Sunteți pe pagina 1din 10

09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G.

FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

A VERDADE DO EVANGELHO
MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY
por Charles G. Finney

CAPÍTULO XXIV.

O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

Os alunos do Seminário Lane vieram para Oberlin, e os diretores mandaram erguer tendas, nas
quais ficaram alojados, e outros estudantes vinham até nós de todas as direções. Depois que
me comprometi a ir, os irmãos de Oberlin escreveram-me, pedindo que eu levasse uma grande
tenda, sob a qual realizaria minhas reuniões, já que não havia sala grande o suficiente naquele
lugar para acomodar as pessoas. Fiz esse pedido a alguns irmãos conhecidos meus que me
disseram para mandar fazer a tenda, pois me forneceriam o dinheiro. Solicitei a tenda, e
entregaram-me o dinheiro para pagar por ela. Era uma tenda circular, de cem metros de
diâmetro, fornecida com todo o equipamento necessário para erguê-la. No topo do pilar central
que sustentava a tenda, ficava uma bandeira, sobre a qual estava escrita em letras garrafais
"Santidade ao Senhor" Essa tenda nos foi muito útil. Quando o clima permitia, a tenda era
erguida na praça todo domingo, e realizávamos cultos abertos ao público, e muitos de nossos
cultos iniciais foram realizados nela. Também era usada até certo ponto, para realizar reuniões
prolongadas na região e vizinhança, onde não haviam igrejas grandes o suficiente para a
acomodação do povo.

Falei sobre a promessa de Arthur Tappan de sustentar-nos com suas finanças, com toda sua
renda, até que estivéssemos além das necessidades financeiras. Mediante a esse acordo com
ele, ingressei no trabalho. Então, mais adiante foi feito um acordo entre nós, onde sua oferta não
deveria ser conhecida aos diretores, a menos que falhassem em fazer os esforços necessários,
como ele desejava não meramente coletar fundos, mas fazer as necessidades e objetivos da
instituição conhecidos pelo país a fora. De acordo com esse entendimento, a obra aqui foi
levada até onde pôde ser, considerando que estávamos no coração de uma grande floresta e
numa localização indesejável, sob muitos aspectos na época.

Acabávamos de começar as obras de construção de nossos edifícios, e já precisávamos de


uma grande quantia de dinheiro, quando a grande depressão comercial atingiu o Sr. Tappan, e
quase todos os homens que haviam prometido fundos para o sustento dos professores. A
depressão atravessou o país, e abalou uma grande massa de homens ricos. Deixou-nos não
somente sem nenhum fundo para o sustento do corpo docente, mas também com uma dívida de
trinta mil dólares, sem qualquer esperança, que pudéssemos ver, em obter o capital dos amigos
www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 1/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

da faculdade neste país. O Sr. Tappan escreveu-me nessa época, reconhecendo abertamente a
promessa que fizera, e expressando a mais profunda angústia por estar quase falido e
totalmente incapaz de cumprir sua oferta. Nossas necessidades eram então muito grandes, e
aos olhos humanos, a faculdade parecia ser uma derrota.

A grande maioria do povo em Ohio era totalmente oposta a nossa instituição, por causa de seu
caráter abolicionista. As cidades ao nosso redor eram hostis a nossa movimentação, e em
alguns lugares, ameaças de destruição de nossos prédios foram feitas. Uma legislação
democrática estava, enquanto isso, esforçando-se para abraçar alguns de nós, o que lhes
permitiria abrogar nosso caráter. Nessa situação havia, é claro, um grande clamor a Deus em
meio ao povo.

Enquanto isso, minhas palestras sobre o avivamento circulavam extensivamente na Inglaterra, e


sabíamos que o público britânico simpatizaria muito conosco se soubessem de nossos
objetivos, nossas esperanças, e nossa condição. Enviamos, portanto um comitê para a
Inglaterra, composto pelo Rev. John Keep e o Sr. William Dawes, obtendo para eles cartas de
recomendação, e expressões de confiança em nossa empresa, de alguns dos principais
abolicionistas do país. Eles foram para a Europa, e apresentaram nossos objetivos e
necessidades ao povo britânico, que respondeu generosamente, dando-nos seis mil libras
esterlinas. Isso praticamente quitou nossas dívidas.

Nossos amigos, espalhados pelos estados do norte, que eram abolicionistas e simpatizantes dos
avivamentos, generosamente ajudaram-nos dentro de suas possibilidades. Mas tivemos que
pelejar com a pobreza e muitas provas, ao longo de muitos anos. Algumas vezes não sabíamos,
dia após dia, como seríamos sustentados. Mas com a benção de Deus, servimo-nos a nós
mesmos, com o melhor que podíamos.

Certa vez, vi que não tinha recurso algum para sustentar minha família durante o inverno. O dia
de Ação de Graças chegou, e vimo-nos tão pobres que fui obrigado a vender meu baú de
viagens, que usara em minhas obras evangelísticas, para suprir no lugar de uma vaca que eu
havia perdido. Levantei-me na manhã daquele dia, e apresentei nossas necessidades diante do
Senhor. Concluí dizendo que, se a ajuda não viesse eu entenderia que deveria ser assim, e
ficaria completamente satisfeito com qualquer caminho que o Senhor sabiamente seguisse. Saí e
fui pregar, e aproveitei minha própria pregação, creio eu, como jamais havia antes. Tive um dia
abençoado para minha própria alma, e pude ver que as pessoas gostaram muito.

Depois da reunião, fiquei ainda um tempo entretido na conversa com alguns irmãos, e minha
esposa voltou para casa. Quando cheguei ao portão, ela estava de pé com a porta aberta, com
uma carta em sua mão. Conforme me aproximei, ela disse sorrindo "A resposta veio, meu
querido" e entregou-me a carta, contendo um cheque do Sr. Josiah Chapin de Providence, um
cheque de duzentos dólares. Ele estivera aqui no último verão, com sua esposa. Eu não havia
www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 2/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

dito nada sobre minhas necessidades, pois não tinha o hábito de mencioná-las para ninguém.
Mas na carta que tinha o cheque, ele dizia que soubera sobre a falência do fundo dos
professores, e que eu precisava de ajuda. Contou também que eu poderia esperar por mais, de
tempos em tempos. Ele continuou a me enviar seiscentos dólares por ano, por muitos anos, e
com esse dinheiro, conseguimos sobreviver.

Eu deveria ter dito que, de acordo com meu arranjo em Nova Iorque, eu passava meus verões
em Oberlin, e invernos em Nova Iorque, por dois ou três anos. Tínhamos um abençoado
avivamento, sempre que eu voltava para pregar ali. Também tínhamos um avivamento contínuo
aqui. Pouquíssimos estudantes ficaram sem se converter na época. Mas em virtude de minha
saúde, logo descobri que deveria desistir de um desses campos de trabalho. Mas os interesses
relacionados à faculdade pareciam proibir-me totalmente de deixar Oberlin. Pedi, portanto,
dispensa de minha igreja em Nova Iorque, e os meses de inverno que deveria passar naquela
cidade, comecei a passar em vários lugares, para promover avivamentos religiosos.

As palestras sobre avivamentos religiosos foram pregadas enquanto eu ainda era pastor da
igreja Presbiteriana na capela da Rua Chatham. Nos dois invernos seguintes, dei palestras para
cristãos no Tabernáculo da Broadway, as quais também foram relatadas pelo Sr. Leavitt e
publicadas no Evangelista de Nova Iorque. Essas também foram publicadas em um livro neste
país e na Europa. Aqueles sermões para cristãos foram basicamente os resultados de uma
pesquisa que se passava dentro de minha própria mente. Quero dizer que o Espírito de Deus
mostrava-me muitas coisas, no que diz respeito à questão da santificação, que me levaram a
pregar tais sermões específicos para cristãos.

Muitos irmãos consideraram aquelas pregações mais como uma exibição da Lei, do que do
Evangelho. Mas eu não as considerava, e não as considero assim. Para mim a Lei e o
Evangelho têm apenas uma regra de vida, e qualquer violação do espírito da Lei é também uma
violação do espírito do Evangelho. Mas há muito tempo sou convencido, de que as mais altas
formas de experiência cristã, são alcançadas somente como um resultado de uma terrível e
minuciosa aplicação da Lei de Deus à consciência e ao coração humano. Os resultados de
minhas obras até então, mostravam-me de forma mais clara do que nunca, que a grande
impiedade dos cristãos, e que os membros mais velhos da igreja, em geral, progrediam muito
pouco na graça. Vi que eles sairiam do estado de avivamento, até mesmo antes dos convertidos
mais novos. Foi assim no avivamento em que eu me converti. Vi claramente que isso se devia a
seus primeiros ensinamentos, ou seja, às visões nas quais foram levados a acreditar quando
eram jovens convertidos.

Também fui levado a uma grande insatisfação com minha própria necessidade de estabilidade
na fé e no amor. Para ser transparente, e contar a verdade, devo dizer, para o louvor da graça
de Deus, que Ele não me permitiu recair, não da mesma forma, que cristãos manifestadamente
recaíam. Mas muitas vezes senti-me fraco diante da tentação, e precisei freqüentemente realizar
dias de jejum e oração, e gastar muito tempo examinando minha própria vida religiosa, a fim de

www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 3/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

manter aquela comunhão com Deus, e apegar-me à força divina, que me capacitaria a trabalhar
com eficiência na promoção de avivamentos religiosos.

Ao contemplar o estado da igreja cristã, como me fora revelado em minhas obras de


avivamento, fui levado a questionar sinceramente sobre a possibilidade de haver algo maior e
mais durável do que aquilo que a igreja cristã tinha consciência, se não havia promessas e meios
apresentados no Evangelho, para o estabelecimento dos cristãos em uma forma mais elevada
de vida cristã. Eu sabia algumas coisas sobre a visão de santificação defendida por nossos
irmãos metodistas. Mas como a idéia deles de santificação a mim parecia relacionar-se sempre
com estados de sensibilidade, eu não podia aceitar seu ensinamento. Contudo, entreguei-me a
uma pesquisa minuciosa das Escrituras, e a ler tudo que viesse parar em minhas mãos sobre o
assunto, até minha mente estar convencida de que uma forma mais alta e estável de vida cristã
era alcançável, e era privilégio de todos os cristãos.

Isso me levou a pregar no Tabernáculo da Broadway, dois sermões sobre a perfeição cristã.
Esses sermões estão agora incluídos no livro de palestras pregadas para cristãos. Neles, eu
defini o que é a perfeição cristã, e esforcei-me para mostrar que é algo alcançável nesta vida, e
o sentido no qual pode alcançá-la. Nessa época, a questão da perfeição cristã, no sentido
antônimo do termo, trouxe bastante agitação à New Haven, Albany, e até mesmo na cidade de
Nova Iorque. Eu examinei essas opiniões, como foram publicadas no periódico intitulado "O
Perfeccionista". Mas não pude aceitá-las. Ainda assim, estava convencido de que a doutrina de
santificação nesta vida, e santificação plena, no sentido de que era privilégio do cristão viver
sem pecado conhecido, era uma doutrina ensinada pela bíblia, e que abundantes meios eram
oferecidos para assegurar que conseguíssemos isso.

No último inverno que passei em Nova Iorque, o Senhor agradou-se em visitar minha alma com
um grande refrigério. Depois de um período de busca de coração, Ele me levou, como já o fez
várias vezes, a um lugar maior, dando-me muito daquela divina doçura em minha alma, da qual
o Presidente Edwards fala por experiência própria. Naquele inverno eu tive um quebrantamento
absoluto, tanto que às vezes, por um período considerável, eu não conseguia parar de chorar
alto, em vista de meus próprios pecados, e do amor de Deus em Cristo. Momentos como
esses, foram freqüentes naquele inverno, e resultaram numa grande renovação de minhas forças
espirituais e na ampliação de minhas visões, no que diz respeito aos privilégios dos cristãos e da
abundância da graça de Deus.

Sabe-se que minhas visões sobre a questão da santificação têm sido alvo de muitas críticas.
Para ser fiel à história, devo dizer algumas coisas que, em outras circunstâncias, deixaria passar
em silêncio. A Faculdade Oberlin foi estabelecida pelo Sr. Shipherd, grandemente contra os
sentimentos e desejos dos homens mais preocupados em construir a Faculdade da Reserva
D'Oeste, em Hudson. O Sr. Shipherd certa vez informou-me que o principal agente financeiro
da faculdade, assegurou-lhe que iria fazer tudo que pudesse para derrubar esta faculdade. Logo
que souberam, em Hudson, que eu havia recebido um convite de Oberlin, como professor de

www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 4/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

teologia, a diretoria elegeu-me como professor de teologia pastoral e eloqüência sagrada, na


Faculdade da Reserva D'Oeste, de forma que eu tinha dois convites ao mesmo tempo. Não me
comprometi, por escrito, com nenhuma das duas, mas fui conhecer o território, para então me
decidir.

Naquela primavera, a assembléia geral da igreja Presbiteriana reuniu-se em Petesburgo.


Quando eu cheguei a Cleveland, fui informado de que dois dos professores de Hudson
esperavam por minha chegada naquela cidade, planejando que eu fosse primeiro, a qualquer
custo, para Hudson. Mas atrasei-me no Lago Erie por causa de ventos adversos, e os irmãos
que esperavam por mim em Cleveland haviam partido para estarem na abertura da assembléia
geral, deixando um recado com um irmão, para que me encontrasse quando eu chegasse, e a
qualquer custo, levasse-me para Hudson. Mas em Cleveland, encontrei uma carta a minha
espera, do Sr. Arthur Tappan, de Nova Iorque. De alguma forma, ele soubera do fato de que
muitos esforços estavam sendo feitos para que eu fosse induzido a ir para Hudson, ao invés de
Oberlin.

A faculdade em Hudson, na época, tinha seus edifícios e aparatos, reputação e influência, e já


estava estabalecida como uma faculdade. Oberlin não tinha nada. Não tinha prédios
permanentes, e era composta por uma pequena colônia assentada no meio da mata, e apenas
começara a construir suas próprias casas, e a derrubar a imensa floresta, para abrir espaço
para uma faculdade. Ela tinha, com certeza, seu alvará, e talvez cem alunos na região, mas tudo
ainda tinha que ser feito. Essa carta do irmão Tappan fora escrita para alertar-me para que não
supusesse que seria um instrumento em Hudson, para assegurar o que desejávamos fazer em
Oberlin.

Deixei minha família em Cleveland, aluguei um cavalo e carroça, e fui para Oberlin, sem ir a
Hudson. Pensei que poderia pelo menos ver Oberlin primeiro. Quando cheguei a Elyria,
encontrei alguns velhos conhecidos ali, de Nova Iorque. Eles me contaram que a diretoria da
Faculdade da Reserva D'Oeste pensava que, se pudesse assegurar minha presença em Hudson,
isso pelo menos prejudicaria bastante Oberlin, e que em Hudson havia uma influência
tradicionalista forte o suficiente para compelir-me à submissão a suas visões e métodos de
ação. Isso estava precisamente de acordo com a informação que eu havia recebido do Sr.
Tappan.

Fui para Oberlin e vi que não havia nada que impedisse a construção de uma faculdade, nos
princípios que a mim pareciam não apenas se basearem na fundação de todo o sucesso no
estabelecimento de uma faculdade aqui no Oeste, mas também em princípios de reforma, tais
quais eu sabia que eram guardados nos corações daqueles que se haviam comprometido a
apoiar a construção da Faculdade Oberlin. Os irmãos da região eram fervorosamente a favor
da construção de uma escola de princípios radicais sobre a reforma. Então, escrevi uma cara
para a diretoria de Hudson, recusando seu convite, e mudei-me para Oberlin. Não tive nada de
mal a dizer sobre Hudson, e não soube de nada mau sobre eles.

www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 5/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

Depois de um ou dois anos, o grito de perfeccionismo antônimo foi ouvido, e isso trouxe
acusações sobre nós. Cartas foram escritas, corpos eclesiásticos foram visitados, e muitos
esforços foram feitos para que nossas visões aqui fossem apresentadas como hereges. Tais
apresentações foram feitas a corpos eclesiásticos por todo o país, levando muitos deles a
aprovarem resoluções, prevenindo as igrejas contra a influência teológica de Oberlin. Parecia
haver uma união geral de influência ministerial contra nós. Aqui, entendíamos muito bem o que
começara tudo isso, e como toda essa agitação levantara-se. Mas nada dissemos. Não tivemos
controvérsia alguma com aqueles irmãos que, tínhamos consciência, esforçavam-se para gerar
um sentimento público tão grande contra nós. Não devo entrar em detalhes, mas cabe dizer que
as armas formadas contra nós, reagiram de forma mais desastrosa contra aqueles que as
geraram, até o ponto de haver uma mudança em quase todos os membros da diretoria e dos
professores, em Hudson, e a administração geral da faculdade caiu em outras mãos.

Eu raramente ouvi dizer qualquer coisa em Oberlin, naquela época, contra Hudson, ou em
qualquer outra época depois. Travão em nossos próprios negócios, e sentíamos que em
respeito à oposição daquele quadrante, nossa força estava em ficarmos quietos em nosso
canto, e não seríamos confundidos. Tínhamos confiança de que não era plano de Deus que a
oposição prevalecesse. Quero ser distintamente entendido, que não tenho consciência alguma
de que qualquer um dos atuais líderes e administradores daquela faculdade, simpatizaram com
que foi feito naquela época, ou mesmo que saibam o curso que foi tomado naquela ocasião.

Os ministros, de longe e de perto, levaram sua oposição ao extremo. Naquela época, uma
convenção foi chamada para reunir-se em Cleveland, para discutir o assunto da educação no
Oeste, e o apoio às faculdades do Oeste. O chamado fora tão comentado que saímos de
Oberlin, esperando participar dos procedimentos da convenção. Quando chegamos lá,
encontramos o Dr. Beecher, e logo vimos que alguns dos procedimentos caminhavam para que
os irmãos de Oberlin e todos aqueles que com eles simpatizassem, fossem excluídos da
convenção. Então, eu fui proibido de assistir à convenção como membro, mas mesmo assim,
participei de muitas de suas sessões. Recordo-me de ter escutado distintamente um dos
pastores dos arredores dizerem que ele considerava as influências das doutrinas de Oberlin
piores do que as do Catolicismo Romano.

Aquele foi um discurso representativo, e parecia ser sobre o ponto de vista defendido por
aquela instituição, mas de maneira nenhuma, generalizada. Alguns de seus membros, que haviam
sido educados em teologia em Oberlin estavam tão relacionados com as igrejas e com a
convenção, que foram admitidos como participantes vindos de todas as partes do país. Tais
irmãos defenderam grandemente os princípios e práticas de Oberlin, sempre que eram
questionadas. O objetivo da convenção era evidentemente encurralar e esmagar-nos, por um
sentimento público que nos privaria de todo apoio. Mas deixe-me ser distintamente claro ao
dizer que não culpo em nada os membros daquela convenção, talvez apenas alguns deles, pois
eu sabia que haviam sido levados a isso, e agiam sob uma terrível má compreensão dos fatos.
O líder daquela convenção era o Dr. Lyman Beecher.
www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 6/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

A política que adotamos foi a de deixar a oposição em paz. Preocupávamo-nos com nossos
próprios negócios, e sempre tivemos tantos alunos quanto pudemos. Estávamos sempre
ocupados com o trabalho, e sempre muito encorajados em nossos esforços.

Poucos anos depois da reunião dessa convenção, um dos principais pastores que ali estavam,
veio passar um ou dois dias em nossa casa. Entre outras coisas, ele me disse "Irmão Finney,
Oberlin é para nós uma maravilha admirável. Há muitos anos estou ligado a uma faculdade
como um de seus professores. A vida e princípios universitários, e as condições sob as quais as
faculdades são erguidas são muito familiares para mim. Sempre pensamos que as faculdades
não pudessem existir a menos que fossem protegidas pelo ministério. Sabíamos que jovens
prestes a irem para a universidade geralmente consultariam seus pastores para que ajudassem
na escolha, e guiar-se-iam por seus julgamentos. Agora," disse ele, "quase todos os pastores
uniram-se contra Oberlin. Foram enganados pelo clamor do perfeccionismo antônimo e no que
diz respeito à suas visões de reforma. Por isso , os corpos eclesiásticos se uniram de todas as
partes, Congregacionais, Presbiterianos, e de todas as denominações. Alertaram suas igrejas
contra vocês, desencorajaram todos os jovens a virem para Oberlin, e ainda assim o Senhor os
tem levantado. Vocês têm sido sustentados com fundos monetários mais do que qualquer outra
faculdade no Oeste, têm tido de longe muito mais alunos, e a benção de Deus tem estado sobre
vocês, para que seu sucesso seja maravilhoso. Agora, isso é uma perfeita anomalia na história
das faculdades. Os opositores a Oberlin não têm sido apoiados, e Deus está ao seu lado,
sustentando-os ao atravessar toda essa oposição, de maneira que quase não a sentiram.".

É difícil agora para as pessoas, idealizar a oposição que enfrentamos, logo que estabelecemos
esta faculdade. Como ilustração, e como um caso representante, relatarei um caso hilário que
ocorreu na mesma época desses outros fatos sobre os quais tenho comentado. Tive a
oportunidade de ir para Akron, para pregar num domingo. Fui com um cavalo e carroça. No
caminho, depois da vila de Medina, observei na estrada diante de mim, uma mulher andando
com um pequeno fardo em suas mãos. Conforme me aproximei, percebi que era uma senhora,
bem vestida, mas andando com certa dificuldade, creio eu que por causa de sua idade. Quando
cheguei até ela parei o cavalo e perguntei-lhe até onde iria à estrada. Ela me disse, e então
perguntei se ela não aceitaria uma carona em minha carroça. Ela respondeu "Ó, ficaria muito
grata por uma carona, pois ainda tenho uma longa caminhada pela frente". Ajudei-a a subir na
carroça e prossegui. Descobri que ela era uma senhora muito inteligente, muito livre e à vontade
ao conversar.

Depois de cavalgar por certa distância, ela disse "Poderia saber a quem devo este favor?" Eu
disse a ela quem era. Ela então perguntou de onde eu vinha. Disse-lhe que vinha de Oberlin.
Essa notícia a chocou. Ela fez um movimento como se afastasse de mim o máximo que pudesse
e olhando seriamente para mim disse "De Oberlin! Ora, nosso pastor disse que preferiria
mandar seu filho para a prisão estadual do que para Oberlin!" É claro que eu sorri e aliviei os
temores daquela senhora, se é que tinha algum, e a fiz compreender que não corria perigo
algum comigo. Relato isso simplesmente como uma ilustração do espírito que prevalecia por
www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 7/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

todos os lados quando esta faculdade foi estabelecida. Falsas representações e temores
abundavam país a fora, por quase todos os cantos dos Estados Unidos.

No entanto, havia um grande número de leigos, e um considerável número de pastores, num


geral, em diferentes partes do país. Eles não tinham confiança alguma nessa oposição, que
simpatizavam com nossas metas, visões, esforços, e que os apoiaram forte e firmemente. Ao
saber, das dificuldades pelas quais passávamos em função dessa oposição, doavam de seu
dinheiro e influência para ajudar-nos a prosseguir.

Já comentei sobre o Sr. Chapin, de Providence, sobre como me enviou seiscentos dólares por
ano, durante vários anos, dinheiro que sustentou minha família. Quando já fizera por tanto
tempo quanto achava que era seu dever, e de fato, ele o fizera até que dificuldades financeiras
fizeram com que essa prática fosse inconveniente, o Sr. Willard Sears, de Boston, assumiu seu
lugar, e por vários anos supriu-me com a mesma quantia que o Sr. Chapin enviava anulmente.
Enquanto isso, esforços contínuos eram feitos para conseguir o sustento dos outros membros
do corpo docente, e pela graça de Deus, superamos a tribulação. Depois de poucos anos, o
medo, em certo nível, esvaiu-se.

O Presidente Mahan, Prof. Cowles, Prof. Morgan e eu, lançamos uma publicação sobre o
assunto da santificação. Estabelecemos um periódico, o Evangelista de Oberlin, e mais tarde, O
Trimestral de Oberlin, nos quais esclarecíamos ao público, em grande parte, quais eram nossas
reais visões. Em 1846, publiquei dois livros sobre Teologia Sistemática, e nessa obra, discuti o
assunto de santificação plena, de forma mais ampla. Depois de esta obra ter sido publicada, ela
foi revisada por um comitê do Presbitério de Tróia, em Nova Iorque. Então o Dr. Hodge, de
Princeton, publicou no Repertório Bíblico, uma extensiva crítica à minha teologia, a partir dos
pontos de vista dos tradicionais. Então o Dr. Duffield, da Igreja Presbiteriana Renovada, que
morava em Detroit, também fez uma crítica, abertamente do ponto de vista renovado. A essas
diferentes revisões, publiquei réplicas, conforme apareciam, e por muitos anos passados, até
onde sei, nenhuma disposição tem se mostrado para que nossa ortodoxia seja contestada.

Até aqui, narrei os principais fatos ligados ao estabelecimento e lutas da escola em Oberlin, até
onde são de meu conhecimento. E por ser o professor de teologia, a oposição teológica era
direcionada, é claro, principalmente para mim, o que me levou, pela necessidade, a falar mais
livremente de minhas relações como o todo, algo que em outras circunstâncias eu não teria
feito. Mas que eu não seja mal entendido. Não digo que os irmãos que assim se opuseram
foram vis em sua oposição. Sem dúvida, a grande maioria deles foi erroneamente levada a isso,
e agiram de acordo com suas visões do que era certo, de acordo com seu entendimento.

Devo dizer, pela honra da graça de Deus, que nenhuma oposição que encontramos abalou
nosso espírito aqui, ou nos perturbou, a ponto de levar-nos a um espírito de controvérsia ou
ressentimentos. Estávamos bem conscientes das dores que haviam sido tomadas para que tais
www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 8/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

mal-entendidos acontecessem, e compreendíamos facilmente como era, que éramos o oposto,


em espírito e maneiras, do que éramos acusados.

Durante esses anos de fumaça e poeira, de apreensões e oposições vindas de fora, o Senhor
abençoava-nos ricamente aqui dentro. Prosperamos não somente em nossas próprias almas
aqui, como uma igreja, mas tínhamos um avivamento contínuo, ou vivíamos no que pode ser
devidamente considerado como um estado de avivamento. Nossos alunos convertiam-se às
pencas, e o Senhor nos escondia continuamente à sombra de Sua nuvem de misericórdia. Um
vendaval de influência divina varria nosso meio de ano em ano, produzindo abundantemente o
fruto do Espírito, amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e
temperança.

Sempre atribuí nosso sucesso nesta boa obra inteiramente à graça de Deus. Não foi sabedoria
ou bondade alguma de nossa parte que alcançou este sucesso. Nada além de uma contínua
influência divina, infiltrando-se na comunidade, sustentando-nos sob nossas provações, e
mantendo-nos em uma atitude mental que fez-nos capazes de sermos eficientes nas
responsabilidades que havíamos assumido. Sentimos sempre que, se o Senhor nos houvesse
privado de Seu Espírito, nenhuma circunstância exterior poderia nos dar verdadeira
prosperidade.

Mesmo em nosso meio tivemos provas. Assuntos freqüentes de discussão pública surgiram, e
algumas vezes passamos dias e até mesmo semanas, discutindo grandes questões de dever e
expediência, nas quais absolutamente não concordávamos. Mas nenhuma dessas questões
chegou a causar uma divisão entre nós. Nosso princípio sempre foi o de concordar em
discordar em nossos julgamentos particulares. Geralmente alcançamos uma concordância
substancial em assuntos nos quais discordávamos, e quando víamos que não haveria acordo
algum, a minoria submetia-se ao julgamento da maioria e a mera idéia de dividir a igreja por
causa de nossas visões diferenciadas jamais foi considerada por nós. Preservamos
extensivamente a unidade do Espírito na união da paz, e talvez não haja uma comunidade que
exista a tanto tempo, que tenha passado por tantas mudanças e desafios quanto passamos, e
que tenha num geral, mantido um espírito maior de harmonia, paciência cristã e amor fraternal.

Quando a questão da santificação plena surgiu pela primeira vez aqui para discussão pública, e
quando o assunto atraiu pela primeira vez a atenção da igreja, estávamos no meio de um
poderoso avivamento. Quando esse caminhava cheio de esperança, certo dia o Presidente
Mahan pregava com um minucioso discurso. Percebi que no desenrolar de sua palestra, deixara
um ponto sem ser mencionado, que a mim parecia ser muito importante nesse assunto. Ele
sempre me perguntava, ao encerrar seu sermão, se eu tinha algum comentário a fazer, e assim o
fez nesta ocasião. Levantei-me e apontei o aspecto que ele omitira. Era a distinção entre o
desejo e a vontade. A partir da linha de raciocínio que ele havia apresentado, e pela atitude que
percebi em meio à congregação naquele momento, vi, ou achei que tivesse visto, que a
apresentação dessa diferença, nesse exato instante, traria muita luz à questão de que eram ou

www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 9/10
09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXIV-- O INÍCIO DO TRABALHO EM OBERLIN

não cristãos, se eram pessoas realmente consagradas ou se apenas tinham meros desejos e não
vontade de fato de obedecer a Deus.

Quando essa diferença foi esclarecida, naquela exata conexão, recordo-me que o Espírito
Santo derramou-se sobre a congregação de forma admirável. Um grande número de pessoas
abaixou a cabeça, e alguns gemiam de forma a serem ouvidos por todo o templo. Isso cortou
as falsas esperanças de professores por todos os lados. Muitos se levantaram imediatamente,
dizendo que até então estavam enganados, e que agora podiam ver. Isso se estendeu de tal
forma que me espantei grandemente, e de fato, gerou uma grande surpresa, creio eu, na
congregação.

A obra continuou com poder, e velhos professores ganharam novas esperanças, ou


converteram-se novamente, e eram tantos que uma mudança muito grande e importante veio
sobre toda a comunidade. O Presidente Mahan fora grandemente abençoado, entre outros,
com alguns de nossos professores. Ele claramente entrou em uma forma plenamente nova, de
experiência cristã, naquela época.

Em uma reunião poucos dias depois disso, um de nossos alunos de teologia se levantou e
lançou a pergunta se o evangelho não fornecia aos cristãos, todas as condições de uma
estabelecida fé, esperança e amor, se não havia algo melhor e maior do que os cristãos haviam
experimentado em geral, em suma, se a santificação não seria inatingível nesta vida, ou seja, a
santificação no sentido de que os cristãos teriam uma paz inabalável, e não cairiam em
condenação, ou não teriam o sentimento de condenação ou uma consciência de pecado. O
Irmão Mahan respondeu imediatamente "Sim". O que aconteceu nessa reunião trouxe a questão
da santificação de forma proeminente diante de nós, como uma questão prática. Não tínhamos
teorias sobre o assunto, nenhuma filosofia a defender, mas simplesmente considerávamos como
uma questão bíblica.

Nesta forma ela existiu entre nós, como uma verdade experimental, a qual não tentava reduzir a
uma fórmula teológica, nem sequer tentávamos explicar sua filosofia, até muitos anos mais tarde.
Mas a discussão dessa questão nos foi uma grande benção, e também para um grande número
de alunos nossos, que hoje se encontram espalhados em várias partes do país, ou fora, como
missionários em diferentes partes do mundo.

INDEX MEMÓRIAS

Copyright (c) 2002. Gospel Truth Ministries

HOME | FINNEY LIFE | FINNEY WORKS | TEXT INDEX | SUBJECT INDEX |


GLOSSARY | BOOK STORE

www.gospeltruth.net/Port/memorias_ch24_fin.htm 10/10

S-ar putea să vă placă și