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09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G.

FINNEY CAPÍTULO 6 -- AVIVAMENTO EM EVANS' MILLS

A VERDADE DO EVANGELHO
MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY
por Charles G. Finney

CAPÍTULO VI

AVIVAMENTO EM EVANS' MILLS E SEUS RESULTADOS ESPECÍFICOS

A uma pequena distância de Evans'Mills havia um colonato de alemães, onde havia uma
pequena igreja com muitos presbíteros, muitos membros, mas sem pastor e consequentemente
sem reuniões. Uma vez por ano tinham por hábito importar um ministro de Mohawk Valley
para administrar as ordenanças do Baptismo e Santa Ceia local. Este ministro fornecia também
a catequese e recebia como membros da igreja aqueles que em seu entender estivessem aptos a
ser aceites como tal. Era essa a maneira como as pessoas eram tornadas crentes, sem
arrependimento. Era esperado apenas que preenchessem uns certos requisitos e conhecimentos
sobre o catecismo, tivessem capacidade de responder a umas certas perguntas sobre doutrinas
específicas e seriam assim admitidos como membros efectivos e comungantes da sua igreja.
Depois de se tornarem membros da igreja, todos manifestavam em incerteza de esperança, uma
grande libertinagem assumindo que estariam salvos, que tudo assim estaria muito bem com eles.
Era esta a organização daquela igreja continuadamente.

Mas ao misturarem-se com os acontecimentos em Evans'Mills, logo me vieram requisitar para


pregar ali também. Consenti e o primeiro sermão que entreguei foi sobre o texto Bíblico "sem a
santificação ninguém verá Deus". Aquele colonato encheu o salão da escola ao rubro da sua
capacidade. Todos eles entendiam bem o inglês. Comecei por mostrar-lhes o que santidade
não é. Sob este cabeçalho, peguei em tudo aquilo que eles pensavam e criam seria a religião,
revelando que nada daquilo seria santidade. Em seguida mostrei aquilo que santidade é de
facto, para depois o que significam as palavras "ver Deus". Em seguimento lógico do meu
discurso, logo lhes mostrei porque razão ninguém teria como ver o Senhor sem a santidade e
sem todos os requisitos morais e verdadeiros exigidos por Ele, os quais eles não preenchiam e
que por essa razão nenhum deles poderia sequer aspirar a vir a ser admitido em Sua presença
real, nem tão poço serem aceites por Ele como estavam. Concluí então, fazendo uns
apontamentos pessoais e práticos para aplicar directamente a todos aquilo que ali estaria a ser
discutido. E a mensagem penetrou de facto, corroborada pelo poder do Espírito Santo,
encaixando-se e alojando-se profunda e efusivamente em seus corações enganados pela
doutrina. A espada de Deus cortava-os e dilacerava-os da esquerda para a direita e da direita
para a esquerda sem lhes dar opção de fuga possível.

Em poucos dias descobriu-se que todo o colonato estava sob uma forte convicção de pecado.
Os presbíteros daquela igreja estavam inteiramente consternados, pressionados pela convicção
que não tinham nada de santos neles. A pedido seu, foi promovido um culto especial de
inquérito e resposta, para que inquiridores angustiados achassem oportunidade de questionar e
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obter respostas para o seu estado de espírito. Isto sucedeu mais ou menos na época das
colheitas. Marquei aquela reunião para a uma da tarde e encontrei a casa lotada até não caber
lá mais ninguém. Tomei lugar no centro da sala, pois não tinha outra forma andar pelo meio
deles. Perguntei coisas e encorajei-os a fazerem o mesmo a mim. Notava-se um brilhante
interesse em seus semblantes, o que os levou a terem uma grande liberdade tanto de inquérito
como de resposta. Muito poucas vezes atendi uma reunião com tanta avidez de espírito como
esta, nem mais proveitosa. Recolho da minha memória que uma senhora chegou tarde àquela
reunião de esclarecimento, assentando-se à porta. Quando lhe dirigi a palavra disse-lhe: "A
senhora não tem aspecto de estar de boa saúde"; ao que me respondeu: "É verdade, estou de
facto doente e estava mesmo de cama até à hora da reunião. Mas eu não sei ler; queria tanto
ouvir e saber da palavra de Deus que me levantei e vim ouvir". "Como é que veio?" "Vim a pé
até aqui". "A que distancia vive daqui?" "Nós agora dizemos três milhas". Sob inquérito
descobri que estava sob convicção de pecado e que estaria muito preocupada com a sua
posição e carácter desconfortável diante de Deus. Minha esposa havia-me dito que esta
senhora era uma das pessoas de maior beleza na oração, citando muitas passagens das
Escrituras quando orava, mais do que qualquer outra pessoa que sabia ler.

Logo de seguida, dirigi as minhas palavras para uma senhora de belo aspecto, alta, perguntando
qual o seu estado de espírito. Respondeu-me muito rapidamente que havia entregue seu
coração a Deus e que o próprio Deus a havia ensinado a ler assim que se convertera.
Perguntei-lhe a que se referia, duvidosamente. Disse-nos que nunca aprendera a ler e que não
sabia distinguir as letras do alfabeto. Mas assim que entregara seu coração a Deus, estava
intensamente preocupada e atribulada que não sabia como ler as Escrituras para delas se
instruir e alimentar sendo que pudesse vir a ser ensinada por Ele sobre a verdade. Disse mais:
"Pensei que o Senhor Jesus teria como me ensinar a ler e pedi-Lhe se, por favor, não me podia
ensinar a ler a Sua palavra". Assim que Lhe fiz aquele pedido, tive a sensação de que sabia ler.
As crianças tinham um Novo Testamento do qual liam e fui lá e peguei deles. Comecei a ler e
fui perguntar à senhora professora se estava a ler direitinho. Ela me disse que sim. Desde então
sei ler a Palavra de Deus. Agora posso ler a Palavra de Deus por mim mesmo", exultou
finalmente. Eu nada mais disse sobre o assunto, naquele momento. Pensei que algo de errado
havia ali, mas como a senhora me falava dum modo sério e seguro, sendo uma mulher
inteligente mesmo, fui mais tarde inquirir dos seus vizinhos sobre ela. Davam largas aos elogios
sobre o seu carácter e finalmente me afirmaram que ela era muito conhecida por não saber ler
uma palavra sequer até ao dia em que se converteu. Eu deixo aqui este assunto para que
transmita a sua mensagem por ele mesmo. Não existem teorias de envolvimento aqui. Estes,
tenho a plena certeza, foram os factos por mim apurados. O avivamento entre este colonato
alemão resultou na conversão integral de toda aquela igreja e na quase totalidade dos seus
habitantes. Foi dos avivamentos mais interessantes que pude identificar e a que tive o privilégio
de assistir.

Foi enquanto laborava neste avivamento que o Presbitério me chamou para ser ordenado, o
que fizeram também. Ambas as igrejas haviam sido fortalecidas grandemente, de tal modo que
logo de seguida construíram cada qual uma igreja em pedra por causa do grande número de
pessoas que se iam convertendo quase sistematicamente. Creio mesmo que desde então
obtiveram um considerável estado de espírito saudável e duradouro. Não permaneci ali por
muitos anos. Fiz questão de narrar apenas alguns factos substanciais destas santas ocorrências
ligadas a estes avivamentos reais. Mas posso ainda esclarecer que um sadio espírito de oração
prevaleceu entre os crentes de fibra, com uma grande unidade de sentimento entre eles. Aquela
pequena igreja em Evans'Mills, recuperou depois daquele sermão da noite de conluio e de
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decisão contra suas almas, quando se comprometeram contra Deus. Eles haviam sido dispersos
e jogados pela incoerência de suas consciências, achando-se desanimados e desmotivados,
aturdidos em confusão mesmo. Mas pegaram nas rédeas de suas vidas o melhor que podiam e
empreenderam grande labor. Duma quadrilha fútil e quebrantada, sem esperanças nem
expectativas de maior, desenvolveram-se em conhecimento profundo do Senhor Jesus Cristo
durante todo o tempo que o avivamento durou.

A Senhora alemã da qual falei, a que estava enferma à porta da reunião de esclarecimento,
juntou-se à Igreja Congregacional. Eu estava presente quando foi admitida como membro
efectivo da igreja. Um estranho efeito deu-se quando esta senhora relatou a sua experiência
com Deus. Havia uma certa senhora idosa de Israel de nome S--, a qual pertencia àquela
igreja. Era uma senhora muito piedosa. Estávamos assentados há muito, ouvindo a narração
integral do seu testemunho pessoal, uma história atrás da outra. Foi uma daquelas narrativas
mais simples, mais interessantes que eu ouvira até então, como criança o faria. Enquanto
prosseguia na sua narrativa, observei como a Sra. S-- se ergueu do seu lugar, estando aquela
igreja repleta de gente, movimentou-se com alguma dificuldade em direcção à senhora que
expunha as suas experiências com Deus, enquanto esta falava. Eu supus que ela se iria dirigir
para a porta, mas não. Estava tão ocupado no escutar daquela narração, que mal me apercebi
da movimentação da Sra. S--. Assim que chegou perto da senhora alemã, a qual relatava a sua
experiência ainda, atirou-se ao seu pescoço e envolveu-a num abraço carinhoso e rebentou em
lágrimas e disse: "Que Deus a abençoe, minha querida irmã!" A senhora correspondeu com
todo o seu coração. Tal cena deu-se tão naturalmente, tão infantilmente, tão inesperadamente,
tão pouco premeditadamente, que toda a congregação se derreteu em lágrimas. Choraram
efusivamente uns sobre os ombros dos outros. Foi uma cena tão ordeira, tão emocionante que
me será impossível transcrevê-la aqui em palavras.

O Pastor da igreja Baptista local e a minha pessoa, raramente nos encontrávamos, mesmo
quando assistíamos a um culto juntos. Ele pregava lá metade do tempo, eu a outra metade e por
consequência quando ele pregava eu estaria ausente e vice-versa. Ele era um homem bondoso
e trabalhou arduamente para contribuir para o avivamento. As doutrinas que eu pregava, eram
aquelas que eu sempre preguei como o evangelho de Cristo. Insisti na depravação moral
voluntária daqueles que estavam por regenerar ainda; numa mudança drástica, voluntariosa e
radical de coração e comportamento geral activado pelo Espírito Santo de forma real e
característica pelas armas e meios indispensáveis de qualquer verdade. Coloquei bastante
ênfase no facto de a oração absoluta e integra ser sempre uma condição indispensável para a
promoção de Vida em avivamento contínuo. A doutrina da reconciliação de Jesus Cristo, a Sua
divindade, a Sua missão divina, a Sua vida de perfeição, a Sua morte, ressurreição,
arrependimento, fé, justificação pela fé, junto com outras tais doutrinas eram devidamente
elaboradas, pregadas e logo de seguida aplicadas com singular destreza para que "chegassem a
casa", isto é, que chegasse e penetrasse tanto no coração como na vida individual das pessoas.
Não deixava nenhuma verdade à solta no ar, pois todas eram devidamente aplicadas dirigidas e
as pessoas eram devidamente confrontadas com a sua responsabilidade pessoal. Tudo era
poderosamente confirmado na elaboração e poder do Espírito Santo.

Os métodos usados eram simplesmente pregar, oração intensa e conferências para


interrogatório mútuo, muita oração individual e personalizada muito direccionada mesmo, muita
conversa individual, como também reuniões para inquiridores angustiados. Nenhuns outros
meios eram usados por mim. Não havia quaisquer sinais de fanatismo, espírito de confronto,
intemperança, divisões, divisionismos. Nem houve ali, de tudo aquilo que tomei conhecimento,

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nada do que nos pudéssemos lamentar como resultado daquele avivamento e nenhuma das suas
características tinha qualquer efeito questionável do ponto de vista racional, ético, controverso
emocionalmente.

Já falei de casos concretos de oposição a este avivamento. Numa circunstancia específica,


descobri que haviam-se preparado pessoas especificamente para uma oposição e que estavam
grandemente amargurados. Havia ali uma vasta área daquele condado, a que se chamaria de
"distrito queimado", para usar terminologia local. Uns anos antes havia-se dado ali algo
parecido com um avivamento, mas que provou ser apenas algo a que chamaram de avivamento
religioso mas que nunca havia sido. Era coisa esporádica e ouvi mesmo relatos de haver-se
tornado extravagante de carácter de exibição e excitação. Não tenho como relatar a não ser
pela boca de outros. Foi divulgado como resultado de avivamento real, mas que por fim deixou
no ar a ideia a pairar de que a religião era uma ilusão mentirosa. Muita gente defendia esse
ponto de vista, estando mesmo plenamente convictos de tal mentira pela extravagância
evidenciada. Tomando para eles como opinião do que um avivamento se tratava, muitos
sentiam-se no dever de contrapor a tudo o que se intitulasse de "avivamento", justificadamente.

Descobri entre crentes locais algumas práticas ofensivas e imorais, mais propensas a serem
ridicularizadas por pessoas inteligentes, do que serem aceites como algo da envergadura e
seriedade daquela Verdade que tem como salvar de facto. Como exemplo, vou citar um caso
caricato de perversão. Todo aquele que professava a religião sentia um dever nele imprimido e
uma obrigação peculiar de "testificar de Cristo". Todos tinham de "carregar a sua cruz" e
testemunhar em todas as reuniões onde se encontrassem. Levantava-se um para dizer: "tenho
aquele dever de fazer aquilo que ninguém pode fazer por mim; tenho de confessar que a religião
é boa e eu não; assim testifico diante de todos que não a aprecio ainda neste presente
momento; Nada tenho mais a dizer a não pedir que orem por mim". Esta cena dava-se e uma
outra pessoa levantava-se dizia também que "a religião é coisa boa; não consigo ter prazer nela;
não tenho mais nada para dizer; cumpro o meu dever em dizer isto; espero que todos orem por
mim". Seria assim que consumiam todo o tempo de culto e nada acima deste tipo de comentário
e "suspense" estariam inerentes neles. Claro está que os ímpios tinham como desporto
ridicularizar quem fosse crente. Mas, na mentalidade pública espalhou-se a certeza de que
haveria que ser assim e nunca de outra maneira que se deveria encetar qualquer reunião de
oração ou culto mesmo. Era de facto algo repulsivo. Todos se sentiam no dever de
"testemunhar", sempre que qualquer oportunidade surgisse. Assim, senti-me no dever e
obrigação de acabar com aquilo.

Comecei por acabar com aquelas reuniões cheias de sequelas. Marquei reuniões de culto
apenas onde fosse apenas pregada a palavra de Deus. Quando nos reuníamos, cantávamos um
hino, eu faria uma oração, para logo de seguida chamar duas ou mesmo três pessoas a orar
para que suas consciências não os impedissem de ver a verdade. Nomeava-os especificamente.
Lia um texto das Escrituras e falava durante algum tempo. Assim que via que as minhas palavras
houvessem atingido alguém, eu parava para lhes criar a impressão que tinham de orar sobre
aquilo especificamente para que seu coração pudesse assimilar e associar-se à verdade pelo
Espírito Santo. Prosseguia com a minha palestra para depois de pouco tempo parar para que
mais um ou dois tivessem oportunidade de orar. Assim, desse jeito, prosseguia com a reunião
não dando abertura aqueles irmãos para participarem da reunião em si. Assim, oravam sem
estarem cativos em suas inapropriadas congestões de consciência torturada e triturada. Sentiam
que assim não estariam a pecar por estarem a ser participativos no decorrer do culto. Por essa
razão, muitas das nossas reuniões não eram tabeladas de "reunião de oração". Como tais

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reuniões eram tidas como especificas para sermões, matava aquela expectativa de que todos
tinham de se levantar para participarem. Foi assim que através da sabedoria de Deus pudemos
nos sobrepor e vencer aquele estado de coisas ridículas. Um avivamento poderoso assegurou-
se nesta localidade também e assim toda a oposição dos ímpios se detonou. Passei aqui em
Antwerp cerca de seis meses, labutando em dois locais distintos ao mesmo tempo. No fim do
tempo nada mais se ouvia de oposição ao avivamento.

Mencionei já o tipo de pregação doutrinária que ali usufruía. Devo aqui acrescentar ainda que
muito esforço foi gasto em instruir inquiridores ansiosos. A prática corrente era, creio mesmo,
universal, pondo os "ansiosos" a pedir e suplicar por um coração novo não usando meios
distintos para a sua conversão específica. A convicção generalizada e conceituada era que
queriam ser crentes e que se esforçavam em convencer Deus a transformá-los. Tentei apenas
insistir na verdade que era Deus quem estava a usar aqueles meios sobre eles e não eles sobre
Deus; que Ele estaria sempre na disposição de os converter ali e já e que seriam eles quem
resistia e não Deus; que Deus estava pronto e fortemente preparado e que eles não. De forma
resumida, tentava resumir o evangelho a uma fé real e em tempo presente, também uma
submissão radical à vontade de Deus integral em tempo presente, uma instantaneidade na
aceitação de Cristo e Seu evangelho para que fossem fazer a sua paz com Deus através de
Jesus e que essa paz fosse real. Pressionava aquela questão de que qualquer atraso na sua
conversão, seria apenas mais uma evasiva de sua parte para não se submeterem à vontade de
Cristo; que toda a oração ainda por um coração novo, era um realce daquele facto
inquestionável de estarem ainda a fugir à responsabilidade pessoal da questão da sua própria
salvação, colocando aquela responsabilidade sobre Deus e que todos os seus esforços em prol
do dever sem uma conversão efectiva e efectivada seriam formas incoerentes de hipocrisia da
sua parte, iludidos pelo dever e culpabilizando Deus porque tentavam cumprir por eles.

Durante aqueles seis meses, andei de cavalo dum lado para o outro, de cidade em cidade, de
vila em vila em todas as direcções possíveis, pregando em todas aquelas ocasiões que se me
proporcionavam. Quando abandonei Adams, o meu estado de saúde havia-se degradado
muito. Tossia bastante, cuspia sangue e estava, na opinião de muitos amigos meus, prestes a
morrer. O Sr. Gale censurou-me quando saí de Adams porque pregava muito mais que uma
vez por semana e sempre mais do que aquela meia hora de cada vez conforme me aconselhara.
Mas em vez disso, eu visitava casas sem conta, atendia e promovia reuniões de oração,
pregava diariamente tanto de noite como de dia durante toda aquela época. Mas, ao contrário
de todas aquelas expectativas, antes mesmo que terminassem aqueles seis meses, o meu estado
de saúde foi restabelecido por inteiro, meus pulmões revigoraram e podia mesmo pregar duas
horas seguidas ou mais ainda, sem sentir qualquer fatiga ou cansaço, nem interior nem físico.
Penso que todos os meus sermões teriam uma média de duas horas, duas horas e meia cada.
Pregava na rua, em celeiros, nos salões das escolas e um glorioso avivamento rejubilou e
despontou em toda aquela vasta região, mesmo recebendo muitos piropos pouco elogiosos de
ministros do evangelho durante esta fase inicial do meu ministério, pois não se reviam na minha
maneira peculiar de expor as verdades como eu as entendia do evangelho. Já mencionei que o
Sr. Gale me disse como se envergonhava de vir a ser tido como um pupilo seu. O facto era que
toda a sua formação era deficientemente, muito distinta da minha e por essa razão não
aprovavam a minha maneira de participar activamente na salvação das pessoas. Eu fazia muitas
referências como parábolas às coisas comuns do dia a dia do homem comum, daqueles que me
envolviam num dado momento e tal era continuamente a minha prática coerente da maneira
como entedia devia ser aplicado o evangelho ao coração duro dos homens. Entre fazendeiros e
ganadeiros, mecânicos e outras classes sócias, eu tomava emprestado cenas do seu dia a dia, a
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partir da sua vida comum, dos seus afazeres normais e diários, para ter como ilustrar verdades
reais e coerentes a eles. Fazia uso duma linguagem comum que todos entendiam. Concluía tudo
através de muito poucas palavras, é verdade, mas em palavras de comum uso e usufruto com
imediata aplicação responsabilizável.

Antes mesmo de me haver convertido, eu tinha em mim uma tendência distinta desta. Eu
aprendia a escrever e falar com linguagem muito ornamentada. Mas quando comecei por pregar
o evangelho de Cristo, a minha mente apoderou-se duma certa ansiedade em ser entendido por
todos os que me tivessem como ouvir. Era urgente e expediente ser bem entendido. Estudei
vigorosamente para encontrar e descobrir meios de persuasão que não fossem nem vulgares
nem vulgarizados, mas também os quais fossem bem assimilados e que explanassem todos os
meus pensamentos com a maior das simplicidades de linguagem, pois o alvo era ser entendido,
salvar e não aceite pela opinião publica. Esta maneira de ser e estar no púlpito era opostamente
agressiva à ideia comum entre o meio ministerial e as noções da altura, pois não aceitavam esta
nova maneira de empreender e viver as verdades. A respeito das muitas ilustrações das quais
fazia uso, muitos me perguntariam: "Porque não ilustra as coisas através dos eventos histórico-
sociais duma maneira mais dignificante?" Ao que eu respondia sempre que quando trazia uma
ilustração que ocupava as mentes das pessoas, então elas nunca davam nem a devida atenção,
nem a importância à verdade que essas ilustrações pretendiam encerar e implantar nos corações
e nas vidas pessoais de cada um que me ouvia. Eu não tinha como objectivo que se lembrassem
da ilustração nem de mim, mas sim da verdade da ilustração contida em si e em mim.

A respeito da simplicidade daquela linguagem da qual eu fazia uso inquestionavelmente, apenas


me defenderia instigando que o meu objectivo não seria cultivar um certo estilo oratório que
trovejasse acima das cabeças das pessoas, mas, acima de tudo, que fosse bem entendido; fazia
assim uso de todo o género de linguagem que melhor se adequasse às circunstancias e alvos a
atingir, o que nunca se tornou banal nem vulgar, mas demonstrou ser muito sábio. Foi mais ou
menos pela altura em que estava saindo de Evans'Mills que o nosso Presbitério se reuniu e eu
compareci naquela reunião. Deixei nas mãos de irmãos todo o trabalho do avivamento, a
pedido seu, e fui integrar-me nos trabalhos do Presbitério. Todos os irmãos do Presbitério
estariam já muito bem informados do meu modo característico de trazer a mensagem de Cristo
à população, mas mais aqueles que já me haviam ouvido falar. A reunião começou pela manhã,
houve um intervalo para almoço e quando nos reunimos pela tarde, uma multidão de gente
reuniu-se e encheu a casa. Eu não tinha a menor ideia daquilo que os meus irmãos do
Presbitério me haviam preparado. Por essa razão assentei-me no meio da multidão e esperei
até que a reunião fosse reiniciada.

Mas logo que aquela assembleia parecia estar repleta, um daqueles irmãos levantou-se dizendo:
"As pessoas reuniram-se aqui seguramente para ouvirem a pregação da palavra. Peço e faço
questão que o Sr. Finney nos dirija a palavra". Aquele pedido foi secundado e foi
unanimemente aceite. Reparei por um momento que era a intenção dos meus irmãos do
Presbitério porem-me à prova, para ver se de facto eu teria a audácia de fazer o que me
pediam de acordo com aquilo que de mim há muito haviam ouvido. Ergui-me sem qualquer
preparação prévia, não fiz qualquer comentário, qualquer apologia, qualquer objecção nem
qualquer sinal de que os ia agradar ou não cumprir o seu pedido. O meu coração estava cheio e
queria pregar a palavra. Tomei o meu lugar mas não atrás do púlpito, pequeno mas alto,
pregado na parede. Andei dum lado para o outro no corredor abaixo do púlpito, um pouco
acima da multidão. Nomeei o texto: "Sem santidade (santificação) ninguém verá Deus. O
Senhor assistiu a Palavra pessoalmente. As pessoas estavam manifestamente interessadas e

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mostraram um grande interesse em tudo o que dizia. Eles foram imensamente tocados.

Mas, depois daquela reunião, um dos irmãos saiu da multidão, veio ter comigo e disse: "Irmão
Finney, se o senhor por acaso passar pela nossa área, gostaria muito que o senhor pregasse em
algumas das escolas dos nossos distritos. Não gostaria muito que o senhor pregasse numa
igreja. Mas que o fizesse nas escolas e salões sociais fora das vilas nas escolas do distrito.
Gostava que o senhor pregasse por ali". Estou apenas a mencionar este facto para fazer passar
a ideia daquilo que pensavam sobre a minha forma de pregar. Mas como estavam nas trevas
sobre este assunto os meus irmãos! Eles queixavam-se que eu abatia aquela dignidade do
púlpito; que era uma desgraça e desonra para o meio ministerial; que eu falava às pessoas como
um advogado na barra do tribunal; que eu era homem que falava de forma como se faria em
colóquios; que eu usava muito a palavra referindo a primeira pessoa, isto é, "Você" em vez de
"eles" como todos faziam quando mencionavam o pecado e o estado do pecador; que usava a
palavra inferno de um jeito que fazia estremecer todos os que me ouviam; também ainda que
insistia de tal modo a que as pessoas se convertessem logo ali, como se não tivessem mais um
momento de vida à sua frente; ou também que eu "batia" nas pessoas. Um doutor religioso uma
vez disse-me que se sentia mais propenso a chorar do púlpito com as pessoas do que a acusá-
las assim tão directamente como eu o "fazia". Eu retorqui apenas que discordava por inteiro,
pois nada me admirava que ele assim procedesse devido ao tipo de doutrina a que ele se
apegou; que se ele cria que as pessoas tinham a tal natureza hereditária e que o pecado não os
deixaria nunca, que nada podiam fazer em relação à santidade e assim não seria nada estranho
que sugerisse pregar daquele jeito entregue à mediocridade, pois cria que a culpa do pecador
era de Deus e que os homens iam para o inferno por culpa de Deus.

Mas depois de haver já estado a pregar durante um considerável tempo, havendo o Senhor
dado tanto o Seu aval como a Sua bênção visível e inquestionável ao Labor em Seu Nome,
tendo muitos trunfos para apresentar a meu favor, dizia aos outros homens do ministério os
quais contendiam comigo sobre a minha forma agressiva de estar por trás do púlpito e queriam
a todo o custo que eu antes adoptasse os seus métodos, que se me mostrassem o fruto do seu
labor, eu de bom grado os aceitaria. Se me conseguissem manifestar que aquele fruto do seu
labor excedia o meu, não hesitaria em assumir que estava errado. "Mostrem um caminho mais
excelente! Mostrem-me o fruto a exceder ou igualar a bênção de Deus no meu labor; se me
mostrarem que os vossos métodos excedem em fruto aos meus, se o vosso jeito de pregar
frutifica acima dos meus, adoptarei desde logo qualquer um. Mas como podem esperar que
abandone os meus métodos e práticas que aprendi do Senhor, quando nenhum de vós pode
apontar o erro em mim através do fruto da bênção manifesta, da quantidade de convertidos
reais, de qualquer erro em que eu haja tropeçado, qualquer imperfeição a que me haja
entregue, no meu pregar, na minha mensagem ou em qualquer outra coisa que me possam
apontar distintamente? Como poderão esperar de mim mudar aquilo que frutifica por aquilo que
não frutifica? A minha intenção é melhorar e aperfeiçoar tanto quanto puder. Mas não poderei
adoptar a vossa maneira de trazer o evangelho, pois não trazem fruto e não revelam claramente
nem onde está o meu erro nem onde está o vosso fundamento".

Muitas vezes houve queixumes que eu me repetia muitas vezes quando pregava porque eu
agarrava num mesmo pensamento e virava-o de várias maneiras, de cima para baixo e da
direita para a esquerda, de baixo para cima para que as coisas ficassem claras e aplicáveis.
Bastava assim ao ouvinte estender a sua mão às verdades ali mesmo diante deles, aplicando-as
ao seu coração voluntariamente. Ilustrava tudo quanto enchia meu coração, de várias maneiras,
com vários parâmetros e histórias da vida real. Assegurei que assim procedia para que fosse

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entendido e que os tesouros da verdade fossem postos a descoberto com a finalidade de que a
mão de quem os desejasse se estendesse de imediato para eles. Também lhes transmiti que não
tinha porque abdicar dos meus métodos, visto estes trazerem bastante fruto e sossego de
espírito. Eles respondiam que aquilo que eu dizia da maneira que falava, nunca iria interessar
uma Congregação culta e cultivada. Mas, todos os factos acabaram por silenciar todos aqueles
que se me oponham. Descobriam e viam que uma enorme classe de advogados, de juízes e
outros homens educados se convertiam às centenas. Mas sob seus métodos, nenhuma
conversão se dava.

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