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XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Geotecnia e Desenvolvimento Urbano


COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

Desenvolvimento de software para análise e dimensionamento de


drenos verticais 2D
Udo Henrique Cordeiro dos Santos
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil, udopta@hotmail.coml

Cláudio Henrique de Carvalho Silva


Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil, silvac@ufv.br

Leandro Moreno De Souza


Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil, leandromoreno@ufv.br

Uhanny Ahynnara Saldanha de Souza


Universidade do Estado de Minas Gerais, Divinópolis, Brasil, usaldanha.engcivil@gmail.com

RESUMO: A aceleração dos recalques de adensamento pode ser induzida por técnicas que
envolvem o pré-carregamento em associação com drenos verticais. O emprego de drenos verticais
tem a função de promover um caminho preferencial para o escoamento da água, promovendo o
escoamento radial (do solo até o dreno) e o vertical (através do dreno). O dimensionamento destes
drenos consiste em determinar qual o espaçamento dos drenos e qual o diâmetro a ser utilizado.
Objetiva-se desenvolver um software interativo conjugando as soluções matemáticas das equações
de adensamento 2D de forma a calcular porcentagem de adensamento com a possibilidade de variar
a relação entre os raios drenantes e os raios dos drenos. São considerados os estudos de Barron
(1948) e de Terzaghi (1967). A interface produzida contribui para facilitar projetos de engenharia
geotécnica.

PALAVRAS-CHAVE: Solos moles, adensamento radial, recalques.

1 INTRODUÇÃO A vantagem desta técnica é fornecer na


drenagem vertical e radial caminhos para o
São classificados como solos moles aqueles que fluxo de água e acelerar o processo de
possuem uma baixa resistência ao cisalhamento adensamento (HSU; TSAI, 2016).
e uma elevada compressibilidade, gerando O pré-carregamento produz um excesso de
problemas no projeto de obras rodoviárias e de poropressão que é dissipada ao longo do tempo
fundação (FORMIGHERI, 2003). pelo escoamento da água. Os drenos verticais
A identificação de áreas com presença de têm a função de promover um caminho
solos compressíveis exige soluções especiais preferencial e mais curto para o escoamento da
que podem envolver obras de aterros para pré- água, facilitando o escoamento radial até os
carregamento e aceleração dos recalques, drenos e na direção vertical através do dreno.
superdimensionamento da estrutura, ou até Os drenos verticais são constituídos por
mesmo a remoção desta camada compressível. material drenante que pode ser areia, brita ou
A técnica do pré-carregamento é normalmente geodrenos sintéticos. O dimensionamento de
utilizada em associação com drenos verticais drenos de areia é feito por meio de ábacos em
para acelerar o adensamento dos solos argilosos. função da % de adensamento radial (Ur) em
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função do fator tempo (Tr) para diferentes A correlação do fator tempo para o tempo
valores da relação entre o raio do dreno e o raio real (t) envolve o conhecimento de propriedades
de influência (n=R/r). O espaçamento dos especificas para cada projeto, o coeficiente de
drenos de materiais geossintéticos é feito adensamento radial cr e raio de influência R
através da analogia com os drenos de areia, no através da expressão:
qual a largura do dreno vertical determina o
diâmetro do dreno de areia equivalente.
Porém para o dimensionamento dos drenos (4)
verticais são utilizados ábacos com poucos
valores para a relação dos raios dos drenos e o Porém para a drenagem de uma camada de
raio de influência (R/r), o que torna necessário solo convém considerar o adensamento vertical
uma interpolação gráfica e por consequência da camada, representado pelo fluxo da água
uma perda de precisão. Para facilitar o processo diretamente para a superfície. O fator tempo do
de dimensionamento foi desenvolvido um adensamento vertical (Tv) é expresso por:
software para resolver numericamente a
equação do adensamento radial e obter de forma
direta. (5)

2 TEORIA DO ADENSAMENTO 2D Onde cv é o coeficiente de adensamento


vertical e Hd é a altura de drenagem da argila.
Para a determinação do adensamento radial são O fator tempo do adensamento vertical
considerados os estudos de Barron (1948) onde também pode ser expresso através da
o adensamento de uma camada de argila é porcentagem do adensamento vertical através de
tratado como a dissipação do excesso de duas equações empíricas que são selecionadas
poropressão gerado por um carregamento. Para para valores de U < 60% e para os valores de U
a situação de um adensamento radial causado > 60 %, pelas expressões:
por um dreno de areia de diâmetro r e raio de
influência R, define-se a variável n como:
(6)
R
n= (1)
r (7)

O valor do adensamento radial pode ser O adensamento radial e o vertical resultam


então obtido pela expressão: na porcentagem de adensamento total (U) dada
pela expressão:
(2)
(8)
Onde Ur representa a porcentagem do A resolução tradicional adotada para o
adensamento radial, enquanto Tr representa o dimensionamento dos espaçamentos a serem
fator tempo e por sua vez f(n) trata-se de uma usados nos drenos passa pela suposição de
função de n dada por: valores para n (n=R/r), e a comparação dos
valores obtidos para TR calculados pela equação
(3) 4, e os valores obtidos para o n resultante,
obtido a partir dos ábacos como o ilustrado na
Figura 1:
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Figura 1. Curvas de Ur x Tv para diferentes valores de n.

Em muitas situações de projeto, não são


encontradas as curvas para os valores de n
(11)
resultantes nos ábacos disponíveis, sendo
necessário tanto a interpolação dos valores e a
suposição da posição da curva. O software desenvolvido em linguagem
Para os geodrenos que possuem um formato visual e de fácil interação com o usuário, foi
retangular, com largura a e espessura b, são escrito de maneira a facilitar a entrada de dados,
substituídos por um diâmetro equivalente (dw), análise e visualização dos resultados na forma
Atkinson e Eldred (1981) propuseram que o de tabelas e graficamente. Entre os recursos
diâmetro equivalente seja: disponíveis encontra-se a possibilidade de
trabalhar com gráficos a compilação de funções
(9) o que justifica a sua seleção para o
desenvolvimento da rotina de análise do
adensamento radial.
Na solução clássica apontada por Hansbo, A utilização de uma GUI (interface Gráfica
onde se assume que a drena do dreno é infinita com o Usuário) tem o objetivo de coletar os
em comparação com a argila e que a lei de dados para o projeto do usuário conforme o
Darcy é válida, o tempo de adensamento t é material utilizado e as condições, possibilitando
expresso por: a alternância das variáveis solicitadas para cada
condição.
Assim, combinando-se a Eq. 3 com a Eq. 2 e
(10)
Eq. 4 e, resolvendo para n, resulta f(n) na
forma:
Onde D é o diâmetro da área de drenagem do
dreno e μ é função da relação n entre diâmetros (12)
de drenagem e o diâmetro equivalente, por:
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material e qual o tipo de adensamento será


Combinando a Eq. 3 com a Eq. 11 obtém-se: abordado para a entrada de dados.
Para cada material e condição selecionada
são apresentadas ao usuário as variáveis
(13) necessárias e qual as unidades. No modulo de
geodrenos, é apresentada uma lista com alguns
Nesta equação, conhecendo-se os valores de geodrenos utilizados e a opção de o usuário
t, Ur e Cr, calcula-se n numericamente pelo entrar com as dimensões do dreno. A tela de
método numérico da Bisseção, com a tolerância seleção de condições e a de entrada de dados é
de 10-6. Da mesma forma, obtém-se a variação apresentado na Figura 3:
de Ur em função de Tr para o valor de n
calculado anteriormente.
No dimensionamento dos geodrenos, o
processo é semelhante, alternando as variáveis
de entrada e utilizando a Eq. 9 combinada com
a Eqs. 1 e 10, onde novamente o n é a variável
resposta.

(14)

Calculando-se o valor de n é pode-se


determinar o raio de influência do dreno (R) e
com esse parâmetro o espaçamento entre drenos
(s) para as opções de malhas a serem usadas
através das equações para a distribuição
triangular (sT) e retangular (sQ) dados pelas
equações abaixo:

(15)

(16)
Figura 2. Distribuição dos drenos nas malhas quadrada e
A distribuição das malhas pode ser vista na triangular respectivamente.
Figura 2:

3 APRESENTAÇÃO DA INTERFACE

Para a execução da rotina foi construído o


Drain-A que é composto por uma caixa de
diálogo onde o usuário pode selecionar o tipo de
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Como saída de dados é apresentado um


ábaco onde é possível inferir sobre o valor da
porcentagem de adensamento desejada e o fator
tempo para o mesmo com a curva precisa para
os dados inseridos e o os espaçamentos a serem
usados nas duas malhas. A curva é vista na
Figura 4:

Figura 3. Interface para entrada de dados.

Figura 4. Saída de dados.

O codigo fonte e o termo de licença do Drain-A valores.


estão disponiveis em:
https://drive.google.com/drive/folders/1m_Puin
4u0VEl7igUBC4RuxgPVatBhsb8?usp=sharing. AGRADECIMENTOS

Agradecimentos ao CNPq pelo auxílio


4 CONCLUSÃO financeiro à pesquisa e a MathWorks pela
Matlab Trial Resources.
Foi apresentada a interface para o
dimensionamento dos drenos verticais, o Drain-
A, os parâmetros de cálculo e plotagem gráficas REFERÊNCIAS
proporcionaram um sistema de auxílio a
projetos de dimensionamento de drenos
verticais com a possibilidade de interação com Atkinson, M. S.; Eldred, P. (1981). Consolidation of soil
o usuário e com maior precisão na obtenção de using vertical drains. Géotechnique, v.31, n. 1, 33-43.
Barron, R. A. (1948). Consolidation of Fine Grained
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Soils by Drain-wells. Trans. of ASCE, 113, 718–724.


Formigheri, Luis Eduardo. Comportamento de um Aterro
Sobre Argila Mole da Baixada Fluminense. 2003. 114
f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia
Civil: Geotecnia, PUC-RIO, Rio de Janeiro, 2003.
Hansbo, S. (1979). "Consolidation of clay by band-
shaped pre- fabricted drains," Ground Eng., 12, No. 5,
pp. 16-25.
HSU, Tung-wen; TSAI, Tsung-han. (2016). Combined
Vertical and Radial Consolidation under Time-
Dependent Loading. International Journal Of
Geomechanics, [s.l.], v. 16, n. 3, p.1-11. American
Society of Civil Engineers (ASCE).
http://dx.doi.org/10.1061/(asce)gm.1943-
5622.0000600.
Terzaghi & Peck (1967). Soil Mechanics in Engineering
Practice – John Wiley & Sons, New York.

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