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09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G.

FINNEY CAPÍTULO XXVIII-- A PRIMEIRA VISITA À INGLATERRA

A VERDADE DO EVANGELHO
MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY
por Charles G. Finney

CAPÍTULO XXVIII.

A PRIMEIRA VISITA À INGLATERRA

Tendo repetidos convites urgentes para visitar a Inglaterra, e trabalhar pela promoção de
avivamentos naquele país, embarquei com minha esposa (o Sr. Finney casara-se novamente,
com a Sra. Elizabeth F. Atkinson, como sua segunda esposa, de Rochester), no outono de
1849, e depois de uma atribulada viagem, chegamos a Southampton, no início de novembro. Lá
conhecemos o pastor da igreja de Houghton, um vilarejo situado no meio do caminho entre as
cidades de Huntington e Saint Ives. O Sr. Potto Brown, um homem muito benevolente, de
quem terei oportunidade de falar com mais freqüência, enviara o Sr. James Harcourt, seu
pastor, para encontrar-nos em Southampton.

O Sr. Potto Brown era, por herança e educação, um "quaker". Ele tinha um sócio, e estava no
mercado de milho, pertencia a uma congregação de Independentes, em Saint Ives. Eles ficaram
muito preocupados em vista da situação em sua vizinhança. A Igreja, como é chamada na
Inglaterra, parecia-lhes ter pouquíssimo efeito para a salvação das almas. Não havia escolas,
além das escolas eclesiásticas, para a educação dos pobres, e a grande massa das pessoas era
muito negligenciada. Depois de muita oração e discussão uns com os outros, eles concordaram
em adotar métodos para a educação das crianças, no vilarejo em que viviam, e nos vilarejos
vizinhos, e entender essa influência até onde conseguissem. Também concordaram em aplicar
seus métodos, para a melhor vantagem, para estabelecer a adoração, e na construção de
igrejas independentes do Estabelecimento.

Não muito tempo depois desse empreendimento começar, o sócio do Sr. Brown faleceu. Sua
esposa, creio eu, falecera antes dele, e seu sócio comprometeu sua família, que consistia de
vários filhos e filhas, ao cuidado fraternal do Sr. Brown, que os comprometeu ao treinamento
de uma sábia viúva, em um dos vilarejos vizinhos. O sócio do Sr. Brown, em seu leito de morte,
implorou-lhe para que não abandonasse o trabalho que haviam projetado, mas para que
continuasse a trabalhar com vigor e singeleza. O coração do Sr. Brown estava na obra. Seu
sócio deixara uma grande propriedade para seus filhos. O próprio Sr. Brown tinha apenas dois
filhos, homens. Ele era um homem de hábitos simples, e não gastava quase nenhum dinheiro
consigo nem com sua família. Empregava um professor, no vilarejo onde morava, e construiu
uma capela para cultos abertos ao público. Eles chamaram um homem que defendia o hiper-
Calvinismo para trabalhar como pastor, e por conseqüência ele trabalhou ano após ano sem
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resultados que respondessem às expectativas do Sr. Brown.

Ele tinha freqüentes conversas com seu pastor, sobre a necessidade de bons resultados. Pagava
seu salário e dispunha de seu dinheiro de várias maneiras, para promover a religião, através da
escola dominical, professores e obreiros. Mas poucas pessoas, ou às vezes nenhuma se
convertia. Ele apresentava esse problema a seu pastor tão freqüentemente, que por fim ele
respondeu "Sr. Brown, por acaso eu sou Deus e posso converter as almas? Prego a eles o
evangelho, e se Deus não os converte, devo ser culpado?" O Sr. Brown respondeu "Sendo
você Deus ou não, precisamos de conversões. As pessoas precisam se converter." Então esse
pastor foi dispensado. O Rev. James Harcourt foi chamado para assumir a igreja. Ele era um
Batista aberto à comunhão, um homem talentoso, empolgado pregador, e honesto obreiro de
almas. Sob sua pregação, conversões começaram a aparecer, e a palavra prosperava cheia de
esperança. Sua pequena igreja cresceu em número e em fé, e os céus se estendiam aos poucos,
mas de forma bastante perceptível, para todos os lados.

Eles logo estenderam suas obras para os vilarejos vizinhos, com bons resultados. Mas ainda
não sabiam como promover avivamentos religiosos. Os filhos de seu sócio, que haviam sido
deixados sob seus cuidados, cresceram e tornaram-se jovens rapazes e moças, mas ainda não
eram convertidos. Havia três filhos e três filhas, uma ótima família, com muitas propriedades,
mas ainda não eram convertidos. O Sr. Brown tinha muitos amigos interessantes e influentes,
naquele país, por cuja salvação tinha um profundo interesse. Ele também estava muito ansioso
pelos filhos de seu falecido sócio, para que eles também fossem convertidos. Para a educação
de seus filhos, ele contratara um professor para sua família, e um número considerável de
rapazes, de famílias respeitáveis, das cidades vizinhas, haviam estudado com seus filhos. Essa
pequena escola familiar, para a qual os rapazes filhos de seus amigos, de várias partes do país
haviam sido convidados, criara um laço de interesses muito forte entre o Sr. Brown e essas
famílias. As obras do Sr. Harcourt, por alguma razão, não alcançava essas famílias. Ele era
muito bem-sucedido em meio às classes mais baixas e mais pobres, era muito zeloso e devoto,
e pregava o evangelho. Como o próprio Sr. Brown disse, ele era um poderoso ministro de
Jesus Cristo. Mas ainda assim ele queria experiência, para atingir as classes sociais que o Sr.
Brown tinha dentro de seu coração. Esses irmãos freqüentemente discutiam o assunto, e
questionavam como poderiam atingir tais pessoas e atrai-las a Cristo. O Sr. Harcourt disse que
fizera tudo que podia, e que algo mais deveria ser feito, ou ele não via como tais pessoas
pudessem ser alcançadas.

Ele havia lido minhas palestras sobre o avivamento, e finalmente sugeriu ao Sr. Brown a
possibilidade de escrever-me, para ver se não poderia vir trabalhar com eles. Isso levou a meu
recebimento um pedido muito sincero do Sr. Brown, para que fosse visitá-los. Ele também
conversou com muitas pessoas, e com alguns pastores, o que resultou em muitas cartas
recebidas por mim, com pressionados convites para visitar a Inglaterra.

No começo, tais cartas não me causaram muito impacto, pois eu não via como poderia ir para

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a Inglaterra. Aos poucos, o caminho parecia se abrir para que eu deixasse minha terra, pelo
menos por uma temporada, e como já disse, no outono de 1849, eu e minha esposa fomos
para a Inglaterra. Quando chegamos lá, e depois de descansar por alguns dias, comecei minhas
obras na capela do vilarejo. Logo descobri que o Sr. Brown era um homem completamente
admirável. Apesar de criado como um "quaker", ele era inteiramente católico em suas idéias, e
estava trabalhando de forma independente, diretamente para a salvação das pessoas ao seu
redor. Tinha riqueza, e suas propriedades aumentavam constante e rapidamente. Sua história
me lembrou muitas vezes do provérbio: "Há o que espalha e ainda assim aumenta, há o que
retém mais do que precisa, e tende à pobreza". Para fins religiosos, ele gastava seu dinheiro
como um príncipe, e quanto mais ele gastava, mas tinha para gastar.

Enquanto estávamos lá, ele abria sua casa, manhã, tarde e noite, para seus amigos e
convidados, de longe e de perto, para que lhe viessem fazer uma visita. Eles vinham em grandes
números, de forma que sua mesa estava repleta em quase todas as refeições, com várias
pessoas que ele convidara, para que eu pudesse conversar com elas, e para que elas pudessem
participar de nossas reuniões.

Um avivamento começou imediatamente, e espalhou-se em meio ao povo. Os filhos de seu


sócio logo se interessaram em religião, e converteram-se a Cristo. A obra se espalhou para
aqueles que vinham de vilarejos vizinhos. Eles ouviam e recebiam alegremente a Palavra. E o
trabalho era tão extenso e minucioso entre os amigos pessoais do Sr. Brown, por cuja
conversão ele há muito esperava e orava que antes que eu fosse embora, ele disse que cada um
deles se convertera que o Senhor não deixara nenhum deles de fora, daqueles por quem ele
estivera tão ansioso, e por cuja conversão tanto havia orado.

A conversão desse grande número de pessoas, espalhadas pelo país, causou uma impressão
bastante favorável onde eles eram conhecidos. A casa de adoração em Houghton era pequena,
mas estava lotada em todas as reuniões, e a devoção e engajamento do Sr. Brown e de sua
esposa era muito interessante e tocante. Parecia não haver limites em sua hospitalidade. O
diretor de sua escola era um homem religioso, que vinha compartilhar conosco de quase todas
as refeições, para aproveitar a conversa. Cavalheiros vinham de cidades vizinhas, de muitas
milhas de distância, cedo o suficiente para estarem lá para o desjejum. Os jovens que haviam
sido educados com seus filhos eram convidados, e vinham, e creio que cada um deles se
converteu. Assim, seus maiores desejos em relação a eles foram atendidos, e muito mais em
meio à massa popular foi feito, do que era esperado. O Sr. Harcourt tinha naquela época vários
pontos de pregação, além de Houghton, nos vilarejos vizinhos. Seu trabalho em Houghton
continuou por anos. Ele me informou que pregava em uma atmosfera de oração, e encontrava
tal situação ao seu redor sempre que esteve em Houghton.

Não permaneci em Houghton por muito tempo dessa vez, no entanto, foram várias semanas.
Entre os irmãos que me escreveram, urgindo para que eu fosse para a Inglaterra, estava um Sr.
Roe, um pastor Batista de Birmingham. Logo que soube que eu estava na Inglaterra, ele veio a

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Houghton, e passou vários dias participando das reuniões e testemunhando os resultados.

Mais ou menos no meio de dezembro, saí de Houghton e fui para Birminghan, para trabalhar na
congregação do Sr. Roe. Aqui, pouco depois de nosso avivamento, fomos apresentados ao
Rev. John Angell James, que era o principal pastor de Birmingham. Ele era um bom e grande
homem, e tinha uma grande influência na cidade, e de fato em toda a Inglaterra.

Quando minhas palestras de avivamento começaram a ser publicadas na Inglaterra, o Sr. James
escreveu uma introdução a elas, elogiando muito. Mas quando eu cheguei a Birmingham, fui
informado de que, depois de terem sido publicamente recomendadas pelo Sr. James, em
reuniões pastorais, e por sua publicação, ele fora informado, por homens pertencentes a certos
círculos deste lado do Atlântico, que tais avivamentos que ocorreram, especialmente sob meu
ministério, haviam acabado de forma mais desastrosa, e tais apresentações foram-lhe feitas a tal
ponto, que chegou a retirar o que dissera publicamente, a favor de tais palestras.

Entretanto, quando ele me viu em Birmingham, chamou os pastores Independentes para um


café-da-manhã em sua casa, e convidou a mim também. Esse é o hábito de se fazer as coisas
na Inglaterra. Quando nos reunimos em sua casa, depois do desjejum, ele disse a seus irmãos
de ministério que tinha a impressão de que eles estavam muito aquém dos resultados esperados
para seus ministérios. Disse também que estavam acomodados demais tendo pessoas
participando de suas reuniões, pagando seu salário pastoral, mantendo a escola dominical, e
prosseguindo com prosperidade, enquanto as conversões, na maioria das igrejas, eram
pouquíssimas, e afinal, as pessoas estavam indo para a destruição. Eu havia sido informado pelo
Sr. Roe, com quem começara a trabalhar nessa época, que havia, na própria congregação do
Sr. James, não menos do que mil e quinhentos pecadores impenitentes. Durante aquele café-
da-manhã, ele se expressou de forma bastante compadecida, e disse que algo deveria ser feito.

Por fim, os pastores concordaram em realizar reuniões, tão logo eu pudesse atender a seus
pedidos, em igrejas Independentes diferentes, sucessivamente. Mas por algumas semanas,
confinei minhas obras à congregação do Sr. Roe, e houve um poderoso avivamento, tal mover
como eu jamais havia visto. O avivamento varreu a congregação com grande poder, e uma
grande porção dos ímpios voltou-se para Cristo. O Sr. Roe entrou na obra de coração e alma.
Percebi que ele era um homem bom e verdadeiro. De forma alguma era sectário ou
preconceituoso em suas visões, mas abria seu coração para a influência divina, e derramava-se
em seu trabahlo por almas, com muita sinceridade. Dia após dia ele se assentava na sacristia de
sua igreja para conversar com aqueles que tinham dúvidas, conforme esses vinham visitá-lo, e
direcionava-os a Cristo. Seu tempo era praticamente todo tomado com essa obra, por muitos
dias. Sua igreja era, naquela época, uma das poucas comunidades fechadas na Inglaterra, pois
praticamente todas as igrejas Batistas naquele país eram abertas a outras denominações.

Depois do número de conversões crescerem, as igrejas começaram a examinar os convertidos


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para admissão. Eles avaliaram um grande número e estavam prestes a realizar uma comunhão.
Eu preguei pela manhã e eles deveriam realizar a comunhão à tarde. Quando o culto da manhã
foi encerrado, o Sr. Roe pediu para que a igreja permanecesse ali por alguns momentos. Minha
esposa e eu nos retiramos, e fomos para nossos aposentos na casa do Sr. Roe, onde
estávamos hospedados. Depois de pouco tempo, o Sr. Roe veio para casa, entrou em nosso
quarto e com um sorriso em seu rosto, disse "O que você acha que nossa igreja fez?" Eu não
sabia dizer, pois realmente não havia me ocorrido de perguntar o que eles fariam, quando
pediram para ficar. Ele respondeu "Eles votaram unanimemente para que você e a Sra. Finney
fossem convidados para a nossa comunhão, esta tarde." Sua comunhão fechada era mais do
que podiam sustentar, em uma ocasião como aquela. Contudo, ao refletir, concluímos que seria
melhor não aceitar o convite, pois se houvessem votado sob pressão, isso geraria certa reação
e arrependimento entre eles mais tarde, e como estávamos realmente exaustos, pedimos
desculpas e ficamos para casa.

Sendo que eu pregaria novamente à noite, fiquei feliz de ter aquele descanso. Logo aceitei os
convites dos pastores para trabalhar em seus vários púlpitos. As congregações em todos os
lugares estavam lotadas. Um grande interesse fora levantado, e o número de pessoas que se
reunia nas sacristias depois das pregações, mediante a convites para tirar dúvidas, era grande.
Suas maiores salas ficavam cheias de pessoas com dúvidas, sempre que um convite como esse
era feito. Quanto aos métodos, utilizei os mesmos lá que utilizara neste país. Pregações,
orações, conversas, reuniões para perguntas e respostas, eram os meios utilizados.

Mas eu logo descobri que o Sr. James estava recebendo cartas de vários lugares, alertando-o
contra a influência de minhas obras. Ele tinha conhecido neste lado do Atlântico, que alguns
deles, como compreendi, haviam enviado-lhe cartas, alertando-o contra minhas influências.
Além disso, de várias partes de seu próprio país, a mesma pressão era imposta a ele. Ele era
muito franco comigo, e disse-me como a situação se encontrava, e eu fui muito franco com ele
também. Eu disse "Irmão James, sua responsabilidade é grande. Tenho consciência de que sua
influência é grande, e essas cartas demonstram tanto sua influência quanto sua responsabilidade,
em relação a essas obras. O senhor é levado a pensar que sou herege em minhas idéias. O
senhor escuta minhas pregações sempre que prego, e sabe se prego o evangelho ou não.".

Eu havia levado comigo meus dois livros publicados sobre Teologia Sistemática. Disse-lhe "O
senhor já me ouviu pregar qualquer coisa além do evangelho?" ele disse "Não, nada além
disso." "Bem," disse eu "agora, eu tenho aqui minha Teologia Sistemática, que ensino a meus
alunos nos Estados Unidos, e que prego em todos os lugares, e quero que o senhor leia." Ele foi
muito sincero em fazê-lo. Eu logo percebi que havia um senhor de aparência muito elegante
com ele, todas as noites, em nossas reuniões. Eles iam para as reuniões juntos, e quando eu
chamava aqueles que tinham perguntas, eles também iam até a sacristia, e onde conseguissem
um lugar, ficariam ouvindo tudo que era dito. Quem era esse cavalheiro, eu não sabia. Por
várias noites sucessivas, eles entravam assim, mas o Sr. James não me apresentou àquela
pessoa que estava com ele, nem se aproximava para falar comigo, naquelas reuniões.

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Depois disso prosseguir por uma ou duas semanas, o Sr. James e seu amigo fizeram uma visita
a nossos aposentos. Ele me apresentou ao Dr. Redford, informando-me ao mesmo tempo, que
ele era um de seus mais proeminentes teólogos, que ele tinha mais confiança na perspicácia
teológica do Dr. Redford do que em sua própria, e que ele lhe solicitara uma visita a
Birmingham, para que participasse das reuniões, e em especial para que se unisse a ele na
leitura de minha Teologia. Ele disse que estavam lendo, dia após dia, e que o Dr. Redford
gostaria de ter uma conversa comigo, sobre certos pontos da teologia. Conversamos com
bastante liberdade sobre todos os assuntos para os quais o Dr. Redford queria chamar minha
atenção, e ele mesmo disse com muita franqueza "Irmão James, não vejo nenhum motivo para
considerar o Sr. Finney como infundado. Ele tem sua própria maneira de defender proposições
teológicas, mas não consigo ver que discorde, em qualquer um dos pontos essências, de nós.".

Eles tinham consigo um pequeno manual, preparado pela União Congregacional da Inglaterra e
País de Gales, no qual foi encontrado uma breve declaração de suas visões teológicas. Eles
leram para mim certas partes desse manual, e quando chegou minha vez, questionei sobre eles.
Ouvi suas explicações, e fiquei satisfeito pelo nível de concordância que houve entre nós.

O Dr. Redford permaneceu ainda por mais um tempo em Birmingham. Ele foi embora, e, com
meu consentimento, levou consigo minha Teologia Sistemática, dizendo que leria com cuidado e
minuciosamente, então escrever-me-ia com seus pontos de vista a respeito dela. Percebi que de
fato, em sua terra natal, estava envolvido com a teologia, era professor e cristão, e um teólogo
plenamente educado. Fiquei, portanto, ansioso por receber suas críticas de minha teologia, para
que se houvesse qualquer coisa que precisasse ser retratada ou adicionada, ele pudesse indicar.
Pedi-lhe que assim o fizesse, minuciosa e francamente. Ele levou os livros para casa, entregou-
se a uma detalhada análise, lendo os volumes paciente e criticamente várias vezes. Então recebi
uma carta dele, expressando sua forte aprovação de minhas visões teológicas, dizendo que
havia poucos pontos sobre os quais ele gostaria de fazer algumas perguntas, e gostaria que,
assim que eu pudesse me afastar de Birmingham, fosse pregar para ele.

Continuei ali, creio eu, por mais ou menos três meses. Muitas conversões interessantes
aconteceram naquela cidade, e mesmo assim os pastores não estavam preparados para se
comprometerem de coração com o uso dos meios necessários, para que o avivamento se
espalhasse por toda a cidade.

Houve um caso de caráter tão interessante, que deve receber atenção. Suponho que num geral,
saiba-se neste país, que o Unitarismo na Inglaterra, começou seu desenvolvimento e
promulgação em Birmingham. Era a cidade natal do velho Dr. Priestley, que era um dos
principais, senão um dos primeiros pastores Unitários naquele país. Encontrei sua congregação
ainda em funcionamento em Birmingham. Certa noite, antes de deixar a cidade, preguei sobre a
passagem "Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao
Espírito Santo." Falei primeiro da divindade e da personalidade do Espírito Santo. Então me
esforcei para mostrar de quantas maneiras, e em quantos pontos, o homem resiste aos

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ensinamentos divinos, que quando convencidos pelo Espírito Santo, ainda insistem em seguir
seu próprio caminho, e que em todos os casos, estão resistindo ao Espírito Santo. O Senhor
me deu liberdade naquela noite, para pregar um sermão bastante detalhado. Meu objetivo era
mostrar que, enquanto os homens defendem sua dependência do Espírito Santo, estão
constantemente resistindo-o.

Encontrei em Birmingham, assim como em todo lugar na Inglaterra, que muita importância era
dada à influência do Espírito Santo. Mas em nenhum lugar encontrei uma discriminação clara
entre a influência física do Espírito, exercida diretamente sobre a alma, e a influência moral e
persuasiva, que Ele de fato exerce sobre a mente do homem. Por conseqüência, via que era
freqüentemente necessário chamar a atenção das pessoas para a obra em que o Espírito Santo
está de fato engajado, explicar-lhes que eles não deviam esperar pela influência física, mas que
deviam se entregar a Sua influência persuasiva, e obedecer a Seus ensinamentos. Esse foi o
objetivo de meu discurso naquela noite.

Depois de chegar a nossa vizinhança, uma senhora que estava presente na reunião e que veio
para a família que nos hospedava, comentou que observara um pastor Unitário presente na
congregação. Eu comentei que aquilo deveria ter soado estranho aos ouvidos de um Unitário.
Ela respondeu que esperava que o fizesse bem. Não muito tempo depois disso, quando eu
trabalhava em Londres, recebi uma carta desse pastor, dando conta da grande mudança que
acontecera em sua experiência religiosa, por causa daquele sermão. Dou essa carta, conforme
segue:

"06 de agosto de 1850. Rev. e querido senhor: Sabendo pelo British Banner que o senhor está
prestes a deixar a Inglaterra, sinto que seria extremamente ingrato de minha parte, permitir que
o senhor vá, sem expressar a obrigação que sinto para com o senhor, pelo benefício que recebi
de um de seus sermões, realizado na Rua Steelhouse, em Birmingham. Creio que foi o último
sermão que pregou, e foi sobre resistir ao Espírito Santo, mas nunca consegui encontrar o texto.
Na verdade, sobre os pontos com os quais mais me identifiquei, não maquinei por mais de dois
ou três dias sobre o texto. Para que o senhor possa compreender o benefício que recebi de seu
sermão, é necessário que eu de conta, em poucas palavras, de minha posição naquela época.

Fui educado em uma de nossas faculdades mais divergentes, para o ministério em meio aos
Independentes. Ingressei no ministério e continuei a me preocupar sobre ele por sete anos.
Durante aquele tempo, gradualmente passei por uma grande mudança em minhas visões
teológicas. A mudança foi gerada, creio eu, em parte pelas especulações filosóficas, e em parte
pela deterioração que se alojara em minha condição espiritual. Diria com grande pesar que
minha devoção jamais recuperaria o tom que perdera em minha passagem pela faculdade.
Atribuo todas as minhas tristezas especialmente a isso. Minhas especulações me levaram, sem
jamais ter lido o livro do Dr. William sobre a soberania divina e a igualdade, a adotar suas
visões fundamentalistas. A leitura de seu livro aperfeiçoou completamente meu sistema. O
pecado é um defeito, que surge da deficiência necessária de uma criatura, quando não suprida

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com a graça de Deus. A queda do homem, portanto, não expressa nada além da inevitável
imperfeição original da raça humana. O grande fim do governo moral de Deus é corrigir essa
imperfeição por educação e revelação, e por fim aperfeiçoar a condição do homem. Eu já
havia, muito tempo antes disso, adotado as visões de influência espiritual do Dr. Jenkyn.

Sob o direcionamento de tais princípios, o senhor compreenderá, sem que eu explique como,
que o pecado se tornou uma mera infelicidade, permitida por um tempo determinado, ou então
um mal necessário, para ser remediado pela infinita sabedoria e bondade, como a condenação
eterna se tornou uma crueldade, que não deveria ser considerada sequer por um momento, na
dispensação de um bom ser, e como a redenção se tornou um perfeito absurdo, fundado em
visões não filosóficas do pecado. Tornei-me plenamente Unitário, e no início do ano de 1848,
professei meu Unitarismo, e tornei-me pastor de uma igreja. As tendências de minha mente, no
entanto, eram felizmente lógicas demais, e não pude descansar por muito tempo no Unitarismo.
Forcei minhas conclusões ao simples deismo, e então vi que deveria ir ainda além. Eu não
estava preparado para isso. Toda a minha alma ficou horrorizada. Revi meus princípios. Uma
revolução começou a acontecer em todo meu sistema de filosofia. A doutrina da
responsabilidade foi restabelecida a mim, em seu sentido mais estrito e literal, e com ela, uma
profunda consciência de pecado. Não preciso entrar em maiores detalhes, no que diz respeito a
minhas pelejas e sofrimentos mentais.

Aproximadamente duas semanas antes de escutar o senhor, vi claramente que deveria algum
dia, mais cedo ou mais tarde, adotar novamente o sistema evangélico. Jamais duvidara que esse
fosse o sistema da bíblia. Tornei-me um Unitário com bases puramente racionais. Mas agora via
que precisava aceitar a bíblia, ou pereceria na escuridão. O senhor pode imaginar as agonias de
espírito que tive que suportar. Por um lado tinha minhas convicções, fortalecendo-se a cada dia,
a noção de pecado, e necessidade de Cristo, apoderando-se cada vez mais de meu coração, e
a condição miserável de reter a verdade que eu conhecia, das pessoas que buscavam instrução
em mim. Por outro lado, se me professar, arruíno instantaneamente meu caráter por minha
aparente fraqueza, aos olhos de todos os lados, especialmente aos olhos da grande maioria que
em nada simpatiza com tais pelejas, jogando a mim mesmo e toda minha família para o mundo.
Eu não podia escolher essa alternativa. Eu havia decidido esperar e preparar a mente das
pessoas gradualmente para a mudança, e ao exercer uma economia mais rígida, por alguns
meses, para ter provisão para nossas necessidades temporárias, durante o período de
transição. Com minha mente nesse estado, ouvi seu sermão. O senhor há de se lembrar dele, e
poderá facilmente compreender o efeito que surtiu. Senti a verdade de seus argumentos. Seus
apelos avassalaram meu coração de forma irresistível, e naquela noite, a caminho de casa, fiz
um voto diante de Deus, que independente do que houvesse, consagrar-me-ia de uma vez por
todas ao Salvador, cujo sangue aprendi o valor tão recentemente, e cujo valor tanto desonrei.

O resultado é, pela gentil influência do Sr.---, recentemente me tornei o pastor da igreja nesta
cidade. A paz que gozo hoje em minha mente, de fato excede todo entendimento. Jamais antes
encontrei tanto prazer em ser absorvido pela obra do ministério. Entro plenamente na
significância do que Paulo diz "Todo aquele que está em Cristo, nova criatura é." Não posso
dizer-lhe, portanto, com quantos sentimentos de gratidão seu nome está associado a minha
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alma. Louvo a Deus pela gentil providência que me levou a ouvi-lo. Parece-me agora mais do
que provável que se não o tivesse ouvido, minha recém nascida vida religiosa logo teria sido
destruída, pela contínua resistência as minhas profundas convicções. Minha consciência mais
uma vez endurecer-se-ia, e eu morreria em meus pecados. Através da graça de Deus, atribuirei
ao senhor, qualquer utilidade que Deus possa de agora em diante coroar em minhas obras, e
sinto que não seria justo reter do senhor, a consciência desse fruto de seu trabalho. Que Deus,
em sua infinita misericórdia e graça, conceda-lhe uma longa vida de ainda maior utilidade, do
que já tem lhe dado como benção. Esse será a minha constante oração.

Querido senhor, mais do que sinceramente seu,---"

Quando recebi essa carta, eu estava trabalhando com o Rev. John Campbell no velho
Tabernáculo de Whitefield, em Londres. Entreguei-lha para que lesse. Ele manifestadamente
emocionado, e exclamou "Pronto, por isso já valeu a pena vir para a Inglaterra!".

De Birmingam fui para Worcester, creio que no meio de março, para trabalhar com o Dr.
Redford. Já comentei que ele havia lido minha Teologia Sistemática, e me escrevera
convidando-me para uma conversa sobre certos assuntos. Eu tinha comigo minhas resposta a
várias críticas que haviam sido publicadas, e as entreguei ao Dr. Redford. Ele leu, então veio me
ver, dizendo "Aquelas repostas esclareceram todas as questões sobre as quais eu queria
conversar. Portanto, estou plenamente satisfeito de que o senhor está certo." Depois disso, em
momento algum, que eu me lembre, ele fez alguma crítica a qualquer parte de minha Teologia.
Aqueles que já viram a edição inglesa daquela obra têm consciência de que ele escreveu um
prefácio para ela, no qual ele a recomendava ao público cristão.

Na época a qual me refiro, quando ele lera minhas respostas às perguntas, ele expressou um
forte desejo de que a obra deveria ser imediatamente publicada na Inglaterra, e disse que
acreditava que essa obra era muito necessária lá, e que seria muito bom a todos. Sua opinião
tinha muito peso na Inglaterra, sobre questões teológicas. Lembro-me que o Dr. Campbell
afirmou em seu jornal, que o Dr. Redford era o maior teólogo da Europa. Permaneci em
Worceter por várias semanas, preguei para o Dr. Redford, e também para uma congregação
Batista naquela cidade. Muitas conversões impactantes aconteceram, e a obra foi de fato muito
interessante.

Alguns ricos cavalheiros de Worcester apresentaram-me uma proposta para esse efeito. Eles
propuseram erguer um tabernáculo, ou casa de adoração, um que seria desmontado e
transportado de um lugar para o outro sobre a estrada de ferro, e com pouco custo, erguido
novamente, com todos os seus assentos, e toda a mobília de uma casa de adoração. Sua
proposta era de construí-lo com quinhentos metros quadrados, com assentos construídos de
forma a comportar cinco ou seis mil pessoas. Eles disseram que se eu aceitasse usá-lo, e pregar
nele de um lugar para o outro, conforme as circunstâncias exigissem, por seis meses, eles
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assumiriam as despesas da construção. Mas ao consultar os pastores daquele lugar, eles me


aconselharam a não fazê-lo. Eles acharam que seria mais úteis que eu ocupasse os púlpitos, nas
congregações já estabelecidas, em diferentes partes da Inglaterra, do que ir país a fora
pregando de forma independente, tal como foi proposto por aqueles cavalheiros.

Como eu tinha razões para acreditar que os pastores num geral desaprovariam um caminho na
época tão original, declinei o convide de ocupar o tabernáculo. Desde então eu penso que
provavelmente cometi um erro, pois quando vim a conhecer as congregações e lugares de
adoração pública das igrejas Independentes, descobri que eram geralmente muito pequenos, e
tão mal ventilados, tão fechados na circunferência da igreja &endash; claro que falo do prédio
em si &endash; que desde então me parece duvidoso se eu realmente tomei a atitude correta,
pois tenho a opinião de que poderia, numa avaliação geral, ter alcançado muito mais na
Inglaterra se carregasse comigo meu próprio lugar de adoração, indo para onde quisesse, e
oferecendo abrigo para as reuniões das massas, independentes de denominações. Se minhas
forças hoje fossem o que eram naquela época, ficaria fortemente inclinado a visitar a Inglaterra
mais uma vez, e tentar uma experiência desse gênero. O Dr. Redford foi muito afetado pela
obra em Worcester, e no aniversário em maio, em Londres, ele falou à união Congregacional
da Inglaterra e País de Gales, dando conta de forma muito interessante de seu trabalho. Eu
participei dessas reuniões de maio, estando prestes a começar minhas obras com o Dr. John
Campbell, em Londres.

O Dr. Campbell era um sucessor de Whitefield, e era pastor da igreja no Tabernáculo em


Finsbury, na cidade de Londres, e também da capela que ficava na Tottenham Court Road.
Ambos esses templos se localizam em Londres, a aproximadamente cinco quilômetros de
distância um do outro. Foram construídos pelo Sr. Whitefield, e ocupados por ele por muitos
anos.

Na época, o Dr. Campbell também era o editor do British Banner, do Christian Witness, e de
mais um ou dois outros periódicos. Tal era sua voz que ele não pregava, mas dedicava seu
tempo para a edição desses jornais. Ele vivia no presbitério onde Whitefield residira, e usava a
mesma biblioteca, creio eu, que Whitefield usara. Seu retrato estava pendurado em seu
escritório no Tabernáculo. Os vestígios de seu nome ainda estavam lá, ainda assim devo dizer
que o espírito que estivera sobre ele não era muito aparente na igreja, na época que fui para lá.
Eu comentei que o Dr. Campbell não pregava. Ele ainda tinha o pastorado, morava no
presbitério, e recebia seu salário, mas ele supria seu púlpito empregando, de poucas em poucas
semanas, os ministros mais populares que pudessem ser empregados, para pregar para seu
povo. Eu comecei minhas obras ali no início de maio. Aqueles que eram familiarizados com uma
obra de tão constantes mudanças no ministério, como aconteciam no Tabernáculo, não teriam
expectativas de que a religião na igreja estivesse em uma condição muito lisonjeira.

A casa de adoração do Dr. Campbell era grande. Os assentos eram compactos, e tinham uma
lotação de três mil pessoas. Um amigo meu teve muito trabalho para verificar qual acomodava

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09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY CAPÍTULO XXVIII-- A PRIMEIRA VISITA À INGLATERRA

o maior número de pessoas, o Tabernáculo em Moorfields (ou Finsbury), ou o grande Dexter


Hall, do qual todos já tinham ouvido falar. Foi verificado que o Tabernáculo acomodava
algumas centenas de pessoas a mais do que o Dexter Hall.

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