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de Ensino da Música
Unidade Curricular de Psicologia da Aprendizagem
Maria José Fonseca, nº32011018
Castelo Branco, 13 de Junho de 2017
Índice
1. Introdução .................................................................................................................... 3
4. Conclusão ...................................................................................................................... 8
5. Bibliografia .................................................................................................................. 9
Webgrafia ...................................................................................................................................... 9
Anexos ................................................................................................................................ 10
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1. Introdução
O presente trabalho visa a avaliação da unidade curricular de Psicologia da
Aprendizagem.
Tem como objetivo abordar a Teoria de Jerome Bruner e analisar 12
planificações referentes a um período de aulas, de uma aluna do 2º ano do curso de
canto em regime integrado, realizadas com base nos fundamentos teóricos do mesmo
autor.
Na primeira secção do trabalho encontra-se a fundamentação teórica referente à
Teoria de Jerome Bruner da corrente cognitivista.
De seguida apresenta-se a análise das planificações e por fim a conclusão do
trabalho. As planificações das aulas encontram-se nos anexos.
2. Fundamentação Teórica
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2.2. Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de J. Bruner
De acordo com Marques (1998), “Bruner apelida a sua teoria de instrumentismo
evolucionista, uma vez que o homem depende das técnicas para a realização da sua
própria humanidade”. No entanto ao compararmos com Piaget, Bruner acentua o
carácter contextual dos factos psicológicos.
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Bruner defendia que o objetivo de ensinar não é transmitir conhecimentos, mas
sim ensinar aos alunos a pensar e resolver problemas por si mesmos.
De acordo com Präss (2008), na teoria de Bruner o professor é apenas um
“mediador entre o conhecimento e as compreensões dos alunos, alem disso é um
facilitador da aprendizagem já que fornece as ferramentas para os aprendizes e também
os guia para resolver seus erros”, enquanto que o aluno “revisa, modifica, enriquece e
reconstrói seus conhecimentos, reelabora constantemente suas próprias
representações, enquanto utiliza e transfere o que aprendeu a outras situações”.
Ainda de acordo com Präss (2008) os conceitos fundamentais da teoria e ensino
de Bruner:
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Bruner acreditava que o
conhecimento era realizado em espiral. A
Figura 1 representa esse esquema de
aprendizagem estipulado por Bruner, que
consiste na apresentação de conceitos
básicos que são ensinados em um primeiro
momento e depois revistos em diferentes
anos sempre aumentando o nível de
profundidade, complexidade e modos de
representação. Assim, as crianças primeiro
Marques (1998) faz a observação que “embora as críticas que Bruner formulou à
rigidez da teoria dos estádios de desenvolvimento cognitivo de Piaget tenham ajudado a
flexibilizar as propostas curriculares influenciadas pelas teorias cognitivas, a verdade é
que a sua preferência pelo método da descoberta e a defesa que faz do aluno enquanto
cientista colocam muitas limitações à aprendizagem dos factos, noções e teorias, a qual
se deve fazer, também, através de metodologias expositivas e da aprendizagem por
recepção, sob pena da impossibilidade de cumprimento de programas, com as
consequentes lacunas de informação”.
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fazer-se-ia uma audição final de período de maneira a “testar” os conhecimentos
adquiridos para o exame final de ano lectivo.
As aulas têm uma duração de 60 minutos dividindo-se em aquecimento vocal e
estudo do repertório. O tempo previamente estabelecido para o aquecimento vocal e o
estudo do repertório é de 20 minutos e 40 minutos respectivamente. Esse tempo poderá
variar consoante as dificuldades do aluno, apesar disso esse tempo é apenas uma
sugestão/média do que normalmente acontece.
As aulas planificadas têm ainda o objetivo de estimular o aluno para se conhecer,
focando maioritariamente no apoio diafragmático em todas as aulas, por ser uma aluna
do 2º ano e que em princípio irá apresentar ainda uma musculatura pouco tonificada. O
canto, por ser um instrumento que não se vê, na grande maioria das vezes é necessário
estimular o auto-conhecimento do corpo. O apoio diafragmático é a base do canto e o
mais difícil de aprender na grande maioria dos cantores devido ao facto da respiração
ser um ato involuntário, e neste caso é imprescindível que ela seja voluntária e
consciente. Daí que a consciência do corpo seja tão importante e, por essa razão todas as
planificações focam o aspecto do relaxamento, da postura, da respiração e
consequentemente do “apoio” ou “apoio diafragmático” de maneira a dar ferramentas de
trabalho úteis no futuro.
Na minha experiência como aluna, foi-me difícil compreender as questão do
apoio por muito tempo, no entanto por muito que o professor explique e dê muitos
exemplos, que ajudam muito no processo, é uma questão que se tem que descobrir um
pouco por auto-descoberta, porque temos mesmo de conhecer o nosso corpo, de
perceber como ele funciona e entender as suas limitações.
Os vocalizos servem como exercícios para preparar as dificuldades que poderão
surgir no repertório.
Nas primeiras aulas há uma maior insistência na parte técnica e gradualmente
vai sendo pedido, ao longo das aulas, a realização de tarefas em relação à interpretação
da música, como por exemplo, a visualização e audição de diferentes interpretações, a
contextualização das obras, a tradução dos textos e a discussão do carácter das
personagens e da música, de maneira a estimular também a criatividade. Este tipo de
atividades só se poderá requisitar após a técnica já estar um pouco mais assimilada, pois
muitas vezes quando o aluno está demasiado preso à técnica, por ainda não a dominar
tão bem, tem maior dificuldade na parte interpretativa. Todavia é necessário haver um
equilíbrio entre as duas e, no meu ponto de vista, devemos habituar os alunos a
conseguir esse mesmo equilíbrio.
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4. Conclusão
Após a realização do trabalho, a Teoria de Bruner foi alvo de inspiração para
novas mudanças tanto na prática das aulas como na questão currícular. Foi sem dúvida
uma mais valia para o ensino, pois mudou completamente a ideia do ensino-
aprendizagem.
Apesar da Teoria de Bruner, Ausubel tomou em atenção que não se deveria
sobrevalorizar as experiências diretas como aprendizagem de conceitos, já que o
método científico não é suficiente para aprender Ciências.
“Embora Bruner defenda a aprendizagem por descoberta, ele afirma que esta
não é a única forma de aprendizagem e também defende que os estudantes não devem
descobrir por si mesmos as soluções para todos os problemas, já que isso seria
impraticável” (Präss, 2008).
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melhor maneira possível de forma a cumprir as tarefas dos conteúdos programáticos,
superar as dificuldades da aprendizagem e a satisfazer as suas necessidades.
5. Bibliografia
FREIRE, R. D. e SILVA, V.G.A.O.(2005) A influência de Jerome Bruner na Teoria da
Aprendizagem Musical de Edwin Gordon. Universidade de Brasília
MARQUES, Ramiro(1998); A Pedagogia de Jerome Bruner
Bruner, J. S., & Goodman, C. C. (1947). Value and need as organizing factors in
perception. Journal of Abnormal and Social Psychology, 42(1), P. 33–44.
Webgrafia
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%20Licenciaturas_RAMIRO%20MARQUES,%20Jerome%20Bruner%20(1).pdf
http://www.psicologiaexplica.com.br/jerome-bruner/
https://psychology.fas.harvard.edu/people/jerome-bruner
Anexos
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