Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
de Mestre em Ciências
Programa de Psiquiatria
São Paulo
2012
SILVIA SCEMES
de Mestre em Ciências
Programa de Psiquiatria
São Paulo
2012
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Preparada pela Biblioteca da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
©reprodução autorizada pelo autor
Scemes, Silvia
USP/FM/DBD-010/12
DEDICATÓRIA
parte de suas vidas, sem os quais essa pesquisa não teria sido possível.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Prof. Dr. Helio Elkis, pela honra a mim concedida na condução
desse projeto, por seus ensinamentos, orientação, inspiração, estímulo e apoio para que
eu começasse a desenvolver minhas habilidades de pesquisadora.
À Dra Mariângela Gentil Savoia, pelo imenso apoio em todos os momentos e pela
orientação no que concerne a parte de habilidades sociais do projeto.
À Dra Zilda Del Prette por ceder os dados normativos e atender prontamente as
solicitações a respeito do Inventário de Habilidades Sociais.
Aos Drs, Mariângela Gentil Savoia, Márcia Scazufca e Paulo Sallet pelo incentivo em
elaborar e melhorar este trabalho, com as sugestões da banca de qualificação.
A toda equipe do PROESQ que tanto se empenhou para que pudéssemos cumprir
prazos.
Aos psiquiatras Monica Kayo, Maria Aparecida da Silva, Claudiane Salles Daltio, Elson
de Miranda Asevedo, Elvis e André Zugman pela avaliação dos pacientes, com
dedicação e comprometimento.
Aos psicólogos, Paulo Mestriner e Beatriz Petreche pela imensa colaboração como co-
terapeutas.
Às psicólogas: Luciana Monteiro, Vanessa Cunha, Ellen Aversari, Ana Olivia Fonseca
e Silva e Célia Reis pela avaliação neuropsicológica dos pacientes e pelo empenho em
superar as dificuldades logísticas.
Aos enfermeiros Raul Feriance e Eliana Cristina Costa pela brilhante condução dos
grupos controles.
À Débora Zambori e Lívia Cizoto de Lima pelo empenho incansável em manter a
coordenação do estudo impecável.
A FAPESP pelo apoio a pesquisa (processo nº 2009/13934-6) sem o qual este projeto
não poderia ser viabilizado.
Normalização adotada
Esta dissertação está de acordo com as seguintes normas, em vigor no momento desta
publicação:
(Vancouver).
Crestana, Marinalva de Souza Aragão, Suely Campos Cardoso, Valéria Vilhena. 3a ed.
in Index Medicus.
SUMÁRIO
Lista de abreviaturas
Lista de figuras
Lista de tabelas
Resumo
Abstract
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 11
psicossociais da esquizofrenia......................................... 22
2 OBJETIVO .................................................................................................. 35
3. MATERIAL E METÓDOS......................................................................... 37
5 RESULTADOS ......................................................................... 53
6. CONCLUSÕES ....................................................................... 71
7. REFERÊNCIAS ……………………..…………………….. 73
8 APENDICES
LISTA DE ABREVIATURAS
PANSS Escala de Avaliação das Síndromes Positiva e Negativa (Positive and Negative
SyndromeScale)
F-UP Follow- Up
CR Cognitive Remediation
9
RESUMO
Scemes S. Evaluation and application of the social skills inventory in patients with
schizophrenia. [dissertation] São Paulo. “Faculdade de Medicina, Universidade de São
Paulo”, 2012.
AIM: To evaluate the use of Del Prette’s Social Skills Inventory ( IHS) in the
measurement of Social Skills e their correlations with psychopathological and
neuropsychological variables in patients with schizophrenia comparing with normal
controls. METHODS: This study is part of a clinical trial which evaluated the efficacy
of Social Skills Training in patients with schizophrenia and which utilized several
instruments such as the IHS for the evaluations of Social Skills, the Positive and
Negative Syndrome Scale (PANSS) for the evaluation of Psychopathology and the
Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence (WASI) as a measure of general
intelligence. The study was developed in two specialized centers (Projesq of the
Institute of Psychiatry of University of São Paulo General Hospital and Proesq of the
Federal University of São Paulo) where 91 patients with a DSM IV_TR diagnostic of
schizophrenia, with different levels of severity (62 refractory and 29 non refractory)
were compared with 108 normal controls. Comparisons between variables were
performed using t tests, Analysis of Variance and Covariance, and for correlations a
Linear Regression Model. RESULTS: Patients with schizophrenia, when compared with
normal controls, showed a significant impairment in their social skills, as measured by
the 5 factors of the IHS, except for factor F5 (self control of aggression). Patients
showed no differences in terms of social skills regarding severity. No significant
correlations where found between the IHS factors the PANSS subscales, except the F3
factor (conversation and social performance) which inversely correlated with the
General Psychopathology subscale. Additionally we found no correlations between IHS
factors and the 3 WASI dimensions (Verbal, Executive and Total).CONCLUSIONS:
The Social Skills Inventory was able to detect socials skills impairment in patients with
schizophrenia, as compared to normal controls. No relationship were found between
IHS and severity, psychopathology or cognitive measures and, therefore, we may
hypothesize that Social Skills may represent and independent dimension of the social
functioning in schizophrenia.
Descriptors: 1.Schizophrenia, 2.Social isolation, 3.Assertiveness,4.Problem solving,
5.Social behavior.6-Social skills training, 7-Social skills
11
INTRODUÇÃO
1.1 ESQUIZOFRENIA
presença de sintomas psicóticos tais como falsas crenças (delírios), perda de contato
comuns.
sintomas negativos muitas vezes são vistas por parte de familiares, como se os
seu funcionamento social e vários fatores estão associados a uma alta morbidade (5-6).
duradouras desenvolvidas por estes pacientes, que são potencializadas pela ação de
estressores da vida diária e que agem sobre uma vulnerabilidade biológica, sendo que
pessoa, pela quantidade de suporte social e pelos cuidados de saúde disponíveis (7-9).
paciente. CONTINUA.
Emprego Protegido - ajudar os pacientes a obter e - procura de emprego rápido, em - melhora no salário, no
(Supported Employment) manter o trabalho competitivo em vez de pré-avaliação vocacional tipo de emprego
ambientes comunitários extensa e treinamento de competitivo e na
integrados. habilidades. quantidade de horas
- integração dos serviços trabalhadas.
vocacional e clínico
acompanhamento.
- atenção para a preferência do
tipo de trabalho e apoio ao
emprego
Treino de Habilidades - aumentar as competências sociais, - habilidades ensinadas com base - melhora do
Sociais tais como conversas, fazer na teoria da aprendizagem funcionamento social e
(Social Skills Training) amigos, resolver conflitos, social: modelagem, role de lazer
expressar sentimentos, playing, feedback positivo e
17
Tratamento integrado para - diminuir o abuso de substâncias - tratamento do abuso de -diminui o abuso de
comorbidades e abuso de substância feito pela mesma substâncias
substâncias equipe de médicos
(Integrate treatment for - alcance para engajar pacientes
comorbid substance abuse) relutantes
- intervenções baseada em
motivação para manter os
pacientes em tratamento
- foco na redução das
consequências prejudiciais do
abuso de substâncias
18
eficácia
eficácia em relação ao placebo, expressa pelos tamanhos de efeito elevados (> 0,7).
PSICOEDUCAÇÃ
DESFECHO X TRATAMENTO THS CR TCC
OFAMÍLIAR
FUP= Follow-UP
21
compreender o outro sem julgar, e fazer com que esse outro se sinta compreendido e
(14)
validado . A empatia tem como bases componentes afetivos, cognitivos e
dos sentimentos da outra pessoa, de forma a que ela se sinta reconhecida, que é
transmitido de forma verbal e/ou não verbal; sendo que o comportamento só será
uma vez que habilidades sociais e competência social representam fatores protetores
vida (28).
interação com outras pessoas em todas as situações que envolvam uma interação
interpessoal (28).
proteção contra recaídas induzidas pelo estresse, como também propicia resiliência,
diminuição de aptidões devido a estar em situações que não estimulam a ação dessas
instrumentais trabalhar.
Conduta regida por normas sociais Conversar polidamente com uma autoridade.
de reinserção social, sendo eficaz para aumentar as habilidades sociais e o seu nível
como úteis para a medição de resultados social, residencial e vocacional (31). Porém
tabela 4
28
Habilidade População X
Estudo Escalas Desfecho
medida Diagnostico
Leifker, 11 escalas que medem RW: Vida real nos Portadores de Validar medidas de desfecho em RW.
Patterson, et Quality-of-life scale; specific domínios social, esquizofrenia Instrumentos considerados úteis para a
al. (2011) levels of functioning scale; residencial e medição de resultados social, residencial e
social behavior schedule; vocacional. vocacional.
social functioning scale;
independent living schedule;
life skills profile.
Galderisi, Interview for assessment of Habilidades 30 pacientes com Funcionamento pessoal e social.
Piegari, et disability sociais e esquizofrenia Não foi observada nenhuma vantagem nos
al. (2010) cognitivas programas utilizados
(Sitzer, SSPA- social skills Habilidades 194 portadores de Funcionamento social.
Twamley et performance assessment; cognitivas esquizofrenia X 60 Houve uma correlação entre a melhora do
al. 2008) quality of life interview, normais funcionamento social, e do desempenho
PANSS; Hamilton D; IS social de habilidades com a capacidade
insight scale; DRS dementia cognitiva.
rating scale
Continua
29
Habilidade População X
Estudo Escalas Desfecho
medida Diagnostico
(Bora, EQ empathy quotient; Empatia 30 portadores de Disfunções de empatia.
Gokcen et Neuropsychological batery esquizofrenia X 30 Os déficits de empatia em esquizofrenia
al. 2008) normais foram associados com as deficiências em
outras tarefas sociais cognitivas
(Kern, AIPSS assessment of Cognitivas; 60 pacientes Resolução de problemas.
Green et al. interpersonal problem solving aprendizagem portadores de Resultados mostraram o aprendizado de
2005) skills esquizofrenia e funções complexas, como resolução de
esquizoafetivos problemas na reabilitação de pessoas com
esquizofrenia.
(Revheim Narrative recall and list recall Memoria verbal 87 portadores Memória verbal; resolução de problemas;
and Medalia measures e funcionamento esquizoafetivos competência social.
2004) social internados X 75 Resultados revelam a importância do treino
não internados de resolução de problemas para o status da
vida em comunidade
CONTINUA
30
Habilidade População X
Estudo Escalas Desfecho
medida Diagnostico
(Perivoliotis, ILSS independent living Funcionamento 57 pacientes idosos Vida real na comunidade.
Granholm skills survey na comunidade com esquizofrenia Com algumas modificações a ILSS parece ser
et al. 2004) X 40 normais um indicador sensível do comprometimento
funcional na presente amostra. Informações
fornecidas pelo instrumento podem ser úteis
para orientar os esforços de reabilitação e
funcionamento no tratamento desta população.
(Patterson, SSPA social skills Assertividade 83 pacientes idosos Funcionamento social.
Moscona et performance assessment com esquizofrenia O SSPA é um instrumento util. A avaliação
al. 2001) X 52 normais direta de competências sociais pode oferecer
um quadro mais preciso de funcionamento do
que medidas de auto relato entre os pacientes
que tem um comportamento com pobre
insight.
CONTINUA
31
Habilidade População X
Estudo Escalas Desfecho
medida Diagnostico
(Tsang Role-playing Auto- Portadores de Competência social e vocacional
2001) administração esquizofrenia O estudo piloto mostrou que o módulo de
formação em conjunto com adequado apoio
profissional é eficaz para reforçar a
competência social e vocacional em pessoas
com esquizofrenia.
(Sullivan, AIPSS assessment of Respostas Portadores de Resolução de problemas.
Marder et interpersonal problem verbais e não esquizofrenia Esta pesquisa explorou a validade de um novo
al. 1990) solving skills verbais; instrumento de medida de habilidades.
processamento
de informações A AIPSS prevê uma medida de funcionamento
sociais e atual do paciente em vez de funcionamento
percepção social passado; permitindo a percepção social do
paciente e o planejamento do tratamento das
respostas sociais verbais e não verbais.
32
O IHS foi construído a partir do levantamento das situações que são mais
uma capacidade discriminativa adequada dos itens com uma consistência interna
Fator Descrição
ou de desenvoltura social.
34
Fator Descrição
objetivos do estudo
psicossociais como THS mostraram alguma evidencia de eficácia para esta dimensão
sintomatológica (38).
Por outro lado pacientes com esquizofrenia refrataria (i.e. que apresentam
persistência de sintomas psicóticos e que são tratados com clozapina) não tem sido
mostram que o uso de técnicas de THS tais como melhora da atenção e das
têm mostrado que mesmo pacientes muito grave, tais como aquele que apresentam
sintomas (39).
A revisão da literatura mostra que, exceto por um estudo que utilizou o THS
(38)
em pacientes com predominância de sintomas negativos , não há estudos
randomizado controlado com placebo para testar da hipótese de que o THS pode ser
número 2009/13934-6)
36
2 OBJETIVO
Por outro lado a literatura mostra também uma carência de instrumentos para
esquizofrenia.
2.1 Objetivos
e controles normais.
3. Material e Métodos
Este estudo foi aprovado tanto pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
3.1.2 A hipótese
A hipótese testada foi a de que o THS tem uma ação sobre os sintomas
- Os grupos de THS seguiram um roteiro (43), adaptado, sendo que neste grupo
anexo).
(44)
- Os grupos controle seguiram o roteiro de Savoia adaptado sendo que
3.3.1 Psicopatológica:
(42)
Psicopalogica - Postive and Negative Syndrome Scales traduzida para o
(45)
português – Esta é uma escala composta de 30 itens, dividida em sub
total da PANSS
pior)
3.4 Neuropsicológica
3.4.1 Neuropsicológica
Insight.
43
negativa da PANSS
• Equipe THS:
- co-terapeuta.
• Equipe de avaliadores
3.8 – Randomização
ou para o grupo placebo foi feita por uma secretaria de outro grupo de pesquisa, que
não participou do estudo e que não teve qualquer contato com os pacientes. O
www.randomization.com
4 Estudo atual
psiquiátricos, IHS somente foi empregado num estudo piloto para avaliar habilidades
pacientes:
ambulatório do PROJESQ.
PROJESQ foi constituído por 9 mulheres e 24 homens, com idade entre 25 e 51 anos
foi constituído por 10 mulheres e 19 homens com idade entre 19 e 55 anos e com
antipsicóticos, que não clozapina; sendo 15 mulheres e 14 homens com idade entre
graus).
de dados para revalidação do teste da amostra original de 527 alunos de onde foi feita
Zilda Del Prette que gentilmente nos cedeu os dados), sendo 53 mulheres e 55
que tanto a escala pode ser preenchida pelo próprio paciente como pelo psicólogo
dadas por eles, os pacientes tinham em mãos a escala Likert e as perguntas eram
49
repetidas quantas vezes fossem necessárias, à medida que devido ao déficit cognitivo
não refratários a PANSS foi colhida no ambulatório do PROJESQ, por ocasião das
do único instrumento que mede habilidades sociais e que está validado para a
população brasileira.
freqüência com que reage da forma sugerida em cada item. A segunda parte contém
50
freqüência das respostas. A escala é tipo Likert, de cinco pontos, variando de nunca
ou raramente (zero a 20% das vezes) a sempre ou quase sempre (81 a 100% das
• F3- o fator 3 reúne itens que retratam situações sociais neutras em termos de
desenvoltura social.
a novas situações.
O IHS foi validado a partir de uma amostra de 527 alunos de nível superior e
média normativa). Para avaliar o escore total do inventário, basta somar os itens e
situar o respondente em sua posição percentil. Para apurar os escores fatoriais, pode-
“salvar os fatores como variáveis”. Esses valores são então convertidos em percentis
(de acordo com a tabela de referência normativa do manual para o sexo masculino e
52
para o sexo feminino), que também permitem comparar a posição do indivíduo nos
diferentes fatores.
53
para o sexo masculino e para o sexo feminino). Portanto, nesse caso, a comparação
qualitativa dos dados coletados, em função do menor tempo empenhado nos cálculos
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Tukey para identificar diferenças entre grupos, bem como Análise de Covariância
(Ceapesq).
55
5 RESULTADOS
constituído por 19 mulheres e 43 homens, com idade entre 25 e 51 anos e com graus
escolaridade, cedido pela Professora Zilda Del Prette). Este grupo foi constituído por
56
bem mais idosos que os normais (Tukey 12,6, pó=0,001). Por outro lado os pacientes
Tabela 6. Características demográficas dos pacientes com esquizofrenia refratária e não refratária e dos dados normativos dos
controles normais
N=62
Idade em anos N=108 N=29 F=18,01
Projesq =36,02 (7,11)
Média(desvio-padrão) 32,09 (10,60) 44,69 (11,97) P= 0,001
Proesq =35,55 (9,36)
Duração de doença em anos N=62
N=27 t=1,22, p=0,23
Média Projesq=17,45 (7.45)
13,52 (10,75) (comparação entre Grupos Ie II)
(desvio-padrão) Unifesp=14,14 (6,93)
Gênero frequências Qui- Quadrado= 6,32
55/53 43/19 14/15
(masculino/feminino) p=0,042
Educação N=99 N=62 N=29
Ensino Fundamental I e II(N) 3 22 15
Colegial (N) 23 36 10 Qui- Quadrado=103,51
Superior (N) 26 2 2 P=0,0001
Superior Incompleto (N) 39 2 2
Pós- Graduação(N) 8 0 0
58
foi realizado o teste t de Student para comparação de medias entre dois grupos cujos
Padrão
habilidades sociais
F2 2,6 0,11
F3 4,5 0,04
F4 0,9 0,4
F5 3,2 0,08
IHS, com exceção ao Fator F3 que foi influenciado pelas variáveis categoriais gênero
dados normativos dos controles normais. Para tal foi utilizada uma Análise de
para múltiplas comparações entre os grupos. A composição de cada um dos itens que
compõe cada um dos cinco fatores do IHS está descrita na tabela 2. Foram
F5 auto-controle da agressividade.
61
Tabela 7.
12
10
Normais
6
refratarios
responsivos
4
0
F1 F2 F3 F4 F5
62
Tabela 9. Fatores do HIS – comparações entre refratários, não refratários e dados normativos
F1 9,95 (2,98) 7,85 (3,33) 7,02 (3,24) 0,00 0,002 0,00 0,54
F2 9,06 (1,81) 6,30 (3,10) 7,22 (2,38) 0,00 0,00 0,00 0,24
F3 6,65 (2,18) 5,65 (2,09) 6,16 (1,48) 0,04 0,04 0,49 0,60
F4 3,27 (1,27) 2,50 (1,41) 1,91 (1,54) 0,00 0,01 0,00 0,20
F5 0,97 (0,68) 1,31 (0,59) 1,36 (0,79) 0,004 0,03 0,02 0,96
Total 94,86 (16,71) 72,70 (17,23) 72,65 (12,81) 0,00 0,00 0,00 1,00
Legendas: F1 enfrentamento e auto-afirmação com risco; F2 auto-afirmação na expressão do sentimento positivo; F3 conversação e
desenvoltura social; F4 auto-exposição a desconhecidos e situações novas; F5, autocontrole da agressividade,; ANOVA- Analise de
Variância
63
controles, porém não entre si, como pode ser observado pelos resultados dos testes
I) quando comparados com controles normais (p=0,04) porém não foram observadas
refratários (Responsivos- Grupo II) também não foram observadas diferenças entre
Execução e Geral do teste WASI, que fornece uma medida global de inteligência.
11
Variável
Como podemos observar pela tabela 11 não foram observadas correlações entre
5.1 Discussão
2- Esta diferença persistiu para quase todos os fatores (exceto para o Fator F5
controlando-se por idade, gênero e escolaridade, uma vez que tais variáveis
pacientes responsivos.
67
inteligência.
com esquizofrenia. Este instrumento tem sido utilizado sistematicamente para avaliar
(78-59)
habilidades sociais em populações não psiquiátricas porém seu uso em
bipolar (76-73).
Também não é de nosso conhecimento qualquer outro ensaio clinico que tenha
utilizado o IHS em esquizofrenia, havendo somente um relato de caso onde o IHS foi
uma população de pacientes com transtorno bipolar. Neste trabalho 25 pacientes com
transtornos de humor (Hamilton para Depressão e Young para Mania) e pela escala
que o fator 2 se correlacionou com maior presença de ansiedade, porém não foram
transtorno bipolar tipo I para agora compará-los aos controles, porém subdividindo-
outro sem história de suicídio (N=16). A autora verificou que os pacientes com
pacientes com esquizofrenia, o que está de acordo com vários trabalhos que mostram
Por outro lado o fato de não encontrarmos diferenças entre pacientes refratários
e responsivos, requer uma discussão mais aprofundada. Como sabemos já está bem
estabelecido que pacientes com esquizofrenia refratária são mais graves que
(média= 14, 41) quando comparada a gravidade dos sintomas negativos (média=
tinham uma duração da doença (ou cronicidade) ainda maior que a dos refratários.
habilidades sociais.
70
de Wechsler) não significa que a escala não possa ser utilizada para esquizofrenia.
esquizofrenia (92-12).
neuropsicológicos (80).
Por outro lado é importante lembrar que esta área de funcionamento social da
controlados e a maioria dos instrumentos utilizados para avaliar funções sociais não
Além disso, estudos sobre cognição social que é a habilidade humana para
perceber intenções e disposições dos outros (87) e que inclui processos cognitivos que
reconhecer emoções negativas (ex: medo e raiva) quando comparadas com emoções
positivas (90) e uma tendência a atribuir valência negativa as faces neutras (82)..
A cognição social tem sido avaliadas através de pelo menos três instrumentos a
(94-93) (91)
ToM (Teoria da Mente) ; Estilo de Atribuição e Reconhecimento de Faces
(83)
. Os estudos têm demonstrado que pacientes agudos apresentam pior desempenho
nos testes comparados aos crônicos estáveis, porém não se sabe ainda como os
inclusive, também foi utilizado na avaliação das funções sociais de nossos pacientes
De qualquer forma consideramos que este estudo foi, salvo melhor juízo, o
ser representado por dados normativos do IHS e não pelos dados obtidos a partir da
população de controles mais homogênea os resultados possam ter sido diferentes. Por
outro lado em nosso estudo foram utilizados os escores ponderados ao passo que no
(76)
trabalho de Rocca e colaboradores foram utilizados escores da apuração
simplificada.
Outra limitação é que os escores dos Fatores do IHS foram correlacionados com
vezes, a agregação dos sintomas pode expressar melhor sua relação com uma escala
significativa desta escala não com os valores totais da PANSS, mas sim com os
com dois subtestes da escala de Wisconsin, e não com o seu total (72).
73
validada internacionalmente.
6. CONCLUSÕES:
7. REFERÊNCIAS
6. Yen YC, Lung FW, Chong MY. Adverse effects of risperidone and
haloperidol treatment in schizophrenia.ProgNeuropsychopharmacolBiol Psychiatry.
2004 Mar;28(2):285-90.
9. Crow TJ, Done DJ. Prenatal exposure to influenza does not cause
schizophrenia. Br J Psychiatry. 1992 Sep;161:390-3.
14. Nichols M. The Lost Art of Listening. New York Guilford.; 1995.
20. Egan G. The skilled helper. A problem management approach to helping. 5th
ed.: Pacic Grove: Brooks/Cole.; 1994.
26. Prette ZD, Prette AD. Psicologia das Habilidades Sociais: terapia e educacao.
Rio de Janeiro: Vozes; 1999.
27. Wallace CJ, Liberman RP, MacKain SJ, Blackwell G, Eckman TA.
Effectiveness and replicability of modules for teaching social and instrumental skills
to the severely mentally ill.Am J Psychiatry. 1992 May;149(5):654-8.
77
29. Lazarus R, Folkman S. Strees, Appraisal and Coping. New York: Springer
Publishing Company; 1984.
31. Leifker FR, Patterson TL, Heaton RK, Harvey PD. Validating measures of
real-world outcome: the results of the VALERO expert survey and RAND panel.
Schizophr Bull. 2011 Mar;37(2):334-43.
32. Ayres L. Uma escala brasileira para medida de assertividade. In press 1994.
36. Barreto M, Prette ZD, Prette AD. Analise de itens e da estrutura fatorial de
um inventario para avaliacao de repertorio de habilidades sociais. RBEs Revista
Brasileira de Estatistica. 1998;59(212):7-24.
39. Barretto EM, Kayo M, Avrichir BS, Sa AR, Camargo MG, Napolitano IC, et
al. A preliminary controlled trial of cognitive behavioral therapy in clozapine-
resistant schizophrenia. J NervMent Dis. 2009 Nov;197(11):865-8.
78
41. Prette ZD, Prette AD. Psicologia das habilidades sociais: Diversidade teórica
e suas implicações. ed., editor.: Petrópolis: Vozes; 2009.
42. Kay SR, Fiszbein A, Opler LA. The positive and negative syndrome scale
(PANSS) for schizophrenia. Schizophr Bull. 1987;13(2):261-76.
45. Chaves A, Shirakawa I. Escala das sindromes negativa e positiva e seu uso no
brasil. In: Editorial L, editor. Escalas de avaliacao clinica em psiquitria e
psicofarmacologia. Sao Paulo; 2000.
47. Kirkpatrick B, Buchanan RW, McKenney PD, Alphs LD, Carpenter WT, Jr.
The Schedule for the Deficit syndrome: an instrument for research in schizophrenia.
Psychiatry Res. 1989 Nov;30(2):119-23.
48. Bressan RA, Chaves AC, Shirakawa I, de Mari J. Validity study of the
Brazilian version of the Calgary Depression Scale for Schizophrenia. Schizophr Res.
1998 Jun 22;32(1):41-9.
59. Prette ZD, Prette AD. Competencia social: um estudo comparativo entre
alunos de psicologia, servico social e engenharia mecanica. Psicologo Escolar:
identidade e perspectivas. 1992 b:382-84.
63 Kern, R., M. Green, et al. (2005). "Extensions of errorless learning for social
problem-solving deficits in schizophrenia." Am J Psychiatry162: 513-9.
69 Sullivan, G., S. Marder, et al. (1990). "Social skills and relapse history in
outpatient schizoprenics." Psychiatry53: 340-5.
77 van der Gaag, M., T. Hoffman, et al. (2006). "The five-factor model of the
Positive and Negative Syndrome Scale II: a ten-fold cross-validation of a revised
model." Schizophr Res 85(1-3): 280-7.
88 Brady, J. P. (1984). "Social skills training for psychiatric patients, II: Clinical
outcome studies." Am J Psychiatry 141(4): 491-8.
91 Bentall, R., P. Kinderman, et al. (1994 ). "The self, attributional processes and
abnormal beliefs: towards a model of persecutory delusions." Behav Res Ther 32:
331-41.
92 Bellack, A. S. (2004). "Skills training for people with severe mental illness."
Psychiatr Rehabil J 27(4): 375-91.
82
APENDICE
APENDICE
Pagina 1 de 4
85
Pagina 2 de 4
86
Pagina 3 de 4
87
4 de 4
88
APENDICE
1 de2
91
2 de 2
92
APENDICE
APENDICE 11
MANUAL DE THS
1 DE 10