 270 x 8 = R$ 2.160,00

13. ADICIONAL DE PENOSIDADE (Art. 7°, XXIII, CF e Art. 193 da CLT)


Trata-se de uma modalidade de indenização que será destinada a todo tipo de
atividade que, embora não cause efetivo dano à saúde do trabalhador, possa tornar
sua atividade profissional mais sofrida. Labor a céu aberto, sob sol escaldante ou
outras intempéries; Trabalho nos canaviais (corte de cana-de-açúcar); Minas de
carvão e demais trabalhos realizados no subsolo; Trabalhos marítimos, em

15
CLT. Art. 189 CLT: Insalubres são aquelas atividades que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde;
16
CLT Art. 192 CLT. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
17
CLT. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada
pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. §1º “O trabalho em condições
de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.”
31
32

profundidades ou alto mar (especialmente pelo isolamento); Descarregamento de sal


dos navios ancorados no porto; Trabalho em alturas; e outros. É classificado pelas
Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Saúde

COMO CALCULAR - ADICIONAL DE PENOSIDADE


Como inexiste previsão legal de percentual, ou base de cálculo para o Adicional de
Penosidade, alguns sindicatos estabelecem, em acordos ou convenções coletivas,
essa previsão, caso não tenha poderá ser aplicada legislação por analogia.

14. ADICIONAL NOTURNO (Art. 7º, IX, CF e Art. 7318 CLT)


É devido ao empregado que trabalha no horário noturno das 22:00h às 05:00h do
dia seguinte, no caso de trabalho urbano. Para os trabalhadores rurais, o período
noturno é considerado das 21:00h às 04:00h do dia seguinte.
A hora noturna é reduzida com relação a hora normal, uma vez que é composta de
52,5 minutos.
Exemplo: um empregado que trabalha das 22h às 5h perfaz um total de 8 horas
(7h x 60m = 420min ÷ 52,5m = 8h).
Nos horários mistos que abrangem períodos diurnos e noturnos aplicam-se as horas
de trabalho noturno, ou seja, a hora de 52 min e 30 segundos (§ 4 do art. 73 da CLT).
Corresponde ao percentual de 20% do salário do trabalhador;

COMO CALCULAR ADICIONAL NOTURNO (20%) = (Salário Base x 20%) x Nº de


meses trabalhados;
Ex. Salário Base de R$ 1.000,00, período de 8 meses;
= (1000 x 20%) x 8 = 200 x 8 = R$ 1.600,00
No caso de Advogado o adicional noturno é de 25%, sobre o salário do profissional,
na forma prevista no Estatuto da OAB.
Da mesma forma, para o trabalhador rural, o adicional noturno é de 25%, sobre o
salário do profissional, na forma prevista no Art. 7 da Lei do Trabalho Rural - Lei
5889/73

15. DANO MORAL (Art. 5º, X, CF e Arts. 186 e 927 do CC)


É devido quando comprovados os quatro requisitos: FATO, DANO, NEXO CAUSAL
e CULPA OU DOLO DO AGENTE. Pode ser requerido na justiça comum ou na
justiça do trabalho se for decorrente de relação de trabalho ou emprego.
O valor é arbitrado pelo Juízo e não tem parâmetros legais, mas quando comprovado
deverá ser um valor que sirva de “castigo” para o autor do fato, mas que não seja
motivo de enriquecimento ilícito da vítima.

DANO MORAL
REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
A ação pode ser proposta na Justiça do Trabalho por força A proposta impõe limitações ao valor a ser pleiteado pelo
da EC 45 que alterou o Art. 114, VI da CF. trabalhador, estabelecendo um teto para alguns pedidos

18
CLT. Art. 73 CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por
cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52
(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o
trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.
32
33

Os juízes estipulam o valor em ações envolvendo danos de indenização. Ofensas graves cometidas por
morais. empregadores devem ser de no máximo 50 vezes o último
Base Legal: Art. 186 e 927 do Código Civel e Art. 5º, X da salário contratual do ofendido.
CF Casos Leves – Teto até três vezes o último salário.
Esse teto também vale, caso o empregador seja o
ofendido.
Haveno reincidência das Partes, o valor poderá ser
dobrado. (CLT.Arts. 223-A a 223-G)
DANO EXTRA PATRIMONIAL DECORRENTES DA
RELAÇÃO DE TRABALHO
Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de
CONCEITO DE DANO MORAL natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de
INEXISTIA (PELA CLT) trabalho apenas os dispositivos deste Título.
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a
ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou
existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as
titulares exclusivas do direito à reparação.
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade
de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e
a integridade física são os bens juridicamente tutelados
inerentes à pessoa física.
Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo
empresarial e o sigilo da correspondência são bens
juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.
Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial
todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem
jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão.

Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode


ser pedida cumulativamente com a indenização por danos
materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.
CUMULAÇÃO DOS PEDIDOS § 1o Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir
DANO MORAL E MATERIAL a decisão, discriminará os valores das indenizações a
INEXISTIA (PELA CLT) título de danos patrimoniais e das reparações por danos
de natureza extrapatrimonial.
§ 2o A composição das perdas e danos, assim
compreendidos os lucros cessantes e os danos
emergentes, não interfere na avaliação dos danos
extrapatrimoniais.
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: I -
a natureza do bem jurídico tutelado; II - a intensidade do
sofrimento ou da humilhação; III - a possibilidade de
superação física ou psicológica; IV - os reflexos pessoais
e sociais da ação ou da omissão; V - a extensão e a
duração dos efeitos da ofensa; VI - as condições em que
ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral; VII - o grau de dolo
ou culpa; VIII - a ocorrência de retratação espontânea; IX
GRAU DE OFENSA E FIXAÇÃO DE VALORES - o esforço efetivo para minimizar a ofensa; X - o perdão,
INEXISTIA (PELA CLT) tácito ou expresso; XI - a situação social e econômica das
partes envolvidas; XII - o grau de publicidade da ofensa.
§ 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a
indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um
dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:
I – ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário
contratual do ofendido;
II – ofensa de natureza média, até cinco vezes o último
salário contratual do ofendido;
III – ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último
salário contratual do ofendido;
IV – ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes
o último salário contratual do ofendido.
§ 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será
fixada com observância dos mesmos parâmetros
estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao
salário contratual do ofensor.
REINCIDÊNCIA Art. 223-G. (...)
INEXISTIA (PELA CLT) § 3º Na reincidência de quaisquer das partes, o juízo
poderá elevar ao dobro o valor da indenização.

33
34

16. MULTA DO Art. 477, § 8º da CLT


É devida quando o empregador deixa de pagar as verbas trabalhistas ao empregado
na rescisão contratual. Esse prazo é de 10 dias contados da data do aviso prévio,
em caso de aviso prévio indenizado; Corresponde a 100% da remuneração do
trabalhador;

MULTA DO Art. 477, §8º da clt


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o
prazo estipulado para a terminação do respectivo empregador deverá proceder à anotação na Carteira de
contrato, e quando não haja êle dado motivo para Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos
cessação das relações de trabalho, o direto de haver do órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas
empregador uma indenização, paga na base da maior rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste
remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa. artigo.
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de § 1º - REVOGADO
rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado
com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando
feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante
a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, § 2º - SEM ALTERAÇÃO
qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do
contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela
paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo
válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas
parcelas.
§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos § 3º - REVOGADO
órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada
pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver,
pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento dêste,
pelo Juiz de Paz.
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será § 4o O pagamento a que fizer jus o empregado será
efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato efetuado:
de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado,
acordem as partes, salvo se o empregado fôr analfabeto, conforme acordem as partes; ou
quando o pagamento sòmente poderá ser feito em II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado
dinheiro. for analfabeto.
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata § 5º - SEM ALTERAÇÃO
o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a
um mês de remuneração do empregado.
§ 6° O pagamento das parcelas constantes do instrumento § 6o A entrega ao empregado de documentos que
de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos comprovem a comunicação da extinção contratual aos
seguintes prazos: órgãos competentes bem como o pagamento dos valores
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
ou quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da partir do término do contrato.
demissão, quando da ausência do aviso-prévio, a) REVOGADO
indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. b) REVOGADO
§ 7° O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1° e
2°) será sem ônus para o trabalhador e empregador.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo § 8º. Sem alterações
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado,
em valor equivalente ao seu salário, devidamente
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,
comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.

COMO CALCULAR A MAULTA DO Art. 477, § 8° DA CLT = 100% da Remuneração


do trabalhador;

17. MULTA DO Art. 467, da CLT

34
35

É devida quando o empregador deixa de pagar na primeira audiência, a pedido do


reclamante, as verbas incontroversas, os seja, que não contesta e nem junta
comprovante de pagamento; Corresponde a 50% do total dessas verbas;
COMO CALCULAR A MULTA DO Art. 467, DA CLT = Soma das verbas
incontroversas x 50%;

18. JORNADA DE TRABALHO

Nos termos do Art, 7º XIII da CF e do Art. 58 da CLT, salvo algumas exceções, via
de regra, a jornada normal de trabalho será de 08:00h por dia e 44:00 semanais.
Para trabalhos realizados em turnos ininterruptos de revezamento, essa jornada srá
de 06 horas (Art. 7°,XIV, CF).

REGRA ATUAL NOVA REGRA


JORNADA
A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36
semanais e 220 horas mensais, podendo haver horas de descanso, respeitando o limite de 44
até 2 horas extras por dia. horas semanais (ou 48 horas, com as horas
extras) e 220 horas mensais
DESCANSO / INTERVALO INTRAJORNADA
Jornada acima de 6 horas o período de Jornada acima de 6 horas o período de
descanso (intervalo intrajornada) é de, no descanso (intervalo intrajornada) é de, no
mínimo, uma hora, para repouso ou mínimo, 30 minutos, desde que negociado
alimentação; entre empregado e empregador;
Se não concedido o descanso, a empresa pode Se não for concedido o descanso, a empresa
ser condenada a pagar a hora cheia como pode ser condenada a pagar apenas o tempo
extra, e não apenas o período suprimido para suprimido (diferença entre o tempo concedido e
descanso; o tempo efetivo de descanso), calculados com
Base legal: Art. 71 da CLT; Súmula 437 do TST; acréscimo de 50% sobre o valor da hora
normal.
TEMPO NA EMPRESA
A CLT considera serviço efetivo o período em Não são consideradas dentro da jornada de
que o empregado está à disposição do trabalho as atividades no âmbito da empresa
empregador, aguardando ou executando como descanso, estudo, alimentação,
ordens. interação entre colegas, higiene pessoal e troca
de uniforme.
BANCO DE HORAS
Período de um ano para compensação; Poderá ser pactuado por acordo individual
As horas de banco não sofrem acréscimo; escrito, desde que a compensação ocorra no
Podem haver períodos e situações diferentes período máximo de 6 meses;
de compensação em convenção coletiva; Base
legal: Lei 9.601/1998;
PRORROGAÇÃO DA JORNADA EM LOCAIS INSALUBRES
Somente e permitido mediante licença das Exigência de licença-prévia para prorrogações
autoridades competentes em matéria de de horários em atividades insalubres, não
segurança e medicina do trabalho; sendo exigida para as jornadas de 12 X 36;
Base legal: Portaria MTE 702/2015.;
TRANSPORTE (RESIDÊNCIA/TRABALHO – TRABALHO/RESIDÊNCIA)
Se o local é de difícil acesso o tempo gasto Em qualquer situação o tempo gasto não será
para deslocamento é considerado como tempo considerado como tempo de serviço e não será
de serviço e computado na jornada de computado na jornada de trabalho;
trabalho; Base legal: §2º do art. 58 da CLT;

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JORNADA DE TRABALHO Art. 58 da CLT


REGRA ANTERIOR REGRA ATUAL
Art. 58. A duração normal do trabalho, para os SEM ALTERAÇÕES
empregados em qualquer atividade privada, não excederá
de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como SEM ALTERAÇÕES
jornada extraordinária as variações de horário no registro
de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e
transporte, não será computado na jornada de trabalho, para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não
servido por transporte público, o empregador fornecer a será computado na jornada de trabalho, por não ser
condução. tempo à disposição do empregador.
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e REVOGADO
empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou
convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo
empregador, em local de difícil acesso ou não servido por
transporte público, o tempo médio despendido pelo
empregado, bem como a forma e a natureza da
remuneração
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo
parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas
horas semanais. semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a
vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
SEM REFERÊNCIA § 3º As horas suplementares à duração do trabalho
semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
SEM REFERÊNCIA § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de
tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte
e seis horas semanais, as horas suplementares a este
quantitativo serão consideradas horas extras para fins do
pagamento estipulado no § 3o, estando também
limitadas a seis horas suplementares semanais.
SEM REFERÊNCIA § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho
normal poderão ser compensadas diretamente até a
semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento
do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
SEM REFERÊNCIA § 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de
tempo parcial converter um terço do período de férias a
que tiver direito em abono pecuniário.
SEM REFERÊNCIA § 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo
disposto no art. 130 desta Consolidação. ” (NR)
Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser “Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida
acrescida de horas suplementares, em número não de horas extras, em número não excedente de duas, por
excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo
empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho
de trabalho.
§ 1º Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos,
constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte
por cento) superior à da hora normal.
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por SEM ALTERAÇÕES
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem
que tenha havido a compensação integral da jornada que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o
trabalhador jus ao pagamento das horas extras não trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras

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compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração não compensadas, calculadas sobre o valor da
na data da rescisão. remuneração na data da rescisão.
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não REVOGADO
poderão prestar horas extras.
SEM REFERÊNCIA § 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo
poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde
que a compensação ocorra no período máximo de seis
meses.
SEM REFERÊNCIA § 6º É lícito o regime de compensação de jornada
estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para
a compensação no mesmo mês. ” (NR)
SEM REFERÊNCIA Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas
seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso e alimentação.
SEM REFERÊNCIA Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo
horário previsto no caput deste artigo abrange os
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado
e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho
noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º
do art. 73 desta Consolidação.
SEM REFERÊNCIA Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para
compensação de jornada, inclusive quando estabelecida
mediante acordo tácito, não implica a repetição do
pagamento das horas excedentes à
SEM REFERÊNCIA Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais
não descaracteriza o acordo de compensação de jornada
e o banco de horas.

Tempo à disposição do empregador – troca de uniforme - Indevido o pagamento pelo


tempo gasto com a troca de uniforme, exceto se a troca no estabelecimento for obrigatória.
Excluiu o pagamento pelo tempo destinado à práticas religiosas, descanso, lazer, estudo,
alimentação, atividade de relacionamento social e higiene pessoal.

Extinção das horas in itinere - Exclui a obrigatoriedade de pagar pelo tempo de


deslocamento, ainda que tal trajeto seja feito por transporte fornecido pelo empregador e o
local seja de difícil acesso e não servido por transporte público regular.

Banco e compensação de horas - Criou a possibilidade da compensação semestral da


jornada por acordo individual de trabalho, ainda que tácito. Jornada 12 x 36 deverá ser
autorizada por negociação coletiva (MP 808/2017).
Veda a repetição do pagamento das horas extras em caso de observância do limite
mensal, sendo devido apenas o adicional nos casos em que não foram atendidos os
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requisitos legais para compensação. Não é possível desconsiderar o acordo de


compensação em caso de prestação habitual de horas extras.

Intervalo para repouso e alimentação - Determinou que o intervalo não gozado ou


período intervalar não gozado deverão ser pagos com acréscimo de 50% sobre o valor da
hora normal e terão natureza indenizatória. Possibilitou a redução do mencionado intervalo
para 30 minutos por meio de CCT ou ACT.

18.1 TRABALHO EM REGIME PARCIAL


O Trabalho em regime de tempo parcial é aquele com duração de até 30 horas
semanais (CLT. Art. 58 A), conforme prevê a legislação atual.
Lembramos que nenhum empregado pode ter remuneração inferior a um salário
mínimo. Entretanto, o salário-mínimo pode ser pago em seu valor mensal, diário ou horário.
Assim, o empregado contratado sob regime de tempo parcial poderá ter o seu salário fixado
proporcionalmente ao número de horas, respeitado o salário-mínimo/hora e desde que não
exceda 25 horas normais.
O art. 58 A, § 1º, da CLT estabelece que o salário a ser pago aos empregados sob
o regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação aos empregados
que cumprem as mesmas funções em tempo integral, nesse caso havendo piso salarial da
categoria, esse deverá ser reapeitado.
Nesse sentido, conforme dispositivo legal (Art. 7º, IV e XIII da CF) havendo
contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito
horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do
salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. Tal procedimento está em consonância
com a jurisprudência consolidada de nossos tribunais, especialmente a OJ 358 do TST 19.

TRABALHO EM TEMPO PARCIAL


REGRA ATUAL NOVA REGRA
A CLT prevê jornada máxima de 25 horas A duração pode ser de até 30 horas semanais,
semanais, sendo proibidas as horas extras. sem possibilidade de horas extras semanais,
Salário proporcional a jornada trabalhada. O ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6
trabalhador tem direito a férias proporcionais de horas extras, pagas com acréscimo de 50%.
no máximo 18 dias e não pode vender dias de Um terço do período de férias pode ser pago
férias, ou seja, Não pode converter 1/3 das em dinheiro.
férias em abono. Base legal: Art. 58-A, Art. 59, Salário proporcional a jornada trabalhada.
§ 4º e Art. 143, §3º da CLT;

REFORMA TRABALHISTA – OUTRAS ALTERAÇÕES


Lei 13.467/2017, publicada em 14/07/2017
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TST. OJ 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA.
EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em
16.02.2016) - Res. 202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016. I - Havendo contratação para
cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro
semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. II –
Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público
inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal
Federal.
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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
REGRA ATUAL NOVA REGRA
É obrigatório o desconto equivalente a 1 dia A contribuição sindical passa a ser opcional, ou
do salário do empregado no mês de março de seja, só haverá o desconto de 1 dia de salário
cada ano; se o próprio empregado autorizar;
Base legal: art. 580 e 582 da CLT;
CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS
REGRA ATUAL
Acordos coletivos são válidos, desde que não contrários à lei e se trouxer vantagens ao
empregado; Base legal: art. 7º, XXVI da CF; art. 611 a 625 da CLT;
NOVA REGRA
A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre
outros, se tratar de:
1. Pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
2. Banco de horas;
3. intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a 6
horas;
4. adesão ao PSE;
5. plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 6. regulamento
empresarial;
7. representante dos trabalhadores no local de trabalho;
8. teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente;
Serão consideradas Ilícitas nas convenções e acordos coletivos a supressão ou a redução dos
seguintes direitos:
1. normas de identificação profissional, inclusive as anotações na CTPS;
2. seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
3. valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do FGTS;
4. salário-mínimo;
5. valor nominal do 13º salário;
6. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
7. - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
8. salário-família;
9. repouso semanal remunerado;
10. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal;
11. número de dias de férias devidas ao empregado;
12. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 1/3 a mais do que o salário normal;
13. licença-maternidade com a duração mínima de 120 dias;
14. licença-paternidade nos termos fixados em lei;
15. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;
Convenções e Acordo Coletivos 16. aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no
mínimo, de 30 dias, nos termos da lei;
17. normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho;
18.adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;
19. aposentadoria;
20. seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
21. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato
de trabalho;
22. proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador com deficiência;

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23. proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer


trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; 24. medidas
de proteção legal de crianças e adolescentes;
25. igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso;
26. liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não
sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial
estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
27. direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender;
28. definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;
29. tributos e outros créditos de terceiros;
30. as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 da CLT;

PRAZO DE VALIDADE DAS NORMAS COLETIVAS


REGRA ATUAL NOVA REGRA
As cláusulas dos acordos e convenções O que for negociado não precisará ser
coletivas de trabalho integram os contratos incorporado ao contrato de trabalho. Os
individuais de trabalho e só podem ser sindicatos e as empresas poderão dispor
modificados ou suprimidos por novas livremente sobre os prazos de validade dos
negociações coletivas. Passado o período de acordos e convenções coletivas, bem como
vigência, permanecem valendo até que sejam sobre a manutenção ou não dos direitos ali
feitos novos acordos ou convenções coletivas. previstos quando expirados os períodos de
vigência. E, em caso de expiração da validade,
novas negociações terão de ser feitas.

REPRESENTAÇÃO
REGRA ATUAL NOVA REGRA
A Constituição assegura a eleição de um Os trabalhadores poderão escolher 3
representante dos trabalhadores nas empresas funcionários que os representarão em
com mais de 200 empregados, mas não há empresas com no mínimo 200 funcionários na
regulamentação sobre isso. Esse delegado negociação com os patrões. Os representantes
sindical tem todos os direitos de um trabalhador não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos
comum e estabilidade de dois anos. continuarão atuando apenas nos acordos e nas
convenções coletivas.

MULTAS ADMNISTRATIVAS
REGRA ATUAL NOVA REGRA
Não há uma definição de correção dos valores; Os valores das multas expressos em moeda
Base legal: tabela de multas trabalhistas; serão reajustados anualmente pela Taxa
Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central
do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo;

UNIFORMES E HIGIENIZAÇÃO
REGRA ATUAL NOVA REGRA
Não há previsão legal O empregador poderá definir o padrão de
vestimenta a ser utilizado pelo empregado;
É licita a inclusão de logomarcas da empresa e
de terceiros (empresas parceiras) e/ou outros

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itens relacionados à atividade da empresa no


uniforme;
A higienização do uniforme é de
responsabilidade do empregado, salvo se a
empresa exigir que sejam utilizados produtos
específicos para a limpeza;

QUARENTENA
REGRA ATUAL NOVA REGRA
Não há previsão; Se for demitido o empregado não poderá ser
Se o empregado é demitido, ele só poderá ser recontratado durante 18 meses, nem mesmo
recontratado depois de 3 meses (90 dias), sob como terceirizado;
pena de o contrato ser unificado.
Base legal: Portaria MTB 384/1992,

TRABALHO INTERMITENTE
REGRA ATUAL
Não há previsão legal
NOVA REGRA
O empregado poderá ser contratado (por escrito) para trabalhar por períodos trabalhados (de
forma não contínua), recebendo pelas horas, dias ou mês trabalhados, sendo-lhe assegurado o
pagamento de férias, 13º salário e previdência social ao final de cada período de prestação de
serviços;
No contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao
valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a
mesma função.
No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes.
O empregador deve avisar 3 dias antes a data de início e o valor da remuneração a ser paga
(nunca inferior ao salário mínimo ou inferior ao salário dos demais empregados da empresa que
exercem a mesma função em contrato intermitente ou não), e o empregado terá 1 dia útil para
dar ou não o aceite, sendo considerado recusado o silêncio do empregado;
Caso o contrato não seja cumprido por uma das partes, quem descumpriu terá que pagar 50%
do valor da remuneração combinada para o período contratual;
O período de inatividade não se considera como tempo de serviço à disposição do
empregador;
A contribuição previdenciária e o FGTS deverão ser recolhidos mensalmente pela empresa nos
termos da lei;
Assim como para os demais empregados, a cada 12 meses trabalhados o empregado tem
direito de usufruir, nos 12 meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá
ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador;

TRABALHADOR AUTÔNOMO
REGRA ATUAL NOVA REGRA
Não é considerado empregado, desde que A contratação do autônomo afasta a qualidade
atendidos os requisitos legais; de empregado prevista na CLT, desde que
Base legal: art. 11, V da Lei 8.213/91; cumpridas por este todas as formalidades
legais, ainda que a contratação seja com ou
sem exclusividade, de forma contínua ou não;

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS

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REGRA ATUAL NOVA REGRA


O plano de cargos e salários precisa ser O plano de carreira poderá ser negociado entre
homologado no Ministério do Trabalho e patrões e trabalhadores sem necessidade de
constar do contrato de trabalho. homologação nem registro em contrato,
podendo ser mudado constantemente.

PRÊMIO
REGRA ATUAL NOVA REGRA
O pagamento de prêmio, gratificações, dentre Os prêmios serão considerados à parte do
outros pagos pela empresa integram a salário, não se incorporam ao Contrato de
remuneração para todos os efeitos legais; Trabalho e não constituem base de incidência
Base legal: Art. 458 da CLT; de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário;

Dados atualizados até 08/2018

MARIA JOSÉ RODRIGUES DE ANDRADE PALACIOS, advogada, militante em Araguaína/TO (OAB/TO


1.139-B), nas áreas: cível, trabalhista, hospitalar e previdenciária. Pós graduada em Docência de Ensino
Superior, além de Direito do Trabalho e Processual Trabalhista, professora universitária, coordenadora do
Núcleo de Prática Jurídica da UNITPAC de Araguaina – Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio
Carlos - ITPAC, coordenadora do Núcleo de Advocacia Voluntária/CNJ em Araguaína.E-mail:
advmjrodrigues@yahoo.com.br

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