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DIRETORIA
PRESIDENTE:
Dr. Arnaldo Zubioli
VICE-PRESIDENTE:
Dr. Emyr Roberto Carobene Franceschi
DIRETORA TESOUREIRA
Dra. Mirian Ramos Fiorentin
DIRETORA SECRETÁRIA GERAL
Dra. Marina Gimenes
CONSELHEIROS
Dra. Cynthia França Wolanski Bordin
Dr. Edmar Miyoshi
Dr. José dos Passos Neto
Dra. Karen Janaina Galina
Dr. Márcio Augusto Antoniassi
Dra. Maria do Carmo Baraldo
Dra. Marilene Provasi
Dra. Marina Sayuri Mizutani Hashimoto
Dra. Mônica Holtz Cavichiolo Grochocki
Dra. Sandra Iara Sterza
CONSELHEIROS SUPLENTES
Dr. José Antônio Zarate Elias
Dra. Mauren Isfer Anghebem
Dr. Maurício Portella
Bruno Bergamaschi
Gislene Mari Fujiwara
Márcio Augusto Antoniassi
Rodrigo Jardim
Suzane Virtuoso
Valquires Souza Godoy
REVISÃO TÉCNICA
Dr. Jackson Carlos Rapikiewcz
REVISÃO
Ana C. Bruno | MTB 2973 DRT/PR
Dayane Carvalho | MTB 6990 DRT/PR
PROJETO GRÁFICO
Gustavo Lavorato | MTB 10797 DRT/PR
Michelly M T Lemes Trevisan - Designer
DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÃO
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná - CRF-PR
Rua Presidente Rodrigo Otávio, 1.296 – Hugo Lange - Curitiba-PR | 80.040-452
(41) 3363-0234 – www.crf-pr.org.br
ISBN: 978-85-63817-06-8
Apresentação 7
Introdução 9
Abertura e Funcionamento de Farmácia 10
Responsabilidade Técnica 16
Atribuições do Farmacêutico 19
Manual de Boas Práticas e de Procedimentos 24
Serviços Farmacêuticos 29
Prescrição Farmacêutica 41
Medicamentos Controlados e SNGPC 46
Produtos Permitidos na Farmácia 55
PGRSS e Descarte de Medicamentos 61
Fracionamento de Medicamentos 66
Dispensação Remota de Medicamentos 68
Atribuições dos Órgãos e Entidades Profissionais 70
Referências 73
O farmacêutico, após a colação de grau, inicia sua atividade profissional como empregado
ou empreendedor. O profissional com vínculo trabalhista executa atividades em nome e por conta
de outrem que pratica atividade empresarial. Quando empresário, exerce atividade econômica
organizada, exercida com habitualidade para a produção, circulação de bens ou prestação de ser-
viços.
A farmácia de qualquer natureza e outros estabelecimentos farmacêuticos para os efeitos
de organização em sociedade são empreendimentos econômicos e seus proprietários individuais
ou societários (sociedades mercantis) são empresários, situação em que o farmacêutico é o único
proprietário dá farmácia ou é sócio de sociedade mercantil proprietária da farmácia. Já o farma-
cêutico, como empregado ou prestador de serviços, exerce sua atividade para o empresário da
farmácia e recebe remuneração pecuniária pelos serviços que presta. Não se deve confundir a ati-
vidade intrínseca do farmacêutico relacionado a sua atividade como profissional de saúde (ações e
serviços) com a atividade extrínseca que diz respeito a compra e venda de produtos farmacêuticos.
Como profissional presta serviços de assistência farmacêutica e assistência a saúde em benefício
da coletividade, mas com propósito de obtenção de lucro para manter seu negócio.
O farmacêutico ao exercer a direção, a assistência e responsabilidade técnica da farmácia
de qualquer natureza têm dúvidas sobre os aspectos técnicos e regras profissionais e sanitárias. No
campo do direito da saúde são diversas questões de natureza administrativa (disciplinar ou sani-
tária), constitucional, civil ou penal. E, sem um mínimo de conhecimento jurídico, sempre estará
inseguro para tomar decisões ou exercer qualquer atividade profissional com segurança.
O Conselho Regional de Farmácia do Paraná, através da sua Comissão de Farmácia Comuni-
tária, com o propósito de auxiliar estes profissionais, elaborou e editou este Guia para proporcio-
nar a oportunidade de um exercício profissional de qualidade. A Ética da profissão farmacêutica é
resultante da ação fundada no respeito e na solicitude para a realização de um bem coletivo, que
depende da contribuição que cada farmacêutico dá e oferece ao desempenhar o seu papel, função
ou ocupação.
Arnaldo Zubioli
Presidente
A abertura de uma empresa farmacêutica deve ser precedida de diversos fatores e cuida-
dos a serem tomados, visto que o segmento frequentemente apresenta mudanças legais e mer-
cadológicas. Para tal, o farmacêutico precisa estar atento a essas adequações e tendências de
mercado.
Antes da abertura de um estabelecimento farmacêutico, recomenda-se levantar fatores
que justifiquem a necessidade ou oportunidade do mesmo na localidade. Desse modo são propostos
alguns pontos a serrem observados à implantação de uma farmácia:
5) Índice/Taxa de desemprego:
Nível ou ocupação no trabalho?
Dependem financeiramente do trabalho?
Apresentam estabilidade no trabalho ou são normalmente temporários?
6) Dependência financeira local ou regional:
O município, região ou estado dependem financeiramente de qual segmento: comércio,
agricultura, saúde?
Apresenta apenas uma dependência ou outras secundárias?
Esse setor de dependência é estável ou varia de acordo com condições ambientais e
comerciais?
7) Estabelecimentos farmacêuticos existentes:
Existe qual proporção de farmácia por habitante?
Grandes investidores estão instalados na região central?
A cultura de compra é voltada a compras conveniadas, à vista ou parcelamento?
8) Rede de atendimento público:
O atendimento de saúde pública ou privada é acessível?
Atendimento médico e especialidades?
Obs: Até o final dessas solicitações, já deverá estar liberado o cadastro de ME solicitado juntamen-
te com a busca do nome na Junta Comercial.
Obs: Todas as informações contidas devem ser verificadas com o seu respectivo município, pois
pode haver diferenciação nas solicitações.
Para que o farmacêutico assuma a responsabilidade técnica de uma farmácia ele deve
cumprir alguns requisitos:
Estar inscrito no Conselho Regional de Farmácia do Estado ao qual a farmácia está locali-
zada. O recém-formado que ainda não recebeu o diploma deverá pedir a inscrição provisória, que
é concedida com prazo de validade de 6 (seis) meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) meses. Após a
inscrição, no mesmo dia, o farmacêutico já está apto a assumir responsabilidade técnica por uma
farmácia.
Para registro no Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná, o farmacêutico de-
verá comparecer à sede em Curitiba ou na seccional mais próxima da sua localidade - Londrina,
Ponta Grossa, Cascavel, Maringá, Umuarama e Francisco Beltrão, munido dos documentos listados
no Quadro 1:
Atribuições Administrativas
Dentre as funções administrativas do farmacêutico na farmácia podemos destacar:
Entende-se por Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas que visam
assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços
prestados em farmácias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria
da qualidade de vida dos usuários.
Os critérios e condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas e
para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias são estabelecidos principalmente pelas Resolu-
ções CFF n° 357/2001 e nº 499/2008, Resolução Anvisa RDC nº 44/ 2009 e a Resolução SESA-PR nº
590/2014.
O Manual de Boas Práticas Farmacêuticas (BPF) consiste em um roteiro descritivo de todas
as atividades desenvolvidas na farmácia, com a finalidade de padronizar os serviços, mostrando o
passo a passo e as recomendações sobre as atividades a serem executadas. Deverá ser revisado e
atualizado periodicamente ou sempre que se fizer necessário. Assim, todas as pessoas envolvidas
nessas atividades devem ter conhecimento acerca das normas através de treinamentos periódicos
ou na admissão.
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS
O Manual de BPF deve ser elaborado ou revisado pelo farmacêutico Responsável Técnico
da farmácia quando da sua assunção ao cargo e deve conter ao menos os seguintes itens:
Identificação do estabelecimento: nome (fantasia) da farmácia, razão social, número do
CNPJ e endereço completo;
- Identificação do Responsável Técnico: nome e registro no CRF;
- Identificação do(s) Assistente(s) Técnico(s) (caso houver): nome e registro no CRF;
Um POP deve conter a listagem dos materiais e dos equipamentos necessários às condições
de operação e os pontos críticos de cada tarefa, a descrição dos procedimentos por atividade críti-
ca, os pontos e os métodos de controle, o roteiro de inspeções periódicas, o que fazer em casos de
não conformidade e os responsáveis por sua elaboração, sua aprovação e revisão. Sua construção
fundamenta-se basicamente em fazer o mapeamento de um processo específico, contemplando
todos os passos para a realização deste.
O POP deve descrever as tarefas que fazem parte da rotina de trabalho, tomando os se-
guintes cuidados:
Nome do procedimento
Objetivo
Documentos de referências (manuais)
Local de aplicação
Siglas (caso houver)
Descrição das etapas da tarefa e de seus executores e responsáveis
Limpeza da Farmácia.
Limpeza das prateleiras (medicamentos, perfumaria, produtos permitidos).
Lavagem das mãos.
Limpeza da geladeira.
Recepção de medicamentos sujeitos a controle de temperatura.
Recepção de medicamentos sujeitos a controle especial.
Recebimentos de mercadorias.
Dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial.
Medicamentos a vencer e medicamentos vencidos.
Desinfecção da almotolia de álcool 70º GL.
Leitura dos termômetros.
Postura profissional e qualidade de atendimento.
Aplicação de medicamentos injetáveis.
Perfuração do lóbulo auricular para colocação de brincos.
Plano de desratização e dedetização.
Aferição da pressão arterial.
Verificação da temperatura corporal.
Intercambialidade de medicamentos.
Guia básico de atendimento.
Aquisição de medicamentos e produtos.
Entende-se por serviços farmacêuticos todos os serviços de atenção à saúde prestados pelo
farmacêutico, conforme a Resolução CFF nº 357/2001.
Os serviços farmacêuticos previstos para serem realizados em farmácias compreendem a
atenção farmacêutica e a perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos.
A atenção farmacêutica engloba os serviços de:
Atendimento farmacêutico domiciliar;
Aferição de parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal;
Aferição de parâmetros bioquímicos: glicemia capilar, colesterol e triglicéride;
Administração de medicamentos: aplicação de injetáveis e inaloterapia;
Acompanhamento farmacoterapêutico;
Indicação farmacêutica em transtornos menores.
Para que os serviços farmacêuticos sejam prestados nas farmácias estes estabelecimentos
devem dispor de condições mínimas para sua realização:
DOCUMENTOS
Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) junto à ANVISA;
Certidão de Regularidade Técnica junto ao CRF da jurisdição;
Licença ou Alvará Sanitário junto à Vigilância Sanitária Municipal, constando todos os
serviços que serão prestados pelo estabelecimento;
Manual de Boas Práticas Farmacêuticas;
Procedimentos Operacionais Padrão (POP);
Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS);
A aferição da pressão arterial pode ser realizada nos procedimentos preparatórios para
aplicação de medicamentos injetáveis e no acompanhamento de pacientes hipertensos.
INALOTERAPIA:
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Oferta do serviço;
Entrevista inicial (contendo identificação do paciente, início dos sintomas, duração,
severidade, descrição, localização, sintomas associados, informações sobre outros
problemas médicos e uso de medicamentos (inclusive sem receita);
Avaliação das informações (verificação da existência de problemas relacionados a
medicamento);
Plano de atuação;
Agendamento
Preenchimento da Ficha
Entrevista
Farmacoterapêutica
Estudo de Caso
A perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos deve ser realizada na sala de
serviços farmacêuticos, pelo farmacêutico ou seu auxiliar sob supervisão direta.
A perfuração deve ser feita com aparelho (pistola) específico e o brinco usado como ma-
terial perfurante. Os brincos e a pistola devem ter registro junto à ANVISA e acondicionados em
embalagem estéril e inviolada antes do início do procedimento.
Em caso de menor, é necessária autorização de um responsável para que o procedimento
possa ser realizado.
Na abertura da embalagem: não tocar nos brincos ou nas tarraxas, apenas no berço
onde ambos estão acondicionados dentro da embalagem;
Lavagem das mãos: assim como nos demais serviços, a lavagem correta das mãos com
sabão degermante é indispensável.
O uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) é imprescindível: jaleco e luvas
descartáveis;
Realizar antissepsia do local com álcool 70%, na frente e atrás do lóbulo;
Local da perfuração: na farmácia é permitida apenas a perfuração dos lóbulos auricu-
lares, sendo vedada a perfuração de cartilagens. O local escolhido para a perfuração
deve ser marcado com uma caneta não tóxica e confirmado com o paciente;
A desinfecção do aparelho (pistola) deve ser realizada antes da colocação dos brincos
em seus dispositivos;
O brinco e a tarraxa devem ser encaixados nos locais próprios sem que sejam tocados
pelo farmacêutico ou seu auxiliar;
Realizar a perfuração com manuseio correto e seguro da pistola;
Preencher a DSF e orientar o paciente a respeito dos cuidados pós-perfuração.
Todo medicamento cujo princípio ativo seja derivado ou contenha em sua fórmula as subs-
tâncias contidas nas listas anexas à Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998 e/ou nas suas
atualizações, devem ser dispensados apenas com receituário específico para cada lista, sendo:
Observação: Exceções a estas regras gerais constam nos adendos das listas.
A portaria ainda contém outras listas (E, F1, F2 e F3), mas nelas estão contidas substâncias
de uso proscrito no Brasil e outras não usuais em medicamentos.
GUARDA
A guarda dos medicamentos sujeitos a controle especial é atribuição exclusiva do farma-
cêutico, sendo que “deverão ser obrigatoriamente guardados sob chave ou outro dispositivo que
ofereça segurança, em local exclusivo para este fim”, conforme Portaria SVS/MS nº 344/98, Capí-
tulo VII, Artigo 67.
A chave do armário ou da sala deverá estar sempre em posse do farmacêutico, não poden-
do delegar esta atribuição a auxiliares, conforme o Artigo37 da Resolução CFF n° 357/2001– “A
dispensação das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, deverá ser feita exclu-
sivamente por farmacêutico, sendo vedada a delegação de responsabilidade sobre a chave dos
armários a outros funcionários da farmácia que não sejam farmacêuticos”.
DISPENSAÇÃO
A dispensação dos medicamentos constantes nas listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 e nas
suas atualizações é ato exclusivo do farmacêutico e este deverá seguir as determinações do Proce-
dimento Operacional Padrão respectivo do estabelecimento do qual é o diretor técnico.
O farmacêutico deverá atentar para:
As receitas são válidas por até 30 dias a contar da data do seu preenchimento pelo profis-
sional prescritor, exceto as prescrições da Lista C3 (imunossupressores) que obedecem à legislação
específica.
TERRITORIALIDADE
As prescrições contendo substâncias das listas B (NRB - azul) e C2 (retinoicas) só podem ser
dispensadas dentro da Unidade Federativa (UF) em que foram emitidas. As Receitas de Controle
Especial (2 vias) para substâncias das listas C1 e C5 são válidas em todo o território nacional. As
prescrições contendo medicamentos constantes na lista A (NRA - amarela) podem ser dispensados
em outra UF desde que seja apresentada com justificativa do uso.
Listas:
A1, A2, A3: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 30 dias de trata-
mento.
B1: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento.
B2: quantidade para 30 dias de tratamento. No caso da Sibutramina, é permitida a dispen-
sação para até 60 dias;
C1: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento.
Exceção: antiparkinsonianos e anticonvulsivantes – quantidade para até 6 meses de tratamento.
C2: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 30 dias de tratamento.
C3, C4: consultar legislação específica.
C5: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento.
REDUÇÃO DA QUANTIDADE
DEVOLUÇÕES
É necessário informar ao comprador que os medicamentos sob controle especial não são
passíveis de devoluções ou trocas. Conforme o Artigo 90 da Portaria SVS/MS nº 06/99, “quando,
por qualquer motivo, for interrompida a administração de medicamentos a base de substancias
constantes das listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 e de suas atualizações, o prescritor e/ou a
Autoridade Sanitária local devem recomendar ao paciente ou seu responsável que façam a entrega
destes medicamentos no órgão competente de Vigilância Sanitária. A Autoridade Sanitária emitirá
um documento comprobatório do recebimento e, posteriormente, dará destino conveniente (inu-
ESCRITURAÇÃO
A escrituração dos medicamentos sujeitos a controle especial deve ser informatizada, de-
vendo os arquivos ser gerados e enviados ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Con-
trolados (SNGPC), conforme Resolução Anvisa RDC nº 22/2014.
ACESSO AO SNGPC
O acesso ao ambiente do SNGPC para informações e/ou credenciamento se dará pelo site:
<http://www.anvisa.gov.br/sngpc> ou diretamente no link:<http://sngpc.anvisa.gov.br>.
Este processo está organizado em dois momentos:
1 - Credenciamento da farmácia:
Para que a movimentação possa ser encaminhada ao SNGPC, deverá ser gerado um arquivo
de dados contendo as movimentações diárias de medicamentos e substâncias sujeitas a controle
BALANÇOS
RESUMO
TERMOLÁBEIS
Os termolábeis são medicamentos sensíveis à ação da temperatura e que por isso reque-
rem armazenamento sob refrigeração (entre 2ºC a 8ºC). Para que as farmácias mantenham arma-
zenados estes medicamentos para dispensação são necessários alguns requisitos:
Organização do Refrigerador:
Registro de temperatura:
Limpeza:
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou em 2013 a Resolução RDC nº 574, que regulamenta e
estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na dispensação e aplicação de vacinas. O CFF atri-
bui ao farmacêutico, na farmácia, a dispensação e aplicação de vacinas, valendo-se de seus conhecimentos
técnicos, da sua autonomia técnico-científica e da sua conduta como profissional de saúde.
Para o armazenamento das vacinas, as mesmas regras dos medicamentos termolábeis devem ser
seguidas. As farmácias que comercializam vacinas devem dispor de um sistema de geração de energia de
emergência para que, em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica, o equipamento garanta o
funcionamento do refrigerador.
EXPOSIÇÃO DE MEDICAMENTOS
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) foi instituído pelo
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (Resolução nº 358/05) em consonância com a Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (RDC nº 306/04), com o objetivo de prevenir e reduzir
os riscos à saúde e ao meio ambiente.
Como o farmacêutico é parte fundamental no processo de gerenciamento, o Conselho
Federal de Farmácia publicou a Resolução nº 415/2004 na qual discorre sobre a responsabilidade
do profissional pela consultoria para elaboração do plano de gerenciamento de resíduos de serviço
de saúde, pela elaboração, implantação, execução, treinamento e gerenciamento dos resíduos de
serviço de saúde (RSS), desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos
ambientais e de saúde coletiva, sem prejuízo da responsabilidade civil solidária, penal e adminis-
trativa de outros entes envolvidos.
O PGRSS é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos
sólidos, que correspondem às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final.
Os RSS são classificados em cinco grupos, que devem ser segregados, identificados e acon-
dicionados conforme descrito no quadro 3:
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra
e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:
DESCARTE EM CURITIBA
A maioria dos farmacêuticos, mesmo os mais experientes, tem alguma dúvida a respeito
das atribuições dos órgãos ou entidades ligadas à profissão, o que pode causar algumas situações
inconvenientes e mal entendidas.
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia foram criados em 1960 pela Lei
nº 3820. O Conselho Federal tem jurisdição em todo o território nacional e sua principal função é
zelar pela fiel observância dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem ativi-
dades profissionais farmacêuticas no país.
Os Conselhos Regionais de Farmácia atuam de forma descentralizada registrando os farma-
cêuticos que atuam no país e as empresas farmacêuticas e fiscalizando os preceitos deontológicos
estabelecidos. Têm função de orientar, fiscalizar, defender e disciplinar o exercício profissional de
farmacêuticos, zelando pela saúde pública e promovendo a assistência farmacêutica.
São atribuições dos Conselhos Regionais de Farmácia previstas na Lei 3820:
a) Registrar os profissionais de acordo com a presente lei e expedir a carteira
profissional;
b) Examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de regis-
tro e das infrações desta lei e decidir;
c) Fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à lei, bem
como enviando às autoridades competentes relatórios documentados sobre os
fatos que apurarem e cuja solução não seja de sua alçada;
ASSOCIAÇÃO DE FARMACÊUTICOS
Tem como principal objetivo o aprimoramento técnico científico dos profissionais farma-
cêuticos. É uma entidade civil de direitos privados, sem fins lucrativos, políticos ou religiosos.
Trabalham na organização de cursos, congressos, comemorações das datas importantes
para a classe farmacêutica, participando de discussões dos diversos assuntos da área e negociando
convênios interessantes. Seus dirigentes são eleitos pelos associados.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boas Práticas Farmacêuticas - Resumo em PDF.
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br>. Acesso em11 abr. 15.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC MS/ANVISA nº 138 de 29 de maio
de 2003. Dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamentos. Diário Oficial
da União,Brasília, 2003.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC ANVISA nº 50, de 25 de setembro
de 2014. Dispõe sobre as medidas de controle de comercialização, prescrição e dispensação de me-
dicamentos que contenham as substâncias anfepramona, femproporex, manzidol e sibutramina,
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 2014.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA nº 41, de 26 de julho de
2012. Altera a Resolução RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre Boas Práticas Far-
macêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências,
e revoga a Instrução Normativa IN nº 10, de 17 de agosto de 2009. Diário Oficial da União, Brasília,
2012.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA nº 20, de 5 de maio de
2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como anti-
microbianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Diário Oficial da União, Brasília,
2011.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA nº 306, de 7 de dezembro
de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para gerenciamento de resíduos de serviços de saú-
de. Diário Oficial da União, Brasília, 2004.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA nº 80, de 11 de maio de
2006. Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, 2006.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Coordenação de Cadastro – COCAD. Passo a passo
do cadastramento de empresas na ANVISA. Disponível em: <http://anvisa.gov.br/serviços/Pas-
so_cadastramento.pdf>. Acesso em 11 abr. 15.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Projeto SNGPC para Farmácias e Drogarias:
implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC. Guia de
Credenciamento no SNGPC. Brasília: Comissão de implantação do SNGPC, 2006.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Projeto SNGPC para Farmácias e Drogarias: Guia
para geração do de transmissão SNGPC. Evolução para escrituração de medicamentos antimicro-
bianos. Brasília, 2012.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, seção 1, 13049p. 1973.
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a
regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, seção 1, 9.273 a 9.275 p. 1986.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 357, de 20 de abril de 2001.Aprova o re-
gulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia. Diário Oficial da União, Brasília, 2001.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 585 de 29 de agosto de 2013. Regula-
menta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, Seção 1, Edição 187, p. 186. 2013.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 586 de 29 de agosto de 2013. Regula a
prescrição farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, Edi-
ção 187, p. 136. 2013b.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre
o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras
de aplicação das sanções disciplinares.Diário Oficial da União, Brasília, 2014.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 574, de 22 de maio de 2013. Define, regu-
lamenta e estabelece atribuições e competências do farmacêuticona dispensação e aplicação de
vacinas, em farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, Brasília, 2013.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 415, de 29 de junho de 2004. Dispõe sobre as
atribuições do farmacêutico no Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de saúde. Diário Oficial
da União, Brasília, 2004.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução RDC nº 437, de 28 de julho de 2005. Regulamen-
ta a atividade profissional do farmacêutico no fracionamento de medicamentos. Diário Oficial da
União, Brasília, 2005.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960. Cria o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais de Farmácia e dá outras providências. Diário Oficial da União,Brasília, 1960.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diá-
rio Oficial da União, Brasília, 1999.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005.
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras pro-
vidências. Diário Oficial da União, Brasília, 4 mai. 2005.
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nal de Medicamentos.Diário Oficial da União, Brasília, 1998.
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Oficial da União, Brasília,1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o regulamen-
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Brasília, 1998. Republicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1º de Fevereiro de 1999.
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