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Universidade de Brasília

Programa de Pós-Graduação Música em Contexto


Aluno: Heitor Marques Marangoni

Apresentação resumida do Projeto de Pesquisa e Plano de Trabalho para 2015.

IMAGÉTICA MUSICAL E PERFORMANCE PIANÍSTICA

Referencial Teórico

A imagética musical corresponde “a experiência consciente de uma


representação interna da música, ou ‘audição interna’ (BAILES, 2002: 1). Ela não se
restringe apenas à audição interna da música, muitas vezes ela está envolvida em
uma profunda interação com os aspectos não auditivos da imagética como por
exemplo os visuais e cinestésicos (CHAVES, 2011). Neste ponto Seashore coloca que
“enquanto o meio musical na imagética mental é a imagem auditiva, a imagética pode
funcionar de modo proeminente na música através de todos os outros sentidos” (1938:
168).

Hubbard (2010) e (2013), Zatorre e Halpern (2005) e Meister et all (2004)


indicam que os diversos estudos na área de imagética sustentam que sua prática pode
auxiliar na performance. Segundo esses estudos, as imagens auditivas preservam as
mesmas estruturas temporais e/ou propriedades dos estímulos auditivos, além de
usarem muitos dos mesmos mecanismos e estruturas corticais envolvidos em sua
percepção. Como as imagens recrutam aspectos cognitivos similares aos que estão
envolvidos na realização de tarefas sensório-motoras, tais como a performance
musical, elas podem auxiliá-las no seu desenvolvimento e aprendizado (BROWN;
PALMER, 2013).

Existem algumas teorias que dão suporte à Imagética, dentre elas se destacam
a Teoria Psiconeuromuscular e a Teoria do Aprendizado Simbólico. A Teoria
Psiconeuromuscular, afirma que ao imaginarmo-nos executando uma ação, nosso
cérebro envia sinais elétricos aos músculos da mesma forma de quando a executamos
realmente. Então, ao imaginar uma ação motora ou executá-la, vias neurais

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semelhantes são utilizadas. Segundo a teoria, é através deste mecanismo que é
possível haver aprendizado durante a prática mental. A Teoria do Aprendizado
Simbólico postula que a imagética ajuda o cérebro a fazer um planejamento do
movimento, sem enviar mensagens elétricas aos músculos utilizados na execução da
ação. Isto significa que pode-se observar e analisar os movimentos mentalmente com
o objetivo de aprendê-los e aperfeiçoá-los (Abernethy et all, 2013).

Objetivos

Geral:

- Verificar a eficiência do uso da imagética de forma deliberada na execução ao piano.

Específicos:

- Verificar a eficiência do uso da imagética nos critérios de precisão das notas,


dinâmica, precisão rítmica e agógica em pianistas;

- Verificar a familiaridade dos participantes com a imagética;

- Verificar a vivacidade de suas imagens mentais;

- Verificar suas opiniões sobre o uso dessa estratégia.

Metodologia

Elaboração de um teste no qual será escolhido um trecho de uma peça para


piano e haverá um grupo experimental e outro de controle. No grupo experimental, os
alunos serão orientados para revezarem o tempo de estudo normal com o uso da
imagética e por último, executarão a peça perante uma banca de jurados para
avaliarem a execução. Será distribuído um questionário para investigar a vivacidade
de suas imagens mentais e uma breve entrevista a fim de identificar a familiaridade
com a imagética e o que eles pensam sobre ela. O grupo de controle apenas estudará
normalmente a peça (pelo mesmo período de tempo). Por fim será feita uma análise
a fim de verificar se o grupo experimental foi superior, equivalente ou inferior ao grupo
de controle, além disso, esses dados serão cruzados com os questionários a fim de
verificar possíveis relações.

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Contribuições do Estudo

A Imagética aponta como uma ferramenta auxiliar de grande utilidade para os


músicos, podendo ser valiosa em situações em que o músico não tem acesso ao
instrumento, poupar o excesso de esforço físico e servir como um ótimo recurso de
reflexão sobre as decisões interpretativas da obra musical. Sendo assim, verificar sua
eficácia no contexto musical pode ser uma forma de contribuir com os avanços nos
estudos sobre performance e interpretação pianística e também como alternativas
suplementares de estudo no instrumento para alcançar um nível de refinamento no
produto musical.

Plano de Trabalho para o ano de 2015

1. Organização dos conceitos. Visto que a imagética é muito citada no dia a dia
dos músicos e também na literatura de forma variada, tenho como meta fazer
um apanhado dos termos mais usados que se referem a mesma idéia e
relacioná-los com a imagética, por exemplo, ouvido interno, ouvido da mente,
ensaio mental, audiação, idéia interpretativa, sentir-se tocando, imagem
artística, etc;

2. Aperfeiçoamento da metodologia e do instrumento de coleta de dados;

3. Continuação da revisão de literatura.

Referências Bibliográficas

Abernethy, B.; Kippers, V.; Hanrahan, S. J.; Pandy, M. G.; Mcmanus, A. M.;
Mackinnon, L. Biophysical foundations of human movement. (3rd ed.). Human
Kinetics, 2013.

BAILES, Freya Ann. Musical Imagery: Hearing and Imagining Music. Vol. 1. Thesis of
Doctor of Philosofy. [S.l.]. [S.n.], Setembro 2002.

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BROWN, Rachel M.; PALMER, Caroline. Auditory and motor imagery modulate
learning in music performance. Frontiers in Human Neuroscience, 01, July 2013.

CHAVES, Renan Paiva. Imagética musical: aspectos cognitivos da prática musical.


Comunicação de pesquisa, 2011. Disponível em:
<http://www.epubicações.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8357/6157>. Último
acesso em 26/03/2014 às 09:54.

HUBBARD, T.L. Auditory imagery:empiricalfindings. Psychol.Bull. 136, p. 302–329,


2010.

HUBBARD, T.L. Auditory Aspects of Auditory Imagery. In: Multisensory Imagery.


LACEY, S.; LAWSON, R. (eds.). Springer Science+Business Media, LLC 2013.

ZATORRE, Robert J.; HALPERN, Andrea R. Mental Concerts: Musical Imagery and
Auditory Cortex. Neuron Vol. 47, p. 9–12, July 7, 2005.

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