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Sumário
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A existência de um salário mínimo pode ser uma via de estabelecer alguma dignidade ao
trabalho, embora da sua inexistência não decorra necessariamente que não há limites à
exploração dos trabalhadores; os países escandinavos e outros, na Europa, estão aí para o
demonstrar. O salário mínimo visa estabelecer um parâmetro que, com a chancela estatal,
garanta a existência das mais baixas estirpes do empresariato; um género de seguro para os
“investidores”.
Mesmo com esse caráter oficial, não é aplicável para muito do trabalho precário ou, não
qualificado, que alimenta a enorme massa de atividades tomadas como contidas na economia
dita informal ou paralela. Por outro lado, o uso e abuso dos chamados recibos verdes, da figura
do trabalho como independente (?) corresponde à ausência de abrangência da figura do
salário; e visa assegurar a precariedade, permitir um despedimento, sem prazos ou
indemnizações, uma vez que o trabalhador exerce atividade como “prestador de serviços”.
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Como o “prestador de serviços” acarreta com a maior fatia de descontos para a Segurança
Social, essa figura, para o empresário é mais favorável do que um contrato de trabalho, no
âmbito do qual, o chamado “empregador” acarreta com essa maior fatia.
Essa realidade, esses truques legislativos e regulamentares exercem uma pressão sobre todos
os níveis salariais, mormente baixos ou intermédios, na proximidade do salário mínimo, pagos
por empresas de menor rendabilidade e que encontram naquele referente, um elemento
quantitativo útil para a prevalência, em geral de níveis salariais tão baixos quanto possível; e,
para mais, sendo objeto de uma bênção governamental. Serve ainda para disciplinar as
reivindicações sindicais, que tomarão como referente geral o tal salário mínimo, como
elemento de ajustamento dos rendimentos do trabalho às necessidades das empresas, com
todos os convivas – governo, sindicatos e patrões - muito cientes e irmanados pelo respeito
para com os interesses nacionais… A fixação do salário mínimo inspirou a criação de um outro
parâmetro de referência – o IAS-Indexante dos Apoios Sociais – aplicável a todas as prestações
solidárias que amenizam a pobreza.
Recordemos que na lógica do capitalismo, mormente neoliberal, são as empresas que criam o
emprego, competindo aos trabalhadores aceitar o sacrifício de um baixo salário que evite
falências e desemprego. Numa revisão empresarial do Genesis, Deus criou primeiro o
empresário e depois o trabalhador para o servir.
Nessa lógica circular, para as empresas, os salários são essencialmente um custo de produção
ainda que diferente dos restantes custos, pois é o trabalho que cria valor; e a parcela desse
valor criado e que é distribuído aos trabalhadores sob a forma de salário é um elemento
essencial para garantir um elevado nível global de consumo que, por sua vez, vai garantir a
existência dos capitalistas.
Claro que há uma narrativa piedosa que considera o salário mínimo como um patamar que
evita uma degradante miséria que desenvolva roubos, assaltos, mendicidade, prostituição;
cabendo pois, ao Estado, como “representante de todos nós”, olhar para que a pobreza se
mantenha num nível tolerável; que, não incomode os bem instalados, nem afugente os
turistas, cuja passagem pelo torrão pátrio tanto beneficia o imobiliário, a hotelaria, a
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restauração, a economia paralela e o abastecimento de off-shores. Aliás, a existência de
pobreza é mantida pois muitas empresas e grupos religiosos vivem da delegação que o Estado
lhes faz dessa pobreza; devidamente abastecidos pelo dinheiro dos impostos, que também
pagam a fiscalização desses arcanjos empenhados no combate da pobreza, cujas fraudes são
frequentes. Para esses dedicados combatentes da pobreza, quanto mais pobres necessitarem
de ajuda… melhor!
Por outro lado, uma pressão exagerada sobre os rendimentos do trabalho pode gerar surtos
grevistas, manifestações e convulsões sociais ou políticas, pouco favoráveis para a obtenção de
um sorriso da parte das empresas de rating; e, esse rating, fornecido através de ignotas
métricas, dá indicações para o mercado, sobretudo para os níveis das taxas de juro que
sustentam aparelhos de estado, classes políticas, endividamento empresarial e dos
consumidores, cujo bom ritmo de crescimento constitui a alegria do sistema financeiro. A
mansidão na área laboral é, na realidade, uma exigência dos mercados.
A vigência de um salário mínimo não é algo de aplicação cabal. Primeiro, porque existem
diversificados níveis de economia paralela onde aquele salário não é praticado. Depois, porque
o uso e abuso de horas de trabalho extraordinário, não contabilizado nas estatísticas, nem
pago, reduz efetivamente a retribuição por hora de trabalho para muitos assalariados. Por
outro lado, o trabalho a tempo parcial ou o trabalho precário, constituem técnicas de gestão
para a domesticação da força de trabalho e de embaratecimento do seu peso nos custos de
produção.
1
Segundo dados do Eurostat, na Europa não existe salário mínimo definido, na Áustria, em Chipre, na Dinamarca,
na Finlândia, na Islândia, na Itália, na Noruega, na Suécia e na Suíça. Segundo a Wikipedia, o salário bruto anual na
Bielorrúsia será equivalente a $ 1733, na Bósnia-Herzegovina $ 2177, na Moldávia $ 810, na Sérvia $ 4649 e na
Ucrânia $ 2573
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Essa lógica de diálogo consiste na permanente procura de redução de um prejuízo, sabendo-se
que o mesmo se vai reproduzir muito em breve. Demasiadas vezes, esses acordos saudados
como vitórias dos trabalhadores rapidamente são torpedeados pela inflação, pela manipulação
das formalmente caóticas legislações laborais e tributária e outros parâmetros que a
tentacular máquina estatal tem ao seu dispor. Contrariamente aos humanos, os gatos não
perdem tempo a tentar alcançar a ponta da cauda... caçam ratos!
Os valores utilizados não são referentes a qualquer unidade monetária existente mas sim em
“paridades de poder de compra”, uma moeda artificial para a qual são convertidos os preços -
expressos previamente em cada moeda nacional - de um dado cabaz de compras de bens ou
serviços. Mede-se pois, o custo desse cabaz numa unidade uniforme que, na realidade,
compara os poderes aquisitivos nos diferentes países.
Não seria fácil e atraente observar um quadro ou um gráfico contendo valores de SMM para
todos os países, mesmo que vários não tenham SMM como expressámos em nota, mais atrás;
e, para mais, para um lapso de tempo de 20 anos. Ainda assim, excluímos mais nove países2 da
comparação a que procederemos.
2
Albânia, Croácia, Estónia, Lituânia, Malta, Montenegro, Sérvia/Antiga Jugoslávia e EUA
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Comecemos por observar a grande aproximação no período 1999/2018 entre o SMM mais
elevado (sistematicamente aquele que é definido no Luxemburgo) e o mais baixo da UE que se
verifica, em vários países da Europa de Leste. Assim, o SMM luxemburguês subiu 42% e os
valores mais baixos chegam a crescer cerca de 13 vezes, no caso da Roménia, no referido
período. Assim, o valor mais elevado era 18.5 vezes superior ao SMM mais baixo em 1999,
seguindo-se no decorrer do tempo uma aproximação que conduz a 2.9 vezes, no primeiro
semestre do ano corrente. (ver gráfico 1).
Há uma tendência de aproximação entre os valores do SMM, sem que se pretenda uma
uniformização; o capitalismo exige, só existe através de desigualdades, entre pessoas, regiões,
países. Essa aproximação mostra-se até 2007 por um crescimento de 238% do SMN mais baixo
na Roménia e na Bulgária a que corresponde no mesmo período um aumento de 31.7% do
mais elevado SMN da UE. No período 2007/13 a evolução dos mesmos parâmetros é muito
mais branda e corresponde a variações de 47% e 15%, respetivamente, retratando os impactos
da crise financeira; e em 2013/18 os cálculos reproduzem aumentos de 95.7% para um SMN
balcânico e de 11.8% para o caso do Luxemburgo, com um grande dinamismo nos valores dos
países com SMM mais baixo com relativa estagnação nos mais ricos.
Com essa aproximação pretende-se sejam mantidas as diferenças suficientes para separar as
atividades económicas de maior valor acrescentado ou conteúdo tecnológico – e concentrá-las
nos países mais ricos - daquelas outras de mão de obra mais intensiva e menos especializada,
que se tomam como adequadas para uma especialização dos países de menores SMM, os mais
pobres da UE.
A segmentação da produção dos bens mais complexos representa a colocação das parcelas
menos nobres em países periféricos, de mais baixo custo salarial, com os elementos mais
sofisticados e estratégicos mantidos nos países do Centro capitalista que assim dominam toda
a cadeia; nesses contexto, as economias dos países periféricos perdem qualquer articulação de
caráter nacional - como acontecia no tempo das economias nacionais - e firmam-se, numa
situação de dependência e fragilidade, como simples corredores intermédios, de passagem dos
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fluxos incluídos nas redes das transnacionais. Nesse contexto de aproximação está contida
uma pressão para uma relativa estagnação do SMN nos países mais ricos.
A entrada da China na OMC, em 2001, criou uma nova pressão sobre a UE - então com 15
membros, sendo os mais pobres Grécia e Portugal - com a subsequente maior facilidade da
entrada de bens chineses com preços competitivos. Por outro lado, a Leste encontravam-se os
antigos membros do Comecon, com trabalhadores qualificados e baixos salários, separando a
rica UE e a Rússia, antiga potência tutelar, a braços com um difícil enquadramento
geoestratégico e de reconfiguração do seu modelo económico.
A integração dos países do Leste - entre 2007 e 2013 - fez parte de uma estratégia defensiva
dos países mais ricos da UE, contra uma entrada mais massiva de importações da China; foi a
criação atrasada de um cantinho de Sudeste Asiático na Europa. A crise financeira iniciada em
2008 promoveu a estagnação económica e dos rendimentos na Europa, enquanto na China o
impacto da crise nas exportações foi compensado com um impulso keynesiano interno, com a
construção de habitações e aumentos de rendimentos; e, ainda, investimentos na Europa cuja
fragilidade estratégica, económica e demográfica terá inspirado o grandioso projeto da Rota
da Seda.
A redução das diferenças nos salários fez parte do processo de integração na UE dos países do
Leste europeu, com estruturas produtivas mais frágeis, a integrar na órbita das grandes
empresas dos países mais ricos da UE, como anteriormente acontecera com Portugal e Grécia.
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qualificações, sem os custos humanos da emigração, das separações familiares e, sobretudo,
não desejados no triângulo Londres-Berlim-Milão… enquanto Londres for um desses vértices.
Na comparação face aos países ricos (… e dois ma non troppo, como Espanha ou Grécia)
denota-se que (Gráf. 2):
os SMM dos países considerados são, em regra, bastante superiores aos que têm vigorado
em Portugal, com maiores proximidades no caso de Espanha e da Grécia;
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A Irlanda é um caso atípico, crescendo substancialmente o seu indicador até 2008,
decaindo daí em diante até atingir o ponto mais baixo em 2018; e num nível 61% superior
ao SMM português. Recorde-se que os trabalhadores irlandeses pagaram a monstruosa
burla de um banco que causou um deficit público de 32%;
Em Espanha, o SMM oscilou em torno dos 120% do valor português até 2009 mas situou-
se, desde então, abaixo dessa fasquia. Mais problemático tem sido o caso da Grécia onde
em 2008 o SMM correspondia a 1,47 vezes do português, decaindo depois regularmente,
sobretudo em 2013, com uma queda brutal de 140 para 111.6% do indicador português; e
que continuou a decair até se situar apenas 2% acima do SMN aplicado aos portugueses.
Como é evidente, o panorama exposto no gráfico acima não resulta de grandes aumentos do
SMM em Portugal, medidos, recordamos, em paridades de poder de compra: 3.2% em
1999/2007, 1.8% em 2007/13 e 3.1% em 2013/18. Essa aproximação resulta, apesar dos
aumentos serem pouco significativos, de serem superiores aos dos países ricos.
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Iremos proceder, em seguida a uma análise dos países mais pobres que selecionámos, tendo
novamente a situação portuguesa como elemento de comparação (Gráf. 3).
Para todos os países se mostra uma franca aproximação face ao padrão, o SMM
português e, a partir de valores claramente inferiores a Portugal, no princípio do século;
com a excepção da Eslovénia que em 1999 apresentava um valor muito próximo do
indicador português (103.7 contra 100) e que, depois de atingir um índice de 139.7 em
2014, decai para 124 no presente ano;
Mais genericamente, nenhum país regride face a Portugal no período considerado e, não
será desajustado que nos próximos anos haja mais ultrapassagens pelos outros países do
grupo de Visegrad, para além da Polónia que já procedeu a essa ultrapassagem. Essa
compreensão de um permanente empobrecimento relativo pode, por exemplo observar-
se no escasso interesse dos refugiados em se estabelecerem em Portugal, para além do
tempo necessário para deterem documentação que lhes permita circular na UE;
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A utilização de elementos compilados pela OCDE, sobre salários mínimos horários (SMH),
medidos em US$ e a preços constantes de 2017, corrobora as conclusões acima expostas
a partir dos dados publicados pelo Eurostat.
Para o período 2000/2017 o SMH para Portugal evolui com uma taxa de crescimento
anual de 1.44%; inicia o período com um valor de $ 4.4 e fecha-o com $ 5.5, refletindo um
“fabuloso” aumento de $1.1 em 17 anos3! Com taxas de crescimento inferiores
evidenciam-se a Bélgica, a França, a Irlanda, o Luxemburgo, a Holanda e a Espanha, para
além da Grécia, onde se observou uma regressão de 8.1% no SMH, entre 2000 e 2017,
pelas razões que são sobejamente conhecidas. Sem referir novamente o caso grego, a
evolução do SMH em Portugal somente encontra níveis maiores de estagnação nos
citados países ricos, com pagamentos mínimos de hora de trabalho substancialmente
superiores, excepto no caso da Espanha.
Há, pois, uma aproximação entre os valores referentes aos paises mais ricos da Europa
Ocidental, com baixas progressões no SMH durante o período considerado e os
indicadores dos países a Leste - do Báltico ao mar Negro - e do Mediterrâneo, com uma
evolução bem mais dinâmica.
A relativa estagnação do SMH dos países ricos e a dinâmica daqueles países situados a
Leste estreita as diferenças entre os indicadores dos dois conjuntos, ainda que as
diferenças se mantenham acentuadas. Em 2000, Grécia e Portugal tinham, com valores
inferiores aos seus SMH, nove países; um número que passou para seis em 2017 (depois
da saída do pelotão da Polónia, da Eslovénia e da Turquia). Portugal e Grécia, sofreram,
em doses distintas a austeridade, a apropriação das suas principais empresas e bancos,
por capitais externos, o pagamento das respetivas derivas financeiras, dos bancos ou da
classe política, através de dívidas públicas colossais; e, colocando-se claramente entre as
regiões com mais baixos níveis de SMH, na Europa.
Entre esses países, em 2000, seis tinham um SMH superior ao português, acrescentando-
se a Coreia do Sul a partir de 2013. As elevadas taxas de crescimento do SMH registam-se
em países onde aquele valor era baixo (Chile, Coreia do Sul, Brasil) ou particularmente
baixo (Rússia); note-se que o salário médio na Rússia é da ordem dos € 515.
3
Ver aqui a eloquente comparação com o aumento dos impostos
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Salário mínimo horário ($)
Var. anual
2000 2017
média
Austrália 10,1 11,3 0,66%
Canadá 6,7 8,4 1,45%
Chile 1,8 3,0 3,84%
Entidade sionista (Israel) 4,7 6,2 1,76%
Japão 6,3 8,0 1,63%
Coreia do Sul 2,6 6,4 8,70%
México 0,9 1,0 0,64%
Nova Zelândia 6,5 9,5 2,71%
EUA 7,3 7,3 -0,06%
Colômbia 2,0 2,5 1,48%
Costa Rica 2,7 3,3 1,29%
Brasil 1,0 2,2 6,67%
Rússia 0,2 1,7 56,50%
Por seu turno, os EUA, com todo o seu poder económico, militar e financeiro procederam
a uma quebra do SMH de $ 7.3 para $ 6.5, entre 2000 e 2007, elevando-o depois até aos $
8.1, no período do embate da crise financeira; e colocando-o de novo em queda regular
até aos $ 7.3, em 2017… por coincidência, o montante que vigorava em 2000! Na Europa,
os países com indicadores recentes mais próximos dos que vigoram nos EUA, são a
Eslovénia e a Espanha.
Sublinham-se ainda os baixos indicadores dos países da América Latina, a começar pelo
México onde o SMH se manteve uniforme ($ 0.9) entre 2000/2016, subindo para $ 1 em
2017! É evidente que esta situação vem alimentando as maquilladoras na margem sul do
Rio Grande e promove a aceitação de todos os perigos de uma travessia clandestina de
uma fronteira murada e militarizada; sem garantias de trabalho ou legalização da estadia
nas terras do Grande Irmão. A pobreza, por sua vez, entra em comunicação com os
tráficos, cujos gangs constituem, no México, uma alternativa de vida para os pobres e
uma via de enriquecimento para as corruptas elites políticas; esta pobreza e
desestruturação social beneficiam, evidentemente, quem pretende – nos EUA - uma força
de trabalho numerosa, mal paga, com parcos direitos e semi-clandestina.
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significativo crescimento do SMH nos países mais ricos e que, mesmo assim não se
tornam atingíveis pelos níveis salariais vigentes em Portugal. E, em segundo lugar, porque
o ritmo de crescimento do SMH português – pela sua relativa estagnação - tende a ficar
cada vez mais próximo dos alcançados pelos países do Leste europeu; e, talvez num lapso
de tempo mais dilatado, se venha a situar ao nível de alguns dos países da América
Latina... mostrando-se assim as grandes qualidades de gestão da classe política.
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que, para o efeito onera a população com um custo em encargos, da ordem dos €
730 por habitante, no ano em curso.
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